Corrimento Verde: O que pode Ser?

corrimento verde

O que é?

Um indicativo fisiológico de contaminação por uma doença sexualmente transmissível, infecção sexualmente transmissível ou doença inflamatória.

Causas

Contaminação pelo ato sexual desprotegido, infecções bacterianas, vaginose bacteriana, gonorreia, tricomoníase ou clamídia.

Sintomas

Corrimento anormal esverdeado, mau cheiro, coceira, inchaço, vermelhidão, dor abdominal, desconforto nas relações sexuais e inchaço.

Tratamento

Atenção! A automedicação não é recomendada! Muitas doenças são agravadas e é possível ter graves complicações com essa prática. Consulte sempre um médico. O tratamento varia de acordo com cada patologia, mas geralmente é antibiótico, os mais utilizados são metronidazol, ciprofloxacino, azitromicina e até mesmo um tratamento associado de azitromicina com ceftriaxona – que é um medicamento injetável – podem ser a escolha clínica de tratamento. Alguns médicos associam o metronidazol gel com a terapia oral, outros prescrevem também a nistatina (antifúngico).

Necessita de apoio médico?

Sim.


O corrimento esverdeado pode ser um indicativo de alerta para problemas sérios, apenas pela coloração esverdeada.

Na grande maioria dos casos, o paciente já pode ter um direcionamento de estar com um problema de saúde que precisa de tratamento. Ao perceber que está com esse tipo de corrimento, é extremamente necessária a busca por apoio médico.

Afinal, ele pode indicar a contaminação por uma doença sexualmente transmissível (DST), uma doença inflamatória ou muitos outros problemas. Devemos ter atenção aos sintomas associados como: mau cheiro, coceira, vermelhidão, dor abdominal, desconforto nas relações sexuais e inchaço.

Corrimento verde o que pode ser?

Além disso, é recomendável que tomemos algumas atitudes diárias para que não tenhamos problemas de saúde, principalmente no que diz respeito à saúde íntima: não utilizar absorventes diários por longos períodos para que fungos e bactérias não se proliferem na região causando problemas, trocar as roupas íntimas, lavar as roupas íntimas com sabões neutros e deixar secar ao sol, usar roupas leves para dormir que não deixem a região íntima “abafada”, tomar banhos regulares, optar por roupas íntimas de algodão em vez de sintéticas, dentre outros cuidados importantes para manutenção da saúde íntima.

Se você é sexualmente ativo, procure o mais rápido possível por apoio médico, este corrimento é um grande indício de infecção e em nenhum caso é normal ter corrimento verde ou amarelado, inclusive alguns homens também podem apresentar o corrimento verde pela uretra e em todos os casos se faz necessária a devida atenção clínica para que o tratamento mais adequado seja prescrito e o problema seja resolvido. Sempre tratando o problema e entendendo sua causa.

Na medicina o corrimento verde geralmente está associado de forma mais abrangente a três patologias: vaginose bacteriana, gonorreia, tricomoníase ou clamídia. Falaremos delas ao longo deste artigo.

Geralmente os pacientes relatam outros sintomas associados ao corrimento verde, como coceira, ardor e um odor desagradável na região íntima. Por outro lado, algumas infecções são assintomáticas, mas o autocuidado é a chave para uma saúde dentro dos padrões de normalidade.

corrimento verde

Os Tratamentos variam para cada paciente

O tratamento médico consiste no uso de antibióticos por via oral e/ou aplicados via vaginal quando necessário.

Os tratamentos variam para cada paciente e alguns fatores podem fazer com que a imunidade fique baixa e as infecções ocorram com mais frequência – estresse, relações sexuais desprotegidas, má higiene íntima, uso de peças íntimas por mais tempo do que o recomendado, uso de sabonetes e produtos impróprios para a região, dentre outros.

É válido ressaltar o fato de ser extremamente necessário informar ao médico e ao parceiro sexual quando houver corrimento, pois muitas vezes é necessário fazer um tratamento conjunto para que não haja reinfecção.

Causa da Vaginose bacteriana

A vaginose bacteriana pode ter sua causa em um desequilíbrio bacteriano na vagina, ela não é considerada uma doença sexualmente transmissível ou até mesmo uma infecção, mas os fatores podem estar relacionados às relações sexuais desprotegidas ou com vários parceiros diferentes, além da grande necessidade de manter a região íntima sempre higienizada. Algumas pacientes relatam coceira na vagina, o que faz com que o diagnóstico possa ser equivocado em relação à outra patologia chamada de candidíase – que também têm como um de seus sintomas a coceira e a vermelhidão íntimas.

O que é Tricomoníase?

A tricomoníase é uma infecção sexualmente transmissível e é bastante silenciosa, alguns pacientes relatam ardor para urinar, fazendo com que haja um desconforto na região íntima, alguns pacientes relatam dificuldades em identificá-la.

É causada pelo Trichomonas vaginalis, necessita de diagnóstico clínico, acontece por relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada, é resolvida em pouco tempo e precisa de atenção por parte do paciente para que não seja recontaminado, é uma infecção curável e extremamente comum.

Quais os sintomas da Gonorreia e da Clamídia?

A gonorreia e a clamídia também são infecções sexualmente transmissíveis e causam outros sintomas como: aumento do corrimento vaginal em relação ao fluxo, sempre esverdeado, dor ao urinar, dor pélvica e desconforto nas relações sexuais, alguns sangramentos anormais são relatados e caso não sejam tratadas, podem se espalhar para o útero, tubas uterinas e ovários, podendo inclusive levar o paciente à infertilidade e lesões irreparáveis ou dificilmente reparáveis dos órgãos reprodutivos.

O uso de preservativos é fundamental para que as doenças e infecções sexualmente transmissíveis não ocorram. Além disso, independente do sexo, o paciente precisa procurar um profissional para entender o que está acontecendo.

uso de preservativo

Nos postos de saúde pertencentes ao Sistema Único de Saúde, é possível fazer testes rápidos para doenças sexualmente transmissíveis gratuitamente. O corrimento esverdeado precisa ser investigado para que o médico veja se está associado a alguma patologia e qual será o tratamento.

Conforme mencionado acima, os tratamentos para corrimento esverdeado na maioria dos casos são feitos com antibióticos (metronidazol, ciprofloxacino, azitromicina e até mesmo um tratamento associado de azitromicina com ceftriaxona – que é um medicamento injetável – podem ser a escolha clínica de tratamento).

A automedicação pode ser muito perigosa quando falamos de infecções bacterianas, afinal, a resistência bacteriana se dá pelo uso inadequado, indiscriminado e indevido desses medicamentos.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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