A odinofagia é uma dor que o paciente refere ao fazer a ingestão da dieta, em outras palavras, é um tipo de dor de garganta ao se alimentar, mas pode ser um desconforto também na boca. Durante o processo de deglutição o paciente refere esta dor, sendo uma dor localizada na região esofágica. Esse desconforto precisa ser avaliado por um médico para se entender qual é sua natureza.
Apesar de não ser um termo muito falado, a palavra odinofagia é de origem grega, “odyn” significa dor e “phagia” significa comer.
O problema é multicausal e pode acometer pessoas de qualquer idade e qualquer gênero, a avaliação médica é fundamental, especialmente quando o sintoma persiste. Pacientes com odinofagia persistente demonstram inclusive perda de peso, por isso tratar a causa se faz tão importante quanto tratar o sintoma.
Em outras palavras, o que se chama de odinofagia é um desconforto na garganta. Todas as pessoas já sentiram um desconforto nesta região, seja por uma inflamação, por uma infecção bacteriana ou viral, ou por outras questões, a dor de garganta é um problema bastante comum. Porém, a pergunta é: quando a dor de garganta torna-se preocupante e o apoio médico deve ser acionado?
Opções de medicamentos
O mercado farmacêutico oferece diversas opções de medicamentos para amenizar os desconfortos na garganta, desde pastilhas com propriedades calmantes até vitaminas que se propõe a aumentar os mecanismos de defesa do corpo, geralmente associados à vitamina C.
O sistema imunológico precisa estar em equilíbrio para que as defesas naturais do organismo estejam preparadas para combater possíveis patógenos, por essa razão, o apoio médico e as avaliações de checagem de saúde periódicas se fazem fundamentais.
A alimentação, a hidratação e a prática de atividades físicas são fortes aliados ao combate a diversos problemas, inclusive infecções.
O desconforto durante a alimentação no contexto da odinofagia se dá em decorrência de um processo inflamatório ou até mesmo químico.
Diagnóstico
Um profissional bastante presente no tratamento de pessoas com odinofagia é o fonoaudiólogo.
Este profissional irá investigar outras condições associadas ao desconforto, como: dores estomacais, refluxos, tosses recorrentes, vômitos, febre, dor abdominal, perda de peso, gosto ferroso ou amargo na boca, náuseas e tonturas.
Durante a consulta este profissional irá direcionar as questões também de acordo com o histórico familiar do paciente para que se chegue ao diagnóstico correto, especialmente quando exames preliminares laboratoriais foram feitos sem um diagnóstico infeccioso, por exemplo.
Odinofagia e disfagia
Alguns profissionais acabam se confundindo entre a odinofagia e a disfagia, que são problemas de saúde relativamente semelhantes.
A disfagia é a dificuldade para engolir alimentos. Clinicamente a dificuldade para engolir (disfagia) não precisa necessariamente estar acompanhada de dor (odinofagia).
Na medicina prática, a maioria dos pacientes com odinofagia estão acometidos por problemas como:
- Laringite
- Amigdalite
- Faringite
- Inflamação local
- Gripes
- Resfriados e
- Refluxos gástricos.
Por outro lado, também existem outros fatores associados ao desconforto, que podem ser:
A ingestão de um corpo estranho que promove um ferimento no local, pacientes que possuem distúrbios psicológicos com a bulimia e provocam vômitos com o intuito de emagrecer (os ácidos estomacais em contato com as mucosas fazem com que as mesmas se corroem), pacientes que falam muito alto, gritam e cantam inadequadamente também podem prejudicar a região pelo estresse das cordas vocais, exposição frequente a poluição, baixa umidade do ar e contato com substâncias químicas com propriedades corrosivas sem a devida proteção.
Tratamento
O tratamento para a odinofagia está diretamente ligado ao motivo pelo qual o paciente sente o desconforto, se o paciente está com um processo infeccioso, são geralmente prescritos antibióticos, corticóides e analgésicos.
Para pacientes com problemas recorrentes nas amígdalas, pode ser sugerida a cirurgia de remoção das mesmas. Mas o tratamento será definido apenas pelo profissional.
O primeiro exame, na maioria dos casos, é um exame físico, onde o médico pede que o paciente abra a boca para que seja analisado qualquer sinal de infecção – como vermelhidão e presença de pus – ou se há alguma indicação de obstrução que indique a contaminação por vírus e/ou bactérias. Caso a hipótese diagnóstica sugira um processo infeccioso, pode ser solicitado um exame laboratorial para entender de qual microrganismo se trata o problema e então iniciar o tratamento mais correto.
Exames de imagem também podem ser solicitados para avaliar outras condições. Outras condições que podem ocasionar a odinofagia são as rinites e os desvios de septo. Geralmente pacientes que apresentam estas condições tendem a respirar pela boca e acabam tendo como resposta infecções e lesões bastante recorrentes. Para estes casos, o médico otorrinolaringologista deve ser procurado.
A endoscopia digestiva também pode causar dores locais, especialmente pela natureza do exame que irá inserir uma câmera cirúrgica pela cavidade bucal do paciente, podendo ocasionar traumas durante a sua inserção, percurso ou retirada. Nestes casos, geralmente o desconforto passa no dia seguinte ao procedimento.
Todos os sintomas persistentes de natureza moderada e elevada precisam de atenção médica.