Polifarmácia – O uso excessivo de medicamentos

polifarmacia

Fatos importantes

  • A polifarmácia é o uso simultâneo de vários medicamentos por um paciente.
  • Comum entre pacientes idosos e pessoas com várias condições crônicas de saúde.
  • Muitas vezes, acarreta um risco aumentado de reações adversas a medicamentos.
  • Pode ser benéfico se usado corretamente, quando os benefícios superam os riscos.
  • Importante revisar e atualizar regularmente o uso de medicamentos para garantir que os benefícios superem os riscos.

Introdução

Polifarmácia é um termo usado para descrever o uso de vários medicamentos para tratar um único paciente. Tem sido utilizada como uma forma de aumentar a eficácia do tratamento, reduzir os efeitos colaterais e fornecer uma abordagem mais abrangente da terapia medicamentosa. No entanto, existem riscos e desvantagens potenciais associados ao uso de vários medicamentos em um paciente. É importante entender os riscos potenciais da polifarmácia, bem como como reduzi-los.

Para pacientes que tomam vários medicamentos, há um risco aumentado de interações medicamentosas. As interações medicamentosas podem ocorrer quando dois ou mais medicamentos são tomados simultaneamente, resultando em um aumento ou diminuição do efeito dos medicamentos. Isso pode levar a uma diminuição da eficácia dos medicamentos ou a um aumento dos efeitos colaterais. Além disso, o paciente pode estar em risco de overdose de um ou mais medicamentos.

A prescrição de vários medicamentos também pode levar a um risco aumentado de eventos adversos. Eventos adversos são quaisquer efeitos colaterais indesejados que ocorrem devido ao uso de um medicamento. Estes podem variar de leve a grave e podem ser fatais em alguns casos.

A presença concomitante de múltiplas condições crônicas, conhecidas como multimorbidade, representa um desafio significativo na gestão do atendimento ao paciente.

Essa complexidade pode impactar negativamente os resultados de saúde, incluindo diminuição da qualidade de vida, autoavaliação da saúde, mobilidade e capacidade funcional, bem como aumento de hospitalizações, sofrimento fisiológico, utilização de recursos de saúde, taxas de mortalidade e custos.

Sintomas

polifarmacia muitos remedios
Principais sintomas da polifarmácia
Confusão mental
Interações medicamentosas indesejadas
Náusea
Tontura
Cataratas

Causas comuns de polifarmácia

  • Má comunicação médico-paciente: a má comunicação entre o paciente e seu médico pode levar à prescrição desnecessária de medicamentos.
  • Revisões inadequadas de medicamentos: sem consultas programas e reavaliações regulares de medicamentos, pode ocorrer prescrição inadequada.
  • Falta de educação do paciente: sem a educação adequada do paciente, os pacientes podem inadvertidamente contribuir para o desenvolvimento da polifarmácia.
  • Prescrição de vários medicamentos com os mesmos objetivos terapêuticos: isso pode levar a um aumento nas possíveis interações medicamentosas.
  • Prescrever medicamentos com índice terapêutico estreito: medicamentos com índice terapêutico estreito exigem monitoramento rigoroso e podem contribuir para a polifarmácia.
  • Deficiência cognitiva: a deficiência cognitiva pode levar à incapacidade de lembrar quais medicamentos foram prescritos, bem como à falta de compreensão da importância de tomar os medicamentos prescritos.
  • Determinantes sociais da saúde: a falta de acesso aos cuidados de saúde pode levar a uma avaliação inadequada dos sintomas e contribuir para a prescrição inadequada.

Diagnóstico de polifarmácia

polifarmacia uso exagerado de medicamentos idosos

Polifarmácia é uma questão complexa que requer monitoramento cuidadoso para evitar possíveis interações medicamentosas, reações adversas e outros problemas. Diagnosticar as causas da polifarmácia pode ajudar a garantir que o tratamento seja adaptado às necessidades individuais do paciente.

Um diagnóstico de polifarmácia geralmente começa com uma revisão do histórico médico do paciente, incluindo quaisquer medicamentos que tenham sido prescritos no passado. Isso pode ajudar a identificar possíveis interações medicamentosas ou efeitos colaterais que possam estar contribuindo para o problema.

