Dor Crônica – O que é? Causas, Sintomas, Tratamentos

Dor Cronica

Resumo sobre Dor Crônica

  • A dor crônica é definida como qualquer dor que dura mais de 12 semanas.
  • Pode ser causado por uma lesão, uma condição médica ou um distúrbio de saúde mental.
  • Pode variar de leve a grave e pode ser constante ou intermitente.
  • Ele pode interferir na capacidade de uma pessoa trabalhar ou realizar atividades diárias.
  • Pode causar sofrimento emocional, como depressão, ansiedade e raiva.
  • Muitas vezes é tratado com medicamentos, fisioterapia e mudanças no estilo de vida.

O nosso dia a dia já é tão cheio de problemas e preocupações que qualquer coisa que nos tira a saúde acaba se tornando algo ainda pior. Dentre as coisas que afetam nossa saúde e que se torna um fardo está a dor crônica. A dor crônica costuma aparecer como um problema aparentemente simples, mas que parece não sanar de forma alguma e persiste por meses, anos às vezes[1]Apkarian AV, Baliki MN, Geha PY. Towards a theory of chronic pain. Progress in neurobiology. 2009 Feb 1;87(2):81-97..

As pessoas costumam relacionar a intensidade desta dor com a gravidade da doença. Mas, no caso da dor crônica, a relação não funciona assim. Dores muito intensas podem estar relacionadas a nenhuma doença específica[2]Von Korff M, Dunn KM. Chronic pain reconsidered. Pain. 2008 Aug 31;138(2):267-76..

A definição de dor elaborada pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) é “a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a dano tecidual real ou potencial, ou descrita em termos de tal dano”. Esta é uma definição amplamente usada e aceita de dor aguda de curto prazo e dor crônica.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que aproximadamente 30% da população sofre com a dor crônica. Além disso, a dor crônica é causadora de impactos bastante negativos na população como morbidade, absenteísmo e incapacidade temporária ou permanente no mercado de trabalho, o que gera custos elevados para os sistemas de saúde.

Somado a isso, há impacto negativo na qualidade de vida do doente e seus familiares. Um dos fatores que complica ainda mais a situação é que a maioria dos casos de dor crônica parece não haver um motivo para a dor persistir. Isso dificulta o tratamento apropriado e, por isso, é um importante problema de saúde pública[3]Smith BH, Elliott AM, Chambers WA, Smith WC, Hannaford PC, Penny K. The impact of chronic pain in the community. Family practice. 2001 Jun 1;18(3):292-9.

Confira abaixo mais detalhes sobre o que é a dor crônica e como administrá-la.


A dor é sempre uma experiência pessoal influenciada em graus variados por fatores biológicos, psicológicos e sociais.


O que é dor crônica?

sistema nervoso cerebro neurotransmissores

A dor crônica é caracterizada pela dor que persiste ou ocorre com frequência por mais de três meses, embora outros critérios sejam utilizados.

Em alguns casos, classifica-se como dor crônica a dor persistente por pelo menos seis meses ou aquela que persiste após o período estimado para a recuperação normal de uma lesão, estimado em semanas. E esta dor pode ser agravada por traumatismos ou posições forçadas, ou incorretas, por exemplo[4]Dansie EJ, Turk DC. Assessment of patients with chronic pain. British journal of anaesthesia. 2013 Jul 1;111(1):19-25..

A dor crônica é geralmente dividida em dois tipos: a dor nociceptiva e a dor neuropática. A dor nociceptiva é aquela ligada a um dano no tecido, enquanto a dor neuropática é a dor ligada aos nervos.


O sistema sensorial da dor é projetado para a sobrevivência. Se um sinal de dor persistir, a programação padrão é que a ameaça à sobrevivência continua sendo uma preocupação urgente. Assim, o objetivo do sistema de dor é tirá-lo do caminho do perigo aumentando a intensidade e o desconforto do sinal de dor.


Quais as causas da dor crônica?

A dor crônica costuma estar associada com doenças caracterizadas como crônicas, como é o caso do câncer, da artrite reumatoide e da diabetes.

Pode estar associada também com lesões, como hérnia de disco, ligamento rompido e doenças primárias, como dor neuropática, fibromialgia, cefaleia crônica, artrite reumatoide e hérnia de disco. Nesses casos, o agente da dor é classificado como oculto ou remoto. Este tipo de dor costuma ser mais difícil de tratar[5]Moseley GL. A pain neuromatrix approach to patients with chronic pain. Manual therapy. 2003 Aug 1;8(3):130-40..

