A fibromialgia é uma síndrome dolorosa idiopática, crônica e não articular com tender points generalizados. É uma doença multissistêmica caracterizada por distúrbios do sono, fadiga, cefaleia, rigidez matinal, parestesias e ansiedade[1]Clauw DJ. Fibromyalgia: a clinical review. Jama. 2014 Apr 16;311(15):1547-55.
A palavra fibromialgia tem sua origem no latim e no grego, o termo “fibro” vem de “filum” que em latim significa “fio”, os outros termos vêm do grego “myos” que significa músculo e “algos” que se refere à dor. Dessa forma, fibromialgia está associada à dor nos filamentos de tecido, assim refere-se tanto às dores nos músculos como nos tendões e articulações.
Há pessoas famosas as quais eram ou são portadoras da fibromialgia e muitas pessoas nem tinham tal conhecimento.
Frida Kahlo expressava as dores da síndrome através de sua arte, a cantora Cher também convive com esta condição, assim como os atores de Hollywood Robbie Williams, Katie Holmes e Morgan Freeman e ainda, o cientista evolucionista do século XIV, Charles Darwin.
Recentemente, houve um melhor reconhecimento e compreensão da fibromialgia[2]Abeles AM, Pillinger MH, Solitar BM, Abeles M. Narrative review: the pathophysiology of fibromyalgia. Annals of internal medicine. 2007 May 15;146(10):726-34..
Evidências indicam que uma abordagem multidimensional com educação do paciente, terapia cognitivo-comportamental, exercícios, fisioterapia e terapia farmacológica pode ser eficaz.
A fibromialgia pode ser uma condição difícil de conviver, mas com o tratamento certo, você pode controlar seus sintomas e aprender a conviver com eles. Não hesite em entrar em contato com seu médico se estiver sentindo dor crônica. Eles poderão diagnosticá-lo e fornecer o plano de tratamento certo para ajudá-lo a controlar a dor e viver uma vida com menos limitações.
O que é fibromialgia?
Fibromialgia consiste em uma dor crônica e generalizada, que abrange praticamente todo o corpo e parece não se relacionar necessariamente a nenhum evento viral, bacteriano ou acidental, com algumas exceções.
Assim, as dores no corpo estendem-se por longos períodos e afeta mais às mulheres do que os homens, principalmente entre as idades de 20 a 50 anos.
Tabela 1 – Características associadas à Fibromialgia
Sintomas característicos Dor crônica generalizada por pelo menos três meses Pontos sensíveis em 11 dos 18 locais anatômicos específicos |
Sintomas associados Ansiedade Dificuldades cognitivas Fadiga Dor de cabeça Parestesias Distúrbios de sono |
A fibromialgia é considerada uma síndrome e não uma patologia, mas no passado era considerada como uma doença psicossomática, devido à falta de evidências causais e pelos sintomas serem generalizados.
Ainda hoje se considera como uma condição relacionada ao aspecto psicológico, porém, há estudiosos que ponderam que se trata de uma doença relacionada ao funcionamento cerebral e há estudiosos que afirmam se tratar de uma doença reumática.
As evidências que se tem são de que em metade dos casos, os pacientes apontam algum evento relacionado a estresse físico e psicológico como fator desencadeante, enquanto que a outra metade não consegue identificar ou relatar algum evento específico.
Causas da fibromialgia
Já fora mencionado, mas cabe acrescentar que as causas da fibromialgia não são totalmente conhecidas, o que se sabe é que há fatores relacionados que são comuns entre os pacientes acometidos[3]Marques AP, Santo AD, Berssaneti AA, Matsutani LA, Yuan SL. Prevalence of fibromyalgia: literature review update. Revista brasileira de reumatologia. 2017 Jul;57:356-63..
A maioria dos pacientes com a síndrome relata ter histórico de fibromialgiana família, apontando o fator genético como uma predisposição, tornando possível a hipótese de que a síndrome pode causar alteração dos genes.
- Histórico de fibromialgia na família é apontado como um fator genético de predisposição para a síndrome;
- Possível contribuição com o desenvolvimento da síndrome por meio de infecções por vírus, intoxicações e doenças autoimunes;
- Relatos de distúrbios do sono, sedentarismo, ansiedade e depressão na maioria dos casos;
- Hipótese mais aceita é de que há relação com fatores psicológicos;
- Descrita como um distúrbio biopsicossocial, com aspectos biológicos, psicológicos e sociais;
- Aspectos biológicos relacionados à atividade de neurotransmissores responsáveis pelo humor, sono, apetite, processos cognitivos e sinapses da dor, bem como alteração nos genes relacionados à sensibilidade;
- Aspecto psicológico no sentido causal dos sintomas;
- Aspectos sociais em termos do agravamento dos sintomas devido ao preconceito e desconhecimento da patologia.
