Síndrome da Cauda Equina – Aprenda mais!

sindrome da cauda equina

Fatos importantes

  • A Síndrome da Cauda Equina é uma patologia rara que afeta os nervos na base da coluna.
  • É causada pela compressão das raízes nervosas na região lombar.
  • O principal sintoma da Síndrome da Cauda Equina é uma perda repentina de sensibilidade ou movimento na parte inferior do corpo.
  • Outros sintomas podem incluir retenção urinária, constipação e fraqueza ou dormência nas pernas.
  • A Síndrome da Cauda Equina é uma emergência médica e requer tratamento imediato.

Introdução

sindrome da cauda equina introducao

A síndrome da cauda equina é um distúrbio neurológico raro, mas grave, causado pela compressão da cauda equina, um feixe de nervos localizado perto da parte inferior da medula espinhal.

Os sintomas da síndrome da cauda equina incluem dor lombar, fraqueza ou dormência em uma ou ambas as pernas e dificuldade em controlar a função da bexiga ou do intestino. Se não for tratada, a síndrome da cauda equina pode resultar em danos neurológicos permanentes, paralisia e incontinência.

O diagnóstico da síndrome da cauda equina é baseado em uma combinação de histórico médico, exame físico e estudos de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada. O tratamento geralmente envolve cirurgia para liberar a pressão nos nervos, seguida de fisioterapia, medicamentos e mudanças no estilo de vida para controlar os sintomas.

O diagnóstico e tratamento precoces da síndrome da cauda equina são essenciais para minimizar o risco de complicações a longo prazo. Pessoas com dor lombar persistente, dormência ou dificuldade em controlar a função da bexiga, ou do intestino devem procurar atendimento médico imediatamente.

Sintomas da síndrome da cauda equina

sindrome da cauda equina
Fonte: OrthoBullets

Esse nome, que parece estranho, se deve à semelhança entre a cauda de um cavalo e o feixe de nervos que ficam na parte lombar – a que fica na parte inferior do canal interno da coluna vertebral.

Esses nervos são responsáveis pela sensibilidade e controle dos movimentos das pernas, da bexiga e porção final do intestino e da região denominada pelve.

Padrão de dor:

Além da perda de sensibilidade e força em uma ou mais pernas, por comprometer os nervos que as controlam, pode causar intensa dor, inclusive na parte da perna inervara pelo nervo ciático.

SintomaDescrição
Dor lombarDor na parte inferior das costas que pode ser leve a grave
Dor e dormência nas pernasDor e dormência que pode ser sentida em uma ou ambas as pernas
Perda de controle da bexiga ou intestinoIncapacidade de controlar os movimentos da bexiga ou do intestino
Perda de sensibilidade na área da pelvePerda de sensibilidade nas nádegas e área genital
Fraqueza nas pernasRedução da força em uma ou ambas as pernas

Causas

A Síndrome da Cauda Equina é mais comumente causada por hérnia de disco lombar. Isso ocorre quando uma parte do anel fibroso, localizado entre duas vértebras, é danificada e o núcleo pulposo é empurrado para dentro do canal vertebral. Isso coloca pressão nos nervos e é mais comum nos níveis L4-L5 e L5-S1.

Outras causas incluem:

  • Lesões degenerativas, como espondilolistese e estenose espinhal lombar
  • Lesões penetrantes causadas por acidentes ou objetos pontiagudos
  • Lesões vasculares da medula espinhal
  • Abscesso bacteriano
  • Artrite, fratura por osteoporose
  • Neoplasias (tumores)

Diagnóstico

ressonancia magnetica lombar

O diagnóstico requer uma história detalhada e um exame físico.

O padrão-ouro para o diagnóstico inclui pontos como duração dos sintomas, natureza das queixas, disfunção sexual e vesical (retenção urinária), mecanismo da lesão, medicação e histórico cirúrgica.

Exame físico

Durante o exame físico, o médico examina a sensação perineal e esfincteriana (retenção de fezes), fraqueza muscular, anestesia em sela e a presença de dor lombar e ciática. O médico também examina a função da bexiga palpando a região suprapúbica.

Exames complementares

O exame urodinâmico também é usado para auxiliar no diagnóstico precoce.

Métodos de imagem como ressonância magnética e tomografia computadorizada também são úteis para identificar as causas.

A ressonância magnética é geralmente realizada para determinar qualquer compressão do saco tecal. É o primeiro exame clínico para pacientes que apresentam sintomas. A ressonância magnética também pode detectar hérnia de disco lombar, tumor, hematoma e infecção. O contraste intravenoso pode ser adicionado para fornecer mais detalhes na imagem.

No entanto, esse método apresenta algumas desvantagens, como ser inadequado para pacientes claustrofóbicos ou portadores de marca-passo, clipes de aneurisma ou fragmentos de metal nos olhos, ou próximo a estruturas vitais.

Nestes casos, a mielografia por tomografia computadorizada pode ser utilizada como alternativa, embora seja um procedimento invasivo.

Principais complicações da síndrome da cauda equina

A perda do controle da urina e do intestino, causando sérias dificuldades que atinge drasticamente a qualidade de vida do indivíduo.

