- As funções da parte inferior das costas, ou área lombar, incluem suporte estrutural, movimento e proteção de certos tecidos do corpo.
- Dor nesta região pode ser resultado de doenças que afetam a espinha lombar, os discos entre as vértebras, os ligamentos ao redor da coluna vertebral e dos discos, a medula espinhal, nervos e músculos da região lombar, os órgãos internos da pelve e abdômen e a pele que cobre a área lombar.
- O tratamento ideal para a lombalgia é direcionado para uma causa específica já diagnosticada ou sob suspeita. Para distensão lombar aguda, o uso de remédios pode ser benéfico a princípio.
Qual é a anatomia da região lombar?
Para entender as várias causas de lombalgia, é importante compreender o desenho normal (anatomia) dos tecidos desta área do corpo.
Estruturas importantes da região lombar que podem ser relacionadas aos sintomas de dor incluem a parte óssea da espinha lombar (vértebras), os discos entre as vértebras, os ligamentos ao redor da coluna vertebral e dos discos, a medula espinhal e os nervos, os músculos da região lombar, os órgãos internos da pelve e do abdome, e a pele cobrindo a região lombar.
A parte óssea da coluna lombar é projetada de modo que as vértebras “empilhadas” juntas, uma acima da outra, possam fornecer uma estrutura de suporte móvel e, ao mesmo tempo, proteger a medula espinhal de lesões. A medula espinhal é composta de tecido nervoso que se estende ao longo da coluna vertebral, a partir do cérebro.
Cada vértebra possui um processo espinhoso, uma proeminência óssea atrás da medula espinhal que protege o tecido nervoso da medula de possíveis traumas por impacto.
As vértebras também têm um forte “corpo” ósseo (corpo vertebral) em frente à medula espinhal que garante uma plataforma adequada para o suporte do peso de todos os tecidos acima das nádegas. As vértebras lombares se empilham em cima do sacro, que está situado entre as nádegas. De cada lado, o sacro encontra o osso ilíaco da pelve para formar as articulações sacroilíacas das nádegas.
Os discos são pastilhas que atuam como “almofadas” entre cada corpo vertebral. Ajudam a minimizar o impacto das forças de estresse na coluna vertebral.
Cada disco tem o formato de um sonho (o doce) e possui um componente central mais macio (núcleo pulposo) e um anel externo firme que o circunda (anel fibroso).
A parte central do disco é capaz de se romper (herniar, como em hérnia de disco) através do anel externo, causando irritação do tecido nervoso adjacente e ciático como descrito abaixo. Os ligamentos são tecidos moles fibrosos e fortes, que unem com firmeza ossos a outros ossos. Os ligamentos unem cada uma das vértebras entre si e envolvem cada um dos discos.
Os nervos que proporcionam sensação e estimulam os músculos da região lombar e das extremidades inferiores (coxas, pernas, pés e dedos do pé) saem todos da coluna vertebral lombar através de “entradas ósseas”, chamadas de forame.
Muitos grupos musculares responsáveis por flexionar, estender e girar a cintura, bem como movimentar as extremidades inferiores, fixam-se à coluna lombar através de inserções tendinosas.
A aorta e os vasos sanguíneos que transportam o sangue de e para as extremidades inferiores passam em frente à coluna lombar no abdômen e pelve. Ao redor desses vasos sanguíneos ficam gânglios linfáticos (glândulas linfáticas) e tecidos do sistema nervoso periférico importantes na manutenção do controle da bexiga e intestino.
O útero e os ovários são estruturas pélvicas importantes na área frontal da pelve das mulheres. A próstata é uma estrutura pélvica significativa nos homens. Os rins estão em ambos os lados posteriores do baixo-ventre, em frente à coluna lombar. A pele sobre a região lombar é suprida por nervos que vêm de raízes nervosas que saem da coluna lombar.
Qual é a função da região lombar?
A parte inferior das costas, ou região lombar, possui várias funções importantes para o corpo humano. Essas funções incluem suporte estrutural, movimento e proteção de certos tecidos do corpo.
Quando estamos de pé, a parte inferior das costas está trabalhando para aguentar o peso da parte superior do corpo. Quando nos curvamos, estendemos ou giramos na cintura, esta parte está envolvida no movimento. Portanto, lesões nas estruturas importantes para a sustentação de peso, como na parte óssea da coluna, nos músculos, nos tendões e nos ligamentos, muitas vezes podem ser detectadas quando o corpo está ereto ou é usado em vários movimentos.
Proteger os tecidos moles do sistema nervoso e da medula espinhal, bem como os órgãos próximos, da pelve e do abdômen, é uma função crítica da coluna lombar e dos músculos adjacentes da região.
Quais são as causas mais comuns de lombalgia?
Causas comuns de lombalgia (dor lombar) incluem sobrecarga lombar, irritação nervosa, radiculopatia lombar, intrusão (encroachment) e patologias dos ossos e articulações. Cada um deles será revisado abaixo.