Conceitos | Explicações |
---|---|
Aumento da sensibilização do sistema nervoso central à dor | Muitos estudos sugerem uma soma temporal anormal de estímulos dolorosos, indicando amplificação da dor no nível da medula espinhal e do cérebro. |
Diminuição da função dos tratos descendentes que inibem a dor | As vias descendentes que se originam de vários loci do sistema nervoso central, incluindo a área cinzenta periaquedutal, locus ceruleus e hipotálamo, são postuladas como disfuncionais na fibromialgia. |
Aumento da conectividade entre regiões cerebrais que aumentam os sinais de dor | Pesquisas funcionais baseadas em ressonância magnética mostraram maior conectividade entre regiões do cérebro que aumentam os sinais de dor e diminuição da conectividade com regiões que diminuem a inibição da dor em pessoas com fibromialgia. |
Fatores psicológicos como moduladores da dor | Estudos demonstraram que fatores psicológicos como estresse, depressão e ansiedade podem atuar como um poderoso modulador da dor na fibromialgia. |
Vídeo sobre Fibromialgia
Sintomas de fibromialgia
A principal característica da fibromialgia é a dor prolongada e espalhada por todo o corpo e que com o toque pode intensificar, as dores no corpo atingem as articulações, tendões, ligamentos e músculos e são acompanhadas de sensibilidade, insônia e fadiga, isto é, cansaço excessivo[4]Arnold LM, Clauw DJ, McCarberg BH. Improving the recognition and diagnosis of fibromyalgia. InMayo Clinic Proceedings 2011 May 1 (Vol. 86, No. 5, pp. 457-464). Elsevier.
Os relatos mais comuns além das dores no corpo envolvem a sensação de sono insuficiente, mesmo que a pessoa tenha dormido mais de dez horas na noite, além de um sono leve, com despertar várias vezes durante a noite.
Isto pode ocorrer devido à dor intensa que atrapalha ou impede a pessoa chegar ao estágio 4 do sono, o qual é o responsável pela restauração da energia.
Devido a isso também, a pessoa acometida sente falta de energia durante o dia, o que ocasiona mais intensidade da dor, acarretando um ciclo vicioso, pois com mais sensação dolorosa, mais dificuldade em dormir e restabelecer a energia, que aumentará ainda mais a dor e assim por diante.
A enxaqueca e outras dores de cabeça podem aparecer como comorbidades, como já fora comentado, mas também como sintoma, de forma que este tipo de dor associado às dores no corpo pode ser indicativo de fibromialgia.
Além desta, outras condições podem aparecer paralelamente, como a síndrome do intestino irritado, sintomas no trato urinário, palpitações, perda e ganho de peso, problemas de memória, tontura, entre outros.
Os sintomas da fibromialgia podem ser confundidos com outras patologias, como doenças reumáticas, como artrite, polimialgia reumática, osteoartrite, etc.
Tabela 2: Sintomas comuns na fibromialgia além da dor
Fadiga crônica | Disfunção cognitiva |
Distúrbios do sono | Parestesias não dermatomais |
Boca seca | Disautonomia |
Problemas de visão | Síndrome das pernas inquietas |
Ansiedade | Tonturas/problemas de equilíbrio |
Depressão | Sensibilidade à luz/som |
Anormalidades intestinais funcionais | Disfagia |
Rigidez matinal |
Diagnóstico da fibromialgia
Atualmente, não há testes diagnósticos específicos para fibromialgia, mas uma revisão do histórico médico do paciente, exame físico, raios-x e exames de sangue podem ajudar a descartar outras causas de dor generalizada.
Uma dificuldade potencial no diagnóstico da fibromialgia é que um paciente pode ter uma condição que imita a fibromialgia (por exemplo, apneia obstrutiva do sono, doença de Lyme, artrite) e simultaneamente também ter fibromialgia.
No entanto, o consenso atual é que, se os critérios diagnósticos para fibromialgia forem atendidos, a fibromialgia é um diagnóstico válido, independentemente da presença de quaisquer sinais ou sintomas de outras doenças.