No entanto, até mesmo lesões leves podem causar dor persistente. Nesses casos, dizemos que o agente da dor é evidente, como uma dor crônica após torcer o pé.

A grande maioria dos casos de dor crônica está ligado a um processo físico, como dores causadas pelo câncer. No entanto, até mesmo fatores psicológicos podem aumentar a intensidade ou a duração da dor persistente. Nesses casos, o nível da dor crônica pode ser desproporcional aos processos físicos que estão relacionados a ela.

Consequentemente, a dor crônica pode provocar ou exacerbar problemas psicológicos como a depressão e a ansiedade[6]Grichnik KP, Ferrante FM. The difference between acute and chronic pain. The Mount Sinai journal of medicine, New York. 1991 May 1;58(3):217-20..


Causas comuns de dor crônica incluem:

DiagnósticoDescrição
FibromialgiaUm distúrbio crônico caracterizado por dor musculoesquelética generalizada, fadiga e sensibilidade em áreas localizadas.
OsteoartriteUma doença articular degenerativa que causa rigidez e dor nas articulações.
EnxaquecaUm distúrbio de dor de cabeça recorrente que geralmente é caracterizado por intensa dor latejante ou pulsante em uma área da cabeça.
Dor NeuropáticaUm distúrbio de dor crônica causado por dano ou doença nos nervos.
Síndrome Dolorosa MiofascialUma condição crônica caracterizada por dor e sensibilidade nos músculos e tecidos moles.


Processamento da dor no sistema nervoso periférico e central

A fisiologia do processamento da dor compreende funcionalmente quatro etapas: transdução, transmissão, modulação e percepção. Esses processos são clinicamente relevantes, pois cada um fornece alvos para o tratamento e prevenção da dor.

  • A transdução é a geração de um potencial de ação a partir de um estímulo químico, mecânico ou térmico nocivo.
  • A transmissão é a propagação do sinal através da via aferente do nociceptor ao córtex sensorial.
  • A modulação é a modificação positiva ou negativa do sinal de dor ao longo da via aferente.
  • A percepção é a integração do sinal de dor na consciência.

O processo de dor no corpo começa com a estimulação de nociceptores, que estão presentes nas terminações nervosas livres do corpo. Esses nociceptores detectam lesões teciduais por estímulos nocivos, enviando impulsos nervosos elétricos para os gânglios da raiz dorsal. A partir daí, o sinal viaja para a medula espinhal, o tálamo e, finalmente, o córtex cerebral, que determina a localização exata da dor. Isso permite que os humanos reconheçam a dor e tomem as medidas necessárias para evitar mais danos.


Fatores de risco para dor crônica

  • Ser do gênero feminino
  • Ter mais de 60 anos
  • Baixo nível socioeconômico e de instrução
  • Obesidade e sobrepeso
  • Localização anatômica: lombar e cervical, cabeça e membros são as regiões mais frequentemente afetadas
  • Problemas como ansiedade e depressão
  • Desemprego


Sintomas da dor crônica

fibromialgia dor cronica

A dor crônica provoca, com frequência, sinais vegetativos. Exemplos de sinais vegetativos são o cansaço, falta de apetite, problemas de sono, diminuição da libido, constipação intestinal. Esses sintomas vão se desenvolvendo gradualmente.

Com o tempo, a dor constante que limita a movimentação do paciente afetado por levar a problemas psicológicos como depressão e ansiedade.

Decorrente disso, os pacientes se isolam e se afastam da sociedade. E como resultado final, estas pessoas costumam sair do trabalho, gerando, além do impacto na saúde pública, impacto econômico.

SintomaDescrição
Dores de cabeçaAs dores de cabeça crônicas podem variar de leves a graves e podem durar horas ou dias.
Dor nas ArticulaçõesA dor crônica nas articulações é uma dor persistente e muitas vezes duradoura que pode afetar qualquer articulação do corpo.
Dores muscularesA dor muscular crônica é uma dor persistente, geralmente de longa duração, que pode afetar qualquer músculo do corpo.
FadigaA fadiga crônica pode durar semanas, meses ou até anos e pode ser debilitante.
Problemas de sonoProblemas crônicos de sono podem incluir dificuldade em adormecer, permanecer dormindo ou ter um sono restaurador suficiente.
Mudanças de humorA dor crônica pode causar sentimentos de tristeza, ansiedade e depressão.


