Polineuropatia diabética – complicação da diabetes – dor e formigamento

controle e tratamento de diabetes polineuropatia diabetica

A polineuropatia diabética acomete o sistema nervoso periférico, sendo uma complicação da diabetes crônica. Ocorre degeneração progressiva dos nervos periféricos, principalmente nas extremidades (mãos e pés), ocorrendo dor em formigamento, choque e hiperalgesia.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes, o diabetes doença tem prevalência de 8,7% entre a população adulta de 30 a 69 anos na América do Sul [1], apresentando diversas quadros relacionados, como retinopatias, poliúrias, polidipsia, e a Polineuropatia Diabética (PND) [2], sendo a última uma das mais frequentes e debilitantes complicações da diabetes [3].

A polineuropatia diabética é uma doença nervosa e progressiva [4], apresentando sintomas como dor neuropática, úlcera nos pés e disfunção autonômica, afetando diretamente a qualidade de vida de seus portadores [5].

Pelo alto índice de morbidade associado a esse quadro [6], bem como a dificuldade de um diagnóstico precoce devido ao seu início silencioso [7], se faz necessário o controle dos desencadeantes dessa patologia, como o controle da glicemia em pacientes diabéticos e pré-diabéticos [8].

A polineuropatia diabética ainda não possui cura, sendo seu tratamento bastante eficaz para o controle de sintomas e melhoria da qualidade de vida dos pacientes [9].


Fisiopatologia da polineuropatia diabética

teste de glicemia diabetes

A polineuropatia diabética é uma doença microvascular, progressiva, não-inflamatória, difusa, e caracterizada por uma disfunção dos nervos periféricos [4] devido a um quadro de hiperglicemia. Essa patologia pode afetar quaisquer nervos periféricos do corpo, como os neurônios sensoriais, autônomos e motores.

Nessa condição, propõe-se que a hiperglicemia crônica afeta a microcirculação e metabolismo de neurônios periféricos e autônomos, progredindo para alterações na condução nervosa e da perfusão sanguínea nos nervos, podendo culminar em lesões permanentes e em processos neurodegenerativos associados [9-14].

FisiopatologiaDescrição
Disfunção neurovascularDeficiência no funcionamento dos nervos, capilares e arteríolas causada pelo diabetes.
Isquemia neuralFluxo sanguíneo inadequado para os nervos, resultando em dano tecidual.
NeurotoxicidadeEfeitos tóxicos da glicose ou outros subprodutos metabólicos nos nervos.
NeuropatiaDanos aos nervos do sistema nervoso periférico.
Disfunção autonômicaPerda do controle automático das funções do corpo, como frequência cardíaca e pressão arterial.
InflamaçãoUma reação à lesão tecidual causada por uma resposta imune.
Estresse OxidativoUm desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade do corpo de neutralizar seus efeitos nocivos.
Lesão neuronalDano às células nervosas devido a distúrbios metabólicos ou lesão mecânica.

Em sua classificação, a Polineuropatia Diabética Sensório-Motor, também chamada Polineuropatia Diabética Típica, é a mais incidente, afetando 30% dos diabéticos.

Nesse subtipo, os pacientes apresentam uma perda de sensibilidade nos membros inferiores de maneira progressiva, crônica e lenta, além de episódios dolorosos, pontadas, paresias, e outros sintomas associados. Menos frequente, mas também com acometimento na qualidade de vida dos pacientes, se encontra a Neuropatia Autonômica e outras formas mais atípicas, como a Polirradioculopatia [9, 15]. Todos os subtipos de polineuropatia diabética podem afetar pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 [16].

Embora a hiperglicemia seja o ponto central para o desenvolvimento dessa patologia, os mecanismos e vias associadas ainda não são totalmente elucidados. Propõe-se o envolvimento de quatro vias celulares principais [3, 17, 18]: aumento de poliol nas células de Schwann [19, 20], aumento de produtos finais de glicação avançada em neurofilamentos [21], desregulação da via da hexosamina [22], e ativação de proteína quinase C [23].

Em comum entre as vias, e possivelmente desencadeante da lesão nervosa e da neuroinflamação, destaca-se o aumento de espécies reativas de oxigênio, culminando em um estresse oxidativo [17, 24].

