Febre e dor de garganta: o que pode ser?

Febre e dor de garganta são sintomas bastante inespecíficos que precisam de um diagnóstico correto para que se entenda qual a origem: viral, fúngica ou bacteriana e então seja feito o tratamento correto.

Ainda que vivamos em um clima tropical com invernos pouco rigorosos em relação aos países europeus ou aos países com clima temperado, mas a febre e a dor de garganta são problemas característicos de todos os lugares do mundo.

Diferentemente do que algumas pessoas acreditam, a inflamação da garganta acompanhada de febre não está necessariamente relacionada à friagem ou às mudanças climáticas.

Causas – podem ser infecciosas ou crônicas

As causas podem ser por contágio com o patógeno ou crônicas.

Uma curiosidade é que o corpo humano pode se resfriar ou se gripar e estas são duas condições diferentes.


Diferença entre resfriado e gripe

O resfriado é identificado por: coriza, congestão nasal, espirros, dor de garganta e presença ou não de febre baixa.

A gripe é caracterizada por: coriza, congestão nasal, espirros, dor de garganta e febre alta. Então a resposta para a indagação do enunciado é: depende de fatores como: intensidade da dor e da febre.


O que é febre?

Mas afinal, o que é a febre? A febre é a elevação da temperatura corporal ideal que aparece como um sintoma de alerta do corpo humano demonstrando que algo está fora de sua condição ideal.

Porém, por outro lado, a febre pode ser um sintoma de inúmeras doenças, então é extremamente importante que se faça a análise dos sintomas na totalidade para que se chegue ao diagnóstico mais adequado.

febre 6

Dor de garganta pode ter muitas causas

A dor de garganta também é um sintoma multicausal, então para responder a pergunta sobre o que pode ser a junção entre estes dois sintomas é necessário que se façam algumas associações clínicas.

Alguns pacientes optam em um primeiro momento por se automedicar, existem diversos medicamentos chamados de “MIPs” (medicamentos isentos de prescrição) disponíveis livremente em drogarias, mas um alerta é: febre e dor de garganta são sintomas que facilmente podem ser contidos, seja por um antitérmico ou por algum spray, ou pastilha oral, os desconfortos tendem a ser aliviados.

Porém em uma grande parte dos casos conter os sintomas não significa tratar a causa, portanto o paciente pode estar controlando os sintomas e agravando o problema.

Caso os sintomas persistam é fundamental procurar apoio médico para serem tomadas as medidas médicas pertinentes, como a prescrição de um antibiótico específico para o quadro apresentado.


Causas comuns de febre e dor de garganta

As causas mais comuns da associação entre febre e dor de garganta são:

1. Gripe

Gripe: febre alta, coriza, dor de garganta, calafrios, tosse, dor de cabeça, dores no corpo e fraqueza. Em casos extremos o paciente pode ficar debilitado a ponto de ir a óbito, caso não seja tratado e o processo evolua negativamente.

2. Bronquite

Bronquite: é uma patologia respiratória inflamatória viral ou bacteriana, caracterizada quando os brônquios do pulmão que conduzem o ar que entra pelo nariz até os pulmões se inflamam devido à entrada de patógenos no sistema respiratório, ela pode ser aguda ou crônica.

Os sintomas mais frequentes são: tosse, febre, dor de garganta, chiado ao respirar e falta de ar.

3. Pneumonia

Pneumonia: a pneumonia é uma patologia muito séria e seu tratamento deve ser extremamente meticuloso.

A pneumonia é resultado de um processo inflamatório pulmonar relacionado a um quadro infeccioso, sua progressão é bastante rápida e o tratamento pode, inclusive, envolver internação Os sintomas mais comuns são: febre alta, dor nas costas, dor no corpo, cansaço, falta de ar, dor no peito e dor de garganta.

4. COVID-19

COVID-19: o coronavírus também é um dos causadores de febre e dor de garganta, mas via de regra está associado a outros sintomas como: perda de olfato e/ou paladar, dores no corpo, tosse, dificuldade para respirar e diarreia.

covid 3

5. Faringite

Faringite: uma infecção causada por bactérias, como a bactéria Streptococcus pyogenes, que está presente na garganta de todos os seres humanos e em quantidades normais não causa sintomas ou desequilíbrios patogênicos, mas pode sofrer alterações de microrganismos e fazer com que as bactérias se proliferam em um ritmo anormal gerando infecções.

Os sintomas mais comuns são: febre, dor de garganta, dor de cabeça, perda do apetite, náusea, erupções na pele e dores articulares.

6. Amigdalite

Amigdalite: é a inflamação das amígdalas alocadas mais ao fundo da garganta (alguns pacientes que possuem a doença crônica optam pela retirada das amígdalas cirurgicamente).

A amigdalite inflama quando o paciente tem contato com vírus ou bactérias, tendo quatro formas de expressão clínicas: aguda, crônica, viral e bacteriana.

Os sintomas mais comuns são: dificuldade para engolir alimentos, garganta avermelhada com ou sem inchaço, febre, calafrios, tosse, perda de apetite e fadiga/mal-estar.


Tratamentos

Os tratamentos são específicos para cada uma das patologias possíveis, mas é importante que o paciente contenha a febre para que outros danos (como convulsões e até mesmo danos neurológicos) não ocorram.

Os medicamentos mais utilizados são antitérmicos, como: ibuprofeno, paracetamol e dipirona. Alguns médicos também indicam anti-inflamatórios como a nimesulida e o cetoprofeno.

Para cada uma das patologias é prescrito um tratamento, mas o mais importante é que o paciente procure ajuda médica para que o direcionamento clínico mais adequado seja tomado.

Muitas vezes é necessário usar antibióticos associados a anti-inflamatórios e antitérmicos e, para isso, é importante que o médico faça exames para entender com qual microorganismo está lidando.

Procure seu médico para avaliação, diagnóstico e tratamento.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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