Para que serve o exame TGO?

Quando se fala em exames de sangue, os chamados “indicadores sanguíneos”, as opções de exames e as suas identificações clínicas e biomédicas são incontáveis.

Graças ao avanço constante da medicina fica a cada dia mais simples diagnosticar problemas de saúde.

O organismo precisa de um equilíbrio químico estabelecido para funcionar em perfeitas condições, para tanto, a medicina está pronta para acolher e cuidar dos pacientes por meio dos métodos diagnósticos atuais.

Avaliar as condições fisiológicas de um indivíduo nem sempre é uma tarefa fácil, visto que para algumas patologias os sintomas podem ser muito parecidos, ainda que sejam problemas diferentes.

Dores abdominais – uma das indicações de investigação laboratorial

A dor abdominal, por exemplo, pode indicar vários problemas: indigestão, problemas intestinais, apendicite, cólicas menstruais, prisão de ventre, gastrite, dentre outras.

Diagnóstico DiferencialSintomas
GastroenteriteNáuseas, cólicas abdominais, diarreia, vómitos, febre, mal-estar
Apendicite agudaDor no abdome inferior direito, sensibilidade e rigidez abdominal, febre, anorexia, náuseas, vômitos
ColecistiteDor constante e intensa na parte superior direita do abdome, sensibilidade, febre, vômito
Doença pépticaDor epigástrica, azia, náusea, vômito, anorexia, fezes escuras
Síndrome do intestino irritávelDor abdominal e cólicas, inchaço, flatulência, constipação ou diarreia
Dor menstrualCólicas abdominais baixas, dor na parte inferior das costas e coxas, náuseas, vómitos, diarreia
ConstipaçãoDificuldade em evacuar, dor abdominal, inchaço, sensação de saciedade

O sintoma é comum, mas o problema não. Por isso os indicadores feitos por meio de análises clínicas de maneira laboratorial são, via de regra, mais seguros que uma anamnese baseada em queixas, inclusive pelo fato de que cada paciente tem sua própria percepção a respeito do seu desconforto.

O exame é extremamente simples de ser feito, onde o sangue é coletado do braço do paciente.

Caso não seja feito em caráter emergencial quando o paciente possui outros sintomas ou está em uma condição debilitante ou comprometedora para a sua saúde, o exame pode ser feito e o paciente liberado em seguida.

Em alguns casos, quando o paciente apresenta outros sintomas, como dor, febre, alterações nos sinais vitais ou já possui histórico de algumas doenças.

Caso o exame seja feito em caráter emergencial, o paciente poderá precisar de uma atenção clínica maior e isso talvez pode demandar uma internação ou o médico poderá solicitar exames complementares para fazer uma avaliação mais completa.

Como realizar o exame TGO?

De maneira geral, para realizar o exame é solicitado que o paciente esteja em jejum de alimentos entre 8 e 12 horas e que não sejam feitos exercícios físicos de intensidade moderada e alta no dia anterior do exame para que não hajam alterações, pois isso poderá fazer com que os níveis de TGO aumentem na corrente sanguínea.

A sigla do chamado “TGO” significa transaminase glutâmico-oxalacética e é uma enzima hepática que tem como objetivo principal examinar a saúde do fígado do paciente.

TesteImportância
ALT (TGP)Indica uma possível lesão ou dano hepático
AST (TGO)Pode ajudar a detectar e diagnosticar doenças do fígado

Pode ser caracterizada por ser uma enzima produzida pelo corpo humano, cuja função é atuar na produção de energia. Essa enzima está presente em certas células que compõem  não apenas o fígado, mas também o coração, os rins e os músculos.

IndicaçãoDescrição
Dano hepáticoO exame de transaminase oxalacética pode ser usado para detectar danos no fígado, como os causados por vírus ou álcool.
Toxicidade de drogasO exame de transaminase oxalacética pode ser usado para detectar toxicidade medicamentosa no fígado, causada por medicamentos ou drogas.
Distúrbios metabólicosO exame de transaminase oxalacética pode ser usado para detectar distúrbios metabólicos, como hemocromatose e doença de Wilson.
CâncerO exame de transaminase oxalacética pode ser usado para detectar câncer de fígado.

