Sinvastatina: Para que serve? Como tomar?

As pessoas costumam ter muita dificuldade para saber para que serve cada medicamento, principalmente aqueles utilizados para doenças mais específicas ou graves[Mauro VF. Clinical pharmacokinetics and practical applications of simvastatin. Clinical pharmacokinetics. 1993 Mar;24(3):195-202.[/ref].

No entanto, por mais que seja bom que o paciente esteja munido de informação, ele não deve se automedicar.

É fundamental que um médico seja sempre consultado para diagnosticar o seu problema e indicar o melhor tratamento para seu caso.

Confira abaixo o que é a sinvastatina, para o que serve e outras informações importantes. Este medicamento é, em geral, indicado para o tratamento de problemas causados pelo aumento dos níveis do colesterol ruim (LDL) no sangue.

O que é

A sinvastatina é um medicamento que pertence à classe das estatinas. Ela pode ser encontrada nas drogarias como comprimido de 10, 20, 40 e 80 mg. Os nomes comerciais desse medicamento são Zocor, Sinvasmax, Vaslip, Sinvthal ou Unak, ou ainda em sua versão genérica sob o nome de sinvastatina.

Para que serve a sinvastatina

pilula coracao

É um medicamento indicado para o tratamento de diversas doenças cardíacas, como:

  • doença coronariana
  • diabetes
  • acidente vascular cerebral (AVC)
  • prevenção e redução do risco de doenças cardiovasculares

Como é o funcionamento da sinvastatina

Este medicamento diminui os níveis de colesterol total, colesterol ruim (LDL) e triglicerídeos no sangue, ao mesmo tempo em que aumenta os níveis de colesterol bom (HDL). Para isso, ela inibe a ação da enzima responsável pela produção de colesterol no fígado.

Em pacientes com diabetes, por exemplo, este medicamento auxilia na redução do risco de desenvolvimento de complicações periféricas macrovasculares, como a amputações dos membros inferiores ou do aparecimento úlceras das pernas.

Além disso, a sinvastatina reduz a necessidade de cirurgia para melhorar o fluxo sanguíneo nas pernas e nos órgãos
essenciais, como o coração. Além disso, ela ajuda a diminuir a necessidade de hospitalização devido a sensação de dor no peito.

Já em pacientes hipercolesterolêmicos com doença coronariana, a Sinvastatina retarda o avanço da aterosclerose coronariana, diminuindo até mesmo o aparecimento de novas lesões.

Como tomar

O comprimido de sinvastatina deve ser tomado oralmente, com um copo de água, após uma refeição, em dose única. O horário pode ser ajustado entre médico e paciente.

Caso o paciente se esqueça de tomar a dose na hora certa, deve tomar assim que lembrar. Porém, caso se lembre somente quando estiver perto do horário da próxima dose, deve-se pular a dose esquecida e aguardar o horário da dose seguinte. Em nenhum caso o paciente deve dobrar a dose para compensar a dose esquecida.

É importante lembrar que o médico deve indicar a dose adequada e o tempo de tratamento dependendo da doença a ser tratada. O tratamento com a sinvastatina costuma ser feito a longo prazo, e não deve ser interrompido por conta própria. 

As doses de sinvastatina podem ser alteradas pelo médico conforme avaliação dos exames de sangue que medem o colesterol total e fracionado, além dos triglicerídeos.

Efeitos colaterais da Sinvastatina

Como todo medicamento, a Sinvastatina apresenta efeitos colaterais.

Os efeitos mais comuns relatados pelos pacientes são:

  • Dor de estômago,
  • Sintomas de resfriado como nariz entupido, espirros e dor de garganta.

 Dentre eles, os efeitos relatados raramente são[1]Orsi A, Sherman O, Woldeselassie Z. Simvastatin‐associated memory loss. Pharmacotherapy: The Journal of Human Pharmacology and Drug Therapy. 2001 Jun;21(6):767-9.:

Muito raramente, os pacientes relatam ter:

  • Perda de memória
  • Ruptura muscular
  • Insuficiência hepática fatal e não fatal
  • Insônia
  • Depressão.

Além disso, a sinvastatina pode causar alergias graves aos componentes da fórmula. Nesses casos, o tratamento deve ser interrompido imediatamente e o médico informado. Os sintomas associados a alergia são dificuldade para respirar, garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, ou urticária.


Contraindicações

figado 5

Como qualquer outro medicamento, a sinvastatina não deve ser utilizada por alguns grupos de pacientes. Dentre eles, mulheres grávidas ou lactantes, pacientes com doença no fígado ou que sejam alérgicas à sinvastatina ou qualquer outra substância da fórmula[2]Scott RS, Lintott CJ, Wilson MJ. Simvastatin and side effects. The New Zealand Medical Journal. 1991 Nov 1;104(924):493-5..

Além disso, pacientes com doença hepática ou aumentos persistentes e inexplicados das transaminases séricas, pacientes que façam uso de inibidores como o itraconazol, cetoconazol, posaconazol, voriconazol, inibidores da protease do HIV também não devem fazer uso deste medicamento.


Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Sinvastatina com outros medicamentos?

Alguns medicamentos não podem ser ingeridos junto com a sinvastatina devido aos efeitos que podem ter quando combinados.

Fármacos ou fitoterápicos que inibem certas vias enzimáticas ou transportadoras que aumentam as concentrações plasmáticas de Sinvastatina e Sinvastatina podem induzir a um risco aumentado de miopatia.

Por conta disso, é fundamental que o médico seja consultado e informado sobre os medicamentos que o paciente já faz uso antes de iniciar o tratamento com sinvastatina.

Como há grupos que devem evitar o consumo deste remédio, bem como os efeitos colaterais que ele pode causar nos pacientes, um médico deve sempre ser consultado antes de iniciar o tratamento com sinvastatina.

Referências Bibliográficas

Referências Bibliográficas
1 Orsi A, Sherman O, Woldeselassie Z. Simvastatin‐associated memory loss. Pharmacotherapy: The Journal of Human Pharmacology and Drug Therapy. 2001 Jun;21(6):767-9.
2 Scott RS, Lintott CJ, Wilson MJ. Simvastatin and side effects. The New Zealand Medical Journal. 1991 Nov 1;104(924):493-5.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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