Causa | Relevância e Importância |
---|---|
Hérnia de disco | Ocorre quando o núcleo gelatinoso de um disco intervertebral rompe através do anel fibroso exterior. É uma das causas mais comuns de dor lombar. Pode comprimir nervos e causar dor ciática. |
Estenose espinhal | Estreitamento do canal espinhal que comprime nervos. Causa dor crônica e fraqueza nas pernas. Afeta mais idosos. |
Espondilolistese | Deslizamento para frente de uma vértebra sobre outra. Pode causar compressão de nervos. Mais comum em atletas. |
Trauma | Lesões como fraturas, entorses e distensões musculares podem causar dor lombar aguda. |
Artrose | Degeneração das articulações intervertebrais. Causa dor crônica que piora com movimento. |
Infecções | Infecções como osteomielite vertebral são raras, mas causam dor intensa e febre. |
Espondilite anquilosante | Doença inflamatória crônica que causa rigidez progressiva da coluna. Afeta mais homens jovens. |
Fibromialgia | Condição que causa dor músculo-esquelética generalizada. A dor lombar é comum. |
Câncer | Tumores primários ou metastáticos que afetam a coluna são raros, mas graves. |
Osteoporose | Perda de massa óssea que enfraquece vértebras e pode causar fraturas. Comum em mulheres na pós-menopausa. |
Distúrbios congênitos | Anomalias vertebrais como espinha bífida podem causar dor lombar desde o nascimento. |
Doença de Paget | Doença óssea que enfraquece e deforma os ossos, incluindo as vértebras. |
Obesidade | O excesso de peso coloca pressão extra na coluna e pode causar dor crônica. |
Gravidez | O peso do feto e alterações hormonais podem causar dor lombar, especialmente no 3o trimestre. |
Má postura | Posturas incorretas ao sentar ou levantar peso stresses a coluna e os músculos. |
Depressão/ansiedade | Fatores psicológicos podem ampliar a percepção de dor lombar existente. |
Artrite reumatoide | Pode causar inflamação das articulações facetárias da coluna e dor crônica. |
Aumento de lordose | Curvatura exagerada da coluna lombar que sobrecarrega a região. |
Estenose de canal lombar | Estreitamento congênito do canal espinhal que comprime nervos na região lombar. |
Espondilose | Desgaste das articulações da coluna. Comum em idosos e pode comprimir nervos. |
Sobrecarga lombar (agudo, crônica): a sobrecarga lombar é uma lesão por estiramento dos ligamentos, tendões e/ou músculos da região lombar. O estiramento resulta em desgastes microscópicos de vários graus nesses tecidos. A sobrecarga lombar é considerada uma das causas mais comuns de dor na lombar. A lesão pode ocorrer por causa do uso excessivo, uso inadequado ou trauma.
A lesão dos tecidos moles é, em geral, classificada como “aguda” se estiver presente há dias ou semanas. Se a distensão durar mais de três meses, é referida como “crônica”” A sobrecarga lombar ocorre com mais frequência em pessoas na faixa dos 40 anos, mas pode acontecer em qualquer idade. A condição é caracterizada por desconforto localizado na região lombar com início após um evento causador de estresse mecânico nos tecidos lombares.
A gravidade da lesão varia de leve a grave, dependendo do grau de estiramento e dos espasmos subsequentes dos músculos da região lombar. O diagnóstico de sobrecarga lombar é baseado em histórico de lesões, a localização da dor e exclusão de lesão do sistema nervoso.
Em geral, exames de raios X só são úteis para excluir anormalidades ósseas.
O tratamento dessa condição consiste em descansar as costas (para evitar nova lesão), medicamentos para aliviar a dor e o espasmo muscular, aplicações locais de calor, massagem e talvez (após o tratamento bem-sucedido do episódio agudo) exercícios de recondicionamento para fortalecer a região lombar e os músculos abdominais. O tratamento inicial em casa pode incluir aplicação de calor, paracetamol (Tylenol) ou ibuprofeno (Advil), evitar a reincidência e evitar trabalho pesado.
Medicamentos que às vezes são usados para lombalgia incluem anti-inflamatórios, como sulindaco (Sulindac), naproxeno (Flanax) e cetorolaco, por injeção ou via oral, relaxantes musculares como carisoprodol (Dorilax), ciclobenzaprina (Miosan), metocarbamol (Robaxil, no Brasil este medicamento é de uso veterinário apenas) e metaxalona, bem como analgésicos, como tramadol (Tramal).