Quais os tratamentos para dor crônica?

Uma das principais dificuldades do tratamento para dor crônica é que os remédios convencionais geralmente não funcionam e podem até mesmo piorar a situação.

O simples repouso contínuo que é frequentemente indicado pelos médicos não é indicado para dores crônicas. Isto porque pode levar a uma deficiência circulatória grave e até mesmo reduzir a mobilidade do paciente. Essa limitação de movimentação gera ainda sentimentos de impotência que, consequentemente, pode levar a depressão.

Por isso, uma das tentativas de tratamento nesses casos é o envolvimento de vários especialistas, o que chamamos de tratamento interdisciplinar.

O tratamento interdisciplinas envolve além de médicos, psicólogos e fisioterapeutas e medicamentos analgésicos, combinados com métodos físicos, e tratamentos psicológicos.

MedicamentoComo funcionaEfeitos colaterais comuns
Anti-Inflamatórios Não Esteoidais (ibuprofeno, aspirina, cetoprofeno, celecoxibe, trometamol)Reduz a inflamação e diminui a dor.Náusea, vômito, dor de estômago, constipação, azia, dor de cabeça, tontura, erupção cutânea.
Analgésicos (dipirona, paracetamol)Atuar no sistema nervoso central para aliviar a dor.Sonolência, tontura, confusão, constipação, náusea, vômito.
Opioides (tramal, codeina, metadona, morfina)Ligue-se a receptores opioides no cérebro e na medula espinhal para reduzir as mensagens de dor.Náusea, vômito, constipação, tontura, sedação, confusão e depressão respiratória.
Antidepressivos (amitriptilina, nortriptilina, venlafaxina, duloxetina)Atua no sistema nervoso central para reduzir a dor e melhorar o humor.Náusea, boca seca, constipação, sonolência, tontura, dor de cabeça, visão turva, disfunção sexual.
Anticonvulsivantes (gabapentina, pregabalina, carbamazepina)Estabilize a atividade elétrica no cérebro para reduzir a dor.Sonolência, tontura, confusão, náusea, vômito, ganho de peso, visão turva, depressão, tremor.
Medicamentos Tópicos (capsaicina)Aplicar medicação através da pele para reduzir a dor.Irritação da pele, vermelhidão, coceira, erupção cutânea, dor de cabeça, náusea, tontura.
Anestésicos tópicos (patch de lidocaína)Reduza os sinais nervosos para reduzir a dor.Irritação da pele, vermelhidão, coceira, erupção cutânea.
CanabidiolLiga-se a receptores no cérebro e na medula espinhal para reduzir a dor.Sonolência, boca seca, náusea, fadiga, tontura.

Os médicos geralmente indicam anti-inflamatórios, antidepressivos, analgésicos ou anticonvulsivantes[7]Verdu B, Decosterd I, Buclin T, Stiefel F, Berney A. Antidepressants for the treatment of chronic pain. Drugs. 2008 Dec;68(18):2611-32.. Em alguns casos, pode até ser sugerido procedimentos de intervenção, como radiofrequência ou bloqueios anestésicos, além de atividades físicas, acupuntura, psicoterapia e outros.

Outra sugestão dos médicos para tratar dores crônicas é uma mudança radical no estilo de vida, como dieta balanceada, mais atividades físicas, atividades de lazer e bem-estar, que promovem o equilíbrio do corpo[8]Mior S. Exercise in the treatment of chronic pain. The Clinical journal of pain. 2001 Dec 1;17(4):S77-85..

Tratamentos não farmacológicos para dor crônicaExplicação
FisioterapiaExercícios personalizados para ajudar a melhorar a mobilidade e reduzir a dor
ExercícioExercício regular para melhorar a força e reduzir a dor
Terapia de calor ou frioUso de calor ou frio para reduzir a inflamação e a dor
YogaAlongamento consciente para reduzir a tensão e melhorar a flexibilidade
MassagemManipulação manual dos músculos para reduzir a tensão e a dor
AcupunturaInserção de agulhas para estimular o fluxo de energia e reduzir a dor
Técnicas de relaxamentoMeditação e respiração profunda para reduzir o estresse e a dor
Terapia Cognitiva ComportamentalTerapia para mudar padrões de pensamento negativo e melhorar o enfrentamento
BiofeedbackUso de tecnologia para monitorar e controlar respostas fisiológicas

Mesmo nem sempre sendo possível se curar da dor crônica definitivamente, é possível manejá-la melhor, de uma maneira mais saudável. Isso promoverá melhor qualidade de vida e o possível retorno do paciente na sociedade, interagindo com pessoas e voltando ao mercado de trabalho.