ComplicaçãoDescrição
Disfunção urináriaIncapacidade de armazenar ou esvaziar a bexiga, levando a micção frequente e dolorosa e infecções do trato urinário.
Disfunção intestinalDificuldade em controlar os movimentos intestinais, levando à incontinência ou constipação.
Déficits sensoriaisPerda de sensibilidade nas pernas e pés, levando a dormência, fraqueza ou formigamento.
Disfunção sexualIncapacidade de atingir ou manter uma ereção ou orgasmo, levando à redução da libido.
DorDor crônica na parte inferior das costas, nádegas e pernas, devido a danos nos nervos.
FraquezaPerda de força ou controle nas pernas e pés, levando a dificuldade para andar ou ficar de pé.

Fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome

A compressão dos nervos, decorrentes do rompimento de uma hérnia de disco.

Outras condições que também podem contribuir para esta síndrome são traumatismos  ou lesões cirúrgicas dos nervos, da coluna.

Compressões causadas por tumores que surgem dos nervos, dos envoltórios dos nervos ou da própria coluna, bem como os que vieram de outras partes do corpo (as chamadas metástases, por exemplo), são causas raras, mas possíveis.

A Síndrome da Causa Equina é uma condição causada pela compressão dos nervos lombossacrais, que pode levar a uma ampla gama de sintomas, incluindo dor lombar, ciática unilateral ou bilateral, anestesia em sela, fraqueza muscular nas pernas, distúrbios da bexiga, perda de tônus no esfíncter anal e diminuição da função sexual.

Tratamentos

É importante fazer o diagnóstico e o tratamento com a maior brevidade possível.

O primeiro tratamento é remover a cauda. Se houver compressão, essa precisa ser removida o mais rápido possível.

Em situações como essa, o tempo precioso. Isso visa reduzir as sequelas e as consequências permanentes. Uso adequado de medicamentos para ajudar na recuperação dos nervos e na prevenção de uma dor crônica.

Opções de medicamentos incluem:

DrogaDescrição
Anti-inflamatórios não esteróides (AINEs)Medicamentos que reduzem a inflamação e a dor, como cetoprofeno, ibuprofeno e naproxeno.
Relaxantes MuscularesMedicamentos que relaxam músculos tensos e reduzem espasmos, como ciclobenzaprina e tizanidina.
AnticonvulsivantesMedicamentos que ajudam a reduzir a dor nos nervos, como gabapentina e pregabalina.
OpioidesMedicamentos que ajudam a controlar a dor intensa, como tramadol, codeína e morfina.
CorticosteróidesMedicamentos que reduzem a inflamação, como prednisona e metilprednisolona.

Principais medidas de prevenção da síndrome da cauda equina

A síndrome da cauda equina é uma doença aguda, que pode ser prevenida com mudança de hábitos de vida.

A prática de atividades físicas regulares e adoção de outros hábito saudáveis para uma rotina equilibrada servem com medidas para evitar fatores de risco para câncer. Entre eles: tabagismo, desequilíbrios alimentares e stress crônico, são exemplos de medidas preventivas.

Perspectivas de recuperação

É possível ter recuperação total ou parcial.

A demora no tratamento pode dificultar a recuperação. Um bom programa de reabilitação e medicação adequada, ajudam no processo de recuperação. Aqui o tempo é precioso.

Dr. Kleber Paiva Duarte

CRM-SP: 79184 / RQE: 22913

Neurocirurgião pelo Hospital São Francisco de Belo Horizonte - MG. Especialização em Neurocirurgia Funcional, Estereotaxia e Dor. Doutorando em Medicina (Neurologia) pela Universidade de São Paulo - SP. Atua na área de Medicina, com ênfase em Neurocirurgia. Possui vasta experiência em Neuromodulação Funcional (cirurgia para implante de estimulador cerebral profundo - DBS, ajustes do DBS e cirurgia ablativa), Neuro-oncologia e Terapêutica Intratecal. Atualmente, é Médico Assistente e Pesquisador no Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Coordenador do Serviço de Neurocirurgia Funcional da Divisão de Neurocirurgia do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina; Neurocirurgião do Grupo de Coluna do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP); Médico Assistente do Centro Multidisciplinar de Dor do ICESP.

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Dr. Kleber Paiva Duarte

Dr. Kleber Paiva Duarte

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Neurocirurgião pelo Hospital São Francisco de Belo Horizonte - MG. Especialização em Neurocirurgia Funcional, Estereotaxia e Dor. Doutorando em Medicina (Neurologia) pela Universidade de São Paulo - SP. Atua na área de Medicina, com ênfase em Neurocirurgia. Possui vasta experiência em Neuromodulação Funcional (cirurgia para implante de estimulador cerebral profundo - DBS, ajustes do DBS e cirurgia ablativa), Neuro-oncologia e Terapêutica Intratecal. Atualmente, é Médico Assistente e Pesquisador no Hospital das Clínicas - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Coordenador do Serviço de Neurocirurgia Funcional da Divisão de Neurocirurgia do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina; Neurocirurgião do Grupo de Coluna do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP); Médico Assistente do Centro Multidisciplinar de Dor do ICESP.

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