O estresse oxidativo é definido como um desbalanço entre radicais livres e antioxidantes. Estudos animais demonstraram uma relação entre essa condição e a desregulação da condução nervosa especialmente dos nervos periféricos, além de alteração no fluxo sanguíneo nervoso [9].

Além de desencadeante das vias anteriormente citadas, o estresse oxidativo também foi relacionado com o início e agravamento da neuroinflamação associada com ativação de citocinas pró-inflamatórias, que pode ser responsável por alterações morfológicas dos neurônios, como suscetibilidade de infiltração de micróglias e monócitos, e apresentação de quadros de gliose reativa no sistema nervoso [13].

Esse quadro de estresse oxidativo associado à neuro inflamação pode levar a quadros iniciais de perda de sensibilidade das fibras nervosas mais alongadas, diminuindo a velocidade de condução nervosa das mesmas [13, 17]. Por esse motivo, os primeiros e mais proeminentes sintomas dessa patologia são observados nos membros inferiores, especialmente nas pernas e nos pés do paciente. ‘Adicionalmente, o dano das fibras nervosas culmina em sintomas como formigamento, perda de sensibilidade e diminuição de reflexos [13].


Causa da polineuropatia diabética

diabetes polineuropatia diabetica

A polineuropatia diabética é marcada por um início silencioso e assintomático, levando muitas vezes a um diagnóstico tardio. Além de pacientes diabéticos, estudos têm demonstrado a incidência dessa patologia em estágios iniciais da hiperglicemia, no chamado pré-diabetes [9, 11].

Entre as principais causas relacionadas com essa patologia, destacam-se a hiperglicemia, alto nível de triglicerídeos, excesso de peso, tabagismo, pressão alta, tempo que o paciente possui a diabetes e presença de retinopatias associadas [25-27].

Entre os fatores citados, merece especial atenção o descontrole da glicemia do paciente, sendo esse o responsável pela diminuição da capacidade de eliminação de radicais livres do corpo, contribuindo significativamente para o estresse oxidativo [28].

CausaDescrição
Neuropatia diabéticaUm distúrbio progressivo causado por danos nos nervos associados ao diabetes.
Disfunção metabólicaUm desequilíbrio nos processos metabólicos do corpo, que pode levar a danos nos nervos.
Glicemia altaNíveis elevados de glicose no sangue podem danificar as fibras nervosas.
Resposta AutoimuneO sistema imunológico do corpo ataca por engano células saudáveis, o que pode causar danos aos nervos.
InfecçãoAs fibras nervosas expostas podem ser infectadas, causando inflamação e dor.
TraumaTraumas físicos nos pés, tornozelos ou pernas podem causar danos às fibras nervosas.
Deficiências nutricionaisA falta de certas vitaminas e minerais pode levar a danos nos nervos, como a vitamina B1, vitamina B6, vitamina B12 e Vitamina E. Minerais podem incluir magnésio, zinco, selênio e cobre.


Sintomas da polineuropatia diabética

A polineuropatia diabética apresenta três estágios de progressão:

  • Zero, representando a ausência de sintomas com presente alteração no padrão de disparos das fibras nervosas observado por exames eletrofisiológicos;
  • Clínico agudo e crônico, com os pacientes apresentando dores agudas, distúrbios de sensibilidade, sintomas de algia e ausência de reflexo; e
  • Final, característico por complicações graves da doença, como úlcera, neuroastrortropatia e amputações não-traumáticas.

O progredir da patologia e seus sintomas são proporcionais ao comprometimento das fibras nervosas, e o tipo de fibra afetada [10, 12, 24].

Os sintomas sensoriais envolvem os chamados sintomas positivos e negativos. Entre eles, destacam-se formigamento na região acometida, pontadas, cãibras e ardor. Tais sintomas vêm geralmente acompanhados por alodinia, ou sensação dolorosa ao toque [29].

Já os sintomas motores envolvem dor nervosa com presença de queimação ou sensação de esmagamento, especialmente ao andar. Adicionalmente, há perda de coordenação motora, fraqueza muscular ou atrofia, falta de reflexos e tremor neuropático [29].

