A Pílula do Dia Seguinte Serve para Quantas Relações?

a pílula do dia seguinte

Felizmente, hoje em dia existem diversos artifícios que podem ser utilizados para impedir uma gravidez indesejada. Como os anticoncepcionais, a implantação do DIU (dispositivo intrauterino) e a pílula do dia seguinte. Importante lembrar: A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência.

É importante ressaltar a importância desse último medicamento na vida das mulheres, pois ele diminui em mais de 50% a taxa de gravidez indesejada e evitado milhares de abortamentos.

No entanto, sabemos que para a eficiência da pílula do dia seguinte, há algumas regras que devem ser seguidas.

Confira abaixo para quantas relações serve a pílula do dia seguinte e outras informações relevantes.


O que é a pílula do dia seguinte?

pilula do dia seguinte

A pílula do dia seguinte é um contraceptivo de emergência que pode ser utilizado após uma relação sexual desprotegida ou quando o método contraceptivo que a mulher ou homem costumam usar, falhou.

Por exemplo, ela pode ser utilizada quando a camisinha estourou ou quando a pílula anticoncepcional foi esquecida.

A pílula do dia seguinte é vendida em dose única e em dois comprimidos, e não precisa de receita médica para adquiri-la.


Como tomar a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte pode ser composta pelas substâncias levonorgestrel ou por acetato de ulipristal. As pílulas que contém levonorgestrel podem ser utilizadas até 3 dias depois doato sexual, enquanto as pílulas de acetato de ulipristal podem ser utilizadas até 5 dias após o ato sexual desprotegido.

No entanto, é importante mencionar que a eficácia da pílula do dia seguinte diminui com o tempo. Por isso, os médicos recomendam que ela seja tomada o quanto antes. Nas primeiras 24 horas após o ato sexual desprotegido a eficácia da pílula é de 88%.

Caso a mulher vomite ou tenha diarreia dentro de 3 horas após a ingestão da pílula do dia seguinte, é importante que seja ingerido um segundo comprimido imediatamente.


A pílula do dia seguinte serve para quantas relações?

quantas vezes pilula do dia seguinte

Utilizar a pílula do dia seguinte muitas vezes diminui sua eficácia, principalmente se utilizada dentro de um período curto. Por exemplo, tomar mais de uma pílula do dia seguinte no mês, ela pode perder seu efeito. No mesmo mês, recomenda seu uso por apenas uma vez.

Caso seja utilizada mais de 2 vezes no mês, a pílula do dia seguinte pode aumentar o risco do surgimento de doenças como trombose, embolia pulmonar, câncer de mama e câncer de útero.


Como funciona?

A pílula do dia seguinte age inibindo ou adiando a ovulação, o que diminui a chance de fecundação.

Além disso, a pílula do dia seguinte também é capaz de alterar a mobilidade do espermatozoide e do óvulo dentro da tuba uterina, diminuindo o risco de fecundação e a implantação do óvulo fecundado no útero.

A pílula também é capaz de alterar o muco cervical, interferindo na migração do espermatozoide até a trompa o útero e, consequentemente, dificultando o contato entre o espermatozoide e o óvulo.

No entanto, a pílula do dia seguinte não tem efeito se o óvulo já tiver sido fecundado e implantado no útero.

pílula do dia seguinte

Pergunta frequente: Pílula do dia seguinte só tem efeito no dia seguinte?

MITO! Pode ser tomada até 72h após a relação desprotegida (se tomar em 24h seu efeito é 88% e esse valor diminui conforme passa o tempo).



Contraindicações da pílula do dia seguinte

Infelizmente, algumas mulheres não podem fazer uso da pílula do dia seguinte, como mulheres com distúrbios metabólicos, principalmente insuficiência hepática e tromboembolismo venoso.

Além disso, a pílula do dia seguinte não deve ser tomada por grávidas ou mulheres com suspeita de gravidez, e nem lactantes. Também é importante que seja feito um acompanhamento com mulheres que fazem o uso de remédios como o Efavirenz, pois ele pode reduzir a eficácia da pílula em até 50%.

Há outros medicamentos que podem diminuir a eficácia da pílula, como os barbitúricos, fenitoína, carbamazepina, rifampicina, ritonavir, rifabutina e griseofulvina.


Efeitos colaterais

A pílula do dia seguinte serve para quantas relações

Como todo medicamento, a pílula do dia seguinte pode causar efeitos colaterais, como:

É importante ressaltar que, por mais que a pílula do dia seguinte funcione, é normal que haja atraso na menstruação e ela fique desregulada por um tempo.

O ideal é observar estas alterações. Caso o atraso seja muito longo, procure um médico para ser consultada.


NOTA: A pílula do dia seguinte não protege do HIV, IST, DST, HPV.


dor na mama

Como saber se a pílula do dia seguinte funcionou?

Para saber se a pílula do dia seguinte funcionou, a menstruação deve descer na data de costume, ou, no máximo, com 7 dias de atraso.

Caso isso não aconteça, é recomendado que a mulher faça um teste de gravidez. O teste pode ser de farmácia ou de sangue. Se preferir, a mulher também pode se consultar com um ginecologista.


Posso engravidar mesmo tomando a pílula do dia seguinte?

Como a pílula do dia seguinte não é 100% eficaz, uma gravidez indesejada ainda pode acontecer. Portanto, o mais sensato é esperar alguns dias até a menstruação.

Caso ocorra um atraso superior há 7 dias, faça um teste de gravidez ou procure um médico.

O fato da pílula do dia seguinte causar sintomas como náuseas, vômitos, dores nas mamas, dores de cabeça e um possível atraso menstrual, pode gerar grande ansiedade, achando que são sintomas de gravidez.

Neste caso um médico deve te avaliar, tirar suas dúvidas e orientar da melhor forma possível.

Assim, a pílula não é para tomar sempre e muito menos sem orientação médica. NENHUM método é 100% eficaz.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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