Para Que Serve a Dipirona?

Uma das principais informações que devemos saber para nossa vida, é que tipo de remédio tomar para cada sintoma de doença que sentimos. Isso no caso de problemas comuns, como dor de cabeça, cólica, enjoo, dor nas pernas por exemplo.

Um dos remédios mais comuns nas drogarias é a dipirona, que está no mercado há quase 90 anos. A dipirona, que também é conhecida como dipirona monoidratada, dipirona sódica ou metamizol, é um fármaco classificado como MIP (Medicamento Isento de Prescrição) e atua como um analgésico.

Isso significa que alivia as dores (possui ação analgésica) e a febre (ação antipirética ou antitérmica). No organismo, ela age reduzindo a produção de substâncias que causam a dor e a febre.

Indicação
Tratamento de dor leve a moderada
Redução da febre
Alívio dos sintomas da artrite reumatoide
Alívio de dores musculares, espasmo e rigidez
Alívio dos sintomas da osteoartrite
Redução da inflamação
Alívio das cólicas menstruais

Confira abaixo para que serve a dipirona e outras dúvidas sobre este medicamento


Para que serve a dipirona?

Saber que remédio tomar é essencial para não ingerir algo que não irá aliviar seus sintomas e pode ainda comprometer seu organismo, causando uma reação alérgica ou intoxicação.

No caso da dipirona, ela auxilia dando alívio para: dor de cabeça, enxaqueca, dores musculares, dor de dente, cólica renal, intestinal e menstrual, dor oncológica, e na recuperação do pós-operatório. Além disso, ela diminui a febre, o mal-estar provocado pela gripe comum ou resfriados.

febre

Como a dipirona funciona?

A dipirona é um fármaco facilmente absorvido pelo organismo e rapidamente difundida no organismo. Ela atua bloqueando processos que causa a dor e febre, via inibição da síntese de prostaglandina E1 e E2, inibindo a ciclo-oxigenase, e síntese do tromboxano.

Também bloqueia (com menor intensidade, se comparado a anti-inflamatórios) a ação da enzima COX2. Após sua ação, se transforma em uma substância, excretada pelo corpo.

Uma das grandes vantagens da dipirona é que ela é facilmente aceita pelo sistema gastrointestinal e começa a agir entre 30 e 60 minutos após administrada, e seu efeito dura cerca de 4 horas.

A frequência na ingestão da dipirona irá depender dos sintomas do paciente e deve ser respeitado a indicação médica ou da bula.


A dipirona é um medicamento antitérmico e analgésico usado para aliviar febre e dor intensas e persistentes. A dipirona é um derivado da pirazolona que pertence ao grupo dos não opioides não ácidos. É considerado um potente analgésico e antipirético com tolerabilidade gastrointestinal favorável.

Quem pode tomar dipirona?

A dipirona pode ser consumida por qualquer pessoa, inclusive bebês a partir dos 3 meses e idosos. Pacientes com dengue também podem ser tratados com dipirona.

No entanto, é preciso atentar a dosagem que cada idade e peso permite.


Dose de dipirona

Faixa EtáriaDosagem de dipirona para dor
Adultos500mg-1000mg a cada 4-6 horas, até um máximo de 4000mg por dia
Crianças15mg/kg/dia administrados em 3-4 doses divididas, até um máximo de 1000mg/dia


Quem não pode tomar?

medicamento remedio antidepressivo

A dipirona não deve ser administrada em grávidas e lactantes, pois o medicamento é eliminado no leite materno e ainda não se sabe que efeito pode causar em bebês menores de 3 meses.

Além disso, pacientes que tenham o funcionamento da medula óssea ruim ou apresentem doenças relacionadas com a produção das células sanguíneas não podem ser tratadas com dipirona.

Pessoas alérgicas ao medicamento ou qualquer outro elemento da fórmula também não devem tomar.

Geralmente, pessoas que são alérgicas ao paracetamol, indometacina, ibuprofeno, naproxeno e diclofenaco podem apresentar chances de também serem alérgicas a dipirona.

Esse remédio também não deve ser utilizado como tratamento em pacientes com porfiria hepática aguda intermitente ou deficiência congênita da glicose-6-fosfato-desidrogenase. 


Formulações

A dipirona pode ser encontrada de diversas formas, como comprimidos, gotas, xaropes, injeção (que pode ser aplicada diretamente na veia ou no músculo) e ainda como supositórios. É importante mencionar que a versão injetável é aplicada somente em hospitais e consultórios.

É importante lembrar que cada uma das formulações é recomendada para algum caso específico, ou idade. No caso dos comprimidos de dipirona, estes não devem ser consumidos por pessoas menores de 15 anos de idade.

