Nimesulida serve para infecção urinária?

A infecção do trato urinário está entre as infecções bacterianas mais comuns, principalmente em mulheres. Infecção urinária é uma complicação que deixa o paciente muito desconfortável. Além da dor, o fato de urinar com tanta frequência incomoda a rotina do paciente, até porque nem sempre há banheiros disponíveis.

Por conta disso, algumas pessoas buscam até se automedicar, o que pode trazer riscos à saúde do paciente. Um dos medicamentos mais utilizados para o tratamento dessa infecção é a nimesulida. No entanto, a nimesulida é um anti-inflamatório (que trata dor e inflamação), não tendo efeito como antibiótico.

Confira abaixo se a nimesulida serve para infecção urinária.


O que é a nimesulida

A nimesulida é um remédio anti-inflamatório não esteróide, analgésico e antipirético. Ela atua inibindo a produção de uma enzima responsável pela produção de substâncias inflamatórias no corpo.

Por isso, esse medicamento é indicado para aliviar dores, inflamação ou febre.

A nimesulida não tem efeito como antibiótico.

As infecções do trato urinário são normalmente tratadas com antibióticos específicos, prescritos por um médico com base na identificação do agente causador da infecção e outros fatores, como a gravidade da infecção e a saúde geral do paciente.


Como é encontrado nas farmácias

A nimesulida pode ser encontrada em drogarias como comprimidos, cápsulas, gotas, granulado, supositório ou pomada.

O seu nome comercial Nisulid ou, como genérico, nimesulida. No entanto, há diversos outras fórmulas que contém essa substância.


Para que serve a nimesulida?

cefaleia abuso analgesicos

A nimesulida é indicada para o tratamento de:

Além disso, a nimesulida em gel ou pomada pode ser usada para aliviar a dores musculares, nos tendões, ligamentos, músculos e articulações causadas por traumatismos.

Ou seja, como vimos, a nimesulida pode sim ser utilizada no tratamento de infecções urinárias. O ideal, no entanto, é que um médico seja consultado para te prescrever a dose ideal para sua idade e peso, bem como o tempo total de tratamento.

O médico também poderá avaliar se você faz parte do grupo de risco que não deve utilizada nimesulida.


Efeitos colaterais da nimesulida

Como qualquer outro medicamento, a nimesulida pode causar efeitos colaterais, como diarreia, náuseas ou vômitos.

Mais raramente, podem ter casos de coceira ou inchaço na pele, suor excessivo, prisão de ventre, aumento dos gases intestinais, gastrite, tonturas, vertigens ou aumento da pressão arterial. Além disso, em algumas pessoas, a nimesulida pode causar sonolência. Por isso, pessoas que estão no tratamento com ela, não devem operar máquinas nem dirigir.

Por conta disso, é sempre importante consultar um médico antes de se automedicar. Caso sinta algum desses sintomas, seu médico deve ser informado.


Quem não deve usar

A nimesulida não é recomendada para crianças menores de 12 anos, mulheres grávidas ou em amamentação.

Além disso, pacientes que tenham úlcera no estômago, hemorragia ou sangramento no trato gastrointestinal, problemas de coagulação sanguínea, insuficiência cardíaca, renal ou hepática grave, d pacientes com asma, rinite, pólipos nasais ou urticária relacionadas ao uso de ácido acetilsalicílico não devem ser tratadas com nimesulida.

Este medicamento também não deve ser utilizado por pessoas que possuam  alergia à qualquer outro componente da fórmula, como ácido acetilsalicílico, ibuprofeno ou naproxeno, por exemplo.


Quais são as causas da infecção urinária?

As infecções urinárias são causadas por bactérias que são comuns n trato genital do ser humano, como os grupo da Escherichia coli, Enterococus, Proteus mirabilis e Klebsiella. No entanto, em alguns casos ocorre a proliferação anormal dessas bactérias, o que acaba levando às infecções.

