Fatos importantes sobre Dor na Escápula
- A dor na escápula é uma queixa frequente tanto em adolescentes quanto em adultos.
- As causas são variadas, incluindo tensão muscular, traumas, processos inflamatórios (artrite) e uso excessivo.
- A intensidade pode variar de um leve desconforto a uma dor aguda e limitante.
- A abordagem terapêutica depende diretamente da identificação da causa raiz.
- Medicamentos e reabilitação física (fisioterapia) são frequentemente as abordagens iniciais.
Introdução

A dor na escápula (ou omoplata) é uma causa comum de desconforto na parte superior das costas e pescoço, afetando pessoas de diversas faixas etárias.
Ela pode resultar de uma variedade de fatores, como dor miofascial, traumas, sobrecarga e condições secundárias, incluindo problemas na coluna (como artrose ou hérnia de disco), compressões nervosas e infecções virais (como herpes zóster).
Geralmente, a dor concentra-se na região da escápula, mas pode irradiar para o pescoço, ombro e braço, limitando o movimento.
O tratamento varia conforme o diagnóstico médico e pode envolver uso de fármacos, reabilitação física e mudanças de hábitos.
O diagnóstico preciso pode ser complexo devido às múltiplas estruturas envolvidas. Um exame clínico detalhado realizado por um médico, frequentemente apoiado por imagens (Raios-X, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou ultrassom), é essencial. O histórico de saúde do paciente também fornece pistas valiosas.
O manejo da dor foca na redução da inflamação e no restabelecimento da função. Medicamentos analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios são comumente prescritos. Em casos específicos, infiltrações podem ser consideradas.
Paralelamente, a fisioterapia atua no fortalecimento da musculatura escapular e na correção biomecânica, enquanto ajustes na rotina evitam a recorrência do problema.
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Sintomas Comuns

- Dor na região dorsal superior: Frequentemente descrita como uma pontada aguda ou sensação de queimação entre as escápulas ou sobre elas.
- Sensibilidade ao toque: A região torna-se dolorosa à palpação, indicando inflamação local.
- Rigidez: Sensação de “travamento” ou tensão excessiva nos músculos ao redor da escápula.
- Espasmos musculares: Contrações involuntárias visíveis ou palpáveis no ombro e pescoço.
- Limitação funcional: Dificuldade para levantar o braço, alcançar objetos ou colocar a mão nas costas.
- Piora com movimento: Certos movimentos do ombro ou pescoço exacerbam a dor.
- Dor noturna: Desconforto que atrapalha o sono, especialmente ao deitar sobre o lado afetado.
- Irradiação: A dor pode se espalhar para o braço, tórax ou pescoço.
| Tipo de Sintoma | Características |
|---|---|
| Dor Dolorida (Aching) | Desconforto profundo e constante. Sensibilidade ao toque e limitação para mover o pescoço. |
| Espasmos | Contrações súbitas e dolorosas dos músculos que estabilizam a escápula. |
| Dor Aguda | Sensação de pontada ou facada, muitas vezes limitante. |
| Dor Crônica | Desconforto persistente, que dura semanas ou meses. |
| Limitação de Movimento | Incapacidade de realizar movimentos completos do ombro devido à dor ou bloqueio mecânico. |
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Causas Principais

