Enxaqueca – Tipos, Sintomas e Como Tratar

A enxaqueca, classificada no CID10 – G43, é uma doença neurovascular crônica caracterizada por uma forte dor de cabeça acompanhada de sintomas como náuseas, fotofobia, fonofobia e alterações visuais [1].

Suas crises, que duram em média de 4 a 72 horas, podem ser incapacitantes e intensas [2].

Considerada uma das doenças mais comuns no mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se uma prevalência de 15% na população em geral [3], acometendo mais mulheres do que homens na idade adulta em uma proporção de 3:1 [4, 5].

Crianças e adolescentes também podem apresentar esse quadro de cefaleia [6]. Sua fisiopatologia ainda é discutida, sendo algumas vias neurológicas hipotetizadas como participantes desse quadro  [1].

Seu tratamento, que envolve abordagens farmacológicas e não-farmacológicas, tem como objetivo interromper os sintomas e prevenir novas crises [7, 8].

Entretanto, como a fisiopatologia da enxaqueca ainda é discutida, o tratamento ainda é incerto, sendo a dosagem errada e o excesso de medicamento para a enxaqueca periódica um dos responsáveis pela cronificação desse quadro [9].


Fisiologia – como a enxaqueca ocorre?

A fisiopatologia da enxaqueca ainda é bastante discutida, e, por possuir uma diversa e distinta sintomatologia, propõe-se que essa doença seja um complexo distúrbio neurológico que afeta diversas regiões encefálicas, em especial o hipotálamo, tronco cerebral, córtex, sistema límbico e sistema trigeminovascular, além da desregulação de neurotransmissores como a serotonina [1, 10].

Estima-se que o início das crises de enxaqueca ocorra com participação do hipotálamo, uma vez que os neurônios hiperexcitados reagem a estímulos externos – possíveis fatores desencadeantes que variam de pessoa a pessoa – que desregulam a homeostase do sistema [1, 11-13].

Uma vez a homeostase desbalanceada, ocorre a constrição de vasos sanguíneos – responsável pelos sintomas de aura presentes na patologia -, seguido de vasodilatação e liberação de neurotransmissores específicos como prostaglandinas, serotonina e outros.

Essa liberação de neurotransmissores ativa, estimula e sensibiliza o nervo trigêmeo e seus nociceptores que, por sua vez, liberam neuropeptídeos, como o CGRP [14].


Mecanismo da dor na enxaquecaFunção
HipotálamoRegula a resposta do corpo à dor, incluindo a liberação de hormônios e neurotransmissores.
Sistema Nervoso CentralProcessa a entrada sensorial e envia sinais para o cérebro, desencadeando uma cascata de mudanças químicas e elétricas.
EncéfaloO centro de comando do cérebro, que controla a resposta do corpo à dor.
TálamoA parte do cérebro responsável por transmitir sinais de dor ao cérebro.
Inflamação NeurogênicaA liberação de moléculas inflamatórias em resposta a sinais nervosos, que podem causar dor e outros sintomas.
HormôniosHormônios, como serotonina e dopamina, podem desempenhar um papel no controle da dor.
GenéticaFatores genéticos podem aumentar o risco de desenvolver enxaqueca.
Fatores ambientaisCertos fatores ambientais, como estresse, luzes fortes, cheiros fortes e mudanças na pressão barométrica, podem desencadear ataques de enxaqueca.


Em contato com a meninge, esses neuropeptídios, cujo mecanismo proposto em correlação à enxaqueca esteja ligado a uma diminuição de mecanismos inibitórios descendentes e, portanto, à sensibilização de neurocircuitos [15], desencadeiam um processo inflamatório por liberação de moléculas pró-inflamatórias e permeabilidade vascular [16], além da possibilidade de diminuição do threshold de sinais nociceptivos trigeminais entre tálamo e córtex, dando início ao processo de quadro de dor [1, 17, 18].

A neuroinflamação, especialmente a inflamação neurogênica, é hipotetizada como uma das causas da cronificação das crises de enxaquecas [16].

Além da inflamação neurogênica, a cronificação da enxaqueca também é caracterizada por processos de neuroplasticidade multifuncional em níveis de neuroeixos e do córtex.

