Tratamentos para manchas no rosto: conheça os melhores

tratamentos para manchas no rosto

Em termos estéticos, o rosto é a parte mais importante do nosso corpo. É a parte mais visível, visto que é a parte que as pessoas veem quando nos encontram pela primeira vez, e também a parte que mais olhamos enquanto conversamos.

Portanto, o rosto acaba sendo importante para dar uma boa primeira impressão, sendo, por isso, importante também para o nosso relacionamento com outras pessoas, especialmente relacionamentos românticos.

Devido a isso, a presença de manchas no rosto pode causar certo incômodo. Pode causar certa insegurança e ansiedade, pois leva a pessoa a pensar que os outros não reagiriam bem a sua presença.

A forma mais comum de lidar com isso é através da maquiagem. Existem vários tipos de maquiagem que possibilitam aplicar diferentes graus de cobertura sobre manchas no rosto, contribuindo para esconder a existência delas.

Embora possam ser muito efetivas, seu efeito é apenas temporário. A ação da água, inclusive do suor, muitas vezes é suficiente para remover a maquiagem, ou pelo menos tornar a cobertura mais fina, revelando novamente a presença das manchas.

Felizmente, atualmente existem diversos tratamentos para manchas no rosto que possibilitam a remoção definitiva das lesões. Confira!

Melhores tratamentos para manchas no rosto

As manchas, no rosto ou não, são o resultado do acúmulo de pigmentos em um determinado local. Esse pigmento pode ser de diversos tipos, mas o mais comum é a melanina.

A melanina é uma proteína produzida naturalmente pelo corpo que apresenta uma coloração acastanhada. Ela é a responsável pelas pintas marrons, comuns em pessoas de pele clara, além de criar também os tons mais escuros de pele, tanto os naturais, de pessoas negras, quanto os gerados pela exposição ao sol.

Sendo uma substância, a remoção da mancha é realizada através da remoção do pigmento, e cada método de tratamento o faz de uma forma diferente. A melanina também pode se depositar em profundidades diferentes da pele, o que pode requerer diferentes abordagens.

Os tratamentos para manchas se mostram muito efetivos para a remoção dos pigmentos causadores das manchas, e alguns conseguem até remover pigmentos de tatuagem. Porém, é preciso ter em mente alguns fatos antes de optar por algum deles.

Primeiramente, é altamente provável que a remoção não será perfeita. É possível que, ao invés disso, o tratamento clareie a mancha significativamente, ou deixe alguma marca como resultado do procedimento. Portanto, talvez ainda seja necessário o uso de maquiagem, ainda que em quantidades bem menores.

Em segundo lugar, o tratamento nem sempre é definitivo. Alguns tipos de manchas são originados de disfunção dos melanócitos, célula responsável por produzir a melanina. O tratamento consegue remover a melanina produzida, mas não afeta o funcionamento do seu produtor. Por isso, após certo tempo, a mancha pode retornar, sendo necessário realizar o tratamento novamente.

Peeling

O peeling é um tratamento estético clássico, sendo um dos mais antigos e que ainda continuam a ser usados. Embora seja antigo, continua se reinventando, se aproveitando dos avanços tecnológicos e na área da saúde.

Esse tratamento consiste no estímulo à regeneração da pele através da remoção parcial ou total da camada mais externa da pele, conhecida como epiderme. É um pouco desconfortável, mas os resultados são evidentes, o que o torna uma boa opção.

Visto que consiste em remover a camada externa da pele, é muito efetivo para a remoção de manchas superficiais. Porém, em alguns casos, consegue remover manchas mais profundas também.

Existem dois tipos de peeling: o peeling físico e o peeling químico.

Peeling físico

O peeling físico é o mais conhecido. Ele consiste em remover a camada mais externa através de métodos abrasivos, isto é, que se valem do atrito e da fricção para isso.

A forma mais comum desse peeling é a esfoliação. A esfoliação consiste em utilizar ferramentas mais comuns e acessíveis, como cremes esfoliantes e buchas, para realizar uma manutenção suave da epiderme.

Sendo mais suave, seu efeito sobre as manchas é menos notável. Por isso, outros tipos um pouco mais agressivos de peeling tendem a ser mais usados.

