Estimulação Magnética Transcraniana para Dor Crônica e Cefaléia: Uma Alternativa Não Invasiva

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Dor crônica e cefaléia podem ser condições debilitantes que muitas vezes requerem tratamento medicamentoso a longo prazo. No entanto, os medicamentos podem ser caros, invasivos e acarretar o risco de efeitos colaterais, incluindo dependência e tolerância.

A estimulação magnética transcraniana é uma alternativa não invasiva e aprovada pela FDA de Neuromodulação para o tratamento de dores crônicas e dores de cabeça.

Neuromodulação: O que é e como funciona?

A neuromodulação é uma abordagem terapêutica que envolve a manipulação do sistema central de dor, um complexo sistema que regula a percepção e resposta à dor.

A técnica utiliza pulsos elétricos ou magnéticos, invasivos ou não invasivos, para modular a atividade do sistema nervoso central e aliviar os sintomas da enxaqueca.

O que é Estimulação Magnética Transcraniana (TMS ou EMT)?

A Estimulação Magnética Transcraniana é um método não invasivo de tratamento que emprega a estimulação magnética para aliviar dores crônicas, enxaquecas e cefaleias persistentes. O procedimento tem como alvo os centros cerebrais responsáveis pela regulação da dor.

A EMT atua reativando ou potencializando essas áreas cerebrais encarregadas da percepção e modulação da dor. Ao abordar o desequilíbrio em seu funcionamento, a Estimulação Magnética Transcraniana auxilia na redução dos sintomas relacionados à dor crônica, proporcionando alívio e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Como funciona a Estimulação Magnética Transcraniana?

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Um aparelho de Estimulação Magnética Transcraniana utiliza uma bobina que produz pulsos magnéticos, direcionados aos centros cerebrais responsáveis pela regulação da dor.

Durante o procedimento, a bobina é posicionada de maneira delicada sobre a cabeça do paciente, na região que controla os movimentos relacionados à dor.

O que acontece durante uma sessão de tratamento com Estimulação Magnética Transcraniana?

Durante a primeira sessão de Estimulação Magnética Transcraniana, o profissional responsável define o alvo cerebral e a intensidade adequada para o tratamento. A fim de confirmar a localização correta, o especialista utiliza um registro de eletromiografia que monitora os movimentos musculares do paciente durante a estimulação.

Uma vez que a localização tenha sido confirmada, o tratamento é realizado com a aplicação de uma série de pulsos magnéticos, que duram aproximadamente 3 a 5 minutos. Após a sessão, os pacientes geralmente podem voltar para casa dirigindo, exceto se apresentarem tonturas ou qualquer outro sintoma incomum.

Quais são os benefícios da estimulação magnética transcraniana?

A Estimulação Magnética Transcraniana é uma opção não invasiva e aprovada pelo FDA (órgão regulador americano) como alternativa a tratamentos invasivos e medicamentos para dor.

Pacientes que realizam o tratamento para controle de dor crônica e cefaleias geralmente obtêm alívio sem os riscos de dependência ou tolerância comumente associados ao uso de medicamentos.

Quando considerar a neuromodulação

A neuromodulação é geralmente considerada quando os pacientes não respondem ou não toleram tratamentos de primeira linha.

Pacientes que não responderam a medicamentos, ou que apresentam tolerância ou dor refratária, podem realizar tratamento com EMT.

Efeitos colaterais da EMT:

Embora a EMT seja considerada geralmente segura e bem tolerada, como qualquer outro tratamento médico, ela pode apresentar efeitos colaterais.

Os principais efeitos colaterais incluem:

  1. Dor de cabeça leve: Algumas pessoas podem apresentar dores de cabeça leves ou desconforto no local onde a bobina foi posicionada durante o tratamento. Geralmente, essa dor de cabeça é temporária e pode ser aliviada com medicamentos comuns, como analgésicos.
  2. Desconforto no local do tratamento: O paciente pode sentir desconforto temporário no local onde a bobina magnética é aplicada. Isso ocorre devido à contração muscular involuntária causada pelos pulsos magnéticos. No entanto, o desconforto geralmente diminui à medida que o tratamento progride e o paciente se acostuma com a sensação.
  3. Risco de convulsões: Embora raro, há um pequeno risco de convulsões associado ao tratamento com Estimulação Magnética Transcraniana. Esse risco é maior em pacientes com histórico de convulsões ou epilepsia. No entanto, os protocolos de tratamento atuais são projetados para minimizar esse risco, e a incidência de convulsões relacionadas à Estimulação Magnética Transcraniana é extremamente baixa.
  4. Mudanças temporárias no humor: Alguns pacientes podem experimentar mudanças temporárias no humor após as sessões de Estimulação Magnética Transcraniana. Essas mudanças são geralmente leves e desaparecem rapidamente, mas é importante estar ciente delas e discuti-las com o médico responsável pelo tratamento, se necessário.

Conclusão

Dor crônica e dores de cabeça podem ser condições debilitantes que afetam muitos indivíduos em todo o mundo.

Medicamentos e tratamentos invasivos são frequentemente prescritos para controlar essas condições, mas podem ser caros, ter vários efeitos colaterais e acarretar o risco de dependência e tolerância.

A estimulação magnética transcraniana é uma alternativa não invasiva e aprovada pela FDA que pode aliviar dores crônicas e dores de cabeça, sem os riscos e efeitos colaterais associados aos medicamentos.

Se você sofre de dor crônica ou dores de cabeça, consulte seu médico de cuidados primários ou especialista em dor sobre TMS como uma rotina alternativa ou complementar ao seu plano atual de controle da dor.

Dr. Marcus Yu Bin Pai

CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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CRM 158074 / RQE 65523, 65524 | Médico especialista em Acupuntura e Fisiatria pela USP. Área de Atuação em Dor pela Associação Médica Brasileira. Doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo. Professor e Colaborador do Grupo de Dor do Hospital das Clínicas da USP. Diretor do Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura (CMBA).

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