- Tensão Muscular: Sobrecarga por má postura ou movimentos repetitivos, gerando inflamação.
- Síndrome da Dor Miofascial: Condição crônica caracterizada por “nós” musculares (bandas tensas) com presença de pontos-gatilho que reproduzem a dor quando pressionados.
- Osteoartrite: Desgaste natural das cartilagens articulares, causando dor e rigidez.
- Fraturas: Resultantes de traumas diretos ou quedas de alto impacto.
- Compressão Nervosa: Nervos comprimidos na região cervical ou torácica podem gerar dor, dormência e formigamento na escápula.
- Lesão do Manguito Rotador: Danos nos tendões do ombro frequentemente referem dor para a região posterior (escápula).
- Dor Referida: A origem do problema está em outro local (ex: pescoço, coluna torácica), mas a dor é sentida na escápula. Causas incluem hérnia de disco e artrose facetária.
- Herpes Zóster: A neuralgia pós-herpética pode causar dor intensa e ardor (dor neuropática e alodínia) na região, seguindo o trajeto de um nervo.
- Patologias da Coluna: Alterações como escoliose, cifose ou estenose espinhal.
Bursite Escapulotorácica
Trata-se da inflamação das bursas (pequenas bolsas de líquido) que facilitam o deslizamento entre a escápula e a caixa torácica. Ocorre geralmente por atrito excessivo em atividades repetitivas.
Os sintomas incluem dor localizada, inchaço e sensação de calor. A ressonância magnética auxilia no diagnóstico médico. O tratamento conservador (fisioterapia e medicação) é a norma, sendo a cirurgia (bursectomia) reservada para casos que não respondem ao tratamento.
Síndrome da Escápula Estalante
Caracteriza-se por sons audíveis (estalos, crepitação) e sensações táteis de “trituração” ao mover a escápula. Pode ser dolorosa ou não. É comum em jovens atletas que realizam movimentos acima da cabeça (ex: nadadores, tenistas).
O diagnóstico combina exame físico e imagem para verificar anormalidades ósseas ou musculares. A reabilitação foca no reequilíbrio muscular. Cirurgias são raras, indicadas apenas quando há dor persistente não aliviada por métodos conservadores.
Disfunção do Serrátil Anterior
Este músculo é fundamental para manter a escápula encostada no tórax. Sua disfunção, muitas vezes por lesão do nervo torácico longo, causa a “escápula alada” (a borda do osso salta para fora nas costas).
Causa fraqueza para levantar o braço e dor. O diagnóstico pode exigir eletroneuromiografia. O tratamento é predominantemente conservador com fisioterapia prolongada. Cirurgias de transferência de tendão são opções de último recurso.
Disfunção do Trapézio
Geralmente associada à lesão do nervo acessório espinhal (comum após cirurgias no pescoço ou traumas). Resulta em queda do ombro, dor e dificuldade em levantar o braço lateralmente.
A escápula tende a se deslocar para o lado. O fortalecimento muscular guiado é a base da recuperação. Se a lesão nervosa for irreversível, procedimentos cirúrgicos reconstrutivos podem ser avaliados pelo médico.
Dor Miofascial e Pontos-Gatilho

A Síndrome Dolorosa Miofascial envolve dor crônica causada por tensão acumulada nas fáscias (tecido que envolve os músculos). É extremamente comum na região dos ombros e escápulas.
Manifesta-se através de “pontos-gatilho” (nódulos dolorosos). Músculos como o trapézio, rombóides e elevador da escápula são frequentemente afetados, restringindo o movimento.
Terapias como liberação miofascial, massagem, acupuntura, agulhamento seco (dry needling) e ondas de choque são eficazes para “desativar” esses pontos e aliviar a dor.
Músculos Afetados e Localização da Dor