SintomaDescrição
Sensações de queimaçãoUma sensação de calor ou calor que geralmente é sentida nos pés, mãos, pernas ou braços.
DormênciaRedução ou perda de sensibilidade nas mãos, pés, pernas ou braços.
FormigamentoSensação de formigamento ou formigamento nas mãos, pés, pernas ou braços.
DorDores agudas ou incômodas, cólicas ou latejantes nas mãos, pés, pernas ou braços.
FraquezaSensação de falta de força nas mãos, pés, pernas ou braços.
Perda de equilíbrioDificuldade em manter ou recuperar o equilíbrio ao ficar de pé ou caminhar.

O acometimento do Sistema Nervoso Autônomo, por outro lado, traz outros sintomas como perda de ereção, tontura, perda de reflexo pupilar, taquicardia, constipação, diarreia, queda de pressão, desordem do suor e edema [15, 29].

Os sintomas da polineuropatia diabética são intensificados no período noturno, e apresentam melhora com o desenvolvimento de atividades físicas. 92% dos pacientes relatam os sintomas como sendo bilaterais, com mais de 96% de acometimento nos membros inferiores [30], e posterior acometimento de membros superiores [7]. A junção desses sintomas traz um grande impacto na qualidade de vida dos portadores dessa condição [7].

Ainda, é importante salientar que cerca de 50% dos pacientes portadores da polineuropatia diabética podem ser assintomáticos, fazendo com que o diagnóstico dessa doença seja mais complicado e, portanto, faz-se ainda mais necessário o acompanhamento médico de portadores de diabetes e pré-diabetes [9].


Diagnóstico da polineuropatia diabética

diabetes controle

Pelo início silencioso e sintomas inespecíficos, estima-se que a polineuropatia diabética ainda seja subnotificada e com defasagem em seu atendimento primário [7]. O principal diagnóstico dessa doença é clínico, com avaliação do histórico do paciente e exclusão de outros tipos de polineuropatias [31]. Além da parte clínica, o diagnóstico da polineuropatia diabética envolve exame neurológico e exame físico [3].

Inicialmente, o clínico observa a presença de dor ou dormência nos membros – especialmente nos inferiores – conjunto a testes de diapasão e de sensibilidade ao quente e ao frio. Aliado a esses sintomas, o paciente também pode apresentar úlceras nos membros periféricos, em especial no pé – quadro conhecido como “Pé Diabético” – que demonstra um estágio mais avançado da patologia [3].

Para confirmação do diagnóstico, além da observação clínica também pode ser solicitado ao paciente uma biópsia de pele/nervos para observação de marcadores de fibras nervosas [9, 32]. Funcionalmente, a polineuropatia diabética também pode ser diagnosticada por respostas evocadas registradas por eletrofisiologia, como o exame de eletroneuromiografia, considerado ‘método-ouro’ para o diagnóstico desse quadro [3, 5, 9].

Técnicas de neuroimagem, como ressonância magnética, estão em fase de desenvolvimento para o diagnóstico da gravidade de dano nervoso nessa patologia [9].

Estudos para o desenvolvimento de outros biomarcadores desse quadro clínico estão sendo pesquisados [9], em especial pela importância do diagnóstico e tratamento em fases iniciais.


Tratamento da polineuropatia diabética

Atualmente, não há cura para a polineuropatia diabética. No entanto, existem diversos tratamentos que visam controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Entre os tratamentos disponíveis, destacam-se o uso de medicamentos, fisioterapia e mudanças no estilo de vida.

A polineuropatia diabética ainda é uma doença sem cura, mas seu tratamento oferece excelente controle aos portadores dessa condição. O tratamento é direcionado para a etiopatogenia e sintomatologia da doença, com controle da glicose sendo essencial. O tratamento pode ser dividido em três principais princípios: tratamento casual, tratamento da patogênese e tratamento dos sintomas.

O tratamento casual é centrado na alteração de hábitos de vida de pacientes diabéticos e pré-diabéticos. Estudos demonstram que mudanças de hábitos de vida podem ser responsáveis por uma redução de 27% na incidência dessa patologia. Além do controle da glicose, recomenda-se melhoria de hábitos alimentares, adição de exercícios físicos na rotina, e interrupção de possíveis hábitos de tabagismo.