BactériaDescrição
Escherichia coli (E. coli)A Escherichia coli é a bactéria mais comumente encontrada nas infecções do trato urinário. Ela normalmente reside no trato gastrointestinal, mas pode migrar para o trato urinário, causando infecção. A E. coli representa cerca de 80% dos casos de infecção urinária não complicada.
Staphylococcus saprophyticusO Staphylococcus saprophyticus é outra bactéria frequentemente associada à infecção urinária, principalmente em mulheres jovens sexualmente ativas. Essa bactéria normalmente coloniza a região genital e pode ascender para a uretra e a bexiga, causando infecção.
Klebsiella pneumoniaeA Klebsiella pneumoniae é uma bactéria do gênero Klebsiella que pode causar infecções urinárias. Essa bactéria é encontrada comumente no trato gastrointestinal e pode entrar no trato urinário por meio da uretra, resultando em infecção.
Proteus mirabilisO Proteus mirabilis é uma bactéria gram-negativa encontrada no trato gastrointestinal e que pode causar infecção urinária. Essa bactéria é capaz de se mover e colonizar diferentes partes do trato urinário, resultando em sintomas de infecção.


Por que as mulheres são mais susceptíveis a infecções urinárias?

dor na bexiga cistite intersticial em mulher

Devido à anatomia da genitália feminina, com uma uretra curta, as mulheres se são mais predispostas à colonização por patógenos da flora vaginal.

Além disso, a falta de higiene e as relações sexuais, que podem causar fissuras na vagina, também favorecem às infecções.

Por conta disso, é fundamental que mulheres sempre se seguem apropriadamente após urinar e tomem banho depois de utilizar o vaso sanitário e após o sexo sempre que possível.


Como tratar a infecção urinária?

Geralmente, o tratamento para infecção urinária inclui o uso de antibióticos, como:

  • ampicilina;
  • amoxicilina;
  • nitrofurantoína;
  • trimetropin-sulfametozaxol;
  • ciprofloxacino, entre outros.

Além disso, o médico pode indicar o uso de analgésicos para diminuir a dor ao urinar.

Também pode ser utilizado a nimesulida e ibuprofeno, anti-inflamatórios.

Tipo de TratamentoDescrição
AntibióticosOs antibióticos são medicamentos prescritos para tratar infecções bacterianas do trato urinário. Eles funcionam eliminando as bactérias causadoras da infecção. Exemplos comuns de antibióticos usados para tratar infecções urinárias incluem ciprofloxacino, sulfametoxazol-trimetoprima e nitrofurantoína.
AnalgésicosOs analgésicos podem ser prescritos para ajudar a aliviar a dor e o desconforto associados à infecção urinária. Eles podem incluir medicamentos como paracetamol ou ibuprofeno, que podem ajudar a reduzir a inflamação e a aliviar a dor.
HidrataçãoA hidratação adequada é essencial para o tratamento de infecções urinárias. Beber bastante água pode ajudar a diluir a urina e eliminar as bactérias do trato urinário. É recomendado beber pelo menos 8 copos de água por dia durante o tratamento.
Terapia de SuporteEm alguns casos, o médico pode prescrever terapia de suporte para auxiliar no tratamento da infecção urinária. Isso pode incluir medidas como repouso, aplicação de calor local, práticas de higiene adequadas e evitar a ingestão de certos alimentos e bebidas irritantes.


Quais são os remédios naturais para infecção urinária?

Um excelente medicamento natural para a infecção urinária é o comprimido de uva-ursina, um fitoterápico que pode ser encontrado na farmácia ou em lojas de produtos naturais.

Outra medida caseira é fazer uso do suco de arando, que pode ser ingerido até várias vezes por dia. Essa planta possui propriedades diuréticas que tornam a aderência dos microrganismos no sistema urinário mais difícil, evitando a progressão da infecção. O arando também pode ser consumido em cápsulas manipuladas (cápsulas de cranberry).

Além disso, existem outros tipos de frutas diuréticas, como melancia, graviola, laranja e cenoura, que também são formas naturais entre os tratamentos para infecção urinária. Porém, vale lembrar que é fundamental consultar um médico antes de se submeter a qualquer tratamento, pois só o profissional saberá o que é melhor para o seu caso. 

É importante que você consulte um profissional de saúde para obter um diagnóstico correto e um tratamento adequado para qualquer condição médica, incluindo a infecção urinária. Eles serão capazes de avaliar sua situação específica e prescrever o tratamento mais apropriado para você.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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