Para a remoção de manchas, costuma-se utilizar dispositivos específicos que apresentam efeito abrasivo intenso. Isso leva a tipos de peeling como a microdermoabrasão, peeling de cristais e peeling de diamante, que são especializados em realizar uma ação mais intensa e profunda, sem prejuízo à pele.

Peeling químico

Ao contrário do peeling físico, o peeling químico se vale do uso de substâncias químicas para realizar sua ação. Ele também é muito efetivo em remover a epiderme, porém, graças às substâncias usadas, consegue também ter uma ação mais profunda, o que ajuda a remover manchas mais profundas também.

Esse tipo de peeling comumente utiliza alguns tipos de ácidos biocompatíveis que apresentam potencial de dissolver a pele. É claro, são utilizados em baixas concentrações, de forma que a extensão dos danos e a profundidade de ação sejam cuidadosamente calibrados.

Embora apresente uma ação mais completa em comparação ao peeling físico, tratamentos mais profundos também apresentam maiores riscos de complicações. Portanto, é importante discutir essa questão com seu dermatologista para saber se o peeling químico seria uma boa opção para o seu caso.

Tratamento a laser

O tratamento a laser é um dos tratamentos estéticos mais recentes. Ele surgiu graças aos avanços tecnológicos, que possibilitaram o desenvolvimento do conceito de laser, da tecnologia para criá-lo, e também da diminuição das dimensões da tecnologia necessária para criá-lo. Com isso, é muito fácil para um consultório ter acesso a algum dispositivo de laser.

Um laser é um feixe de luz concentrado de alta energia. Devido a essa energia e alta concentração, o laser é capaz de causar grandes aumentos de temperatura em locais bem específicos, o que os confere certo caráter destrutivo. É exatamente esse caráter destrutivo que o tornou tão útil na área médica e estética.

Seu uso principal consiste no rejuvenescimento da pele: o laser consegue causar pequenos danos na pele sem afetar significativamente o tecido ao redor, especialmente o tecido presente em partes mais profundas do corpo.

Esses danos, por sua vez, estimulam os mecanismos de regeneração naturais do corpo, incluindo a produção de colágeno e elastina. Como resultado, a pele se regenera com maior firmeza e elasticidade, dotando-a de um aspecto visivelmente mais jovem.

No caso da remoção de manchas, o objetivo é utilizar esse potencial destrutivo para destruir os pigmentos. O laser utilizado é cuidadosamente calibrado para focar sua atuação em substâncias de cor escura, permitindo que seja mais efetivo em remover os pigmentos enquanto minimiza os danos ao tecido ao redor.

Porém, esses danos também acontecem, ainda que de forma diminuta, o que permite também o rejuvenescimento da pele e uma regeneração de melhor qualidade, melhorando os resultados. Esse efeito colateral é notável também no peeling, especialmente considerando que causa ainda mais danos à pele ao redor.

A necessidade de focar no pigmento deve-se à sua maior dificuldade de remoção. É necessário muito mais energia para destruir a melanina do que o tecido fibroso que compõe a derme, camada intermediária da pele.

Para permitir uso de maiores energias sem danificar a pele, utiliza-se o laser pulsado para a remoção de manchas.

O laser pulsado, ao invés de utilizar um feixe contínuo, consiste no uso de múltiplos “pulsos” para a remoção dos pigmentos. O feixe é mantido por um curto período de tempo no compartimento em que é criado, sendo só depois liberado. Mantê-lo por esse tempo nessa câmara permite que seja “carregado”, aumentando sua energia, e adquirindo esse formato pulsado.

Existem diversos tipos de laser disponíveis para uso. O laser de CO2 é o mais comum, sendo apropriado para manchas superficiais. Existe também o Er:YAG, laser de ação superficial que é mais leve que o de CO2, mas que apresenta a mesma efetividade. Para ação mais profunda, pode ser utilizado o Nd:YAG.

Microagulhamento

O microagulhamento é também um processo de rejuvenescimento da pele que pode ser muito útil para a remoção de manchas.

Ele é de certa forma semelhante ao peeling físico: consiste no uso de um dispositivo que causa leves danos à pele, de forma a estimular a sua regeneração de forma mais intensa.