Meta de controle glicêmicoHbA1cGlicemia pós-prandial
Controle ideal<7,0%<140 mg/dL
Controle aceitável7,0-7,9%140-180 mg/dL
Controle abaixo do ideal8,0-9,9%180-250 mg/dL
Controle deficiente>9,9%>250 mg/dL

No tratamento voltado para a patogênese, destacam-se alguns fármacos inibidores de aldose redutase, uso de antioxidantes, como a vitamina E e ácido alfa-lipóico, e fármacos para controle da pressão arterial. Essas medidas buscam reduzir os níveis de estresse oxidativo, o que ajuda a prevenir o desenvolvimento de complicações relacionadas à polineuropatia diabética.

O tratamento sintomático é voltado especialmente para o tratamento da dor, que é a principal queixa dos portadores de polineuropatia diabética. Nesse caso, podem ser usados anticonvulsivantes, antidepressivos e fármacos opioides, conforme a necessidade do paciente.

Opções medicamentosas incluem:

DrogaClasse FarmacológicaDosagem
AcetaminofenoAnalgésico (não opioide)500-1000 mg a cada 4-6 horas
DipironaAnalgésico (não opioide)500-1000 mg a cada 4-6 horas
TramadolOpioide50-100 mg a cada 4-6 horas
CodeínaOpioide15-30 mg a cada 4-6 horas
AmitriptilinaAntidepressivo10-50 mg diariamente
GabapentinaAnticonvulsivante100-300 mg diariamente
LamotriginaAnticonvulsivante50-200 mg por dia
NaproxenoAINE250-500 mg a cada 8 horas
IbuprofenoAINE200-400 mg a cada 4-6 horas
CelecoxibeAINE100-200 mg por dia
MetilprednisolonaCorticosteroide4-48 mg diariamente
PregabalinaAnticonvulsivante50-300 mg por dia
TizanidinaAgonista alfa2-adrenérgico2-6 mg a cada 6-8 horas
DuloxetinaInibidor da recaptação de serotonina-norepinefrina20-60 mg por dia
VenlafaxinaInibidor da recaptação de serotonina-norepinefrina75-225 mg diariamente

Tratamento da Dor Crônica

O tratamento sintomático da neuropatia dolorosa é um processo multifacetado e essencialmente farmacológico, que envolve o uso de antidepressivos tricíclicos, anticonvulsivantes, opioides, inibidores de recaptação de norepinefrina e agentes tópicos, como lidocaína e capsaicina.

O objetivo central destes fármacos é o controle dos sintomas dolorosos da neuropatia. Além dos medicamentos, outras opções estão disponíveis para o controle da dor neuropática, como estimulação elétrica, fisioterapia e terapia cognitiva.

A seleção dos medicamentos para o tratamento da neuropatia dolorosa é realizada conforme o tipo de dor, a sua intensidade e a presença de outros sintomas.

Antidepressivos Tricíclicos

Os antidepressivos tricíclicos, como a amitriptilina, são amplamente usados para o tratamento da dor neuropática, pois são eficazes para reduzir a intensidade da dor, além de conseguirem promover o sono e aumentar os níveis de humor.

Estes medicamentos são especificamente indicados para dores associadas à lesão de nervos periféricos, pois possuem um mecanismo de ação que impede a transmissão do sinal dos nervos lesados para o cérebro.

Anticonvulsivantes

Já os anticonvulsivantes, como a carbamazepina, pregabalina e gabapentina, são recomendados para o tratamento da neuropatia dolorosa.

Estes medicamentos conseguem bloquear os canais de sódio sensoriais, evitando que os sinais dolorosos cheguem ao cérebro. Além disso, também são utilizados para a prevenção e tratamento da epilepsia, pois possuem a capacidade de bloquear a formação de potenciais de ação anormais.

Opioides

Os opioides, como a oxicodona, são também indicados para o tratamento da dor neuropática. Estes medicamentos conseguem atuar nos receptores opioides, reduzindo a percepção da dor e a sua intensidade. Porém, apesar de serem eficazes, os opioides possuem o potencial de causar dependência e, por isso, devem ser utilizados com cautela.

