Loratadina serve para covid-19?

O hábito de se automedicar é comum há muito tempo. No entanto, com a pandemia da covid-19, isso ficou ainda mais intenso. Primeiro porque as pessoas tinham receio de se consultarem pessoalmente com um médico, e segundo porque estavam desesperadas para encontrar algo que ajudasse a prevenir ou, pelo menos, tratar os sintomas da doença.

Um dos remédios mais comuns para curar sintomas de gripe, mas que na verdade é um antialérgico, é a loratadina. Durante a pandemia, muitas pessoas começaram a buscar este medicamento para evitar e tratar os sintomas.

Confira abaixo se a loratadina serve para a covid.


O que é Loratadina

A loratadina é um medicamento antialérgico. Ela atua reduzindo os efeitos da histamina, que é uma substância responsável pelos sintomas de alergia ou rinite alérgica, como a coceira no nariz, espirros, nariz escorrendo, aumento da produção lagrimal ou vermelhidão na pele.

Ela também pode ser usada no alívio dos sintomas de gripes e resfriados.

Este medicamento também indicado para o alívio dos sinais e sintomas de urticária e outras alergias da pele. No entanto, sua eficiência contra a covid-19 não está comprovada.


Efeitos colaterais da loratadina

Como todo medicamento, a loratadina pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns são:

Loratadina serve para covid-19?

Casos mais raros podem incluir sintomas de queda de cabelo, reações alérgicas severas, problemas de fígado, aumento do ritmo cardíaco, palpitações e tontura.

Além disso, alguns pacientes podem ter alergia aos componentes da fórmula. Nesses casos os sintomas são: dificuldade para respirar, sensação de garganta fechada, inchaço na boca, língua ou rosto, ou ainda urticária.

Se você apresentar qualquer um dos sintomas acima, procure um médico imediatamente e interrompa o uso da loratadina.

Além disso, se não tomado na dose adequada, a loratadina pode não ajudar a amenizar os sintomas de alergia.


Quem não pode tomar loratadina

A loratadina não é indicada para o tratamento de alergias em pessoas que apresentam hipersensibilidade a qualquer componente do medicamento, assim como pessoas com porfiria, que é caracterizada por problemas na produção de enzimas.

Além disso, crianças menores de 2 anos, mulheres grávidas e lactantes também não devem ingerir esse medicamento pois não há estudos que comprovem que não causará efeitos colaterais graves nos bebês.


 

Uso durante a gravidez e lactação

Como Loratadina é excretada no leite materno quando ingerido pela mãe, não recomenda-se que grávidas e lactantes façam uso desse medicamento.

Pacientes idosos

Pessoas mais velhas não precisam alterar a dose recomendada para adultos, pois não ocorrem alterações da metabolização provenientes da idade mais avançada.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir ou usar máquinas

Como este medicamento causa sonolência, não se recomenda que pacientes dirijam ou operem máquinas quando estiverem sob o efeito da loratadina.

Dose apropriada

Recomenda-se que, para adultos, a dose de loratadina seja de 10 mg e, em crianças com mais de 30 kg, a dose seja a mesma, com a diferença de ser administrada a cada dois dias.

loratadina

Como pode ser encontrada

A loratadina pode ser encontrada nas drogarias como xarope ou comprimidos. Seu nome comercial é Claritin.

No entanto, a versão genérica leva o nome do próprio componente, Loratadina ou ainda Histadin, Loratamed ou NeoLoratadin, por exemplo.


Qual a diferença entre loratadina e desloratadina? 

Por conta dos nomes parecidos, muitas pessoas confundem os medicamentos loratadina e a desloratadina. Ambos são antialérgicos classificados como anti-histamínicos e funcionam da mesma maneira: impedem a ação da histamina, substância que provoca os sintomas da alergia.

No entanto, elas têm algumas diferenças. A desloratadina é proveniente da loratadina e é um medicamento que tem sua ação prolongada. Isso significa que permanece mais tempo no organismo.

Além disso, sua estrutura tem menor capacidade de atravessar o cérebro e provocar sonolência. Por conta disso, alguns médicos dão preferência para esse composto, principalmente para pacientes que não podem parar de trabalhar.


farmácia


Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar Loratadina com outros remédios?

Muitos medicamentos apresentam reações negativas quando em combinação com álcool ou outros medicamentos.

No entanto, quando administrado concomitantemente com a ingestão de álcool, a Loratadina não exerce efeitos potencializadores. Isso significa que ela não atua sobre o desempenho psicomotor.

Por outro lado, quando administrada em conjunto com cetoconazol, eritromicina ou cimetidina, exames de sangue demonstraram aumento das concentrações plasmáticas de Loratadina. Porém, não houve alterações clinicamente significativas sob outros aspectos.

Como vimos, a loratadina pode causar reações adversas em alguns pacientes e alguns deles bastante graves. Por conta disso, é muito importante que médicos sejam consultados antes de ser administrado qualquer medicamento para que o tratamento seja apropriado aos seus sintomas.

Além disso, vimos que este medicamento não serve para o tratamento da covid-19.

Se seu teste positivar para a doença, procure o hospital mais próximo para buscar o tratamento apropriado e que não gere consequências ainda mais graves por conta da automedicação.

Dr. João Arthur Ferreira

CRM-SP 19759 / RQE 3179 Atua no tratamento de reabilitação em atletas, dor aguda e dor crônica (cervicalgia, lombalgia, enxaqueca). Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura Coordenador do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa – Curso de Pós-Graduação em Acupuntura Médica, reconhecida pelo CMBA (Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura).
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).
Ex-Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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Dr. João Arthur Ferreira

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CRM-SP 19759 / RQE 3179 Atua no tratamento de reabilitação em atletas, dor aguda e dor crônica (cervicalgia, lombalgia, enxaqueca). Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura Coordenador do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa – Curso de Pós-Graduação em Acupuntura Médica, reconhecida pelo CMBA (Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura).
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).
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