As frutas são ótimas opções alimentares, sendo sempre associadas a uma melhor qualidade de vida e por sua devida ação na prevenção de doenças.
Contudo, existem frutas ricas em gorduras, frutas ricas em proteínas e também as frutas ricas em açúcar.
Você já deve ter lido em alguma fonte, que as frutas ricas em açúcar devem ser evitadas ou consumidas em pouca quantidade[1]Hu W, Sun DW, Pu H, Pan T. Recent developments in methods and techniques for rapid monitoring of sugar metabolism in fruits. Comprehensive reviews in food science and food safety. 2016 … Continue reading.
Será que essa informação possui embasamento científico e é verídica? Veja abaixo, o que é verdade e o que é mentira sobre o assunto.
Relação entre açúcar e as frutas
A frutose é o principal carboidrato das frutas e ela é a responsável pelo gosto doce e saboroso que elas proporcionam após serem ingeridas.
No entanto, procura-se identificar se a frutose possui relação direta com o aumento da glicose, que por sua vez, é necessária para o organismo[2]Chen JW, Zhang SL, Zhang LC. Sugar transport, metabolism, accumulation and their regulation in fruits. Zhi wu Sheng li yu fen zi Sheng wu xue xue bao= Journal of Plant Physiology and Molecular … Continue reading.
Diversos artigos científicos apontam que o açúcar das frutas pode gerar Diabetes tipo 2 e Síndrome Metabólica.
Mas não é bem assim. Em primeiro lugar, a frutose apresenta uma capacidade bem menor de influenciar os níveis da glicose sanguínea do que os demais tipos de açúcar.
O que não significa que comer muitas frutas doces em um curto espaço de tempo não influencia nos níveis de açúcar no sangue.
Por essa razão, a frutose das frutas pode ser utilizada como substituta das demais opções de açúcar da alimentação.
No entanto, apesar de influenciar positivamente no controle da glicose, quando consumida em excesso as frutas ricas em açúcar agem da mesma maneira que as demais fontes de carboidratos.
O que deixa claro que, se uma pessoa é diabética, deve tomar cuidado com as frutas que ingere no dia a dia.
Pessoas saudáveis
Todas as frutas devem fazer parte da alimentação de pessoas saudáveis, mesmo que elas sejam ricas em açúcar.
Afinal, elas não contém apenas frutose, elas são as principais fornecedoras de vitaminas, minerais e antioxidantes para o corpo.
A única ressalva é que devemos consumir as frutas buscando variedade de sabores e não concentrar apenas nas mais doces.
Portanto, você pode comer frutas ricas em açúcar como a banana e a melancia, ao mesmo tempo que deve ingerir outras fontes como abacate ou castanha do Brasil, por exemplo.
Ao final, se a sua glicose encontra-se controlada dificilmente consumir frutas ricas em açúcar fará você adquirir Diabetes.
A não ser que você resolva consumir grandes quantidades de uma mesma fruta todos os dias, o que é meio difícil de acontecer.
Diabéticos e pessoas com Síndrome Metabólica
Este grupo requer uma atenção maior quando o assunto é o consumo de frutas ricas em açúcar, já que eles possuem doenças relacionadas ao descontrole da glicose.
Sendo assim, a melhor alternativa para este grupo é, ao consumir frutas ricas em açúcar como a banana, associar ao consumo de uma fonte de proteína, como o iogurte, por exemplo.
Dessa maneira, a carga glicêmica gerada pela fruta será menor e o impacto alcançado na corrente sanguínea não resultará em descontrole.
Além disso, esse grupo deve procurar consumir frutas ricas em outros nutrientes como coco, amendoim, castanhas, abacate ou nozes.
Portanto, não significa que não devem consumir frutas ricas em frutose, apenas que não devem basear-se apenas nas frutas ricas em açúcar na alimentação diária.
Referências Bibliográficas
↑1 | Hu W, Sun DW, Pu H, Pan T. Recent developments in methods and techniques for rapid monitoring of sugar metabolism in fruits. Comprehensive reviews in food science and food safety. 2016 Nov;15(6):1067-79. |
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↑2 | Chen JW, Zhang SL, Zhang LC. Sugar transport, metabolism, accumulation and their regulation in fruits. Zhi wu Sheng li yu fen zi Sheng wu xue xue bao= Journal of Plant Physiology and Molecular Biology. 2004 Feb 1;30(1):1-0. |