Antidepressivos – inibidores de recaptação de norepinefrina

Por fim, os inibidores de recaptação de norepinefrina, como a duloxetina, são também utilizados para o controle da dor neuropática. Estes medicamentos conseguem elevar os níveis de neurotransmissores no cérebro, como a noradrenalina e a serotonina, reduzindo assim a intensidade da dor.

Outras opções de tratamento

Além dos medicamentos, outras opções podem ser utilizadas para o tratamento da neuropatia dolorosa, como a estimulação elétrica.

Esta técnica é realizada por eletrodos colocados na área afetada, permitindo o controle da dor através de pulsos elétricos de baixa intensidade.

Fisioterapia

A fisioterapia também é indicada para o tratamento da dor neuropática, pois promove o fortalecimento dos músculos afetados, além de promover a ativação dos nervos inflamados, reduzindo assim a intensidade da dor.

Terapia Cognitiva

A terapia cognitiva também pode ser utilizada para o controle da dor neuropática, pois permite o desenvolvimento de estratégias para lidar com a dor.



Possíveis novos tratamentos

Com o avanço de pesquisas sobre a fisiopatologia da polineuropatia diabética e os mecanismos associados, outros tratamentos têm sido propostos em pesquisas mais recentes, como o uso de células-tronco, com resultados promissores em modelos animais [43, 44].

Entretanto, para a aplicação clínica em humanos, tais pesquisas precisam avançar especialmente em termos de sobrevida das células transplantadas, segurança do processo e eficácia [45].



Prevenção da polineuropatia diabética

A polineuropatia diabética é uma complicação comum da diabetes resultante da lesão dos nervos periféricos e pode levar a sintomas dolorosos, disfunção motora e problemas sensoriais.

A prevenção é um grande aliado no controle desta condição, com a monitorização dos níveis de açúcar no sangue sendo recomendada pela Associação Americana de Diabetes.

Além disso, o controle da glicemia pode ser alcançado através do uso correto de medicação, como insulina, e alterações no estilo de vida, como dietas equilibradas e aumento da quantidade de atividade física aeróbica.

Também é importante tratar qualquer comorbidade associada à diabetes, pois isso também pode prevenir a neuropatia diabética.


REFERÊNCIAS

1.         Federation, I.D. Demographic and geographic outline. 2019  [cited 2021 January 15th].

2.         Tripathi, B.K. and A.K. Srivastava, Diabetes mellitus: complications and therapeutics. Med Sci Monit, 2006. 12(7): p. RA130-47.

3.         Zochodne, D.W., Diabetic polyneuropathy: an update. Curr Opin Neurol, 2008. 21(5): p. 527-33.

4.         Boulton, A.J., et al., Diabetic neuropathies: a statement by the American Diabetes Association. Diabetes Care, 2005. 28(4): p. 956-62.

5.         Ovayolu, N., et al., Clinical characteristics of patients with diabetic polyneuropathy: the role of clinical and electromyographic evaluation and the effect of the various types on the quality of life. Int J Clin Pract, 2008. 62(7): p. 1019-25.

6.         Hoffman, E.M., et al., Impairments and comorbidities of polyneuropathy revealed by population-based analyses. Neurology, 2015. 84(16): p. 1644-51.

7.         Adams, A.S., B. Callaghan, and R.W. Grant, Overcoming barriers to diabetic polyneuropathy management in primary care. Healthc (Amst), 2017. 5(4): p. 171-173.

8.         Duksal, T., et al., Role of inflammation in sensory neuropathy in prediabetes or diabetes. Acta Neurol Scand, 2016. 133(5): p. 384-90.

9.         Bonhof, G.J., et al., Emerging Biomarkers, Tools, and Treatments for Diabetic Polyneuropathy. Endocr Rev, 2019. 40(1): p. 153-192.

10.       Dyck, P.J., et al., Diabetic polyneuropathies: update on research definition, diagnostic criteria and estimation of severity. Diabetes Metab Res Rev, 2011. 27(7): p. 620-8.

11.       Papanas, N., A.I. Vinik, and D. Ziegler, Neuropathy in prediabetes: does the clock start ticking early? Nat Rev Endocrinol, 2011. 7(11): p. 682-90.

