Insulina Basal:  O que é e qual a sua importância

Com certeza você já deve ter ouvido falar da insulina… Contudo, você sabe o que é insulina basal?

Pois bem, vamos começar falando sobre a insulina. Ela é um hormônio produzido no pâncreas e tem como principal função equilibrar os níveis de glicose circulantes e usá-los como fonte de energia.

Por sua vez, a glicose aumenta sempre que nos alimentamos ou a partir da liberação natural, por meio das moléculas armazenadas.

Dessa forma, a insulina é responsável por mover a glicose para o interior das células, onde é usada e metabolizada em forma de energia.

Contudo, quando o pâncreas não funciona perfeitamente, não consegue produzir ou liberar a quantidade de insulina necessária para controlar a glicose sanguínea, resultando no Diabetes.

Tipos de insulina 

Insulina basal 

A insulina basal é liberada em gotas contínuas pelo pâncreas, sendo gradativa e permanecendo no sangue o tempo todo, mas em níveis baixos.

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Insulina em bolus 

A insulina em bolus é liberada e produzida em altas quantidades, após as refeições, por conta do aumento das taxas de açúcar no sangue.

Nos pacientes diabéticos do tipo 1, a insulina em bolus ou de ação rápida é necessária, já que nessas condições o pâncreas não consegue mais produzir o hormônio.

Exame de insulina basal 

O exame de insulina basal detecta qual é a quantidade de insulina basal presente no organismo. Este exame deve ser feito em jejum de no mínimo 8 horas e os resultados auxiliam no diagnóstico do Diabetes tipo 2.

No entanto, somente o exame de insulina basal não é suficiente para comprovar o diagnóstico da doença.

Sendo assim, o médico também considera os valores obtidos no exame de glicose, além das informações do paciente, como queixa de sintomas e história clínica.

O que deixa a insulina basal alta?

A insulina basal alta acontece quando o organismo produz uma alta quantidade do hormônio de uma só vez.

Neste caso, a principal causa para esta situação é a resistência insulínica, que pode ser entendida como a dificuldade das células em responder ao hormônio.

Em outras palavras, a insulina basal alta faz com  que o pâncreas produza e secrete mais insulina, possuindo relação direta com o diabetes.

Em alguns casos, a insulina basal pode tornar-se alta mesmo sem um aumento dos níveis de glicose, como na esteatose hepática ou no insulinoma (tumor nas células pancreáticas).

Insulina basal baixa 

Como é de se esperar, a insulina basal baixa ocorre em virtude de uma diminuição ou extinção da produção do hormônio no pâncreas.

Contudo, ela é mais comum em pacientes com Diabetes tipo 1 que produzem pouquíssima ou nenhuma insulina no corpo.

Sintomas de insulina basal alta

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A insulina basal alta não costuma provocar muitos sintomas. Porém, ela tem relação direta com alguns problemas de saúde, como o diabetes tipo 2.

Por essa razão, a insulina basal alta associada a hipoglicemia traz sintomas como:

  • Ganho de peso;
  • Fome descontrolada;
  • Vontade de comer muito doce;
  • Cansaço;
  • Agitação;
  • Dificuldade de concentração.

Sintomas de insulina basal baixa 

Quando a insulina basal torna-se baixa produz sintomas de hiperglicemia como: 

Relação entre Cetoacidose e Diabetes 

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A cetoacidose é um artifício do organismo na tentativa de controlar a hiperglicemia, e quando ocorre em doses altas, pode levar ao coma e até a morte.

Por sua vez, a cetoacidose é considerada uma emergência médica e deve ser controlada o mais rápido possível.

Ela surge quando o corpo não tem uma quantidade suficiente de insulina para fazer com que o açúcar do sangue (glicose) chegue até às células para ser usado como fonte de energia.

Nesta situação, o fígado decompõe a gordura para que ela possa ser usada como combustível, no entanto, este processo leva a produção de corpos cetônicos, as cetonas.

Dessa maneira, quanto mais cetonas são produzidas no corpo, mais  elas se acumulam no sangue. Os sintomas clássicos da cetoacidose são:

  1. Desidratação;
  2. Aumento da sede;
  3. Vômitos contínuos;
  4. Mal estar generalizado;
  5. Hálito com cheiro de acetona;
  6. Gosto metálico na boca;
  7. Desorientação;
  8. Tontura;
  9. Aumento dos batimentos cardíacos;
  10. Dores Musculares;
  11. Desmaio.

A cetoacidose é um dos primeiros sintomas de diabetes nas pessoas que não têm conhecimento do diagnóstico.

Como ela pode causar sintomas mais graves, os pacientes com cetoacidose devem ser levados para o pronto socorro de forma imediata.

Importância do controle do Diabetes nos níveis de insulina basal

Os valores de referência para insulina basal em jejum devem estar entre 2 a 13 mU/L. Neste caso, resultados abaixo indicam insulina basal baixa e valores acima de 13 mU/L insulina basal alta.

No entanto, mais importante do que os resultados é o controle do Diabetes, tanto o tipo quanto o tipo 2.

Isso significa que doses de insulina basal podem ser aplicadas no controle da doença, quando necessário.

Em geral, os portadores do Diabetes tipo 1 precisam tanto da insulina basal quanto da insulina em bolus.

Já os portadores do Diabetes tipo 2 podem precisar apenas da insulina basal, já que em muitos casos o pâncreas ainda produz insulina após as refeições.

Portanto, é importante controlar o consumo de carboidratos e açúcar na alimentação, pois esta é a principal causa para o desequilíbrio da produção de insulina basal.

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Como manter a produção de insulina basal adequada (orientações para pessoas sem diabetes)

Renato Fernandes da Silva

CRN9 22289

Nutricionista Especialista em Nutrição Clínica, Metabolismo, Terapia e Prática Nutricional.

Atua como nutricionista clínico a 3 anos e meio em consultório particular, na cidade de São Lourenço, sul de Minas Gerais.

Paralelo a sua profissão principal, é produtor de conteúdo para sites e blogs especializados em saúde, medicina e nutrição onde já presta serviços como redator e copywriter a 1 ano.

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Renato Fernandes da Silva

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