Metildopa Causa Sono?

metildopa causa sono

O que é?

Metildopa é um medicamento utilizado para pacientes hipertensos e na literatura seu uso pode causar sonolência como efeito adverso, mas tende a passar após algumas horas de sua administração e pacientes que fazem uso contínuo relatam que tende a desaparecer após certo período de uso.

Causas

Todos os medicamentos possuem efeitos adversos e apenas o médico pode definir a relação entre riscos e benefícios para cada paciente.

Sintomas

Alguns pacientes relatam sonolência, dores de cabeça e náuseas.

Tratamento

Atenção! A automedicação não é recomendada!

Muitas doenças são agravadas e é possível ter graves complicações com essa prática. Consulte sempre um médico.

Necessita de apoio médico?

Não, mas o apoio médico se faz necessário para ajustes de dose e readequação de prescrição em caso de sensibilidade elevada ao medicamento.


O que é a metildopa?

A metildopa é um medicamento utilizado no controle da pressão arterial a qual age diminuindo os impulsos no sistema nervoso central que fazem com que a pressão arterial se eleve, a fim de que os indivíduos hipertensos que precisam de um apoio farmacológico para manterem sua pressão normalizada tenham um controle assertivo.

A hipertensão pode causar ao paciente diversas complicações na qualidade de vida – inclusive em muitos casos irreversíveis o suficiente para levarem-no a óbito. Além disso, o paciente hipertenso que não é tratado clinicamente corre altos riscos de sofrer um ataque cardíaco ou até mesmo um acidente vascular cerebral (AVC).

metildopa causa sono?

Apenas o médico pode prescrever medicamentos para hipertensão de acordo com uma análise clínica diagnóstica e precisa para o quadro daquele paciente.

Existem inúmeros medicamentos para controle da pressão arterial, inclusive alguns médicos optam por associar o anti hipertensivo à um medicamento diurético para que o volume de líquido circulante diminua – por conta da relação entre pressão elevada, acúmulo de líquido e sódio – e, consequentemente, a pressão também.

Mudança no estilo de vida

Algumas mudanças no estilo de vida podem ser benéficas, como a diminuição da ingestão de sódio, uma alimentação mais balanceada, a prática de atividades físicas, as visitas periódicas ao médico prescritor do tratamento, dentre outras.

A pressão arterial elevada aumenta a pressão sanguínea e pode causar danos nas artérias – que são condutoras de nutrientes e oxigênio através da passagem sanguínea por meio delas – e estes danos podem chegar às células de revestimento interno, o que limita o fluxo sanguíneo pelo corpo e prejudica órgãos e tecidos e pode levar o paciente a óbito por seus desdobramentos clínicos.

A chance de causar um acidente vascular cerebral se dá por formação de coágulos sanguíneos nas artérias e bloqueando o fluxo sanguíneo que está nutrido e oxigenado, causando então o acidente vascular cerebral – alguns estudos mostram a relação até mesmo com a demência.

Outro problema da pressão arterial elevada é o dano aos rins, pois para que a filtração e produção da urina sejam fisiologicamente adequados, os vasos sanguíneos precisam estar saudáveis. Além de vários outros riscos: danos na retina, disfunção sexual, danificação do nervo óptico e cegueira, dentre outros motivos pelos quais o controle da pressão é importante.


Todos os medicamentos podem ter efeitos adversos

Então respondendo o título da discussão de hoje: Sim, metildopa pode causar sonolência como uma reação adversa listada.

Mas não usar este medicamento pode causar danos ainda piores, conforme foram mencionados. É um medicamento anti hipertensivo, comercializado em doses de 250 e 500 miligramas e está disponível no Sistema Único de Saúde na dose de 250 miligramas, para pacientes que possuam uma prescrição correta e dentro dos padrões de dispensação das Unidades Básicas de Saúde.

Alguns pacientes não podem fazer uso deste medicamento, como pessoas com doenças hepáticas, por exemplo. E ainda que o paciente faça uso do medicamento corretamente, é necessário que faça a aferição da pressão conforme orientações médicas.

As doses são variáveis, alguns pacientes fazem uso de doze em doze horas e outros de oito em oito horas da medicação, a dose máxima recomendada é de 4 gramas ao dia, mas dificilmente os pacientes chegam nesta dose.

Em caso de doses mais elevadas do que o prescrito, o paciente pode apresentar sonolência extrema, batimentos cardíacos muito baixos e até mesmo desmaiar. É muito importante seguir a orientação médica e informá-lo caso hajam quaisquer alterações e sintomas importantes, alguns pacientes precisam fazer trocas de medicamentos até chegarem ao tratamento ideal e isso não denota uma falha terapêutica, mas sim a necessidade de adequação pessoal à terapia medicamentosa.

Além da sonolência, alguns pacientes relatam tonturas com a medicação – também vômitos e dores de cabeça, por isso é necessário atentar-se aos sinais fisiológicos que o corpo nos dá e observar quaisquer alterações decorrentes do tratamento com a droga. 

Na bula do medicamento está descrito

Alguns estudos demonstram que os pacientes sentem sono aproximadamente trinta minutos após a ingestão da metildopa, alguns médicos orientam os pacientes a não fazerem atividades que demandem atenção extrema – como dirigir, manusear materiais perigosos e outras atividades semelhantes – por aproximadamente duas horas.

Na bula do medicamento está descrito:

“Com o uso de Metildopa podem ocorrer efeitos colaterais como sonolência, dor de cabeça e fraqueza (geralmente iniciais e transitórios) e outras reações desagradáveis. Alguns efeitos colaterais podem desaparecer, mesmo com a continuidade do tratamento. Caso ocorram efeitos colaterais importantes, ou se for necessário o uso simultâneo de qualquer outro medicamento, seu médico deve ser informado”.

Ou seja a sedação é um efeito comum e que pode ser transitório, visto que os impulsos do sistema nervoso central estão sendo diminuídos, alguns pacientes inclusive relatam que após alguns meses os efeitos como: sonolência, náuseas e dores de cabeça cessaram, mas cada paciente têm sua própria experiência e os efeitos citados são efeitos que podem ocorrer, não são regras e não necessariamente acometem a todos.

Dr. João Arthur Ferreira

CRM-SP 19759 / RQE 3179 Atua no tratamento de reabilitação em atletas, dor aguda e dor crônica (cervicalgia, lombalgia, enxaqueca). Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura Coordenador do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa – Curso de Pós-Graduação em Acupuntura Médica, reconhecida pelo CMBA (Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura).
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).
Ex-Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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Dr. João Arthur Ferreira

Dr. João Arthur Ferreira

CRM-SP 19759 / RQE 3179 Atua no tratamento de reabilitação em atletas, dor aguda e dor crônica (cervicalgia, lombalgia, enxaqueca). Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura Coordenador do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado de Medicina Chinesa – Curso de Pós-Graduação em Acupuntura Médica, reconhecida pelo CMBA (Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura).
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).
Ex-Colaborador do Grupo de Dor do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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