12.       Ziegler, D., et al., Current concepts in the management of diabetic polyneuropathy. J Diabetes Investig, 2020.

13.       Sandireddy, R., et al., Neuroinflammation and oxidative stress in diabetic neuropathy: futuristic strategies based on these targets. Int J Endocrinol, 2014. 2014: p. 674987.

14.       Tracy, J.A. and P.J. Dyck, The spectrum of diabetic neuropathies. Phys Med Rehabil Clin N Am, 2008. 19(1): p. 1-26, v.

15.       Tesfaye, S., et al., Diabetic neuropathies: update on definitions, diagnostic criteria, estimation of severity, and treatments. Diabetes Care, 2010. 33(10): p. 2285-93.

16.       Deli, G., et al., Diabetic neuropathies: diagnosis and management. Neuroendocrinology, 2013. 98(4): p. 267-80.

17.       Shakeel, M., Recent advances in understanding the role of oxidative stress in diabetic neuropathy. Diabetes Metab Syndr, 2015. 9(4): p. 373-8.

18.       Brownlee, M., The pathobiology of diabetic complications: a unifying mechanism. Diabetes, 2005. 54(6): p. 1615-25.

19.       Oates, P.J., Aldose reductase, still a compelling target for diabetic neuropathy. Curr Drug Targets, 2008. 9(1): p. 14-36.

20.       Chung, S.S., et al., Contribution of polyol pathway to diabetes-induced oxidative stress. J Am Soc Nephrol, 2003. 14(8 Suppl 3): p. S233-6.

21.       King, R.H., The role of glycation in the pathogenesis of diabetic polyneuropathy. Mol Pathol, 2001. 54(6): p. 400-8.

22.       Du, X.L., et al., Hyperglycemia-induced mitochondrial superoxide overproduction activates the hexosamine pathway and induces plasminogen activator inhibitor-1 expression by increasing Sp1 glycosylation. Proc Natl Acad Sci U S A, 2000. 97(22): p. 12222-6.

23.       Cameron, N.E., et al., Protein kinase C effects on nerve function, perfusion, Na(+), K(+)-ATPase activity and glutathione content in diabetic rats. Diabetologia, 1999. 42(9): p. 1120-30.

24.       Roman-Pintos, L.M., et al., Diabetic Polyneuropathy in Type 2 Diabetes Mellitus: Inflammation, Oxidative Stress, and Mitochondrial Function. J Diabetes Res, 2016. 2016: p. 3425617.

25.       Etienne, I., Estresse Oxidativo Em Pacientes Com Neuropatia Diabética in Ciências da Saúde. 2019, Universidade Federal de Viçosa: Minas Gerais. p. 42.

26.       Papanas, N. and D. Ziegler, Risk Factors and Comorbidities in Diabetic Neuropathy: An Update 2015. Rev Diabet Stud, 2015. 12(1-2): p. 48-62.

27.       Barbosa, A.P., et al., Prevalence and risk factors of clinical diabetic polyneuropathy in a Portuguese primary health care population. Diabetes Metab, 2001. 27(4 Pt 1): p. 496-502.

28.       Yaribeygi, H., S.L. Atkin, and A. Sahebkar, A review of the molecular mechanisms of hyperglycemia-induced free radical generation leading to oxidative stress. J Cell Physiol, 2019. 234(2): p. 1300-1312.

29.       Zochodne, D.W., Clinical features of diabetic polyneuropathy. Handb Clin Neurol, 2014. 126: p. 23-30.

30.       Galer, B.S., A. Gianas, and M.P. Jensen, Painful diabetic polyneuropathy: epidemiology, pain description, and quality of life. Diabetes Res Clin Pract, 2000. 47(2): p. 123-8.

31.       Ziegler, D., Current concepts in the management of diabetic polyneuropathy. Curr Diabetes Rev, 2011. 7(3): p. 208-20.

32.       Javed, S., et al., Clinical and diagnostic features of small fiber damage in diabetic polyneuropathy. Handb Clin Neurol, 2014. 126: p. 275-90.

