Primeiros dias tomando sertralina… O que esperar?

Cada vez mais a busca por medicamentos que auxilie no tratamento de problemas psicológicos tem aumentado. Já sabíamos que a rotina corrida, estressante, com muito trabalho, barulho e trânsito deixava as pessoas se sentindo mal.

Agora parece ser ainda pior: o pós-pandemia deixou pessoas que tinham um psicológico relativamente bom, muito pior.

Por conta disso, o aumento no consumo de remédios para problemas psicológicos aumentou consideravelmente. Um desses é a sertralina.

Este medicamento se tornou tão popular porque seus efeitos colaterais podem ser menos intensos do que o de outros medicamentos antidepressivos. Além disso, não causa dependência química nos usuários. No entanto, os pacientes devem ficar atentos a dependência psicológica deste medicamento.

Confira abaixo quais são os efeitos e os primeiros dias dos pacientes que fazem uso desse medicamento.

O que é sertralina

É um medicamento antidepressivo que age inibindo a recaptação da serotonina (ISRS).  Consequentemente, ela aumenta a disponibilização de serotonina no cérebro.

Primeiros dias tomando sertralina

Para que serve a sertralina

Este medicamento é utilizado no tratamento de diversos problemas psicológicos como a depressão, ataques de pânico, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade social (fobia social).

Também pode ser utilizada para tratar uma forma grave de síndrome pré-menstrual (transtorno disfórico pré-menstrual), como irritabilidade, inchaço e alterações de humor.


Como a Sertralina é vendida? 

Os comprimidos de sertralina somente podem ser comprados mediante receita médica. 

Os nomes comerciais mais comuns são Assert, Sercerin, Serenata, Tolrest ou Zoloft.


Efeitos colaterais

Ao contrário de muitos antidepressivos mais antigos, este medicamento não apresenta tantos efeitos colaterais negativos. Por isso, muitas pessoas se recuperam da depressão com ele. 

Primeiros dias tomando sertralina

Os efeitos deste medicamento podem ser sentidos logo nos primeiros sete dias de uso, mas geralmente precisam de algumas semanas.

Ela ajuda a restaurar o equilíbrio da serotonina – também conhecida como o hormônio da felicidade – no cérebro. Por isso, seus efeitos no organismo são muito bons.

Os principais efeitos são:

  • Melhora no seu humor; 
  • Melhora na qualidade de sono; 
  • Aumento de apetite; 
  • Mais energia e disposição;
  • Recuperaram o interesse pela vida; 
  • Diminuição do Medo; 
  • Diminuição da Ansiedade; 
  • Diminuição na frequência de Pensamentos ruins;
  • Menos Crises de pânico;
  • Menos Compulsões – atitudes repetitivas que interferem na rotina do paciente. 

sertralina

No entanto, ao mesmo tempo que causa uma melhora nas sensações boas, os primeiros dias também são caracterizados por alguns efeitos colaterais, como:

Efeitos mais raros que também podem ser sentidos logo nos primeiros dias são:

  • boca seca
  • intestino preso
  • Pressão baixa
  • Sonolência
  • Problemas urinários
  • Vômitos.

sonolência

Além disso, alguns efeitos colaterais graves que podem surgir com o uso da sertralina incluem convulsões, hematomas e sangramentos incomuns, alucinações, febre, calafrios, alteração nos batimentos do coração, perda da coordenação motora, urticária e dificuldade para respirar. Nestes casos, é fundamental procurar um atendimento médico de urgência.

No entanto, o mais grave desses sintomas do início é o pensamento sobre suicídio. Se isso acontecer, você deve informar seu médico imediatamente.

Em casos nos quais os efeitos colaterais são muito fortes, pode-se recomendar o uso associado de alprazolam. Ele auxilia a reduzir a ansiedade mais rápido. Entretanto, também pode aumentar os sintomas de depressão, como a tristeza que você está sentindo, e a perda de apetite.

Por isso, somente com uma conversa e avaliação de um médico especialista será possível avaliar qual a melhor combinação de tratamento para você.

É importante ressaltar que o alprazolam deve ser utilizado por um período curto a partir do início do tratamento, pois ele costuma causar dependência. Além disso, o organismo tende a se acostumar com a dose inicial e depois de algum tempo passa a precisar de uma quantidade maior para obter o mesmo efeito. Por isso, nunca aumente a quantidade de medicamento que toma sem a indicação do médico.

depressão

Contraindicações

Como todo medicamento, certos grupos de pessoas não devem fazer uso da sertralina.

Não se recomenda seu uso para mulheres grávidas, principalmente nos últimos meses de gravidez, pois pode aumentar o risco de hemorragias após o parto, além de possíveis problemas respiratórios no recém-nascido. Além disso, como a sertralina pode ser excretada pelo leite materno, seus efeitos podem ser transferidos ao bebe durante a amamentação, podendo causar irritabilidade, sonolência, cólicas e perda do apetite no bebê.

A sertralina também é contraindicada para crianças menores de 6 anos. Pacientes que tenham alergia à sertralina ou a outros componentes da fórmula também não devem utilizar.

Pacientes diabéticos e que apresentam glaucoma precisam de cuidados especiais durante o tratamento com sertralina, como manter a glicemia sob controle durante o tratamento e ser acompanhadas por um médico de perto.

Além disso, o consumo concomitante de bebidas alcoólicas não é indicado, pois pode alterar a ação do medicamento.


Interações medicamentosas

Além disso, o paciente deve informar ao médico se estiver fazendo tratamento com outros medicamentos, pois estes podem interferir nas ações da sertralina;

São eles remédios chamados de inibidores da enzima monoaminoxidase (IMAO), como moclobemida ou selegilina.

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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