Ectopia Cervical – O que é? Causas, Sintomas e Tratamentos

ectopia cervical

A ectopia cervical, mais conhecida como ferida no colo do útero ou ectopia papilar, trata-se de uma inflamação na região do colo do útero.

Esta inflamação pode acontecer em consequência de alergias infecções ou ser resultado de alterações hormonais ocorridas no decorrer da vida da mulher.

Sendo assim, a presença da ectopia cervical nem sempre provoca sintomas, no entanto, na maioria das vezes se manifesta em sintomas como corrimento vaginal, cólica e sangramentos.

  • Ectopia cervical é uma condição caracterizada pelo revestimento do colo do útero projetando-se para dentro da vagina.
  • É mais comum em mulheres em idade reprodutiva e pode ser causada por infecção, lesão ou hormônios.
  • É na maioria das vezes indolor, mas pode aumentar o risco de infecção e sangramento.
  • O diagnóstico geralmente é feito por meio do exame do colo do útero durante um exame pélvico.
  • O tratamento geralmente não é necessário, mas pode envolver medicamentos, cremes ou cirurgia.
  • É importante praticar sexo seguro e fazer exames de Papanicolaou regularmente para ajudar a diagnosticar e prevenir o ectrópio cervical.

Neste caso, a consulta com um ginecologista é importante para que seja feito o diagnóstico e início do tratamento.

Quais são os principais sintomas

Diversas vezes, a ectopia cervical só é identificada durante a realização de exames ginecológicos de rotina.

Entretanto, o aparecimento de sintomas não é descartado, e geralmente, quando aparecem estão mais relacionados à inflamação no colo do útero:

  • Desconforto na região pélvica;
  • Ardência ao urinar;
  • Coceira;
  • Cólicas;
  • Corrimento vaginal de cor amarela, branca ou esverdeada;
  • Sangramento vaginal após relação sexual.

O mais importante quando algum desses sintomas se manifesta é procurar o ginecologista imediatamente, assim é possível realizar uma análise no colo do útero e exames para a identificação da causa do problema.

Em geral, o diagnóstico da ectopia cervical é feito através do exame de papanicolau e da colposcopia.

Ectopia Cervical: O que é, causas, tratamento e mais

Principais causas 

As causas para o aparecimento das feridas de ectopia cervical não são totalmente esclarecidas, porém na maior parte, estão ligadas à inflamações e infecções não tratadas como: 

  • Alterações do útero durante a gravidez;
  • Ferimento após o parto;
  • Alterações hormonais ocorridas na infância, adolescência ou na menopausa;
  • Alergia a produtos da camisinha ou presentes em absorventes;
  • Candidíase de repetição não tratada;
  • Presença de infecções sexualmente transmissíveis como clamídia, sífilis, gonorreia, herpes ou HPV.

Portanto, as causas para a ocorrência de ectopia cervical podem ser diversas, por isso é importante que ela seja diagnosticada o mais rápido possível.

Dessa forma, é possível adotar medidas para tratar possíveis infecções e diminuir a ocorrência de sintomas indesejáveis.

Uma vez que a existência de agentes patógenos na região do colo do útero possibilita a transmissão de agentes infecciosos durante o ato sexual.

Relação entre ectopia cervical e aparecimento de Câncer

Geralmente, a ectopia cervical não evolui para câncer, pois trata-se de uma condição resolvida facilmente com o tratamento adequado.

Porém, em alguns casos as feridas podem crescer rapidamente e se o tratamento não for iniciado o quanto antes, aumenta-se o risco de evoluírem para câncer.

Por sua vez, a chance da ectopia cervical virar câncer torna-se maior quando ela é causada pela presença do vírus HPV.

Neste caso, o câncer é confirmado por meio da biópsia realizada pelo ginecologista onde o tratamento é iniciado assim que a confirmação seja constatada no diagnóstico.

Tratamento da Ectopia Cervical

Quando a ectopia cervical evolui para câncer, o tratamento é realizado com a ajuda de cirurgias e sessões de quimioterapia.

No entanto, como a doença é facilmente tratada em 95% dos casos, o tratamento costuma envolver os sintomas apresentados pela mulher e a gravidade de cada um deles.

Sendo assim, consiste no uso de cremes, pomadas ou comprimidos prescritos pelo médico. Em alguns casos pode ser indicada a cauterização das lesões.

É importante saber que a mulher que possui uma ferida no útero apresenta maior risco de contaminar-se com infecções sexualmente transmissíveis, por isso a importância de usar preservativo e vacinar-se contra o HPV.

Além disso, é recomendado que todas as mulheres façam uma consulta com o ginecologista pelo menos uma vez ao ano, principalmente caso ocorra sintomas como corrimento ou coceira na região genital.

consulta com o ginecologista

Tratamento com medicamentos

As pomadas ginecológicas com propriedades antissépticas, regenerativas e hormonais como clostebol, neomicina ou policresuleno são úteis para a cicatrização das lesões e devem ser aplicadas diariamente no período da noite.

Em casos mais graves, como na ocorrência de ISTs, o uso de antibióticos, antifúngicos e antivirais são usados na forma de comprimido ou pomada.

Cauterização de lesões

Nos casos em que a pomada não é suficiente para promover a cicatrização, é necessário realizar um procedimento chamado cauterização.

A cauterização retira o tecido inflamado e permite que o útero cicatrize de forma mais saudável. Ela ocorre através de duas formas:

  1. Cauterização por crioterapia: Consiste em uma queimadura feita a base de frio e produtos químicos que permitem a remoção completa do tecido inflamado;
  2. Eletrocauterização: Trata-se de um procedimento onde as células são removidas através de uma corrente elétrica ou por meio de laser.

Ambas técnicas usadas na cauterização da ectopia cervical são frequentemente usadas no tratamento de infecções mais graves ocorridas no colo do útero como cervicite, cistos ou mesmo lesões causadas pelos vírus HPV.

Tratamento Alternativo 

O tratamento alternativo é necessário para prevenir a recorrência das lesões e impedir atraso na recuperação do tecido saudável.

Ele é feito através do uso de chás como o chá de folha de goiabeira, planta que apresenta propriedade antibiótica e cicatrizante, auxiliando na recuperação uterina.

Ectopia Cervical: Perguntas Frequentes 

O que causa a ectopia cervical?

Não existe uma causa definida para a ocorrência de ectopia cervical, no entanto as causas mais comuns são lesões no parto, ocorrência de infecções genitais ou alterações hormonais.

Como curar a ectopia cervical?

A cura da ectopia cervical só é observada após o tratamento indicado pelo ginecologista, processo que pode ser feito de várias formas, levando em consideração a causa primária da infecção.

É normal ter ectopia cervical?

Embora assuste, o diagnóstico de ectopia cervical é comum em gestantes mulheres em idade reprodutiva ou que fazem uso recorrente de anticoncepcionais.

Quem tem ectopia pode ter relação sexual ?

A presença da ectopia não aumenta o risco de infecções genitais, assim como a cauterização não reduz a incidência de infecção.

Quem tem ectopia tem HPV?

Embora infecções por HPV podem se manifestar através do surgimento de ectopia, esta não é uma afirmação correta, já que a doença também é causada por vários outros motivos.

Quando cauterizar a ectopia?

A ectopia deve ser cauterizada quando associada a um corrimento excessivo ou que gere  sangramento após a relação sexual.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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