Geralmente os médicos solicitam outros indicadores associados ao TGO como o “TGP” que significa transaminase glutâmico-pirúvica, uréia, GGT, bilirrubina direta e indireta e ácido úrico.

Outros exames para avaliar fígado

Além disso, para avaliar a saúde do fígado do paciente, também podem ser feitos exames e imagem como ultrassom de abdome total, biópsias, tomografia, dentre outros.

figado 6

O fígado humano é um órgão extremamente resistente e também se regenera em boas condições de saúde por parte do paciente, mas ainda que seja um órgão bastante resistente alguns danos causados por hábitos inadequados podem prejudicá-lo, são eles:

Para se avaliar a saúde hepática do paciente, além do TGP um dos exames mais solicitados é o GGT ou Gama GT, que irá avaliar se o fígado está acometido por alguma patologia.

TesteFinalidade
Alanina transaminase (ALT)Mede quanto dessa enzima está presente no sangue, o que pode indicar danos ao fígado.
Aspartato transaminase (AST)Mede quanto dessa enzima está presente no sangue, o que pode indicar danos ao fígado.
Fosfatase alcalina (ALP)Mede a quantidade dessa enzima presente no sangue, que pode ser usada para diagnosticar condições como ductos biliares bloqueados, cirrose e hepatite.
Bilirrubina TotalMede a quantidade de bilirrubina presente no sangue. Níveis altos podem indicar dano hepático.
Gama-glutamil transferase (GGT)Mede a quantidade dessa enzima presente no sangue, que pode ser usada para diagnosticar condições como bloqueio do ducto biliar, doença hepática e abuso de álcool.
AlbuminaMede a quantidade dessa proteína no sangue, que é produzida pelo fígado e pode ser usada para monitorar a função hepática.

TGO e AST

O TGO também pode ser chamado de AST e não é incomum que esta nomenclatura esteja presente nos resultados de exames de sangue, a sigla AST significa aspartato aminotransferase.

Os valores de referência variam sutilmente de acordo com os indicadores laboratoriais, mas no geral os valores se dispõe entre 5 a 40 U/L.

Como fora citado, o exame que mensura o TGO está avaliando as enzimas hepáticas, além disso o TGO é produzido por vários tecidos, como os músculos, coração e também o fígado e está localizado internamente nas células hepáticas.

TGO alterado – o que pode ser?

Quando o TGO está alterado, isso pode indicar que existem outras alterações fisiológicas no paciente, para que o TGO seja liberado no sangue no paciente é necessário que as células hepáticas sejam lesionadas.

Portanto os níveis de TGO analisados nos exames laboratoriais devem estar em níveis mais baixos e quando estão em níveis próximos aos limites máximos isso pode significar que algum dos órgãos citados estão fisiologicamente lesionados ou fora de seu funcionamento ideal.

Quando este indicador sanguíneo está alterado, é comum que os médicos peçam o exame TGP que é uma segunda enzima para que façam um diagnóstico conciso.

Alguns problemas de saúde pode ser considerados quando o TGO está alterado, sendo elas: infarto, hepatites, lesão muscular, lesão no pâncreas, esteatose (gordura no fígado), cirrose, intoxicação no fígado, mononucleose e isquemia hepática.

Por isso, é extremamente importante procurar atendimento médico quando algo está fora do normal, pacientes com alteração excessiva no TGO podem apresentar alguns sintomas, como:

Dr. Andrew Seung Ho Park

CRM-SP: 157730 RQE: 67991 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Residência Médica de Fisiatria pelo HC-FMUSP. Residência Médica em Neurofisiologia Clínica pelo HC-FMUSP. Pós-Graduação em Dor pelo Centro de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Professor Colaborador do CEIMEC – Centro Integrado de Estudo em Medicina Chinesa. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).

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Dr. Andrew Seung Ho Park

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CRM-SP: 157730 RQE: 67991 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Residência Médica de Fisiatria pelo HC-FMUSP. Residência Médica em Neurofisiologia Clínica pelo HC-FMUSP. Pós-Graduação em Dor pelo Centro de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Professor Colaborador do CEIMEC – Centro Integrado de Estudo em Medicina Chinesa. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).

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