A alteração de enxaquecas episódicas para crônicas pode demorar anos para ser alterada, envolvendo alterações eletrofisiológicas que demonstram uma alteração da atividade de amplificação sensorial mesmo no período entre crises [12, 19].

Ainda, outros mecanismos podem estar envolvidos nesse processo. Na aura, por exemplo, hipotetiza-se um papel central da depressão alastrante cortical com despolarização rápida e hiperpolarização lenta de neurônios e glias corticais [1, 3, 20] e consequentes desencadeamento da nocicepção do trigêmeo [12].

Correlato a isso, estudos indicam uma presença da estimulação do córtex visual e vias de propagação retinotópicas correspondentes a esses déficits visuais [20, 21], mas sem alteração em marcadores retinianos ou na microvasculatura da retina [22].

Além desses processos celulares e moleculares, estudos de neuroimagem antes e durante a crise de enxaqueca demonstram uma alteração do padrão funcional e estrutural do encéfalo, como ativação da substância cinzenta periaquedutal, hipotálamo, tálamo, cerebelo, ínsula, córtex cingulado, área tegmentar ventral do mesencéfalo e hipocampo, além de uma diminuição de atividade no córtex somatossensorial, núcleos da base e núcleo cuneiforme [1, 20, 23-25].

Em sua fisiologia, a enxaqueca pode ser dividida em i) enxaqueca com aura, ii) enxaqueca sem aura, e iii) enxaqueca que se converte em cefaleia crônica.


Sintomas de enxaqueca

Embora o principal sintoma da enxaqueca seja a presença de uma dor unilateral e pulsátil na cabeça, esse quadro apresenta fases de desenvolvimento com sintomas característicos que podem ou não ocorrer de forma linear [20]. Antes do quadro doloroso, ocorrem as fases pródroma e de aura.

A fase pródroma, que ocorre até 3 dias antes da dor, é caracterizada por sintomas não cefaleicos que incluem fadiga, irritabilidade e dificuldade de concentração [1, 20].

Estudos de PET demonstraram que, durante essa fase, o paciente já apresenta uma hipersensibilidade a estímulos luminosos pelo aumento de atividade no córtex occipital, e possibilidade de sintomas gástricos pela ativação do tronco encefálico [26].

luz

Já a aura, presente em cerca de ⅓ dos pacientes [14], possui duração de 5 a 60 minutos e é caracterizada por um conjunto de sintomas visuais, sensoriais e motores, como presença de ponto cego, observação de flashes de luzes e fraqueza.

Frequentemente, a aura se inicia com um ponto cego ou cintilante no campo de visão do paciente [20].


Sintoma de enxaquecaDescrição
Dor intensaA dor geralmente é latejante e pode ser em um ou ambos os lados da cabeça
Sensibilidade à luz e ao somLuzes brilhantes e ruídos altos podem piorar os sintomas
Náuseas e vômitosEnjoos e vômitos podem acompanhar uma enxaqueca
Duração da dorAs enxaquecas podem durar de 4 a 72 horas ou mais
Mudanças de humorOscilações de humor podem ocorrer antes, durante e depois de um ataque de enxaqueca
FadigaFadiga extrema pode seguir uma enxaqueca e durar dias
AuraAlgumas pessoas experimentam uma aura pré-enxaqueca, que pode incluir distúrbios visuais, como luzes piscando e linhas em zigue-zague

O estágio doloroso é o principal sintoma da enxaqueca, apresentando uma dor pulsátil na cabeça, geralmente unilateral, e de intensidade moderada a grave, com ou sem a presença de aura. O paciente pode também apresentar náusea e/ou vômitos, fotofobia e sensibilidade a odores [27].

Essa dor pode vir associada a sintomas cognitivos, como déficit de atenção, de aprendizagem de novas palavras, e abstração [28]. Tais sintomas são mais expressos correlatamente à frequência e duração das crises, e pode ter duração de 4 a 72h [2].

Por fim, o pósdromo possui sintomas semelhantes à fase pródroma, com duração de 72h. O paciente também apresenta sintomas de cansaço e rigidez do pescoço.

