Aciclovir é antibiótico ?

Muitas pessoas costumam confundir remédios que são antibióticos e antivirais.

Como os antibióticos são mais comuns, eles costumam ser indicados para mais doenças do que remédios antivirais. Isso porque, para o tratamento de doenças causadas por vírus, os remédios geralmente tratam os sintomas e não as causas em si (ou seja, os vírus).

Um dos poucos antivirais que existem é o Aciclovir. Por isso, ele não é um antibiótico, não podendo ser utilizado para tratamento de doenças causadas por bactérias.

Confira abaixo mais informações sobre o Aciclovir.


O que é ?

Como mencionamos, o Aciclovir não é um antibiótico. Ele é um antiviral de uso adulto e pediátrico.

Ele pode ser encontrado nas drogarias sob várias formas: como comprimido, pomada, pó liofilizado para solução injetável e creme.  Lembrando que ele só pode ser adquiro mediante prescrição médica.

Os nomes Comerciais mais comuns são: Aciclofar®, Acivirax®, Aciclomed®, Antivirax®, Aciveral®, Aciclovan®, Aciclor®, Acibioanclomax®, Aviral®, Ciclavix®, Clovir®, Exavir®, Hervirax®, Herpesil®, Hpvir®, Ezopen®, Cicloviral®, Ductovirax®, Zovirax®, Zynvir®, Uni Vir®, Virotin®, Ziclovir®. 


Para que serve o Aciclovir

Ele é indicado para o tratamento de infecções causadas pelo vírus Herpes simplex, incluindo herpes labial e herpes genital, e também causadas pelo vírus da Varicela-Zoster.

Além disso, o Aciclovir é indicado para os vírus:

  • vírus Epstein-Barr, causador da doença mononucleose; 
  • herpesvírus 6 e 7, causadores da doença roséola (exantema súbito); 
  • herpesvírus-8, causador da doença sarcoma de Kaposi.

Aciclovir é antibiótico

Aciclovir tem ação antibiótica?

Não, como já mencionamos o Aciclovir não tem ação antibiótica, uma vez que age sobre a ação e sintomas causados por doenças virais.

O aciclovir um medicamento que atua bloqueando os mecanismos de replicação do vírus do herpes humano.


Tabela: Indicações do aciclovir

IndicaçãoDescrição
Vírus Herpes SimplexO aciclovir pode ser usado para tratar infecções por vírus herpes simplex, incluindo herpes genital, herpes labial e herpes zoster.
VaricelaO aciclovir pode ser usado para tratar a varicela e reduzir a gravidade dos sintomas.
CitomegalovírusO aciclovir pode ser usado para tratar o citomegalovírus, um vírus que pode causar infecções graves em pessoas com sistema imunológico enfraquecido.
HIVO aciclovir pode ser usado para tratar a infecção pelo HIV e reduzir o risco de desenvolver complicações mais graves.


Como o Aciclovir funciona

O Aciclovir age bloqueando os mecanismos de multiplicação do vírus Herpes simplex e do Varicela-Zoster.

Dessa forma, ele não cura as infecções, mas consegue reduzir os sintomas dessas doenças, como ardor, queimação e formação de bolhas na pele, além de diminuir a gravidade da doença. Consequentemente, o paciente tem mais chances de se curar rapidamente.

Além disso, esse medicamento ajuda a cicatrizar as bolhas mais rapidamente, evitando a formação de novas feridas.

Em pacientes diagnosticados com doenças imunossupressoras, ou seja, que deixam o sistema imunológico enfraquecido, o aciclovir diminui o risco do vírus se espalhar para outras partes do corpo e causar infecções ainda mais graves.

Geralmente, este medicamento começa a fazer efeito logo nas primeiras 48 horas após o início do tratamento. Após esse período, os sintomas da doença já diminuem consideravelmente. Por conta disso, ele é considerado muito eficiente.

aciclovir

Efeitos colaterais

Como qualquer medicamento, o aciclovir causa efeitos colaterais. Os mais comuns, ou seja, que acometem entre 1% e 10% dos pacientes que utilizam este medicamento, são:

Mais raramente, que acometem entre 0,01% e 0,1% dos pacientes que utilizam este medicamento, o uso do Aciclovir em creme pode causar queimação ou ardência e ressecamento leve. Já o uso da pomada oftálmica pode causar o aparecimento de lesões na córnea, irritação local ou conjuntivite.

No entanto, reações mais graves também podem decorrer do uso desse medicamento, como:

  • Falta de ar
  • Inchaço na pele (angioedema
  • Anemia; 
  • Leucopenia
  • Trombocitopenia
  • Agitação 
  • Confusão 
  • Tremor
  • Ataxia (falta de coordenação dos movimentos); 
  • Alucinações
  • Encefalopatia
  • Coma; 
  • Hepatite
  • Insuficiência renal aguda

Se sentir qualquer um desses sintomas mais graves, procure um médico imediatamente!


Quem não deve usar

O Aciclovir não deve ser usado por pessoas que tenham alergia ao medicamento ou a qualquer outro componente da fórmula. Além disso, mulheres grávidas e lactantes não devem fazer uso do Aciclovir em nenhum formato.

Pessoas que utilizam lente de contato devem suspender o uso durante o tratamento com a pomada oftálmica de Aciclovir.


Como usar o Aciclovir?

A quantidade e a forma de usar irá depender da doença a ser tratada e do formato de Aciclovir utilizado.

Para aplicação do Aciclovir de uso tópico, por exemplo, indica-se a higienização das mãos, antes e depois de aplicar o produto. O medicamento deve ser utilizado cinco vezes ao dia, em intervalos de aproximadamente quatro horas, com exceção do período da noite.

Sempre siga as orientações do seu médico quanto à forma de uso, horários e tempo de tratamento.

aciclovir

Interações medicamentosas    

Como todo medicamento, é possível que o Aciclovir cause interações com outros medicamentos, que afetam a fisiologia renal e potencialmente possam influenciar na eficiência do Aciclovir para o tratamento.

Por conta disso, é fundamental que seu médico saiba quais outros medicamentos você já faz uso ou caso precise tomar um remédio para outra função. Como vimos, é muito importante que seu médico seja consultado antes de iniciar qualquer tratamento, para avaliar qual o melhor medicamento, as doses e o tempo adequado para os sintomas que você apresenta.

Jamais pratique a automedicação, pois, o uso de remédios que não são indicados para o tratamento de doenças bacterianas pode ter graves consequências.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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