Exame de diagnóstico | Descrição |
---|---|
Ressonância Magnética | Combinação de um ímã forte e ondas de rádio para criar imagens detalhadas dos órgãos e estruturas do corpo. Ele pode ser usado para detectar alterações nos músculos, ossos e outros tecidos moles associados à fibromialgia. |
Raio X | Usa uma pequena quantidade de radiação para criar imagens das estruturas internas do corpo. Ele pode ser usado para identificar quaisquer problemas estruturais subjacentes que possam estar causando os sintomas da fibromialgia. |
Polissonografia | Exame de imagem que usa ondas sonoras para criar imagens dos órgãos e estruturas do corpo. Ele pode ser usado para detectar quaisquer alterações nos músculos, ossos e outros tecidos moles associados à fibromialgia. |
Eletroneuromiografia | Usa eletrodos para medir a atividade elétrica dos nervos. Ele pode ser usado para detectar danos ou problemas nos nervos que possam estar causando os sintomas da fibromialgia. |
Exames de laboratório | Exames de sangue podem ser usados para medir os níveis de certos hormônios e substâncias químicas no sangue. Estes podem ser usados para identificar quaisquer problemas subjacentes que possam estar causando os sintomas da fibromialgia. |
Tratamento da fibromialgia
A fibromialgia não é uma doença que carrega um risco fatal, mas mesmo assim requer um tratamento, pois seus sintomas são incapacitantes, tornam a pessoa acometida mais infeliz, mais cansada, menos motivada, com menos disposição e assim, passa a ter menos qualidade de vida, afetando a vida conjugal, social, profissional, familiar.
Todas estas agravantes podem ocasionar outras doenças mais graves e então, desenvolver uma condição que oferece maior risco de morte, pois devido ao sedentarismo e sono de má qualidade, a imunidade pode apresentar uma queda abrindo caminho para novas condições se instalarem, bem como o aparelho cardiorrespiratório que se torna mais vulnerável devido ao cansaço excessivo e falta de disposição para praticar atividade física.
Quem pode tratar fibromialgia?
A partir disso, em busca de maior qualidade de vida, faz-se fundamental o tratamento da fibromialgia, o qual consiste em um trabalho multidisciplinar, envolvendo um reumatologista, fisiatra, fisioterapeuta, psicólogo e um psiquiatra[5]Häuser W, Thieme K, Turk DC. Guidelines on the management of fibromyalgia syndrome–a systematic review. European journal of pain. 2010 Jan 1;14(1):5-10..
O reumatologista e o psiquiatra são responsáveis pelo tratamento medicamentoso que age diretamente nos sintomas de acordo com a etiologia da síndrome, isto é, o medicamento receitado deve seguir o funcionamento orgânico a fim de repor o equilíbrio de neurotransmissores através da administração de antidepressivos e anticonvulsivantes.
Tabela 3: Fases de tratamento da Fibromialgia
1. Diagnosticar -Verificar diagnóstico -Avaliar e abordar comorbidades associadas Depressão, ansiedade e distúrbios do sono devem ser tratados independentemente dos sintomas da fibromialgia -Educar o paciente The Arthritis Foundation (www.arthritis.org) e National Fibromyalgia Association (www.fmaware.org) são bons recursos |
2. Tratar -Antidepressivos tricíclicos de baixa dose ou ciclobenzaprina Amitriptilina (25-50 mg na hora de dormir) mostrou melhorar o sono e o bem-estar A ciclobenzaprina (10-30 mg ao deitar) mostrou resultados semelhantes à amitriptilina -Aumentar a atividade física na vida diária e iniciar um programa de exercícios regulares O programa de exercícios deve incluir atividades aeróbicas moderadas (ou seja, caminhada, piscina, ciclismo, aula de exercícios em grupo de baixo impacto, tai chi) Atividades suaves de fortalecimento e alongamento podem ser incluídas para atender às necessidades gerais de saúde do paciente O volume e a intensidade das atividades devem corresponder ao nível de condicionamento físico e experiência de exercício do paciente -Encaminhar para terapia cognitivo-comportamental Mostra resultados promissores Atividades em grupo bem conduzidas podem agregar valor à experiência terapêutica -Combinar intervenções Terapia multimodal de medicação, exercício e educação ou terapia cognitivo-comportamental é recomendada para o tratamento ideal |
3. Refinar o tratamento -Encaminhe para reumatologista, fisiatra, psiquiatra, psicólogo, especialista em controle da dor, especialista em sono ou outro profissional de saúde conforme necessário -O gerenciamento da fibromialgia é melhor realizado quando o paciente e os profissionais de saúde trabalham em equipeIniciar o uso de inibidor de recaptação de serotonina selecionado (fluoxetina, ) com inibidores de recaptação duplos tricíclicos (duloxetina, venlafaxina), pregabalina ou tramadol com ou sem paracetamol -Continue a experimentar diferentes combinações de opções de tratamento |
Medicamentos para tratamento da fibromialgia
O uso de analgésicos e anti-inflamatórios não demonstra alta eficácia, no entanto, há casos em que estes tipos de fármacos são ainda utilizados, pois associados a outros fármacos, como os supracitados, podem aliviar a dor.