| Músculo | Localização Anatômica |
|---|---|
| Subescapular | Na frente da escápula (profundo, entre a escápula e as costelas). |
| Latíssimo do Dorso | Grande músculo das costas, cobre a ponta inferior da escápula. |
| Trapézio | Cobre pescoço, ombros e parte superior das costas. |
| Rombóides (Maior e Menor) | Entre a coluna e a borda medial da escápula. |
| Elevador da Escápula | Lateral do pescoço até o topo da escápula. |
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Padrões de Dor Irradiada
Pontos-gatilho nestes músculos podem enviar dor para locais distantes da origem:
| Origem (Músculo) | Onde a dor é sentida (Irradiação) |
|---|---|
| Trapézio (Superior) | Lateral do pescoço, atrás da orelha e têmpora. |
| Rombóides | Borda da escápula e região interescapular (entre as costas). |
| Subescapular | Parte posterior do ombro, descendo pelo braço até o punho. |
| Redondo Menor | Parte de trás do ombro e braço. |
| Latíssimo do Dorso | Embaixo da escápula e região lombar média. |
| Supraespinhal | Lateral do braço e topo do ombro. |
Diagnóstico Médico
O diagnóstico correto é fundamental e deve ser realizado por um médico. O processo envolve a exclusão de outras patologias graves.
Exames de imagem como Raios-X, TC e RM visualizam ossos e tecidos moles. Exames laboratoriais podem ser solicitados para descartar infecções ou doenças reumatológicas. A eletroneuromiografia é reservada para suspeitas de lesão nervosa.
O exame físico é a parte mais importante, onde o médico realiza testes de força, palpação e manobras ortopédicas para reproduzir a dor e identificar a estrutura lesionada.
| Exame | Finalidade Principal |
|---|---|
| Exame Físico | Avaliação clínica de força, movimento e sensibilidade. |
| Raio-X | Visualizar fraturas, artrose e alinhamento ósseo. |
| Tomografia Computadorizada | Detalhamento ósseo refinado. |
| Ressonância Magnética | Padrão ouro para ver tendões, músculos, bursas e inflamação. |
| Eletroneuromiografia | Avaliar a saúde dos nervos em casos de dor neuropática ou fraqueza muscular. |
Diagnóstico Diferencial
Outras condições que podem ser confundidas com dor na escápula:
- Radiculopatia Cervical: Compressão de nervo no pescoço que irradia para a escápula.
- Tendinite: Inflamação nos tendões do ombro.
- Lesão do Manguito Rotador: Rupturas parciais ou totais dos tendões.
- Bursite Subacromial: Inflamação frequente no ombro.
- Costocondrite: Inflamação na junção das costelas (geralmente dor anterior, mas pode irradiar).
- Disfunção Acromioclavicular: Problemas na articulação entre a clavícula e a escápula.
- Síndrome do Desfiladeiro Torácico: Compressão vascular ou nervosa na base do pescoço.
🦋 O teste da “Escápula Alada”
A dor constante pode ser fraqueza. Peça para alguém olhar suas costas enquanto você empurra uma parede.
Se a borda da sua omoplata “descola” das costas e fica parecendo uma asa de anjo, seu músculo Serrátil Anterior está fraco.
Solução: Exercícios de empurrar e pranchas (plank) ajudam a “colar” a escápula de volta no lugar.
Estratégias de Tratamento
O tratamento conservador é eficaz na maioria dos casos. Envolve uma abordagem multidisciplinar:
Fase Aguda: Foco no alívio da dor. Repouso relativo (evitar o movimento que dói), gelo (para inflamação) ou calor (para relaxamento muscular) e uso de medicamentos prescritos.
Fase de Recuperação: Fisioterapia para restaurar a amplitude de movimento e iniciar o fortalecimento.
Ergonomia: Correção postural no trabalho e no dia a dia é crucial para evitar recidivas.
Papel da Fisioterapia e Reabilitação
| Abordagem | Objetivo |
|---|---|
| Terapia Manual | Mobilização de articulações e tecidos para reduzir rigidez e dor. |
| Cinesioterapia (Exercícios) | Fortalecimento dos estabilizadores da escápula (rombóides, trapézio, serrátil). |
| Reeducação Postural | Ensino de padrões de movimento corretos para evitar sobrecarga. |
| Eletroterapia | Uso de recursos como Ultrassom e TENS para analgesia. |
| Kinesiotaping | Bandagens funcionais para suporte muscular temporário. |
Medicamentos Utilizados
- Anti-inflamatórios (AINEs): Para controle de dor e inflamação aguda.
- Corticosteroides: Potentes anti-inflamatórios, usados via oral ou injetável em crises severas.
- Relaxantes musculares: Auxiliam no controle da tensão e contraturas. Podem causar sonolência.
- Opioides: Reservados para dores intensas que não respondem a outros analgésicos.
- Antidepressivos e Anticonvulsivantes: Utilizados no manejo da dor crônica e neuropática (modulação da dor).
- Tópicos: Adesivos ou cremes analgésicos para alívio local.
Exemplos de Medicamentos na Prática Clínica
Atenção: A automedicação é perigosa. Consulte sempre um médico.
| Medicamento | Classe | Uso Comum | Efeitos Adversos Possíveis |
|---|---|---|---|
| Ibuprofeno | AINE | Dor leve/moderada | Gastrite, tontura. |
| Naproxeno | AINE | Inflamação articular | Dor estomacal. |
| Paracetamol | Analgésico | Dor leve | Danos hepáticos (em excesso). |
| Dipirona | Analgésico | Dor geral e febre | Queda de pressão. |
| Tramadol | Opioide | Dor moderada/intensa | Náusea, constipação, tontura. |
| Amitriptilina | Antidepressivo | Dor crônica/sono | Boca seca, sonolência. |
| Ciclobenzaprina | Relaxante Muscular | Espasmos/contraturas | Sonolência intensa. |
| Gabapentina | Anticonvulsivante | Dor neuropática | Tontura, fadiga. |
| Pregabalina | Anticonvulsivante | Fibromialgia/Nervo | Ganho de peso, edema. |
| Prednisona | Corticosteroide | Inflamação severa | Insônia, aumento de glicemia. |
| Tizanidina | Relaxante Muscular | Espasticidade | Hipotensão, boca seca. |
| Codeína | Opioide | Dor moderada | Constipação, sonolência. |
Prevenção e Cuidados