Por ser bastante similar aos sintomas do pródromo, ainda é discutido se os mesmos persistem durante toda a crise, se iniciam na fase dolorosa, ou após a mesma [20].

Crianças e adolescentes com enxaqueca, por outro lado, podem apresentar uma sintomatologia um pouco diferente do quadro anteriormente mencionado.

Neste grupo, as crises são frequentemente mais curtas, bilaterais e com presença de sintomas gastrointestinais associados, e raramente associado à presença de aura [6, 13, 29].

Por conta da vasodilatação presente na enxaqueca, vários estudos propõe uma ligação entre esse quadro e outras doenças, como AVC e doenças coronárias, embora não se saiba exatamente o tipo de ligação entre elas [30, 31].

Outras comorbidades, como depressão, ansiedade, asma, alergia, epilepsia e doenças neurológicas podem estar associadas à enxaqueca [32, 33].


Causas de enxaqueca – genética ou neurotransmissores?

Assim como a fisiopatologia, a causa da enxaqueca ainda é bastante discutida. Um desequilíbrio de neurotransmissores, como a serotonina [34], e a presença de predisposição genética podem influenciar na predisposição no estabelecimento da enxaqueca [20, 35], e estima-se que o estresse tenha um papel central no desenvolvimento das crises [36].

Adicionalmente, há os chamados ‘fatores desencadeantes’ que podem culminar em uma crise de enxaqueca.

Esses fatores variam de pessoa a pessoa, e inclui a presença de menstruação, alergias, ingestão de certos tipos de alimentos como chocolates e queijos, consumo de café, jejum prolongado, exercício físico excessivo, presença de certos odores e de luzes intermitentes, e abuso de remédios [20].


Diagnóstico de enxaqueca – como é feito

O diagnóstico da enxaqueca é baseado em critérios da International Headache Society e considera o tempo que o paciente possui essas dores recorrentes, e a intensidade das mesmas.

Adicionalmente, o local da dor, sua intensidade e a presença de sintomas gastrointestinais, fotofobia/fonofobia e agravamento com atividades físicas também são avaliados, assim como a história do paciente e possíveis quadros de enxaqueca na família [29, 36, 37].

Geralmente, o médico pode pedir exames adicionais ao paciente, como exame de sangue e de neuroimagem, a fim de descartar outras patologias, além de solicitar que o portador dessa cefaleia registre um diário das dores de cabeça para acompanhamento da intensidade e duração das crises, além de investigar possíveis fatores desencadeantes relacionados [29, 38].

Alguns marcadores moleculares e de neuroimagem estão sendo estudados para diferenciar pacientes saudáveis, e pacientes com enxaqueca. Dentre eles, já foi descrito uma diferença na espessura do córtex somatossensorial [18] e alteração na morfometria da substância cinzenta [20].

Entretanto, basear o diagnóstico apenas nos exames de neuroimagem ainda pode ser complicado e impreciso.


Tratamento de enxaqueca – opções terapêuticas

analgesico

O tratamento atual da enxaqueca envolve dois principais princípios: i) prevenir a ocorrência de novas crises, e ii) interromper os sintomas durante [7, 8].

A prevenção de novas crises envolve especialmente a adoção de hábitos de vida mais saudáveis e identificação dos possíveis fatores desencadeantes das crises a fim de evitá-los [26].

Nesse sentido preventivo, o uso de fármacos é especialmente indicado caso o paciente possua quadros incapacitantes e/ou frequentes [39, 40].

Entre os medicamentos, destacam-se receptores agonista a beta-bloqueadores, anticonvulsivantes, Onabotulinumtoxin A e antagonistas de canais de cálcio [7, 40], cujo mecanismos de ação envolvem a redução da excitabilidade cortical prevenindo novas crises [23].

Já para o tratamento agudo, o uso de fármacos é a linha de frente para cortar os sintomas. Entre eles, destaca-se o uso de triptanos, a classe mais utilizada nessa patologia [34].

Esse medicamento é um agonista serotonérgico que age na sensibilização central acometida pela ativação de nociceptores meníngeos [17, 20], vasoconstrição, inibição de neurônios periféricos, e inibição dos neurônios de segunda ordem da via trigeminovascular [7].