Os principais medicamentos usados no tratamento de fibromialgia são os antidepressivos que agem no restabelecimento do nível ideal de serotonina, noradrenalina, dopamina e GABA.
Alguns exemplos de medicamentos para este fim são a fluoxetina, a paroxetina, a ciclobenzaprina, a amitriptilina, a gabapentina, a pregabalina, o escitalopram, citalopram e a sertralina.
Gabapentinoides (Gabapentina, Pregabalina) |
---|
Benefícios: |
Geralmente bem tolerado |
Efeitos colaterais leves |
Usado para aliviar a síndrome das pernas inquietas |
Riscos: |
Diminuição das habilidades cognitivas e motoras |
Dificuldade para falar |
Tontura |
Problemas de visão |
Fadiga |
Febre |
Movimentos espasmódicos |
Sonolência |
Perda temporária de memória |
Tremor |
Espasmos oculares incomuns |
Infecção viral |
Boca seca |
Inchaço |
Problemas de fertilidade masculina |
Ganho de peso |
O que mais você precisa saber: |
Aumenta o efeito do álcool e outros depressores do SNC |
Verifique com o médico antes de tomar outros medicamentos |
A combinação de outros medicamentos e gabapentinoides pode levar a efeitos colaterais graves |
Medicamento | Benefícios | Riscos | O que mais você precisa saber |
Duloxetina (Cymbalta) | Ajuda a aliviar a depressão, ansiedade e dor | Náusea, dor de cabeça, fadiga, pressão alta, coração acelerado, suor excessivo, agitação, elevação do colesterol e triglicerídeos e tremor | Pode causar síndrome serotoninérgica. A interrupção abrupta pode causar síndrome de descontinuação |
Venlafaxina (Efexor XR) | Ajuda a aliviar a depressão, ansiedade e dor | Náusea, dor de cabeça, fadiga, pressão alta, coração acelerado, suor excessivo, agitação, elevação do colesterol e triglicerídeos e tremor | Pode causar síndrome serotoninérgica. A interrupção abrupta pode causar síndrome de descontinuação |
Composto | Benefícios | Riscos | O que mais você deve saber |
---|---|---|---|
Amitriptilina | Reduz a dor e os sintomas de depressão. Mantém a quantidade de substâncias químicas cerebrais positivas disponíveis. | Ganho de peso, fadiga, boca seca, prisão de ventre, sensação de estar nauseado. | Comece com a menor dose possível e ajuste conforme necessário. Pode ser tomado uma ou duas vezes ao dia, dependendo da dose. |
Ciclobenzaprina | Alivia a tensão muscular e induz o sono. | Ganho de peso, fadiga, boca seca, sonolência excessiva. | Comece com a menor dose possível e ajuste conforme necessário. Pode ser tomado uma ou duas vezes ao dia, dependendo da dose. |
Tratamento psicológico para fibromialgia
Já o tratamento psicológico, ou seja, a psicoterapia auxilia para elaborar as questões subjacentes que interferem nos sintomas como angústia, preocupações, estresse, lutos, bem como tratar os casos de ansiedade, depressão e outros transtornos.
A psicoterapia de base cognitivo-comportamental, ou seja, a TCC tem apresentado bons resultados, pois esta vertente trabalha os pensamentos negativos que agravam os sintomas, bem como motiva a pessoa a buscar atividades prazerosas e exercício físico que ajuda no alívio dos sintomas.
Além desta abordagem, outras ênfases podem ser viáveis, como os grupos terapêuticos, musicoterapia, acupuntura, estas são técnicas e métodos regulamentados pela profissão de psicólogo.
