Boca Amarga Pode Ser Covid?

Boca amarga pode ser covid

O surgimento da COVID-19 em 2020 fez com que começássemos a procurar por notícias cada vez mais recentes sobre quais os sintomas são indicativos da doença, como prevenir o contágio e qual o tratamento apropriado.

No entanto, o maior problema relacionado aos sintomas da COVID é que eles dependem muito de qual variante infectou o paciente.

Por conta disso, começaram a surgir suspeitas sobre os possíveis sintomas que a doença apresenta. Algumas pessoas sugerem que a boca amarga pode ser indicativo do contágio pelo corona vírus.

Algumas das variantes do vírus apresentam sintomas como perda de olfato e paladar. Segundo especialistas, isso ocorre porque o vírus afeta as células nervosas diretamente envolvidas com a sensação de cheiro e paladar.

Confira abaixo se essa informação procede e mais detalhes sobre como se prevenir e se tratar.

O que é COVID-19?

COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus que possui altas taxas de contaminação, resultando na pandemia. Por conta das mutações que os vírus podem sofrer, surgiram variantes do COVID-19, como a ômicrom, alfa, beta, gama e a delta. Atualmente existem mais de 1000 variantes da covid-19.

Sintomas da COVID

Os sintomas mais comumente relatados por pacientes infectados pelo corona vírus são a perda de olfato e paladar, dor de garganta, tosse, obstrução nasal e coriza, diarreia, cansaço, dor de cabeça e olhos irritados. Em casos mais graves, os pacientes podem apresentar dificuldade para respirar e dor no peito.

Boca amarga pode ser covid

No entanto, com o tempo, surgiram diversas variantes que podem provocar os sintomas abaixo:

  • Confusão mental
  • Perda de fala ou mobilidade.

Como pudemos ver, a boca amarga não é um sintoma da COVID-19. No entanto, outros problemas de saúde ou doenças podem causar esse sintoma.

O que pode ser a boca amarga?

O gosto amargo na boca pode ter diversos motivos, que variam desde problemas mais simples, até problemas de saúde mais sérios.

Confira abaixo as causas mais prováveis para boca amarga:

Má higiene bucal

A causa mais comum de gosto amargo na boca é a má higiene bucal. Isso acontece devido ao acúmulo de saliva e bactérias aderentes na língua, dentes e gengivas. Quando a pessoa não escova os dentes e faz uso de fio dental com frequência, isso causa mau hálito e a sensação de boca amarga.

Uso de antibióticos ou antidepressivos

Alguns medicamentos, quando ingeridos, são absorvidos e liberados na saliva, levando a uma modificação no paladar, deixando a boca com gosto amargo.  Outros ainda, fecham as papilas gustativas, alterando o paladar. Isso ocorre principalmente com antibióticos e medicamentos para o tratamento de algumas doenças psicológicas.

uso de antibióticos

Gravidez

Durante a gravidez, é muito comum que as mulheres apresentem uma condição conhecida como disgeusia, ou gosto metálico/amargo na boca. Esse problema ocorre mais frequentemente durante o primeiro semestre e é resultante das alterações hormonais.

Refluxo gastroesofágico

Outro problema de saúde que resulta na boca amarga é o refluxo gastroesofágico. Isso ocorre quando o conteúdo do estômago chega ao esôfago, depois do início da digestão, levando ácido para boca.

Hepatite

Quando o fígado não está funcionando corretamente, o organismo começa a acumular altos níveis de amônia, uma substância tóxica. Os altos níveis de amônia levam a alteração no paladar.

Resfriado, sinusite e outras infecções

Problemas respiratórios, como resfriados, rinite, sinusite ou amigdalite, resultam no acúmulo de substâncias pelas bactérias que causam esse tipo de infecção e podem resultar em alteração do paladar, levando ao surgimento da boca amarga.

sinusite

Diabetes

Pacientes diabéticos podem apresentam a cetoacidose. Essa doença é caracterizada pelo acúmulo de glicose no sangue e baixos níveis dentro das células. Consequentemente, há maior produção de corpos cetônicos pelo organismo para tentar fornecer energia suficiente para o funcionamento apropriado do corpo.

Com a maior quantidade de corpos cetônicos na corrente sanguínea, acontece diminuição do pH do sangue. Um dos sintomas dessa condição é boca amarga, juntamente da sede intensa, mal hálito e confusão mental.

Síndrome da boca ardente

A síndrome da boca ardente é uma condição crônica caracterizada por dor constante e sensação de queimação em toda a cavidade oral. Além disso, também pode causar outros sintomas, como boca seca, devido à falta de saliva, e gosto amargo ou metálico na boca.

Esta síndrome afeta principalmente mulheres na menopausa ou pós-menopausa.

Quimioterapia e radioterapia

Durante o tratamento com quimioterapia e radioterapia, são utilizados alguns medicamentos, como ciclofosfamida, dacarbazina, doxorrubicina, cisplatina, fluorouracil, paclitaxel, metotrexato ou vincristina, que podem danificar as papilas gustativas e causar alterações no paladar, podendo deixar um gosto amargo e metálico na boca.


Boca amarga

Também é importante investigar se não há presença de infecções das vias aéreas como a sinusite e a amigdalite. Acredita-se que essas infecções também podem afetar as papilas gustativas, causando aumento da sensibilidade aos sabores amargos quando você está doente.

Alguns medicamentos específicos, como diuréticos, antidepressivos, antibióticos e suplementos vitamínicos também podem causar gosto amargo na boca como efeito colateral. Além disso, hábitos como jejum prolongado e consumo de cigarro também estão associados a esta queixa.


Prevenção contra COVID-19

Para se prevenir da COVID é essencial a lavagem das mãos com água e sabão, ou a higienização com álcool em gel, além do distanciamento social.

No entanto, a melhor prevenção contra COVID é a vacinação, pois mantém altas taxas de proteção, evitam a progressão da doença para casos mais graves que podem exigir internação e resultar em óbito.


Se você estiver preocupado com um gosto amargo na boca, marque uma consulta com seu dentista ou profissional de saúde. Eles podem aprender sobre seus sintomas e histórico médico e realizar um exame físico.

Dra. Celia Yunes Portiolli

CRM-SP 27971 / RQE 5148 – 19469 Médica Pediatra e Especialista em Acupuntura Área de Atuação em Dor pela AMB (Associação Médica Brasileira), Coordenadora do Curso de Especialização em Acupuntura do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado em Medicina Chinesa Médica colaboradora do Ambulatório de Acupuntura do Centro de Dor da Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

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