Medicamento | Relevância e Importância |
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Analgésicos simples | Como paracetamol e dipirona. Úteis para dor leve a moderada. Poucos efeitos colaterais. |
Anti-inflamatórios não esteroides | Como ibuprofeno e naproxeno. Reduzem dor e inflamação. Efeitos gastrintestinais são comuns. |
Opioides fracos | Como codeína e tramadol. Analgésicos potentes para dor moderada a grave. Risco menor de dependência. |
Opioides fortes | Como morfina e oxicodona. Reservados para dor muito intensa por pouco tempo. Alto risco de dependência. |
Corticosteroides | Como prednisona. Potentes anti-inflamatórios por períodos curtos. Efeitos colaterais significativos. |
Relaxantes musculares | Como ciclobenzaprina. Aliviam espasmos musculares. Causam sonolência. |
Antidepressivos | Como amitriptilina. Analgésicos adjuvantes para dor crônica. Efeitos colaterais frequentes. |
Anticonvulsivantes | Como gabapentina. Outros analgésicos adjuvantes. Eficácia variável. |
Anti-inflamatórios tópicos | Como diclofenaco em gel. Para dor localizada. Poucos efeitos sistêmicos. |
Anestésicos locais | Como lidocaína em gel ou injetável. Analgesia rápida e localizada. Duração curta. |
Toxina botulínica | Injeções para relaxar músculos espásticos. Resultados temporários. |
Bisfosfonatos | Como alendronato. Melhoram dor por osteoporose vertebral. Administração oral semanal ou mensal. |
Capsaicina tópica | Analgésico tópico derivado da pimenta que alivia dor neuropática localizada. |
Epidural com corticoides | Injeções peridurais de corticoides e anestésicos locais. Analgesia potente, mas temporária. |
Longos períodos de inatividade na cama não são mais recomendados, pois podem, na verdade, retardar a recuperação.
Descobriu-se que manipulação vertebral por períodos de até um mês pode ser útil em alguns pacientes que não apresentam sinais de irritação do nervo. As lesões futuras são evitadas usando técnicas para proteção da coluna durante atividades e dispositivos de apoio, conforme necessário, em casa ou no trabalho.
Irritação dos nervos e radiculopatia lombar causam dor lombar.
Irritação do nervo: Os nervos da coluna lombar podem sofrer irritação por pressão mecânica (impacto) do osso ou de outros tecidos, ou por doença, em qualquer lugar ao longo do caminho, desde as raízes na medula espinhal até a superfície da pele.
Estas condições incluem doenças dos discos da lombar (radiculopatia), intrusão óssea e inflamação dos nervos causada por uma infecção viral (herpes-zóster). Veja abaixo as descrições destas condições.
Radiculopatia lombar: A radiculopatia lombar é uma irritação nervosa causada por danos nos discos entre as vértebras. Tais danos ocorrem devido a degeneração (“desgaste”) do anel externo do disco, lesão traumática ou ambos.
Como resultado, a porção central e mais macia do disco pode se romper (herniar) para através do anel externo do disco e encostar na medula espinhal ou em seus nervos à medida que sai da coluna vertebral óssea.
Essa ruptura é o que causa o que o senso comum chama de “ciática”, dor de uma hérnia de disco que irradia da região lombar e das nádegas e desce para as pernas. A ciática pode ser precedida por histórico de dor lombar localizada ou pode vir após uma sensação de “estalo” além de ser acompanhada de dormência e formigamento.
É comum que a dor aumente com a movimentação da cintura e pode aumentar com tosse ou espirros. Em casos mais graves, a ciática pode ser acompanhada por incontinência da bexiga e/ou intestinos. A ciática da radiculopatia lombar afeta, de modo mais comum, apenas um lado do corpo, o esquerdo ou direito, e não ambos.
A radiculopatia lombar é cogitada com base nos sintomas acima. Dor irradiada e crescente ao erguer as extremidades inferiores apoia o diagnóstico.
Exame dos nervos (EMG/ eletromiograma) – pode ser útil para avaliação funcional e avaliar o grau de disfunção nervosa.
Causas de intrusão óssea na dor lombar
Intrusão óssea: Qualquer condição que resulte em movimento ou crescimento das vértebras da coluna lombar pode limitar o espaço (intrusão) da medula espinhal adjacente e dos nervos.
Causas de intrusão óssea dos nervos espinhais incluem estreitamento foraminal (estreitamento das entradas pelas quais o nervo espinhal passa da coluna vertebral, fora do canal espinhal para o corpo, em geral como resultado de artrite) espondilolistese (escorregamento de uma vértebra em relação à outra) e estenose espinhal (compressão das raízes nervosas ou medula espinhal por esporões ósseos, ou outros tecidos moles no canal espinhal).
A compressão espinhal nestas condições pode levar a dor ciática que irradia para as extremidades inferiores. A estenose espinhal pode causar dores nas extremidades inferiores que pioram ao caminhar e têm alívio no repouso (imitando as dores da má circulação).
O tratamento destes males varia, depende de sua gravidade, e vai de repouso e exercícios a injeções epidurais de cortisona e descompressão cirúrgica para a remoção do osso que está comprimindo o tecido nervoso.
Disfunções ósseas e articulares causadoras de lombalgia
Disfunções ósseas e articulares: condições que levam à dor lombar incluem aquelas que existem desde o nascimento (congênitas), aquelas que resultam de desgaste (degenerativas) ou por lesão, e aquelas que surgem devido à inflamação das articulações (artrite).