Além do triptano, bloqueadores do CGRP também são bastante indicados, tendo o mecanismo de bloqueio desse neuropeptídeo com o seu alvo e/ou prevenir a ativação do mesmo [15, 16, 20].

Também pode ser indicado o uso de analgésicos e antiinflamatórios não-esteróides que devem ser tomados assim que os primeiros sintomas da cefaleia aparecem, além de uso de medicamentos para náusea [7, 8].


Tratamentos não farmacológicos para enxaqueca

Há também a proposta de tratamentos não-farmacológicos, que apresentam melhoras no quadro de enxaqueca aguda e crônica [41].

Entre eles, destacam-se o uso de acupuntura, o uso de suplementos alimentares como a riboflavina, que demonstrou melhoras na enxaqueca através de alterações mitocondriais [42], o uso de terapia cognitivo comportamental para auxiliar o paciente identificar melhor os sintomas e possíveis gatilhos para as crises [43], e neuromodulação não-invasiva e invasiva para modulação nas vias envolvidas na dor [41].

A acupuntura é uma forma de medicina tradicional chinesa que tem sido usada há séculos para tratar uma variedade de doenças, incluindo enxaquecas. Acredita-se que ele funcione estimulando certos pontos do corpo, o que pode aumentar a liberação de endorfinas, os analgésicos naturais do corpo.

A acupuntura pode reduzir a dor bloqueando a transmissão de sinais de dor para o cérebro, aumentando a circulação local e reduzindo a inflamação. Além disso, a acupuntura pode ajudar a reduzir o estresse e a tensão, que podem desencadear ou piorar as dores de cabeça da enxaqueca.

Tratamento não farmacológico para enxaquecaImportância
DormirTenha um sono regular e de qualidade para reduzir a frequência e a gravidade da enxaqueca.
DietaEvite gatilhos alimentares e mantenha um diário alimentar para identificar possíveis gatilhos alimentares.
ExercícioA atividade física regular pode reduzir a frequência e a intensidade dos episódios de enxaqueca.
Técnicas de relaxamentoMeditação, respiração profunda e ioga podem reduzir o estresse e ajudar a controlar a dor da enxaqueca.
BiofeedbackEsta técnica ajuda a aumentar a consciência das reações físicas do corpo e pode ajudar a reduzir os sintomas da enxaqueca.
AcupunturaEfeito na modulação da dor, liberação de endorfinas (analgésicos endógenos)
Terapia Cognitiva ComportamentalEste tipo de terapia ajuda a identificar, desafiar e mudar padrões de pensamento negativo que podem levar a episódios de enxaqueca.
Massagem TerapêuticaA massagem pode reduzir a tensão muscular e aliviar a dor da enxaqueca.
Frio e calorAplicar compressas frias ou quentes na cabeça pode ajudar a reduzir os sintomas da enxaqueca.

O repouso em ambientes silenciosos e no escuro absoluto também demonstra efetividade na parada da dor [44].

Embora tanto o tratamento farmacológico como o não-farmacológico sejam de grande auxílio aos portadores dessa doença, é importante, portanto, mencionar que o tratamento errado, ineficaz e o abuso dos remédios podem cronificar as crises de enxaqueca [9].

Ainda o melhor tratamento é a prevenção. Evitar os possíveis gatilhos do desencadeamento de crises é sempre o mais recomendado aos pacientes, sendo inclusive recomendado o uso de anotações para a identificação dos mesmos.


Referências

1.         Burstein, R., R. Noseda, and D. Borsook, Migraine: multiple processes, complex pathophysiology. J Neurosci, 2015. 35(17): p. 6619-29.

2.         Huang, L., et al., Duration and frequency of migraines affect cognitive function: evidence from neuropsychological tests and event-related potentials. J Headache Pain, 2017. 18(1): p. 54.

3.         Bolay, H., et al., Intrinsic brain activity triggers trigeminal meningeal afferents in a migraine model. Nat Med, 2002. 8(2): p. 136-42.

4.         Buse, D.C., et al., Sex differences in the prevalence, symptoms, and associated features of migraine, probable migraine and other severe headache: results of the American Migraine Prevalence and Prevention (AMPP) Study. Headache, 2013. 53(8): p. 1278-99.

