O Que Acontece Se Eu Parar de Tomar Risperidona?

o que acontece se eu parar de tomar risperidona

RISPERIDONA é um medicamento utilizado para tratar transtornos mentais.

É um antipsicótico atípico aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) para o tratamento de esquizofrenia (em adultos e crianças com mais de 13 anos), episódios maníacos agudos bipolares ou mistos como monoterapia, episódios maníacos agudos bipolares ou mistos adjuvantes com lítio ou valproato e condições de irritabilidade associada ao autismo (em crianças com mais de cinco anos).

IMPORTANTE: Não interrompa seu tratamento por contra própria. A retirada súbita do medicamento pode gerar um efeito rebote (recidiva do quadro) dos sintomas. Podem também surgir sintomas desagradáveis (como náusea, tontura, mal-estar e dores de cabeça) pela retirada repentina.

Procure seu médico.

Efeito favorável da Risperidona

Esse medicamento possui um efeito favorável sobre diversos transtornos relacionados ao pensamento, emoções e determinadas atividades, como confusão, alucinações, distúrbios de percepção (por exemplo, ouvir vozes de quem não está presente), desconfiança sem motivo aparente, isolamento, ser excessivamente introvertido, entre outras condições.

Além disso, também é útil para melhorar a ansiedade, a tensão, bem como o estado mental alterado pelos transtornos já citados.

O medicamento risperidona pode ser prescrito por quadros de início súbito ou também de longa duração. Depois do alívio dos sintomas, esse medicamento é utilizado para manter os distúrbios sob controle, prevenindo recaídas.

O risperidona também pode ser administrado em outras condições, especificamente para controlar os transtornos do comportamento, como desconfiança doentia, agitação, demência e agressões verbais e físicas.

Se você pegar a bula desse medicamento, verá que não é aconselhado interromper o tratamento por conta própria, sem o conhecimento do médico. O paciente poderá ter uma recidiva do transtorno que o levou a buscar o tratamento, além de sentir sintomas desagradáveis relacionados à síndrome de retirada.

o que acontece se eu parar de tomar risperidona

Se o paciente estiver tomando risperidona por razões terapêuticas de um processo psicótico, não deve parar o tratamento, pois os sintomas retornarão em condições piores. Estar se sentindo melhor não justifica interromper o uso do medicamento por conta própria.

Se o uso estiver relacionado à potencialização de um antidepressivo, apenas o médico poderá orientar sobre como deve ser o desmame do medicamento, de forma que não traga problemas para a psicopatologia.

É importante conversar com o médico ou psiquiatra para saber como o medicamento poderá ser interrompido da forma correta, sem trazer malefícios ao paciente.


Seguir orientação médica

Deve-se seguir a orientação do médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

A solução oral contém 1mg de risperidona por mL, sendo acondicionada em frascos de 30mL, 50mL ou 100mL acompanhados de uma seringa dosadora. A menor quantidade que se pode retirar do frasco com a seringa é 0,25 mL, correspondente a 0,25mg de risperidona. O medicamento pode ser tomado 1 ou 2 vezes ao dia, conforme a recomendação médica.

O paciente pode fazer uso do risperidona juntamente com as refeições ou entre elas. A solução oral pode ser adicionada a qualquer bebida não alcoólica, exceto chá. O medicamento também pode ser administrado em forma de comprimidos revestidos ou em forma injetável.

Visto que o medicamento risperidona age no sistema nervoso central e atua nos níveis de serotonina e dopamina, há a possibilidade de causar reações adversas de intensidades variadas, entre leve a moderada, variando de acordo com o paciente e a dose administrada. É importante informar ao médico sobre o surgimento de efeitos adversos que surgirem.

Geralmente, a risperidona é um medicamento bem tolerado e os seus efeitos adversos são frequentemente difíceis de distinguir dos sintomas da doença.


Efeitos colaterais

Os efeitos colaterais que podem ocorrer em alguns casos são: insônia, agitação, dor de cabeça e ansiedade. Raramente surge sonolência, fadiga, dificuldade de concentração, visão borrada, tontura, náuseas, vômito, dores abdominais, prisão de ventre, impotência sexual, obstrução nasal e incontinência urinária.

Apesar de esses efeitos não serem prejudiciais e graves, o médico precisa ser informado caso eles ocorram. No início do tratamento com risperidona, em alguns casos, a pressão arterial pode cair um pouco, causando tontura. Geralmente passa espontaneamente. Posteriormente, pode ocorrer aumento na pressão arterial, o que é muito raro, além de edema de tornozelo.

efeitos colaterais

É rara a incidência de alergia ao medicamento risperidona. No entanto, quando ocorre, pode manifestar-se em forma de erupção na pele, coceira, encurtamento da respiração ou até mesmo inchaço do rosto.

Na ocorrência de qualquer um desses sintomas, é recomendando consultar um médico imediatamente.

Pacientes idosos com demência podem relatar fraqueza repentina ou paralisia da face, braços ou pernas. Se esses problemas acontecerem, mesmo que por um curto período, consulte seu médico o mais rápido possível.

Informe o seu médico caso seja necessário fazer algum tipo de cirurgia durante o tratamento com o medicamento.

Durante a gestação, risperidona só deve ser administrado em caso de extrema necessidade e apenas sob a supervisão de um profissional.

informe seu médico

Em todos os casos, uma equipe interprofissional de saúde, incluindo médico, enfermeiro e psiquiatra, precisam acompanhar o paciente, desempenhando um papel crucial no monitoramento do paciente e no direcionamento da administração desse medicamento. 


Referências:

MCNEIL, S. E. et al. Risperidone. National Library of Medicine. StatPearls. 2022.

RISPERIDONA. [bula]. São Paulo: EMS.

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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