Condições ósseas congênitas: causas de dor lombar existentes desde o nascimento incluem escoliose e espinha bífida. A escoliose é uma curvatura lateral da coluna que pode ser causada quando uma extremidade inferior é mais curta que a outra (escoliose funcional) ou devido a uma arquitetura anormal da coluna (escoliose estrutural). As crianças que são muito afetadas pela escoliose estrutural podem necessitar de tratamento com órtese e/ou cirurgia para a coluna vertebral.
É raro o tratamento através de cirurgia para adultos e, muitas vezes, estes se beneficiam do uso de órteses. A espinha bífida é um defeito congênito no arco vertebral ósseo sobre o canal vertebral, com frequência pela ausência do processo espinhoso.
Este defeito de nascença é mais comum de afetar a vértebra lombar mais baixa e o topo do sacro. Às vezes, há estranhos tufos de pêlos na pele da área afetada. A espinha bífida pode ser uma anomalia óssea menor sem sintomas. No entanto, a condição também pode ser acompanhada por anormalidades nervosas graves das extremidades inferiores.
Condições ósseas e articulares degenerativas: À medida que envelhecemos, a quantidade de água e proteína nas cartilagens do corpo muda. Essa alteração resulta em uma cartilagem atenuada, mais fina e mais frágil. Como os discos e as articulações que alinham as vértebras (facetas articulares) são, em parte, compostos por cartilagem, essas áreas estão sujeitas a desgaste ao longo do tempo (alterações degenerativas).
A degeneração do disco é chamada espondilose. A espondilose pode ser notada em raios x da espinha como um estreitamento do “espaço discal” normal entre as vértebras. É a deterioração do tecido do disco que predispõe o disco à herniação e à dor lombar localizada (“lumbago”) em pacientes idosos.
A artrite degenerativa (osteoartrite) das articulações facetárias é também uma causa de dor lombar localizada que pode ser detectada com exames de raios x simples. Estas causas de dor lombar degenerativa são, na maioria das vezes, tratadas de forma conservadora com calor intermitente, repouso, exercícios de reabilitação e medicamentos para aliviar a dor, os espasmos musculares e a inflamação.
Lesão nos ossos e articulações: Fraturas (quebra óssea) da coluna lombar e do sacro afetam com mais frequência pessoas idosas com osteoporose, em especial aqueles que tomaram cortisona a longo prazo. Para esses indivíduos, em alguns casos, mesmo o mínimo de estresse na coluna (como se curvar para amarrar os sapatos) pode levar a fratura do osso.
Nesse cenário, a vértebra pode entrar em colapso (fratura de compressão vertebral). A fratura provoca, de imediato, dor localizada severa que pode irradiar em feixes, em torno da cintura e piora ao movimentar o corpo. Esta dor não costuma irradiar para as extremidades inferiores. As fraturas vertebrais em pacientes mais jovens ocorrem somente após trauma grave, como acidentes de carro ou convulsões.
Em pacientes mais jovens e mais velhos, as fraturas vertebrais levam semanas para cicatrizar e requerem repouso e analgésicos. Fraturas de vértebras por compressão associadas a osteoporose também podem ser tratadas através de um procedimento chamado vertebroplastia ou cifoplastia, que pode ajudar a reduzir a dor. Neste procedimento, um balão é inflado na vértebra comprimida, muitas vezes devolvendo a altura perdida. Depois, um “cimento” (Metil metacrilato) é injetado no balão e mantém a estrutura e a altura do corpo da vértebra. A dor é aliviada quando a altura da vértebra colapsada é restaurada.
Artrite: As espondiloartropatias são tipos inflamatórios de artrite que podem afetar a região lombar e as articulações sacroilíacas. Exemplos de espondiloartropatias incluem artrite reativa (Doença de Reiter), espondilite anquilosante, artrite psoriática e a artrite associada à doença inflamatória intestinal. Cada uma dessas doenças pode levar a dor lombar e rigidez, comum ser pior de manhã.
Essas condições começam, em geral, na segunda e terceira décadas de vida. São tratadas com medicamentos para diminuir a inflamação. Medicamentos biológicos mais recentes têm sido muito bem-sucedidos em atenuar a doença e interromper sua progressão.
Quais são as outras causas de dor lombar?
Outras causas de dor lombar incluem problemas renais, gravidez, problemas nos ovários e tumores.
Problemas renais – Infecções renais, cálculos e sangramento traumático do rim (hematoma) estão, com frequência, associados à dor lombar. O diagnóstico pode requerer análise de urina, ondas sonoras (ultrassom) ou outros exames por imagem do abdômen.
Gravidez – A gravidez costuma levar à dor lombar por causa do estresse mecânico da coluna lombar (alteração da curvatura lombar normal) e pelo posicionamento do bebê dentro do abdômen. Além disso, os efeitos do hormônio feminino estrogênio e da relaxina (hormônio que amolece as articulações pélvicas) podem contribuir para o afrouxamento dos ligamentos e estruturas das costas. Exercícios e alongamentos de inclinação pélvica são uma recomendação comum para aliviar essa dor. Também é recomendada a manutenção do condicionamento físico durante a gravidez, seguindo os conselhos do médico da paciente. Parto normal também pode causar dor lombar.
