A endometriose é uma doença caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio (revestimento do útero) fora do útero.
A endometriose causa uma reação inflamatória crônica que pode resultar na formação de tecido cicatricial (aderências, fibrose) na pelve e em outras partes do corpo.
A dor é o sintoma mais comum da endometriose.
Mulheres com endometriose podem sentir dor pélvica ou abdominal baixa, dor durante a menstruação (dismenorreia), dor durante a relação sexual (dispareunia) e dor durante a evacuação (disquezia).
Quais são os sintomas mais comuns da endometriose?
As pacientes com endometriose geralmente elas cursam com o que a gente chama que são os seis D’s para um diagnóstico.
- Dismenorreia que é dor durante o período da menstruação.
- Dispareunia, que é a dor na relação sexual.
- Dificuldade de engravidar.
- Dor pélvica crônica
- Dor abdominal com distensão e às vezes até sangramento retal.
- Dor ao urinar.
Endometriose, ela é uma doença de cunho genético, epigenético, hormonal e ambiental.
Qual a origem da endometriose?
Existem várias teorias para explicar a endometriose. A teoria que justifica os casos que ficam mais na região pélvica é chamada menstruação retrógrada, toda mulher quando ela menstrua existe uma camada interna do útero que é chamada endométrio.
Esse sangue durante o período menstrual sai pela vagina.
Menstruação Retrógrada
A hipótese da menstruação retrógrada pode explicar a presença de sangue fora do útero, como é o caso da endometriose. Quando o sangue menstrual não sai pela vagina, mas por outras vias, como as trompas, o ovário, o intestino ou a bexiga, o organismo reconhece esses locais como estranhos e provoca uma resposta inflamatória.
Isso pode resultar em dor durante o ato sexual, dor abdominal, dificuldade para engravidar e outros sintomas.
Esta resposta inflamatória pode ser agravada durante cada ciclo menstrual, com a formação de novos focos e a ativação dos focos já existentes, causando dor e desconforto.
Tratamento
Os tratamentos disponíveis para endometriose são divididos em dois blocos: Tratamento Hormonal e Bloqueio Anti-Inflamatório.
O tratamento hormonal está relacionado ao uso de anticoncepcionais orais combinados, progestágenos isolados e análogos da hormona liberadora de GnRH. Estas medicações são usadas de acordo com o caso e podem bloquear hormonalmente, mas não tratam completamente a condição. Por isso, é necessário complementar com o bloqueio anti-inflamatório, que pode ser feito com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou com o uso da gestrinona.
A prática de exercícios de forma adequada é recomendada, com 150 minutos por dia. Uma dieta chamada “mediterrânea” juntamente com o Low Fodmaps pode ser uma ótima opção para mulheres com endometriose.
É importante restringir alimentos fermentados e os oligossacarídeos, monossacarídeos e gissacarídeos, pois estes podem gerar uma alimentação inflamatória que piora os sintomas da endometriose. Além disso, o sono tem um papel importante na regulação circadiana, ajudando a reduzir a inflamação e o estresse oxidativo.
Importância do gerenciamento de stress
Acredita-se que a endometriose é uma doença inflamatória que tem como principal etiologia o estresse oxidativo. Não temos a capacidade de produzir a quantidade de antioxidantes necessária para reduzir a inflamação e o estresse oxidativo desta doença.
Por esse motivo, é importante considerar a gestão do estresse como uma preocupação fundamental.
O estresse emocional leva a um aumento do estresse oxidativo, o que pode agravar a endometriose. Como tal, é necessário ter o gerenciamento do stress como uma das principais áreas de atenção.
Suplementos para Endometriose
Atualmente, o uso de suplementações tem sido recomendado para o tratamento de endometriose, com resultados clínicos satisfatórios. Entre os nutrientes mais recomendados estão a picnogenol, reverastrol, quercetina, ômega 3 e NAC. Essas substâncias possuem propriedades anti-inflamatórias, ajudando a aliviar os sintomas da endometriose e melhorar a qualidade de vida das mulheres que sofrem com essa condição.
A endometriose é uma doença inflamatória cuja causa se deve, em parte, à menstruação retrógrada. O órgão mais afetado por essa condição é a trompa, responsável pelo encontro do óvulo com o espermatozoide. Se a trompa perde sua capacidade de captar o óvulo e transportá-lo até a cavidade, isso pode impactar diretamente na fertilidade, o que pode ser muito desolador para casais que desejam ter filhos.
No entanto, com tratamento adequado e uso de suplementações, os sintomas da endometriose podem ser aliviados, possibilitando às mulheres que convivem com essa condição, uma melhora significativa na qualidade de vida. Portanto, recomenda-se que, diante dos primeiros sintomas da endometriose, procure-se imediatamente um especialista para o tratamento adequado ser realizado.
Diagnóstico
A endometriose é uma condição que afeta a saúde feminina e tem o potencial para causar infertilidade. Esta condição afeta os ovários, interferindo na formação de folículos e na produção de hormônios, o que pode afetar a fertilidade da mulher. Além disso, ela pode afetar a musculatura do útero, aumentando o número de sangramentos e, consequentemente, afetando a frequência de relações sexuais.
Para um diagnóstico de endometriose, não são necessariamente utilizados exames invasivos. Os mais comuns são a ultrassonografia para pesquisa de endometriose com preparo intestinal ou a ressonância magnética da pélvis. Estes exames ajudam a identificar a endometriose e a identificar se ela está relacionada à infertilidade.
Em 1995, a videolaparoscopia era usada para diagnosticar endometriose, pois a remoção do tecido endometrial do local permitia o diagnóstico. Contudo, hoje em dia, o seu uso como método diagnóstico não é necessário, embora ainda tenha um papel importante no tratamento de casos específicos, tais como cistos ovarianos grandes, suboclusão intestinal ou obstrução ureteral.
A laparoscopia ainda desempenha um papel significativo na evolução clínica da endometriose.
A mudança do estilo de vida é a base do tratamento da endometriose.
É bem conhecido que a endometriose é uma doença inflamatória de origem genética. No entanto, fatores externos também podem desempenhar um papel importante na ativação ou inativação dos genes. Por isso, a alimentação saudável pode ser uma grande ajuda no tratamento da endometriose.
A observância de uma rotina séria é essencial para o sucesso do tratamento. Por isso, a alimentação saudável é um grande pilares desse tratamento. A dieta mediterrânea com Low Fodmaps é a indicada, e deve conter pouco açúcar, leite e glúten, além de carne vermelha limitada a no máximo duas vezes por semana. Estas são as recomendações preconizadas.
Além de uma mudança na alimentação, atividade física, sono adequado e gerenciamento de estresse, a suplementação também desempenha um papel importante na endometriose.
Vitamina D e B12 são fundamentais para o quadro, já que a endometriose tem um aspecto imunológico que necessita de níveis adequados de vitamina D.
Além disso, agentes anti-inflamatórios e antioxidantes como o Resveratrol, Quercetina, Ômega 3 e NAC também são úteis para o tratamento.
Estas substâncias tem papel importante na melhora da paciente com endometriose.