Já a dipirona em gotas, em xarope ou injetável não devem ser usadas no tratamento de crianças menores de 3 meses de vida. No caso da dipirona na forma de supositórios não deve ser utilizada em crianças menores de 4 anos de idade.

Cada uma das formulações da dipirona pode atuar melhor contra algum sintoma específico. Por isso, pode ser interessante sempre consultar um médico antes de tomar o medicamento, aumentando suas chances de conseguir um efeito rápido e aliviar seu sintoma com a formulação adequada deste fármaco.


Medicamentos que contém dipirona

Os remédios mais comuns que contém dipirona são a Novalgina, Anador, Maxalgina, Magnopyrol ou Dipimed, e Lisador.

Esse medicamento também possui a versão genérica no Brasil, que diminui seu valor e possui qualidade semelhante aos fármacos de dipirona de grandes laboratórios.


Possíveis efeitos colaterais

A dipirona é um medicamento que pode ser consumido sem prescrição médica justamente porque é bem aceita por grande parte da população para tratar dores comuns e abaixar a febre sem causar reações adversas.

No entanto, como todo medicamento, é preciso tomar certos cuidados, principalmente na interação com outros medicamentos. Dentre as principais reações que se pode ter ao ingerir a dipirona estão: reações alérgicas, pressão baixa, arritmia, dificuldade de respiração, desconforto abdominal, e agranulocitose.

Efeito colateralDescrição
Dor de cabeçaDor na cabeça, geralmente acima dos olhos e nas têmporas
TonturaDificuldade em manter o equilíbrio, sensação de tontura ou desmaio
NáuseaSensação de enjôo no estômago, muitas vezes acompanhada de vômito
DiarreiaFezes soltas e aquosas, muitas vezes acompanhadas de cólicas abdominais
InsôniaDificuldade em adormecer ou manter o sono
AnsiedadeSentimentos de medo, apreensão e preocupação
DepressãoSentimentos persistentes de tristeza, desesperança e inutilidade
Erupção cutâneaUma área de pele irritada, geralmente caracterizada por vermelhidão e coceira
Ganho de pesoUm aumento no peso corporal, geralmente devido a um aumento na gordura corporal

A agranulocitose ocorre raramente, sendo caracterizada por uma alteração no sangue em que ocorre uma diminuição na quantidade ou ausência de granulócitos, ou leucócitos granulosos, que são os neutrófilos, basófilos e eosinófilos.

É por conta deste último sintoma que a dipirona parou de ser utilizada nos Estados Unidos após estudos realizados na década de 1970 notarem o problema em pessoas que usaram a dipirona.

Outros países como Japão, Austrália e alguns países da União Europeia também não comercializam mais a droga.

No caso de apresentação de qualquer um dos sintomas mencionados acima, suspenda o uso e procure imediatamente um médico.

 A dipirona administrada por via venosa pode ser uma causa de pancitopenia em pacientes internados.


Interações medicamentosas

Assim como qualquer medicamento, a dipirona não interage bem com alguns outros remédios, o que pode diminuir seu efeito ou causar reações indesejadas.

Se você faz uso de algum dos medicamentos abaixo, o uso da dipirona pode ser feito, porém é importante observar a possibilidade de efeitos adversos.

Perceba que mesmo remédios comumente utilizados no dia a dia reagem de maneira negativa, como é o caso dos seguintes:

  • Ácido Acetilsalicílico – como a Aspirina e o AAS;
  • Antibióticos – como o Ofloxacino;
  • Imunossupressores – como a Ciclosporina;
  • Corticoides – como a Prednisolona;
  • Anti-hipertensivos – como o Losartana;
  • Antidepressivos – como a Bupropiona;
  • Anticoagulantes – como a Varfarina;
  • Antimetabólicos – como o Metotrexato.

Por isso, lembre-se sempre de avisar seu médico caso faça uso de algum medicamento e leia a bula para se certificar de que não há possibilidade de ter interação com algo que já esteja tomando.


Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com DIPIRONA devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente.

Dr. João Arthur Ferreira

CRM-SP 19759 / RQE 3179 Atua no tratamento de reabilitação em atletas, dor aguda e dor crônica (cervicalgia, lombalgia, enxaqueca). Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura Coordenador do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa – Curso de Pós-Graduação em Acupuntura Médica, reconhecida pelo CMBA (Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura).
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).
Ex-Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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Dr. João Arthur Ferreira

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CRM-SP 19759 / RQE 3179 Atua no tratamento de reabilitação em atletas, dor aguda e dor crônica (cervicalgia, lombalgia, enxaqueca). Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura Coordenador do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa – Curso de Pós-Graduação em Acupuntura Médica, reconhecida pelo CMBA (Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura).
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