Problemas nos ovários – Cistos ovarianos, miomas uterinos e endometriose também podem causar dor lombar. O diagnóstico preciso pode exigir exames ginecológicos.
Tumores – A lombalgia pode ser causada por tumores, benignos ou malignos, que se originam em algum osso da coluna ou da pelve ou na medula espinhal (tumores primários) e aqueles que se originam em outros lugares e se espalham para essas áreas (tumores metastáticos). Os sintomas variam desde dor localizada até irradiação intensa de dor e perda da função dos nervos e dos músculos (até mesmo incontinência urinária e fecal) dependendo se os tumores afetam ou não o tecido nervoso. Os tumores nessas áreas são detectados por meio de exames de imagem, como radiografias simples, cintilografia óssea, tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Quais são as causas incomuns de dor lombar?
Causas incomuns de dor lombar incluem doença óssea de Paget, sangramento ou infecção na pelve, infecção da cartilagem e/ou dos ossos da coluna vertebral, aneurisma da aorta e herpes-zóster.
Doença óssea de Paget
A doença óssea de Paget é uma condição de causa desconhecida na qual a formação óssea está fora de sincronia com a remodelação óssea normal. Essa condição resulta em ossos e deformidades muito enfraquecidos e pode causar dor localizada, embora, na maioria dos casos, não cause sintomas. A doença de Paget é mais comum em pessoas com mais de 50 anos. Hereditariedade (antecedentes genéticos) e certas infecções virais incomuns já foram sugeridas como causas. Espessamento das áreas ósseas da coluna lombar pode causar a dor irradiada para as extremidades inferiores da ciática.
A doença de Paget pode ser diagnosticada por radiografias simples. No entanto, uma biópsia óssea às vezes é necessária para garantir a precisão do diagnóstico. A varredura óssea é útil para determinar a extensão da doença, que pode envolver mais de uma área.
Um exame de sangue, fosfatase alcalina, é útil para diagnosticar e monitorar a resposta à terapia. As opções de tratamento incluem aspirina, outros medicamentos anti-inflamatórios, analgésicos e medicamentos que retardam o metabolismo ósseo, como calcitonina (Acticalcin, Miacalcic), ácido etidrônico, alendronato de sódio (Fosamax) Ácido risedrônico (Actonel) e pamidronato dissódico (Aredia).
Sangramento ou infecção na pelve
O sangramento na pelve sem trauma significativo é raro e, em geral, é visto em pacientes que tomam medicamentos para afinar o sangue, como varfarina (Varfarina Sódica). Nesses pacientes, uma dor ciática de início rápido pode ser sinal de sangramento na parte posterior da pelve e no abdômen que comprime os nervos espinais na região em que se ligam às extremidades inferiores.
Infecção da pelve é pouco frequente, mas pode ser uma complicação de doenças como diverticulose, Doença de Crohn, colite ulcerativa, doença inflamatória pélvica com infecção das trompas de Falópio ou útero, e até mesmo apendicite. Infecção pélvica é uma complicação grave dessas condições e é muitas vezes associada a febre, baixa de pressão sanguínea e uma situação de risco de vida.
Infecção de cartilagem e/ou osso da coluna vertebral
Infecção dos discos (discite séptica) e osso (osteomielite) é muito raro. Estas condições levam a dor localizada e presença de febre. As bactérias encontradas quando esses tecidos são testados com culturas de laboratório incluem Staphylococcus aureus e o bacilo de Koch (bactéria causadora da tuberculose ). Tuberculose na coluna é chamada de doença de Pott.
Essas são patologias muito sérias que exigem longos períodos de antibióticos. As articulações sacroilíacas raramente são infectadas por bactérias. A brucelose é uma infecção bacteriana que pode envolver as articulações sacroilíacas e, em geral, é transmitida através do leite cru de cabra.
Aneurisma de aorta
Nos idosos, a aterosclerose pode causar enfraquecimento da parede do maior vaso sanguíneo arterial (aorta) no abdômen. Este enfraquecimento pode levar a um abaulamento (aneurisma) da parede da aorta. Enquanto a maioria dos aneurismas não causa sintomas, alguns causam uma dor na lombar do tipo pulsante. Aneurismas de certo tamanho, em especial quando há crescimento ao longo do tempo, podem exigir reparo cirúrgico através de um procedimento de enxerto para reparar a porção anormal da artéria.
Herpes-Zóster
O herpes-Zóster é uma infecção aguda dos nervos responsáveis pela sensibilidade da pele. Em geral ocorre em um ou vários níveis espinhais e apenas de um lado do corpo (direito ou esquerdo). Pacientes com herpes-zóster costumam ter contraído catapora em um momento anterior. Acredita-se que o vírus do herpes que causa a catapora permanece entre as raízes dos nervos espinhais, em um estado latente, por muito tempo após a cura da catapora.