5.         Noronha S.M; Bertolini, G.L., Fisiopatologia da enxaqueca. Revista UNINGÁ, 2008. 16: p. 95-115.

6.         Abu-Arafeh, I., et al., Prevalence of headache and migraine in children and adolescents: a systematic review of population-based studies. Dev Med Child Neurol, 2010. 52(12): p. 1088-97.

7.         Goadsby, P.J., R.B. Lipton, and M.D. Ferrari, Migraine–current understanding and treatment. N Engl J Med, 2002. 346(4): p. 257-70.

8.         Gilmore, B. and M. Michael, Treatment of acute migraine headache. Am Fam Physician, 2011. 83(3): p. 271-80.

9.         May, A. and L.H. Schulte, Chronic migraine: risk factors, mechanisms and treatment. Nat Rev Neurol, 2016. 12(8): p. 455-64.

10.       Edmeads, J., What is migraine? Controversy and stalemate in migraine pathophysiology. J Neurol, 1991. 238 Suppl 1: p. S2-5.

11.       Coppola, G., F. Pierelli, and J. Schoenen, Is the cerebral cortex hyperexcitable or hyperresponsive in migraine? Cephalalgia, 2007. 27(12): p. 1427-39.

12.       Brennan, K.C. and D. Pietrobon, A Systems Neuroscience Approach to Migraine. Neuron, 2018. 97(5): p. 1004-1021.

13.       Andreou, A.P. and L. Edvinsson, Mechanisms of migraine as a chronic evolutive condition. J Headache Pain, 2019. 20(1): p. 117.

14.       Goadsby, P.J., Pathophysiology of migraine. Ann Indian Acad Neurol, 2012. 15(Suppl 1): p. S15-22.

15.       Puledda, F., R. Messina, and P.J. Goadsby, An update on migraine: current understanding and future directions. J Neurol, 2017. 264(9): p. 2031-2039.

16.       Edvinsson, L., K.A. Haanes, and K. Warfvinge, Does inflammation have a role in migraine? Nat Rev Neurol, 2019. 15(8): p. 483-490.

17.       Burstein, R. and M. Jakubowski, Analgesic triptan action in an animal model of intracranial pain: a race against the development of central sensitization. Ann Neurol, 2004. 55(1): p. 27-36.

18.       DaSilva, A.F., et al., Thickening in the somatosensory cortex of patients with migraine. Neurology, 2007. 69(21): p. 1990-5.

19.       Aurora, S.K. and M.F. Brin, Chronic Migraine: An Update on Physiology, Imaging, and the Mechanism of Action of Two Available Pharmacologic Therapies. Headache, 2017. 57(1): p. 109-125.

20.       Goadsby, P.J., et al., Pathophysiology of Migraine: A Disorder of Sensory Processing. Physiol Rev, 2017. 97(2): p. 553-622.

21.       Shepherd, A.J., Tracking the Migraine Cycle Using Visual Tasks. Vision (Basel), 2020. 4(2).

22.       Wen, K.X., et al., The retinal microcirculation in migraine: The Rotterdam Study. Cephalalgia, 2018. 38(4): p. 736-743.

23.       Granziera, C., et al., Anatomical alterations of the visual motion processing network in migraine with and without aura. PLoS Med, 2006. 3(10): p. e402.

24.       Maleki, N., et al., Migraine attacks the Basal Ganglia. Mol Pain, 2011. 7: p. 71.

25.       Maniyar, F.H., et al., Brain activations in the premonitory phase of nitroglycerin-triggered migraine attacks. Brain, 2014. 137(Pt 1): p. 232-41.

26.       Charles, A., The pathophysiology of migraine: implications for clinical management. Lancet Neurol, 2018. 17(2): p. 174-182.

27.       Malhotra, R., Understanding migraine: Potential role of neurogenic inflammation. Ann Indian Acad Neurol, 2016. 19(2): p. 175-82.

28.       David, M., et al., Neuroimaging investigation of memory changes in migraine: a systematic review. Arq Neuropsiquiatr, 2020. 78(6): p. 370-379.