Pequenas mudanças diárias podem prevenir o retorno da dor:
1. Postura: Mantenha a coluna ereta ao usar computadores e celulares.
2. Pausas: Evite ficar na mesma posição por horas. Levante-se e alongue-se.
3. Ergonomia: Ajuste a altura da cadeira e do monitor.
4. Fortalecimento: Músculos fortes protegem as articulações. Mantenha uma rotina de exercícios supervisionada.
🎾 Alívio com Bolinha (Ponto Gatilho)
A dor “em pontada” na escápula geralmente é um nó muscular. Use uma bolinha de tênis:
- Coloque a bolinha entre a coluna e a borda interna da escápula (no músculo macio).
- Cruze o braço sobre o peito (para afastar o osso).
- Pressione contra a parede por 45 segundos.
Prognóstico
A maioria dos pacientes apresenta excelente recuperação com o tratamento conservador adequado. A dor costuma diminuir significativamente com fisioterapia e medicação.
Casos secundários a outras doenças (como artrite) exigem manejo contínuo, mas também têm bom prognóstico de controle da dor e manutenção da qualidade de vida.
Fisioterapia Específica
A reabilitação funcional é essencial para tratar desequilíbrios musculares específicos, como nas disfunções do serrátil anterior e do trapézio.
Para o Serrátil Anterior, exercícios que isolam este músculo (como movimentos de empurrar controlados) ajudam a estabilizar a escápula sem sobrecarregar o pescoço.
Para o Trapézio (especialmente as porções média e inferior), o foco é fortalecer as costas para evitar que os ombros “caiam” para frente, corrigindo a postura.
O objetivo final é restaurar o ritmo normal de movimento entre a escápula e o braço, eliminando a dor e prevenindo novas lesões.

















































2 Comentários
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Muchas gracias por su texto. Estoy pasando una crisis de dolor en la zona y su publicación me da orientación clínica.
Dia 21/22 de julho 2025 .
Levei minha filha ao pronto socorro, queixa, dor e uma saliência na escapula esquerda, formigamento no braço esquerdo dificuldade de mover se é andar .
Pedi um médico ortopedista, mas quem encaminha e o clínico geral, o mesmo disse que não há nenhuma fratura então não precisa passar com ortopedista, pedi um rx o mesmo falou não há fratura então não precisa do rx , nem quiz examinar ela, eu disse : o senhor não vai nem olhar , ? Médicou ela com uma injeção , dipirona, com dexametasona e voltarem e falou faz uma tômografia do pescoço. DIA seguinte :
Fomos fazer ,a técnica pediu pra que fosse especificado, pois a dor dela é na escapula esquerda . Perguntei a mesma , como vc pude fazer, este exame , pode fazer da escapula esquerda, e do pescoço.
Quinta feira 24 voltou no ama (outro local), nem rx , só outra injeção de dipirona , e agora com a perna esquerda inxada
Diz que o inxasso da perna pode ser de uma gripe .
Mandou embora pra casa e tomar cetoprofeno , misan, dipirona , omeprasol , e observar .
E a tômografia ninguém soube ler as imagens.