Em pessoas com herpes-zóster, este vírus é reativado e causa infecção ao longo do nervo sensorial, o que causa dor e, em muitos casos, um surto de herpes (bolhas e erupções no mesmo lado do corpo e região do nervo em questão).
A dor na região lombar, em pacientes com herpes-zóster, pode preceder a erupção cutânea em alguns dias. Conjuntos de minúsculas bolhas podem aparecer por vários dias e, aos poucos, em uma ou duas semanas, gerar uma “crosta” e desaparecer. É possível que o paciente desenvolva uma dor no nervo um pouco mais crônica (neuralgia pós-herpética). O tratamento pode envolver alívio sintomático com loções como calamina, ou medicamentos como aciclovir (Zovirax), para a infecção e emplastros de pregabalina (Lyrica) ou lidocaína (Lidoderm) para a dor.
Quais são os fatores de risco para lombalgia?
Os fatores de risco para dor lombar incluem atividades esportivas, levantamento e arremesso de peso, movimentação de bagagem, lesão traumática, infecção renal, gravidez, osteoporose e envelhecimento.
Quais são os outros sintomas e sinais por vezes associados à dor lombar?
A dor lombar pode causar uma grande variedade de sintomas e sinais, dependendo da causa precisa da dor, como revisto acima.
Os sintomas que podem estar associados à lombalgia incluem dormência e/ou formigamento das extremidades inferiores, incontinência urinária ou fecal, incapacidade de andar sem agravo da dor, fraqueza nas extremidades inferiores, atrofia (diminuição no tamanho) dos músculos das extremidades inferiores, erupção cutânea, febre, calafrios, perda de peso, dores abdominais, queimação ao urinar, tontura, dor nas articulações e fadiga.
Como os profissionais de saúde diagnosticam a dor lombar?
O diagnóstico de lombalgia envolve a análise do histórico de doenças e condições médicas subjacentes, bem como exame físico. É essencial que um histórico completo da dor nas costas seja feito, inclusive um histórico de lesões, condições agravantes e atenuantes, sintomas associados (febre, dormência, formigamento, incontinência, etc.), bem como a duração e a progressão dos sintomas.
Além das avaliações rotineiras do abdômen e das extremidades, exames retais e pélvicos podem, em alguns casos, ser necessários.
Outros testes para o diagnóstico de lombalgia podem ser requisitados como exames de sangue e urina, raios x simples, tomografia computadorizada, ressonância magnética, varredura óssea e exames específicos para as terminações nervosas como eletromiograma (EMG) e velocidade de condução nervosa (NCV).
Qual é o tratamento para dor lombar?
Então, como é tratada a dor lombar? Como descrito acima, o tratamento depende muito da causa específica da dor lombar. Além disso, cada paciente deve ser avaliado e tratado de forma individual, no contexto do estado de saúde subjacente e do nível de atividade.
Como foi destacado pela pesquisa apresentada no Encontro Nacional do American College of Rheumatology, um aspecto muito importante da avaliação individual é a própria compreensão e percepção do paciente sobre sua própria situação.
Pesquisadores britânicos descobriram que aqueles que acreditavam que seus sintomas tinham sérias consequências em suas vidas e que possuíam pouco controle sobre seus sintomas, ou que os tratamentos eram pouco efetivos, eram mais propensos a ter um mau prognóstico. Esta pesquisa aponta para os médicos a importância de abordar as preocupações e percepções que os pacientes têm sobre sua condição durante as avaliações iniciais.
Enfim, deve-se notar que as condições listadas acima são destinadas a um quadro geral. Existem muitas outras causas de dor nas costas, inclusive na parte superior, que não foram discutidas.
Qual é o prognóstico para dor lombar?
A perspectiva de dor lombar depende, em absoluto, de sua causa específica. Por exemplo, lesões por distensões agudas costumam ser curadas com pouco tratamento. Por outro lado, anormalidades ósseas que irritam a medula espinhal podem exigir reparo cirúrgico significativo, e o prognóstico depende do resultado cirúrgico. Os melhores resultados a longo prazo envolvem, quase sempre, exercícios e programas de reabilitação que podem requerer um fisioterapeuta.
É possível prevenir a dor lombar?
Evitar lesões na região lombar é um método de prevenção da lombalgia. Além disso, programas de exercícios e condicionamento desenvolvidos para fortalecer a área lombar e os tecidos adjacentes podem ajudar a minimizar o risco de lesões na região lombar. Programas específicos para aliviar e prevenir a dor nas costas podem ser projetados com a ajuda de fisioterapeutas e outros profissionais de saúde.
Quais especialidades médicas tratam a dor lombar?
As especialidades médicas que avaliam e tratam a dor lombar variam de generalistas a subespecialistas. Estas especialidades incluem médicos de emergência, clínicos-gerais, médicos da família, medicina interna, ginecologia, cirurgiões de coluna (ortopedia e neurocirurgia), reumatologia, especialistas em dor, médicos acupunturistas e fisiatria.
Outros profissionais de saúde para acompanhar e tratar a dor lombar incluem fisioterapeutas, educadores físicos e psicólogos.