29.       Elrington, G., Migraine: diagnosis and management. J Neurol Neurosurg Psychiatry, 2002. 72 Suppl 2: p. ii10-ii15.

30.       Oie, L.R., et al., Migraine and risk of stroke. J Neurol Neurosurg Psychiatry, 2020. 91(6): p. 593-604.

31.       Spector, J.T., et al., Migraine headache and ischemic stroke risk: an updated meta-analysis. Am J Med, 2010. 123(7): p. 612-24.

32.       Marques, C.M.P., Enxaqueca: da teoria à prática, in Ciências Farmacêuticas. 2016, Universidade de Coimbra.

33.       Nye, B.L. and V.M. Thadani, Migraine and epilepsy: review of the literature. Headache, 2015. 55(3): p. 359-80.

34.       Gasparini, C.F., R.A. Smith, and L.R. Griffiths, Genetic and biochemical changes of the serotonergic system in migraine pathobiology. J Headache Pain, 2017. 18(1): p. 20.

35.       Sutherland, H.G., C.L. Albury, and L.R. Griffiths, Advances in genetics of migraine. J Headache Pain, 2019. 20(1): p. 72.

36.       Linhares, L.L.C.M.B.M., Enxaqueca e Estresse em Mulheres no Contexto da Atenção Primária. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 2014. 30(2).

37.       Moriarty, M. and T. Mallick-Searle, Diagnosis and treatment for chronic migraine. Nurse Pract, 2016. 41(6): p. 18-32.

38.       Peng, K.P. and S.J. Wang, Migraine diagnosis: screening items, instruments, and scales. Acta Anaesthesiol Taiwan, 2012. 50(2): p. 69-73.

39.       Evers, S., et al., EFNS guideline on the drug treatment of migraine–revised report of an EFNS task force. Eur J Neurol, 2009. 16(9): p. 968-81.

40.       Sprenger, T., M. Viana, and C. Tassorelli, Current Prophylactic Medications for Migraine and Their Potential Mechanisms of Action. Neurotherapeutics, 2018. 15(2): p. 313-323.

41.       Puledda, F. and K. Shields, Non-Pharmacological Approaches for Migraine. Neurotherapeutics, 2018. 15(2): p. 336-345.

42.       Schoenen, J., J. Jacquy, and M. Lenaerts, Effectiveness of high-dose riboflavin in migraine prophylaxis. A randomized controlled trial. Neurology, 1998. 50(2): p. 466-70.

43.       Penzien, D.B., et al., Well-Established and Empirically Supported Behavioral Treatments for Migraine. Curr Pain Headache Rep, 2015. 19(7): p. 34.

44.       Wannmacher, L.F., MCB, Enxaqueca: mal antigo com roupagem nova. Uso Racional de Medicamentos: Temas Selecionados, 2004. 1(8).

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

Compartilhe Esse Conteúdo
Facebook
Twitter
LinkedIn
Dr. Marcus Yu Bin Pai

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

Últimos Posts

newsletter

Receba Novidades Por E-mail

Deixe um Comentário

Postagens Relacionadas

Anosognosia: tudo sobre o assunto

Anosognosia: o que é, sintomas e principais causas

Anosognosia é uma condição neurológica caracterizada por uma falta de consciência ou negação de uma doença ou deficiência, mais comumente observada em pacientes com danos cerebrais ou distúrbios neurológicos.  Esquecimentos são comuns,

Continue Lendo
categorias

Pesquise por Categoria

Urologia

Sintomas

Reumatologia

Radiologia

Psiquiatria

Psicologia

Pediatria

Otorrinolarigonlogia

Ortopedia

Oncologia

Oftalmologia

Nutrição

Notícias

Neurologia

Neurocirurgia

Nefrologia

Medicina Esportiva

Mastologia

Infectologia

Ginecologia e Obstetrícia

Gerontologia

Geriatria

Gastroenterologia

Fisioterapia

Fisiatria

Farmácia

Endocrinologia

Educação Física

Dor

Doenças

Dermatologia

Curiosidades

Clínica Médica

Cirurgia Vascular

Cirurgia Plástica

Canabidiol

Biomedicina

Artigos

Alergia

Acupuntura

newsletter

Receba Novidades Por E-mail