Diagnóstico Diferencial de Polifarmácia

  • Má administração da medicação: a má administração da medicação pode incluir dosagem incorreta, não tomar a medicação conforme prescrito ou tomar a medicação errada.
  • Prescrição exagerada: uma prescrição exagerada ocorre quando um médico prescreve um medicamento para tratar um sintoma, quando a causa subjacente não é identificada.
  • Síndrome de polifarmácia: a síndrome de polifarmácia ocorre quando os efeitos colaterais de certos medicamentos interagem entre si, levando a um aumento dos sintomas.
  • Prescrição inadequada: A prescrição inadequada ocorre quando um medicamento é prescrito sem uma indicação clara ou sem considerar as características individuais do paciente.
  • Interações medicamentosas: as interações medicamentosas ocorrem quando dois ou mais medicamentos interagem entre si, causando uma reação adversa.
  • Eventos adversos a medicamentos: Eventos adversos a medicamentos são quaisquer eventos não intencionais ou inesperados que ocorrem como resultado do uso de medicamentos.
  • Não adesão: a má adesão ocorre quando um paciente não toma a medicação conforme prescrito pelo médico.

Possibilidades iniciais de tratamento

principais síndromes geriátricas

A polifarmácia é uma condição em que uma pessoa toma vários medicamentos ao mesmo tempo para tratar uma ou várias condições. O tratamento inicial da polifarmácia geralmente requer uma avaliação abrangente da saúde do paciente e dos medicamentos atuais, bem como de quaisquer interações potenciais entre os medicamentos.

É importante observar que, embora a polifarmácia aumente o risco de reações adversas a medicamentos, nem sempre é uma indicação de uso inapropriado de medicamentos.

Um médico pode optar por começar com uma revisão da medicação, que envolve uma avaliação detalhada dos medicamentos atuais do paciente, bem como de possíveis interações entre os medicamentos. Dependendo das necessidades de saúde atuais do paciente, o médico pode sugerir alterações no regime de medicação atual ou adições ou reduções de certos medicamentos. É importante observar que quaisquer alterações devem ser feitas em consulta com o médico do paciente e outros profissionais de saúde.

Além das revisões de medicamentos, mudanças no estilo de vida também podem ser recomendadas como tratamento inicial para a polifarmácia. Isso pode incluir mudanças na dieta, exercícios e controle do estresse.

Além disso, tratamentos alternativos, como fitoterápicos ou suplementos, podem ser sugeridos. É importante discutir quaisquer possíveis interações entre medicamentos e tratamentos alternativos com a equipe de saúde do paciente.

Prevenção

A polifarmácia pode ser evitada tendo um papel ativo na sua própria saúde. Isso inclui estar atento a todos os medicamentos que você está tomando, tanto os prescritos quanto os de venda livre, além de discutir quaisquer possíveis interações com seu médico.

Também é importante fazer perguntas sobre por que cada medicamento está sendo prescrito, se ainda é necessário, quais efeitos colaterais esperar e se existem outras alternativas disponíveis. Além disso, se você receber vários medicamentos prescritos, é importante acompanhar os esquemas de dosagem e as instruções de cada medicamento.

Seu médico também deve estar ciente de quaisquer outros medicamentos e suplementos que você esteja tomando, como quaisquer alergias ou interações alimentares e medicamentosas que você possa ter. Isso os ajuda a avaliar com precisão se algum dos medicamentos ou suplementos que você está tomando interagem entre si e ajustar as recomendações ou dosagens de acordo.

Além disso, se possível, é importante discutir quaisquer modificações no estilo de vida que possam ajudar a reduzir a necessidade de medicamentos, como exercícios, dieta e controle do estresse.

Qual ​é o prognóstico da polifarmácia?

A polifarmácia é o uso de vários medicamentos para tratar uma ou mais condições médicas. O prognóstico da polifarmácia varia de paciente para paciente, dependendo de seu histórico médico e da gravidade de sua condição. Em geral, o prognóstico da polifarmácia é bom se os medicamentos forem usados ​corretamente e acompanhados de perto por um médico.

O paciente também deve entender os possíveis efeitos colaterais e interações dos medicamentos que está tomando.

Se usado corretamente, a polifarmácia pode ser muito eficaz no tratamento de uma variedade de condições.

Pode reduzir a necessidade de vários medicamentos e permitir menos efeitos colaterais. No entanto, é importante monitorar de perto o progresso do indivíduo e estar ciente de possíveis efeitos colaterais ou interações medicamentosas.

Além disso, é importante se comunicar com o paciente e seu médico para garantir que todos os medicamentos sejam apropriados e necessários.

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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