A verdade sobre dor nas costas
Dor nas costas é algo extremamente comum. De fato, 80% das pessoas terão dor nas costas significativa em algum momento. Os sintomas variam de indivíduo para indivíduo.
A dor pode ser forte ou atenuada. Mitos sobre dor nas costas também são comuns. Você consegue reconhecer os mitos e fatos que se seguem?
Mito: Sempre sente-se com a coluna reta
Sabemos que sentar de forma largada é ruim para sua coluna. No entanto, sentar-se muito ereto e imóvel também pode causar problemas para as costas. Para aliviar a dor nas costas após uma sessão prolongada, experimente inclinar-se de novo na cadeira com os pés no chão, formando uma ligeira curva na região lombar. Além disso, permaneça em pé por uma parte do dia quando possível (por exemplo, enquanto estiver no telefone ou lendo).
Mito: Repouso na cama é a melhor cura
Ficar na cama pode ajudar com uma distensão nas costas aguda ou outra lesão. Mas não é verdade que você deva ficar na cama. Às vezes, permanecer deitado e imóvel pode piorar a dor.
Mito: A dor é causada por ferimentos
Dor nas costas pode ser causada por lesões, degeneração do disco, infecções e condições que são herdadas, como espondilite anquilosante.
Fato: Mais quilos, mais Dor
Manter a forma é útil para prevenir ou agravar a dor nas costas. É mais comum naqueles que não estão em forma ou têm excesso de peso. Aqueles que só se exercitam de tempos em tempos (guerreiros de fim de semana) correm maior risco de sofrer lesões nas costas.
Mito: Ser magro significa estar livre de dor
As pessoas que são muito magras também podem correr risco de ter dores nas costas, em especial aquelas com transtornos alimentares e osteoporose.
Mito: Fazer exercícios é ruim para dor nas costas
Exercícios regulares são uma boa forma de prevenir dores nas costas. Na verdade, para aqueles com alguma lesão aguda na região, às vezes é recomendado algum programa de exercícios leves e sob orientação. É normal se iniciar com exercícios leves e aos poucos aumentar a intensidade.
Fato: Acupuntura pode aliviar a dor
A acupuntura pode ser útil para aliviar muitos tipos de dor nas costas que não respondem a outros tratamentos. Yoga, relaxamento progressivo e terapia cognitivo-comportamental também podem ser benéficos.
Mito: Um colchão firme é melhor
As pessoas diferem em sua resposta à firmeza do colchão. Um estudo na Espanha mostrou que aqueles que dormiam em um colchão de tamanho médio (com classificação de 5,6 em uma escala de 10 pontos de duro a flexível) tinham menos dor nas costas e doenças do que aqueles que dormiam em colchões firmes (2,3 na mesma escala).
Fato: Cerca de oito em dez pessoas sentirão dores nas costas em algum momento da vida.
Nos Brasil, dor nas costas é:
- A principal causa de incapacitação em homens com mais de 45 anos
- O segundo motivo mais comum para uma consulta médica primária
- A terceira razão mais frequente para procedimentos cirúrgicos
- A quinta causa mais frequente de hospitalização.
Então, infelizmente, o fato é que a maioria das pessoas vivencia dores nas costas e problemas nas costas em algum momento de suas vidas.
Fato: a medula espinhal termina na parte superior da região lombar.
Mais abaixo na região lombar existem apenas raízes nervosas, que são estruturas muito resistentes. Na maioria dos casos, dores nas costas muito intensas nem sempre indicam um problema que poderia levar à paralisia.
Exemplos de casos raros em que a paralisia pode ser um risco incluem tumores, infecções e fraturas instáveis da coluna vertebral.
Fato: Na dor aguda, o nível de dor se correlaciona com o nível de dano.
Por exemplo, se você tocar em um ferro quente, sentirá imediatamente uma grande quantidade de dor. No entanto, com dor lombar crônica (presente há mais de 6 semanas), a quantidade de dor não costuma se relacionar à quantidade de dano.
Fato: Embora seja verdade que indivíduos com melhor condicionamento físico sejam menos propensos a experienciar dor nas costas do que indivíduos sedentários, a dor nas costas pode afetar todas as pessoas, apesar do nível de atividade.
Alguns esportes são mais propensos a causar dores nas costas, como golfe, vôlei e ginástica. Em todos os casos, porém, a coluna deve ser considerada uma prioridade no condicionamento, porque cria uma plataforma estável a partir da qual os braços e pernas trabalham.
Mito: A coluna é delicada e facilmente lesionada.
Fato: A coluna e seus músculos, tendões e ligamentos circundantes compreendem uma estrutura bem projetada que é incrivelmente forte, flexível e de suporte. Para ajudar a preservar coluna e espinha, é necessário um condicionamento adequado. Inclusive fortalecimento, flexibilidade e condicionamento aeróbico. Embora existam algumas exceções à regra (como uma fratura instável da coluna vertebral), as costas não precisam ser superprotegidas após a recuperação de um episódio comum de dor nas costas.