33.       Diabetes Prevention Program Research, G., Long-term effects of lifestyle intervention or metformin on diabetes development and microvascular complications over 15-year follow-up: the Diabetes Prevention Program Outcomes Study. Lancet Diabetes Endocrinol, 2015. 3(11): p. 866-75.

34.       Hotta, N., et al., Long-term clinical effects of epalrestat, an aldose reductase inhibitor, on diabetic peripheral neuropathy: the 3-year, multicenter, comparative Aldose Reductase Inhibitor-Diabetes Complications Trial. Diabetes Care, 2006. 29(7): p. 1538-44.

35.       Mijnhout, G.S., et al., Alpha lipoic acid: a new treatment for neuropathic pain in patients with diabetes? Neth J Med, 2010. 68(4): p. 158-62.

36.       Edwards, J.L., et al., Diabetic neuropathy: mechanisms to management. Pharmacol Ther, 2008. 120(1): p. 1-34.

37.       Vinik, A., CLINICAL REVIEW: Use of antiepileptic drugs in the treatment of chronic painful diabetic neuropathy. J Clin Endocrinol Metab, 2005. 90(8): p. 4936-45.

38.       Eisenberg, E., E. McNicol, and D.B. Carr, Opioids for neuropathic pain. Cochrane Database Syst Rev, 2006(3): p. CD006146.

39.       Wernicke, J.F., et al., A randomized controlled trial of duloxetine in diabetic peripheral neuropathic pain. Neurology, 2006. 67(8): p. 1411-20.

40.       Barbano, R.L., et al., Effectiveness, tolerability, and impact on quality of life of the 5% lidocaine patch in diabetic polyneuropathy. Arch Neurol, 2004. 61(6): p. 914-8.

41.       Effect of treatment with capsaicin on daily activities of patients with painful diabetic neuropathy. Capsaicin Study Group. Diabetes Care, 1992. 15(2): p. 159-65.

42.       Zochodne, D.W., Diabetic neuropathies: features and mechanisms. Brain Pathol, 1999. 9(2): p. 369-91.

43.       Makino, E., et al., Conditioned media from dental pulp stem cells improved diabetic polyneuropathy through anti-inflammatory, neuroprotective and angiogenic actions: Cell-free regenerative medicine for diabetic polyneuropathy. J Diabetes Investig, 2019. 10(5): p. 1199-1208.

44.       Shibata, T., et al., Transplantation of bone marrow-derived mesenchymal stem cells improves diabetic polyneuropathy in rats. Diabetes, 2008. 57(11): p. 3099-107.

45.       Mizukami, H. and S. Yagihashi, Exploring a new therapy for diabetic polyneuropathy – the application of stem cell transplantation. Front Endocrinol (Lausanne), 2014. 5: p. 45.

46.       Association, A.D. A1C does it all. .  [cited 2021 January 12th].

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

Compartilhe Esse Conteúdo
Facebook
Twitter
LinkedIn
Dr. Marcus Yu Bin Pai

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

Últimos Posts

newsletter

Receba Novidades Por E-mail

Deixe um Comentário

Postagens Relacionadas

Anosognosia: tudo sobre o assunto

Anosognosia: o que é, sintomas e principais causas

Anosognosia é uma condição neurológica caracterizada por uma falta de consciência ou negação de uma doença ou deficiência, mais comumente observada em pacientes com danos cerebrais ou distúrbios neurológicos.  Esquecimentos são comuns,

Continue Lendo
categorias

Pesquise por Categoria

Urologia

Sintomas

Reumatologia

Radiologia

Psiquiatria

Psicologia

Pediatria

Otorrinolarigonlogia

Ortopedia

Oncologia

Oftalmologia

Nutrição

Notícias

Neurologia

Neurocirurgia

Nefrologia

Medicina Esportiva

Mastologia

Infectologia

Ginecologia e Obstetrícia

Gerontologia

Geriatria

Gastroenterologia

Fisioterapia

Fisiatria

Farmácia

Endocrinologia

Educação Física

Dor

Doenças

Dermatologia

Curiosidades

Clínica Médica

Cirurgia Vascular

Cirurgia Plástica

Canabidiol

Biomedicina

Artigos

Alergia

Acupuntura

newsletter

Receba Novidades Por E-mail