O Que quer Dizer VHS Elevado? Conheça mais Sobre o Exame

Normalmente o exame de sangue VHS é indicado quando precisa verificar uma inflamação no organismo. Na realidade ele não diagnóstica doenças, mas observa a possibilidade de inflamação.

Isto é possível, pois ele indica se o fígado está produzindo mais fibrinogênio. Esta proteína é produzida quando o organismo está sob um processo inflamatório.

Algumas causas incluem:

Exame de Velocidade de Hemossedimentação ElevadaDescrição
Mononucleose infecciosaInfecção viral causada pelo vírus Epstein-Barr (EBV) frequentemente associada a um aumento na produção de imunoglobulina M (IgM).
Artrite ReumatoideUm distúrbio inflamatório crônico que pode afetar mais do que apenas as articulações.
Lúpus Eritematoso SistêmicoUma doença inflamatória crônica que pode afetar a pele, articulações, rins, cérebro e outros órgãos.
Polimialgia reumáticaUma condição caracterizada por inflamação e dor nos músculos e articulações.
AnemiaUma condição em que o corpo não tem glóbulos vermelhos saudáveis suficientes para transportar oxigênio por todo o corpo.


O que é VHS?           

O significado indica Velocidade de Hemossedimentação.

De forma direta ele mostra a velocidade dos glóbulos vermelhos. Assim mostra como se separam do soro e se depositam.


O que o VHS mede

Diversas proteínas apresentam cargas positivas, mas também negativas. A parte positiva é que ela apresenta o mesmo efeito sobre as hemácias.

Muitas proteínas que são produzidas durante as infeções ou inflamação apresenta este aspecto. Deste modo é uma forma de medir se existe a inflamação ou infeção.


Como saber se o VHS está alto

Nestas situações ocorre a produção de proteínas que aumentam a velocidade da hemossedimentação. Entretanto, também existem outras que alteram a velocidade. Exemplo:

  • Fibrinogênio (coagulação e excesso na gravidez).
  • Imunoglobulinas (anticorpos).
  • Paraproteínas (produzidas por cânceres do sangue).

Além disso, devido à diluição do sangue (gravidez, insuficiência cardíaca, insuficiência renal) é possível alternar as cargas. Como consequência pode aumentar o VHS.

Outro exemplo é quando diminui a viscosidade e separa as cargas repulsivas, com isto faz com que ela fique elevada. Outra proteína do plasma sanguíneo (albumina) possui carga negativa. Quando diminui sua concentração (devido falência hepática, perda renal ou intestina) sobra as cargas positivas e assim pode anular as hemácia.

Ainda outra forma de elevação é quando diminui o número de hemácias (anemia) ou o paciente possui alteração da forma (anemia falciforme). Outros fatores quem influencia é a obesidade, o diabetes mellitus, o sexo e a idade.

Além disso, outros fatores podem aumentar como:

  • Inflamação: Artrites (Reumatóide, Lúpus), Vasculites, Serosites.
  • Infecção: Aguda (amigdalite, cistite, gripe), Crônica (hepatites, osteomielites).
  • Hemodiluição: Insuficiência cardíaca, Insuficiência renal, Gravidez.
  • Queda de albumina: Insuficiência hepática, perda renal (s. nefrótica), perda intestinal.
  • Proteínas no sangue: Gravidez (fibrinogênio), Câncer (paraproteínas), Crioglobulinemia.
  • Alteração das hemácias:   Número (anemia), Forma (A. falciforme, esferocitose).
  • Outras: Obesidade (aumento IL-6), Diabete Mellitus (vários mecanismos), tabagismo, idade, sexo feminino.

Valor normal do VHS

O valor pode mudar conforme idade, sexo e aferição. Além disso, é possível ter variações entre os s valores normais de laboratório. Mas no geral podem seguir a seguinte fórmula:

  1. Homens: Valor normal = idade/2
  2. Mulheres: Valor normal = (idade+10) /2
  3. Crianças: Valor normal =~ 3-13 mm/h


Exame VHS

Para fazer o exame não é preciso fazer jejum obrigatório e nem outro cuidado especial. A medição é colhida em amostra em tubo em repouso e na posição vertical.

Após é verificado a hora e velocidade de precipitação dos glóbulos vermelhos.



O VHS alto

O alto pode significar as seguintes doenças:

  • Diarreias;
  • Resfriados;
  • Inflamação de garganta;
  • Doença nos rins;
  • Diabetes;
  • Vasculite;
  • Insuficiência hepática, cardíaca ou respiratória.

Além disso, ele é solicitado no acompanhamento e a evolução de doenças, como:

  • Arterite temporal;
  • Artrite reumatoide;
  • Polimialgia reumática;
  • Crises de gota;
  • AIDS;
  • Pneumonia;
  • Anemia.

Fora as de cima, gravidez, obesidade e idade também entram neste quesito. Na verdade a lista pode ser bastante extensa. Em todo caso, o exame não é uma garantia do diagnóstico, pois ele é pouco específico e pode ser elevado em situações diferentes.

Caso os valores estejam acima de 100mm/h, pode indicar presença de doença autoimune. Entre elas estão lúpus, anemia severa, câncer, osteomielite, tuberculose e mieloma múltiplo.


VHS baixo

Quando o valor está baixo, também significa doenças como:

  • Policitemia;
  • Anemia hemolítica;
  • Leucocitose sereva;
  • Esferocitose hereditária;
  • Uso de corticosteroides;
  • Hipofibrinogemia.

Em todo caso antes de tirar suas conclusões sobre o VHS o indicado é procurar um médico para que ele possa lhe orientar.

Dr. João Arthur Ferreira

CRM-SP 19759 / RQE 3179 Atua no tratamento de reabilitação em atletas, dor aguda e dor crônica (cervicalgia, lombalgia, enxaqueca). Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura Coordenador do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa – Curso de Pós-Graduação em Acupuntura Médica, reconhecida pelo CMBA (Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura).
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).
Ex-Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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Dr. João Arthur Ferreira

Dr. João Arthur Ferreira

CRM-SP 19759 / RQE 3179 Atua no tratamento de reabilitação em atletas, dor aguda e dor crônica (cervicalgia, lombalgia, enxaqueca). Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura Coordenador do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa – Curso de Pós-Graduação em Acupuntura Médica, reconhecida pelo CMBA (Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura).
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).
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