Mito: Se tiver dores ou problemas nas costas quando for jovem, vai piorar à medida que envelhece.
Fato: A incidência de dor nas costas é maior entre as idades de 35 e 55 anos. Após os 55 anos, as pessoas costumam ter menos dor, ainda mais se for dor discogênica (dor nas costas ou outras dores, ou sintomas causados por problemas de disco). Enquanto a degeneração do disco é uma parte natural do processo de envelhecimento, nem sempre é acompanhada de dor.
Mito: Meus pais tiveram dores e outros problemas nas costas, então é provável que eu também tenha.
Fato: Para a grande maioria das condições relacionadas a dor nas costas e pescoço, não há predisposição genética, o que significa que os pais não passam suas condições para seus filhos.
Mito: Um exame de ressonância magnética ou outro teste de diagnóstico é necessário para diagnosticar meu problema nas costas.
Fato: A maioria dos profissionais de saúde pode desenvolver uma abordagem de tratamento bem-sucedida com base no histórico médica completo e exame físico.
Apenas padrões específicos de sintomas em uma minoria de casos indicam a necessidade de uma ressonância magnética ou outros testes sofisticados. Em geral, a ressonância magnética é usada quando os pacientes não respondem ao tratamento adequado para dor nas costas.
Mito: O problema de anormalidade/dor no meu exame de ressonância magnética precisa ser curado.
Fato: Uma anormalidade observada em um exame de imagem (ressonância magnética, tomografia computadorizada) nem sempre causa dor nas costas ou outros sintomas.
A verdade é que a grande maioria das pessoas que nunca tiveram um episódio de lombalgia terá anormalidades (como hérnia de disco ou discopatia degenerativa) em um exame de imagem. Para pacientes com lombalgia, 92% -96% podem ser tratados com sucesso sem cirurgia nas costas.
Mito: Se nenhum problema específico nas costas for encontrado, minha dor deve ser psicológica.
Fato: A maioria dos casos de dor nas costas não segue a abordagem médica típica do diagnóstico e tratamento estrutural específico, mas a dor ainda é real.
Embora fatores psicológicos, como depressão e insônia, muitas vezes precisem ser incluídos como parte de um programa abrangente de tratamento para dores nas costas, há também uma variedade de opções de cuidados não-cirúrgicos que podem ajudar a aliviar a dor.
Além disso, sintomas persistentes de dor nas costas devem ser investigados por um especialista qualificado em coluna para descartar problemas graves, como tumores ou infecção.
Mito: Existe uma “cura” padrão para a maioria das causas de dor nas costas e no pescoço.
Fato: Em comparação com outras condições médicas, existem relativamente poucas abordagens padronizadas para o diagnóstico e tratamento de problemas nas costas.
Profissionais de saúde da coluna de várias áreas de especialização (como medicina física e reabilitação, quiropraxia, medicina osteopática, fisioterapia e cirurgia) muitas vezes discordam sobre o diagnóstico e sobre o plano de tratamento mais apropriado para as dores e demais problemas de coluna, e especialistas em uma mesma disciplina também discordam com frequência.
Alguns diagnósticos de dor, como resultado de um problema nas costas, são relativamente diretos (como um tumor espinhal, infecção ou fratura) e geralmente há mais consenso para o diagnóstico e tratamento desses problemas nas costas.
Mito: O descanso é a chave para a recuperação de dores nas costas e problemas nas costas.
Fato: As duas principais razões pelas quais repouso em uma cama pode ser recomendado para dor nas costas são: reduzir a pressão nos discos da coluna e interromper as tensões mecânicas que são irritantes aos receptores de dor.
Um curto período de repouso na cama pode ajudar a reduzir dor aguda nas costas. No entanto, na maioria dos casos, mais de 1 ou 2 dias de descanso podem ser prejudiciais para a recuperação da dor nas costas, levando a um potencial aumento da dor e outros resultados adversos, tais como:
- Atrofia muscular (1% a 1,5% por dia)
- Descondicionamento cardiopulmonar (15% de perda em 10 dias)
- Perda de minerais ósseos
- Risco de coágulos sanguíneos
- Perda financeira
- Cria uma mentalidade de “doença”.
Com isso considerado, um programa de exercícios para a lombar pode ajudar a limitar a dor nas costas.
Mito: Calor e massagem provocam bem-estar, então deve ajudar com dor e problemas nas costas.
Fato: Estas terapias podem reduzir a dor aguda nas costas a curto prazo, mas não fornecem uma solução duradoura.
São usados para controlar a dor durante a recuperação, permitindo que os pacientes concluam um programa de reabilitação e participem das atividades diárias.
Mito: Dor a longo prazo indica que eu preciso de cirurgia nas costas para meus problemas.
Fato: Cirurgia de coluna na verdade tem uma probabilidade reduzida de ser bem-sucedida no tratamento da dor lombar crônica.
Sintomas de dor nas costas que sugerem uma cirurgia podem ser úteis se ocorrem bem no princípio da apresentação da dor e são bem claros.