Corrimento Marrom Tomando Anticoncepcional

Corrimento marrom tomando anticoncepcional

O corpo feminino vai se adequando a cada mudança do ciclo e, com isso, sinais que indicam essas alterações ocorrem. Um desses sinais do corpo feminino é o corrimento marrom. Ele é um sinal tão comum no decorrer da vida feminina, mas que causa muitas dúvidas.

O corrimento marrom é uma incógnita para as mulheres que tomam anticoncepcional, ou após o uso da pílula do dia seguinte e até mesmo para as mulheres que estão tentando engravidar, pois elas ficam em estado de alerta para cada sinal diferente do corpo.

Confira abaixo o que pode ser o corrimento marrom tomando anticoncepcional.

O que é corrimento marrom?

O corrimento ou secreção vaginal marrom é um líquido que escorre pela vagina da mulher e apresenta coloração escura, mais amarronzada. Ele apresenta essa tonalidade porque existe uma pequena quantidade de sangue em sua composição.


Quando é normal o corrimento marrom?

Mesmo que o corrimento marrom possa ser indicativo de alguma infecção, ele pode ser decorrência de fatores naturais como:

  • Após o ato sexual (devido alguma irritação nas paredes vaginais e no colo do útero);
  • Alterações hormonais;
  • Devido a troca de anticoncepcional;
  • Causado como efeito colateral de medicamentos para o tratamento da tireoide

Corrimento marrom tomando anticoncepcional


Por que ocorre o corrimento marrom durante o uso de anticoncepcional?

As mulheres que usam anticoncepcional hormonal oral (pílula), especialmente no início do tratamento, podem apresentar um corrimento marrom que também é conhecido como spotting. Isso acontece devido à mudança nos níveis de hormônio no corpo.

Algumas pílulas apresentam baixa dosagem hormonal e frequentemente causam levam ao spotting.


Principais causas do corrimento marrom tomando anticoncepcional

O corrimento vaginal marrom é uma característica da mulher.

Quando ela acontece, mesmo que a mulher esteja tomando anticoncepcional diariamente, pode indicar:

Final da menstruação

O mais comum é que o corrimento marrom indique o final da menstruação. Isso porque é comum a saída de alguns coágulos escuros até alguns dias depois do fim desse período.

Depois do ato sexual

Também é bastante comum que ocorra secreção vaginal marrom após o contato íntimo, devido a alguma irritação das paredes da vagina.

No entanto, o corrimento vaginal marrom também pode ser indicativo de doenças. Por isso é importante que as mulheres fiquem bem atentas e procure um médico caso o corrimento dure mais de 3 dias. Algumas delas são:

Doença inflamatória pélvica (DIP)

A doença inflamatória pélvica é caracterizada por uma inflamação nos órgãos genitais da mulher, como, endometrite ou inflamação dos ovários. Além do corrimento marrom, outros sintomas da doença são febre, sensação de mal-estar geral e abscesso ovariano.

Cisto no ovário

O corrimento marrom também pode ser sinal de cisto no ovário. Juntamente com esse sintoma, a mulher pode notar sangramento antes ou depois da menstruação, dor durante ou após a relação sexual, e aumento do peso.

cisto no ovário

Síndrome dos ovários policísticos

Mulheres que apresentam síndrome dos ovários policísticos podem apresentar secreção vaginal marrom, além de outros sintomas como menstruação irregular, aumento do peso e acne.

Infecções sexualmente transmissíveis

Algumas doenças sexualmente transmissíveis, como a gonorreia ou clamídia também tem como sintoma a presença da vaginal marrom. Outros sintomas relacionados a essas doenças são dor ao urinar, pressão na região pélvica e sangramento durante a relação sexual.

Endometriose

A endometriose é caracterizada pelo crescimento de tecido do útero em outros locais, como nos ovários e intestino. Alguns dos sintomas mais comuns dessa doença incluem corrimento marrom, dor intensa na região pélvica, menstruação abundante, dor durante a relação sexual e dificuldade para urinar ou defecar.

Câncer de colo de útero

Outo problema que pode ser associado ao corrimento marrom é o câncer de colo de útero. Além da cor, é importante que a mulher note se o corrimento apresenta um odor forte e dor intensa na região pélvica depois da relação sexual.


Quando ir ao ginecologista?

Como você pode notar, o corrimento marrom pode ser um indicativo de simples alterações na região íntima feminina quanto um sintoma de alguma doença grave. Portanto, é recomendado que as mulheres consultem um ginecologista ao menos uma vez ao ano ou quando o corrimento marrom:

  • Durar mais de 3 dias;
  • Vier acompanhado de outros sintomas como dor abdominal, mal cheiro ou coceira na vagina ou vulva;
  • Se for intercalado com sangramento vermelho vivo.

ginecologista


Como evitar o corrimento vaginal

Para prevenir que o corrimento vaginal marrom apareça, é recomendado que a mulher faça lavagens na região genital externa durante o banho ou após a relação sexual. Além disso, o uso de calcinhas de algodão favorece a transpiração da região, mantendo-a sempre mais seca.

É importante também evitar o uso de shorts e calças jeans apertadas, porque elas abafam a região íntima, dificultando a transpiração e facilitando a proliferação de microrganismos que podem causar doenças.

Tais atitudes ajudam a mulher a manter a região o mais higienizada possível.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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