Diagnóstico para dor crônica

Sempre há maior probabilidade de a dor crônica ser decorrente de uma causa física. Por isso, o primeiro passo é identificá-la com o auxílios de testes físicos e exames.

Além disso, é importante estimar o efeito da dor na vida do paciente. Pode ser até mesmo necessário a avaliação por um psiquiatra forma no caso de suspeita de algum problema psicológico preexistente. Se for este caso, eles precisam ser tratados para que a administração da dor tenha maior sucesso.

  • Exame Físico: Será realizado um exame físico para avaliar a localização, intensidade e tipo de dor crônica. Este exame também pode incluir uma amplitude de movimento, teste de reflexo e uma avaliação de quaisquer condições médicas subjacentes.
  • Exame neurológico: um exame neurológico pode ser usado para avaliar a função do nervo e descartar condições como síndrome do túnel do carpo, neuropatia periférica e danos nos nervos.


Exames complementares para dor crônica

  • Exames laboratoriais: exames de sangue podem ser usados para detectar inflamações ou infecções, como hemograma completo (CBC), proteína C reativa (PCR), velocidade de hemossedimentação (ESR) e fator reumatoide (FR).
  • Exames de imagem: Testes de imagem, como raios-X, tomografia computadorizada e ressonância magnética, podem ajudar a identificar quaisquer problemas estruturais subjacentes que possam estar contribuindo para a dor crônica. Isso pode incluir fraturas ósseas, hérnia de disco e artrite.
  • Diagnóstico Diferencial: O diagnóstico diferencial é uma parte importante do diagnóstico da dor crônica. Isso envolve restringir as possíveis causas de dor para determinar o diagnóstico mais provável. O diagnóstico diferencial pode incluir testes como eletromiografia (EMG) ou estudos de condução nervosa (NCS) para avaliar a função nervosa e uma avaliação psicossocial para avaliar o impacto psicológico da dor.


Consequências da dor crônica

Entre as principais consequências da dor crônica podemos citar:

  • Incapacidade física e funcional
  • Limitação de movimentos
  • Dependência de amigos e familiares
  • Isolamento social
  • Sensação de incapacidade
  • Alterações na libido
  • Mudanças na dinâmica familiar
  • Problemas econômicos
  • Problemas psicológicos
  • Falta de esperança


A dor de cada pessoa é diferente, e há muitas causas de agravamento da dor. Estresse, depressão, raiva, ansiedade ou medo e isolamento podem criar mais sinais de dor no corpo. Colocar-se no comando ajuda a manejar melhor a dor crônica.

Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas
1 Apkarian AV, Baliki MN, Geha PY. Towards a theory of chronic pain. Progress in neurobiology. 2009 Feb 1;87(2):81-97.
2 Von Korff M, Dunn KM. Chronic pain reconsidered. Pain. 2008 Aug 31;138(2):267-76.
3 Smith BH, Elliott AM, Chambers WA, Smith WC, Hannaford PC, Penny K. The impact of chronic pain in the community. Family practice. 2001 Jun 1;18(3):292-9
4 Dansie EJ, Turk DC. Assessment of patients with chronic pain. British journal of anaesthesia. 2013 Jul 1;111(1):19-25.
5 Moseley GL. A pain neuromatrix approach to patients with chronic pain. Manual therapy. 2003 Aug 1;8(3):130-40.
6 Grichnik KP, Ferrante FM. The difference between acute and chronic pain. The Mount Sinai journal of medicine, New York. 1991 May 1;58(3):217-20.
7 Verdu B, Decosterd I, Buclin T, Stiefel F, Berney A. Antidepressants for the treatment of chronic pain. Drugs. 2008 Dec;68(18):2611-32.
8 Mior S. Exercise in the treatment of chronic pain. The Clinical journal of pain. 2001 Dec 1;17(4):S77-85.

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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