1. Alopecia Androgenética
Alopecia androgenética é a principal causa da calvície masculina. Ela se inicia desde a adolescência, com o aparecimento de “entradas”, quando os fios tornam-se mais finos.
Sua origem é genética devido à manifestação de um hormônio derivado da testosterona – di-hitrotestosterona ou DHT – que tornam os fios mais finos e de modo gradual eles param de nascer.
Alguns tratamentos recomendáveis para postergar a perda dos fios são o uso do medicamento finasterida, o uso de loções tópicas como o minoxidil e os transplantes capilares.
Os casos de alopecia androgenética nas mulheres não são tão comuns, mas podem ocorrer. Ela se manifesta de forma diferenciada, quando a perda dos fios ocorre mais por toda superfície do couro cabeludo e de forma mais intensa após a menopausa.
2. Disfunções Nutricionais
Dietas muito rígidas podem provocar a deficiência de alguns nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo.
Quando da ausência de proteínas, minerais ou vitaminas, os cabelos são os mais afetados, pois é o último lugar para onde se dirigem os nutrientes do organismo. Assim, a restrição de proteínas deve ser observada, pois o cabelo é formado basicamente de proteína (queratina).
É comum observar que a queda de cabelo pode estar relacionada a baixos níveis de ferro. Para repor sua deficiência no organismo, a alimentação correta é a melhor correção, com o consumo de carne vermelha, feijão e verduras verdes escuras.
Quando ingeridos acompanhados de sucos de laranja ou limão, sua absorção é melhor, devido à presença da vitamina C.
3. Produtos Químicos
Muitas mulheres recorrem a vários tipos de químicas para que seus cabelos fiquem mais bonitos. Mas isso pode acarretar sérios danos aos fios de cabelo, dentre eles o ressecamento, a opacidade e a queda dos fios.
O uso contínuo de tinturas, descolorantes e os alisamentos de cabelo provocam mudanças nas estrutura dos fios, abrindo suas escamas, podendo fragilizar sua cutículas, “as portas dos fios” que protegem o córtex, o interior do fio.
4. Uso de remédios
O uso de antidepressivos pode ocasionar a queda dos cabelos, pois interfere nos neurotransmissores, responsáveis por transmitir impulsos nervosos do estado do organismo, como fome, temperatura, dor e etc. A queda de cabelos provocada pelos antidepressivos chama-se eflúvio telógeno.
Essa condição é temporária e pode ser facilmente contornada com a mudança de medicamento ou alteração na dosagem.
O uso de anabolizantes também pode provocar a queda dos fios, sendo este o menor dos riscos em se tratando do mesmo.
Os anabolizantes são substâncias derivadas e com a mesma função da testosterona. Como mencionado acima, a testosterona é um dos principais agentes da calvície (alopecia androgenética) pois seu agente é derivado do hormônio.
Se o paciente tem predisposição genética para desenvolver a calvície, os anabolizantes vão acelerar este processo.
Os antibióticos também predispõe a queda de cabelo, pois interferem nos níveis de ferro e de vitamina B do sangue. Ambas as substâncias são responsáveis pelo crescimento dos fios capilares e a diminuição dos níveis dos mesmos pode ocasionar a queda dos fios.
A medicação mais agressiva no que tange a queda de cabelos é a quimioterapia e a radioterapia. Ambas são tratamentos que atacam as células que se reproduzem mais rapidamente no organismo, como as cancerosas.
Mas as células que formam os fios capilares também se reproduzem muito rapidamente e igualmente são atacadas pela quimioterapia. Alguns medicamentos provocam a perda de todos os pelos do corpo, outros só alteram a estrutura dos fios tornando-os mais ralos e frágeis.
A radioterapia tem uma ação mais localizada e a perda de fios capilares pode ocorrer somente no local onde é aplicado. No caso, a queda dos cabelos só ocorre se o cancro localiza-se na cabeça.
5. Stress emocional
Após passar por algum stress emocional, como perda de ente querido, mudanças radicais como de emprego ou residência, problemas de relacionamento, todos esses fatores podem contribuir para uma maior queda dos fios os cabelos, pois o organismo para se recompor demandará mais nutrientes e o crescimento do cabelo poderá ficar comprometido.
Para o organismo, o crescimento do cabelo não é uma função primordial. Os efeitos do stress são percebidos num período posterior ao ocorrido e talvez o paciente pode não fazer correlação com o fato sucedido e a queda de cabelo, mas estão relacionados.
6. Disfunções na tireóide
Tanto o hipertireodismo como o hipotireodismo podem provocar a queda de cabelo. No hipertireodismo o metabolismo do corpo fica mais acelerado fazendo com que o ciclo de crescimento e queda do cabelo se acelerem também, elevando o nível da queda de cabelo. No hipotireodismo o que ocorre é o inverso, mas com queda de cabelo também.
Nesse caso o metabolismo se retrai de modo que o ciclo de crescimento do cabelo se torne mais lento, fazendo com que os fios se tornem mais finos, fracos e quebradiços. Ambas as situações podem ser corrigidas pelo seu médico.
7. Alopecia Cicatricial e Areata
Alopecia Cicatricial pode ser uma inflamação nos folículos capilares ou resultado de queimaduras, radiação e tumores que pode levar a calvície. O tratamento deve ser iniciado o mais rapidamente possível para que o quadro não seja irreversível.
Alopecia areata ocorre quando o próprio organismo ataca o os folículos capilares considerando como agentes agressores ao organismo. Surgem “ilhas” de calvície no couro cabeludo que podem tanto regredir como se alastrar.
O tratamento imediato é recomendável e quando há danos irreversíveis a opção é o implante capilar.
8. Tabagismo
O tabagismo é um hábito que pode levar a muitas doenças no organismo, podendo acarretar também a queda dos cabelos.
O tabagismo é um hábito vasoconstritor, dificultando o transporte dos nutrientes para as células, causando assim o envelhecimento precoce da pele, prejudicando o sistema circulatório e por consequência o crescimento dos fios.
O cigarro pode levar a alterações no DNA das células, enfraquecendo o sistema imunológico, tornando a pessoa mais propensa a doenças, facilitando a queda dos cabelos.
9. Caspa (Dermatite seborreica)
A dermatite seborreica é o excesso de oleosidade no couro cabeludo e aumento da quantidade de fungos que existem em nossa pele.
A caspa provoca uma descamação do couro cabeludo, causando coceira e irritação e pode causar a queda dos cabelos.
Pode ocorrer por fatores genéticos, climáticos e emocionais, tabagismo e banhos muitos quentes. Seu tratamento é feito com medicamento anti-fungos, shampoo anti-caspa e corticoides.
10. Diabetes
Para as pessoas que apresentam um quadro de diabetes a queda acentuada de cabelos pode ocorrer por diversos motivo. O primeiro é o comprometimento da circulação sanguínea, prejudicando o transporte de nutrientes para os folículos capilares e por decorrência o crescimento dos cabelos.
O quadro de hipertiroidismo, hipertensão ou síndrome do ovário policístico provocam a queda dos cabelos e todas e essas doenças podem se manifestar no quadro clínico do diabético.
Para que a doença não agrave para um stress emocional, causando ainda mais queda dos fios, é importante manter a enfermidade sob controle, normalizando o nível de açúcar no sangue.