Pomada para conjuntivite

POMADA PARA CONJUNTIVITE (1)

A conjuntivite é uma inflamação ou infecção na conjuntiva. A conjuntiva é a membrana mucosa transparente e lubrificante que recobre a superfície externa do olho. Ela é composta de duas partes: a “conjuntiva bulbar”, que cobre o globo, e a “conjuntiva tarsal”, que reveste a superfície interna da pálpebra.

A conjuntivite consiste em uma inflamação do tecido conjuntival, causando distensão dos vasos sanguíneos, dor e secreção ocular. Essa condição pode ser aguda ou crônica, infecciosa ou não infecciosa. A conjuntivite aguda ocorre quando os sintomas duram entre 3 e 4 semanas a partir do primeiro sintoma, enquanto a crônica dura mais de quatro semanas.

A causa mais comum de conjuntivite é a conjuntivite viral, seguida da conjuntivite bacteriana. Dentre as condições não infecciosas, estão a conjuntivite alérgica e a conjuntivite induzida por toxinas. 

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A conjuntivite infecciosa pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. Porém, 80% dos casos agudos são virais, sendo o adenovírus o causador mais comum, responsável por 65 a 90% dos casos de conjuntivite viral. Outros vírus comuns que causam conjuntivite viral são: herpes simples, herpes zoster e enterovírus.

A conjuntivite bacteriana é mais comum em crianças do que em adultos. Os patógenos ​​variam dependendo da idade do indivíduo. Em crianças, os patógenos mais comuns são: H. influenza, S. pneumoniae e Moraxella catarrhalis. Já em adultos, a conjuntivite bacteriana ocorre mais pela infecção de espécies estafilocócicas, especificamente Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenza. Outras causas bacterianas incluem N. gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis e Corynebacterium difteria.

A conjuntivite não infecciosa costuma ser causada por alérgenos, toxinas e irritantes locais.

Sintomas e Exame físico

O histórico do paciente e a realização do exame físico são essenciais para o diagnóstico da conjuntivite, para a determinação da causa e também para o tratamento da doença. 

O médico irá coletar informações importantes sobre a condição ocular do paciente, incluindo:

  • O momento do primeiro sintoma;
  • Sintomas prodrômicos, ou seja, sintomas que antecederam o aparecimento da doença;
  • Envolvimento ocular unilateral ou bilateral;
  • Sintomas associados;
  • Episódios anteriores;
  • Tipo de secreção;
  • Presença de dor e coceira;
  • Características das pálpebras;
  • Envolvimento periorbital, alterações da visão, fotofobia e opacidade da córnea.

Na conjuntivite bacteriana, os sintomas mais comuns são: vermelhidão e sensação de corpo estranho, como se tivesse areia nos olhos; olhos grudentos ao acordar; secreção purulenta ou branco-amarelada; papilas conjuntivais e, raramente, linfadenopatia pré-auricular. 

Na conjuntivite viral, os sintomas incluem: coceira nos olhos e lacrimejamento; histórico de infecção recente do trato respiratório superior; secreção aquosa; folículos conjuntivais palpebrais inferiores; linfadenopatia pré-auricular dolorosa. 

Quando a conjuntivite é alérgica, os sintomas costumam ser: coceira ou queimação; histórico de alergias; secreção aquosa; pálpebras inchada; papilas conjuntivais; ausência de linfadenopatia pré-auricular.

Como é o tratamento para conjuntivite? Quais são as pomadas para tratar a doença?

O tratamento de conjuntivite é baseado no alívio dos sintomas e na redução da taxa de transmissão.

A conjuntivite viral geralmente não necessita de um tratamento específico. Um bom remédio é lavar os olhos, de preferência com soro fisiológico, para limpar essa área e mantê-la úmida. Em alguns casos, o médico oftalmologista poderá indicar o uso de colírios hidratantes ou lágrimas artificiais. Para casos graves, pode ser necessário o uso de corticoides ou imunomoduladores em forma de colírios ou pomadas oftalmológicas.

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Para a conjuntivite alérgica, os remédios mais utilizados são os colírios antialérgicos com propriedades anti-histamínicas.

Normalmente, a conjuntivite bacteriana é tratada para reduzir a duração dos sintomas. Antibióticos estão disponíveis em forma de pomadas tópicas. As pomadas oftalmológicas são drogas em forma gordurosa e semi-sólida. Após a aplicação da pomada, ela se soltará em pequenas gotas que se acumularão entre o globo ocular e a área da pálpebra.

Geralmente, as pomadas são mais eficazes no tratamento dos sintomas em comparação com os colírios, podendo tratar mais sintomas do que os géis. No entanto, podem levar mais tempo para fazer efeito e tendem a interferir na visão, causando visão embaçada quando são aplicadas.

O tratamento inicial para a conjuntivite bacteriana aguda não grave é administrado no olho afetado a cada 2 a 6 horas, durante 5 a 7 dias. Para casos leves, geralmente o médico recomenda antibióticos de geração mais antiga. Para infecções mais graves, é recomendado que se use antibióticos de última geração para reduzir o desenvolvimento de resistência na flora da superfície do olho.

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As pomadas mais utilizadas em casos de conjuntivite bacteriana são a tobramicina e o ciprofloxacino, além da eritromicina, bacitracina, polimixina e pomadas contendo cloranfenicol a 1%.

Como usar pomadas oftalmológicas?

Aplique a pomada no olho afetado conforme a orientação médica. Se for, por exemplo, a pomada de cloranfenicol a 1%, deve ser aplicada 3 ou 4 vezes ao dia.

O paciente deve puxar suavemente a pálpebra inferior com o seu dedo limpo, inclinando a cabeça para trás. Depois, deve segurar o tubo com o bocal próximo ao olho afetado e apertar suavemente cerca de 1 centímetro da pomada entre a pálpebra inferior e o olho. Deve-se fechar os olhos por alguns minutos.

Para infecções mais graves, é recomendado o uso de pomada na hora de dormir, pois a pomada adere à superfície do olho e da pálpebra, agindo enquanto a pessoa dorme.

Práticas de higiene e cuidados

É necessário seguir algumas práticas de higiene com os olhos para evitar a propagação da conjuntivite. Algumas dessas práticas de cuidados são:

  • Evitar tocar e esfregar o olho afetado;
  • Lavar com frequência as mãos com água e sabão;
  • Lavar as secreções dos olhos utilizando, de preferência, algodão fresco e limpo. Após isso, deve-se descartar o algodão e lavar as mãos com água morna e sabão;
  • Higienizar as mãos após aplicar algum colírio ou pomada oftalmológica, tanto no próprio olho quanto no olho de outra pessoa;
  • Evitar compartilhar itens pessoais, como lentes de contato, óculos, maquiagens e toalhas.

Dra. Celia Yunes Portiolli

CRM-SP 27971 / RQE 5148 – 19469 Médica Pediatra e Especialista em Acupuntura Área de Atuação em Dor pela AMB (Associação Médica Brasileira), Coordenadora do Curso de Especialização em Acupuntura do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado em Medicina Chinesa Médica colaboradora do Ambulatório de Acupuntura do Centro de Dor da Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

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