Cáseos Amigdalianos

Cáseos amigdalianos

Os chamados cáseos amigdalianos ou também conhecidos por caseum são responsáveis por um grande desconforto para os pacientes. Possuem tratamentos e devem ser observados, pois a maioria das pessoas pode desenvolvê-los. Quando estas formações são muito numerosas, os pacientes podem desenvolver um problema de saúde chamado de amigdalite crônica caseosa.

A amigdalite ocasionada pelos cáseos amigdalianos pode ocorrer em pacientes de qualquer idade e é bastante desconfortável, pois além da sensibilidade local é um fator que contribui para o mau hálito. O tratamento é medicamentoso ou cirúrgico, mas a primeira tentativa frequentemente é por meio da prescrição de um medicamento anti-inflamatório associado a um antisséptico oral ou solução salina para ajudar na remoção destas formações e do processo inflamatório.

Porém alguns pacientes apresentam um número muito elevado de formações e os medicamentos e soluções não são suficientes para amenizar o problema, fazendo com que o médico precise intervir cirurgicamente na condição.

Cirurgia de remoção das amígdalas

A cirurgia de remoção das amígdalas não é tão complexa quanto se pensa, hoje existem técnicas que favorecem uma remoção rápida e uma recuperação menos dolorosa por meio de laser. Mas a remoção cirúrgica convencional também é feita e ainda é bastante indicada.

Em ambas as técnicas, a cirurgia tende a demorar entre trinta minutos e uma hora e o paciente pode ser liberado no mesmo dia, caso não haja complicações ou dores intensas.

Cáseos amigdalianos

Origem da palavra Cáseo

O nome cáseo é uma palavra derivada do latim que significa queijo, o que explica a aparência destas formações, como referido acima, são formações endurecidas com odor desagradável, de coloração esbranquiçada, porém quando há infecções associadas, podem ser esverdeadas ou amareladas e inclusive podem apresentar sangramentos onde estão inseridas.

Formação dos cáseos amigdalianos

Os cáseos amigdalianos se formam dentro de cavidades chamadas de criptas amigdalianas, são pequenas aberturas localizadas nas amígdalas. Nem todos os indivíduos desenvolvem estas formações. A função destas pequenas aberturas é auxiliar na manutenção da defesa da cavidade oral, facilitando a ação das células de defesa por meio das amígdalas – sendo a principal função das amígdalas promover e facilitar a ação das células de defesa na boca.

As amígdalas são grandes aliadas do sistema imunológico, elas auxiliam na formação de anticorpos que combatem os patógenos, além de serem muitos ricas em linfócitos e de estarem posicionadas estrategicamente entre o nariz, a boca e a garganta – que são portas de entrada para microrganismos patogênicos presentes em alimentos ingeridos, por exemplo.

Os cáseos são placas que se formam nas amígdalas. A grande maioria dos pacientes que têm essa formação referem ter mau hálito, inclusive, quando retiram essas formações manualmente, é notado um odor bastante desagradável.

Alguns estudos demonstram que pacientes que sofrem com cáseos amigdalianos apresentam o chamado biofilme lingual, que se trata de uma formação esbranquiçada na língua e é considerada também uma placa bacteriana.

Cáseos amigdalianos

O mecanismo de formação dos cáseos é por meio de bactérias que precisam de um ambiente pobre em oxigênio e se alimentam de proteínas, são as chamadas bactérias anaeróbias proteolíticas.

Além disso, pacientes que fazem uma higiene oral inadequada e permitem um ambiente ideal e com uma grande quantidade de muco na garganta, células mortas e uma higiene oral inadequada fornecem uma condição ideal para a formação dos cáseos amigdalianos.

Ou seja, os cáseos amigdalianos não podem ser transmitidos de paciente para paciente, visto que a sua formação é resultante do acúmulo de restos de alimentos, células mortas e muco presentes na cavidade oral, por isso a grande importância de fazer uma higienização adequada e cuidar da saúde oral.

As visitas aos dentistas regularmente também são consideradas importantes no tratamento e prevenção deste e de outros problemas. Estes restos acumulados se alocam nos pequenos orifícios amigdalianos, começam a se decompor e formam estes materiais apodrecidos, esbranquiçados, amarelados ou esverdeados e enrijecidos, pois ficam depositados nas amígdalas.

Tratamento

Os cáseos amigdalianos podem ser tratados de algumas maneiras, porém o tratamento dependerá da causa do problema. A primeira opção de tratamentos mais comumente prescritos são gargarejos com soluções salinas, utilização de antissépticos orais e uso de enxaguantes bucais medicamentosos.

Alguns pacientes acabam se ferindo na tentativa de remover os cáseos manualmente, seja por meio de objetos como pinças ou cotonetes. Essa remoção manual pode fazer com que o paciente se fira e inclusive causar infecções, piorando ainda mais o quadro do paciente.

Cáseos amigdalianos

No caso da não remoção dos cáseos por meio dos tratamentos clínicos mais simples, pode ser indicado o procedimento cirúrgico para remoção das amígdalas, porém este direcionamento clínico deve vir de um profissional habilitado, a especialidade médica mais indicada para fazer essa avaliação é o médico otorrinolaringologista.

Além do do profissional médico, os dentistas também podem fazer uma atuação conjunta no tratamento dos cáseos, visto que os dentistas são profissionais que possuem um vasto conhecimento em tratamentos que amenizem o mau hálito e tratem a placa bacteriana que se forma na língua por meio de medicamentos específicos.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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