Porém, a principal diferença é que seu foco não é danificar a epiderme. As microagulhas que compõem o dispositivo apresentam a capacidade de penetrar a epiderme e causar maiores danos à derme do que a ela. Dessa forma, sua ação é mais direcionada ao principal responsável pela saúde da pele.

No caso das manchas, a ação das microagulhas ajuda a remover os pigmentos e clarear a mancha, devido aos danos causados ao local de acúmulo, movimentação dos pigmentos para outras partes do tecido, e também pelo estímulo do sistema imunológico e da regeneração do tecido.

Além disso, as perfurações realizadas pelas microagulhas também facilitam a ação de substâncias clareadoras.

Medicamentos tópicos tendem a ser utilizados para tratar problemas de pele, mas apresentam dificuldade de penetrar a epiderme. A epiderme é uma camada protetora pouco permeável, por isso, essa dificuldade existe.

O microagulhamento, porém, causa pequenas perfurações na epiderme. Portanto, aplicar medicamentos tópicos sobre o local tratado permite que sejam absorvidos com mais facilidade, o que também contribui para um clareamento mais intenso da pele.

Luz intensa pulsada

A luz intensa pulsada consiste no uso de luz para o tratamento da pele, sendo especialmente útil para a remoção de manchas.

Ela é de certa forma semelhante ao laser, visto que utiliza luz com alta energia para o tratamento. Porém, ao contrário do laser, não se utiliza um feixe concentrado, mas distribui-se a luz por grande parte do local a ser tratado.

A luz é aplicada ao longo de toda a extensão por algum tempo, o que permite que os pigmentos absorvam a energia da luz. Ela também é calibrada para maximizar a absorção por parte da substância alvo, no caso, os pigmentos. Com o tempo, sua temperatura aumenta e o pigmento é destruído.

A luz intensa pulsada apresenta a vantagem de ser fácil de usar e mais portátil, o que facilita bastante o tratamento.

Tipos de manchas no rosto

Existem diversos tipos de manchas que podem aparecer no rosto, cada uma com suas próprias causas e características. Diferentes tratamentos apresentam diferentes níveis de efetividade para lidar com cada uma. Por isso, é importante consultar um dermatologista antes de optar por algum tratamento.

As manchas senis (ou melanose solar) são um tipo de mancha comum em pessoas idosas. Normalmente consistem no acúmulo de melanina em determinado local da pele, frequentemente na superfície. Essas manchas são o resultado da exposição frequente ao sol durante a juventude e a vida adulta, mas começam a aparecer apenas na velhice.

O melasma é um tipo de mancha que pode ocorrer em mulheres, sendo mais comum no rosto. Não apresenta causa ainda muito bem definida, mas aparenta estar relacionado a mudanças e desequilíbrios hormonais, por exemplo, devido à gravidez ou ao uso de anticoncepcionais, assim como à exposição ao sol. Consiste em um conjunto de manchas acastanhadas descontínuas e sutis, normalmente atingindo ambos os lados do rosto.

As cicatrizes de acne são um dos efeitos colaterais mais comuns da acne. Após a pústula ser curada, a epiderme se regenera corretamente, mas a derme apresenta maior dificuldade, formando uma pequena depressão no rosto, com coloração mais escura (cicatriz atrófica). Esse tipo de mancha também pode ser removida com os tratamentos descritos.

As sardas são um conjunto de pequenas manchas escuras que podem surgir na pele de pessoas com pele clara, contanto que apresentem predisposição genética. A causa é a exposição ao sol. As sardas também podem ser removidas com os procedimentos descritos. Porém, o retorno à exposição ao sol faz com que retornem à pele.

Os nevos são lesões pigmentadas que podem apresentar pigmentos de diversas origens, mas a melanina é a mais comum. O termo “nevo” é um termo genérico que se aplica a uma grande quantidade de lesões pigmentadas de diversos tipos e origens. Isso inclui tanto as pintas e marcas de nascença, quanto algumas lesões mais raras com componentes genéticos envolvidos, como o nevo de Ota.

Embora nem sempre seja possível eliminar completamente as manchas, ou a causa delas, os tratamentos para manchas no rosto contribuem para eliminar fontes de insegurança e, com isso, aumentar a autoestima.

Todos os tratamentos descritos são minimamente invasivos. Portanto, podem ser realizados novamente sempre que necessário. Consulte um dermatologista de sua confiança para saber mais.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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