A psicanálise, por sua vez, contribui na compreensão da base causal, isto é, conhecer a origem dos sintomas, podendo ter base nos traumas prévios que podem passar despercebidos, pois podem existir eventos na infância ou outros momentos da vida que podem desencadear conversão da mente para o corpo e estes podem parecer não ter relação com a condição de fibromialgia, mas com análise os sentidos vêm à tona.
Exercício para tratamento da fibromialgia
O exercício é uma das estratégias não farmacológicas defendidas para pacientes com fibromialgia. Em vários ensaios clínicos, a dor foi a variável de desfecho que mais comumente melhorou nos pacientes dos grupos experimentais.
O objetivo principal é manter a função nas atividades cotidianas. Qualquer programa de exercícios deve incluir múltiplas dimensões: força, condicionamento aeróbico (resistência), flexibilidade e equilíbrio.
Muitos estudos têm demonstrado que o exercício aeróbico produz mudanças positivas significativas nos pacientes.
O exercício deve ser de baixo impacto (como caminhada, tai chi e yoga) e de intensidade suficiente para alterar a capacidade aeróbica
Como o exercício ajuda nos sintomas da fibromialgia? |
---|
Numerosos estudos mostram que o exercício é um dos tratamentos mais importantes para a fibromialgia. Muitas pessoas com fibromialgia não estão fisicamente aptas. Eles evitam exercícios porque temem o aumento da dor. No entanto, exercícios aeróbicos ou de condicionamento podem realmente ajudar a aliviar a dor e a depressão. |
O exercício regular aumenta a produção de endorfinas pelo corpo, analgésicos naturais que também melhoram o humor. Começar devagar e aumentar gradualmente a duração e a intensidade do exercício pode ajudá-lo a aproveitar os benefícios do exercício sem sentir mais dor. |
O exercício regular é uma parte importante do controle de seus sintomas. Embora a dor e a fadiga possam dificultar o exercício, você pode começar com algo como uma caminhada extra. Quando estiver confortável com isso, você pode passar para atividades como fortalecimento, ioga ou natação. |
Educação do Paciente e Mudanças de hábitos para tratamento
As evidências mostram que a educação intensiva do paciente é um tratamento eficaz para a fibromialgia quando usada em combinação com outras modalidades, como terapia comportamental e exercícios.
Há, ainda, alguns hábitos que podem ser modificados visando a prevenir o agravamento dos sintomas, como fumar, consumir álcool, alimentos com baixo valor nutricional, cafeína, situações estressoras.
É preciso, ainda, o apoio social, pois muitas pessoas podem julgar a condição como algo inventado ou que a pessoa apenas pretende chamar atenção.
A família e amigos que compreendem que as dores no corpo são realmente incapacitantes conseguem ajudar a pessoa acometida a superar e procurar tratamento e, assim, melhorar a qualidade de vida.
Conclusão
São diversas as dores no corpo, assim como são diversos os fatores causais. No entanto, algumas condições não têm suas causas necessárias totalmente conhecidas, é o caso da fibromialgia, uma das dores que mais acometem pessoas e está geralmente relacionada a causas psicogênicas.
Em síntese, mesmo sem a causa definida, é importante buscar tratamento multidisciplinar, se faz necessário, ainda, o apoio social para que a pessoa acometida obtenha maior qualidade de vida.
Referências Bibliográficas
↑1 | Clauw DJ. Fibromyalgia: a clinical review. Jama. 2014 Apr 16;311(15):1547-55 |
---|---|
↑2 | Abeles AM, Pillinger MH, Solitar BM, Abeles M. Narrative review: the pathophysiology of fibromyalgia. Annals of internal medicine. 2007 May 15;146(10):726-34. |
↑3 | Marques AP, Santo AD, Berssaneti AA, Matsutani LA, Yuan SL. Prevalence of fibromyalgia: literature review update. Revista brasileira de reumatologia. 2017 Jul;57:356-63. |
↑4 | Arnold LM, Clauw DJ, McCarberg BH. Improving the recognition and diagnosis of fibromyalgia. InMayo Clinic Proceedings 2011 May 1 (Vol. 86, No. 5, pp. 457-464). Elsevier. |
↑5 | Häuser W, Thieme K, Turk DC. Guidelines on the management of fibromyalgia syndrome–a systematic review. European journal of pain. 2010 Jan 1;14(1):5-10. |