Assim, os grânulos de Fordyce são um problema estético que podem ser confundidos com uma doença sexualmente transmissível. No entanto, essas lesões cutâneas não representam um problema de saúde, além da questão estética[2]Leung AK, Barankin B. Fordyce Spots. Consultant. 2016;56:377-8.
Os Grânulos de Fordyce são muito comuns, tanto em mulheres quanto em homens de qualquer idade. Acredita-se que afetem cerca de 80% dos adultos em algum momento de suas vidas.
Grânulos de Fordyce são glândulas sebáceas consideradas uma variação anatômica normal mais comum em adultos sem nenhuma necessidade de tratamento.
São geralmente pequenas lesões indolores, e não costumam causar qualquer irritação[3]Lee JH, Lee JH, Kwon NH, Yu DS, Kim GM, Park CJ, Lee JD, Kim SY. Clinicopathologic manifestations of patients with fordyce’s spots. Annals of dermatology. 2012 Feb 1;24(1):103-6.. Em resumo, sintomas podem incluir:
Os grânulos de Fordyce são glândulas sebáceas ectópicas. Isso significa que são glândulas que estão localizadas na epiderme quando sua posição normal é a derme. Portanto, como a epiderme é a camada mais superficial da pele, elas são visíveis.
Seu nome se deve ao fato de que o dermatologista John Addison Fordyce foi a primeira pessoa a investigá-los. Essas manchas são, na realidade, glândulas sebáceas ectópicas responsáveis por sintetizar o abo que lubrifica e protege a pele.
De acordo com uma estudo publicada na revista científica Clinical Case Reports and Reviews, elas podem surgir em 70 a 80% dos adultos, ou seja, é muito comum.
IMPORTANTE: Os grânulos de Fordyce não são malignos ou infecciosos.
Quem apresenta estas pequenas lesões pode pensar nelas como uma infecção sexualmente transmissível. No entanto, essas manchas não têm relação com infecções sexualmente transmissíveis. Portanto, seu único impacto é estético e não representam um problema de saúde ou são transmissíveis.
O mais comum é que esses grãos são mais perceptíveis durante a adolescência devido às alterações hormonais que ocorrem durante esse período.
Isso implica que essa doença pode aparecer na pele de qualquer pessoa, embora as lesões em mulheres sejam menos frequentes do que nos homens e embora pessoas com pele oleosa sejam mais suscetíveis a ter essas espinhas.
A lesão pode ser diagnosticada por um clínico geral ou médico dermatologista.
É considerada de fácil diagnóstico clínico e não são necessários exames complementares.
Diagnósticos diferenciais podem incluir:
Diagnóstico Diferencial |
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Milia |
Manchas de Koplik |
Hiperplasia sebácea |
Cistos epidermóides |
Verrugas virais |
Herpes simples |
Sífilis |
Líquen Plano |
Leucoplasia |
Apesar da sua aparência, os grânulos não trazem consigo outros sintomas adicionais, como dor ou irritação.
Eles também não representam nenhuma ameaça à saúde; por isso não é necessário aplicar qualquer tratamento.
Em caso de dúvidas, é recomendado que um médico os examine e monitore sua evolução.
Sendo um problema cosmético, há tratamentos, citados abaixo:
Além disso, mesmo que sejam retirados, é possível que eles possam reaparecer. Assim, seu tratamento estético não é geralmente recomendado.
Quem tem lesões com Grânulos de Fordyce deve evitar espremer as lesões, pois pode aumentar o risco de infecção da pele.
Se você tem uma quantidade elevada de grânulos de Fordyce, pode ser bom consultar um médico dermatologista.
↑1 | Arnold HL. Fordyce spots. Archives of Dermatology. 1974 Nov 1;110(5):811-. |
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↑2 | Leung AK, Barankin B. Fordyce Spots. Consultant. 2016;56:377-8 |
↑3 | Lee JH, Lee JH, Kwon NH, Yu DS, Kim GM, Park CJ, Lee JD, Kim SY. Clinicopathologic manifestations of patients with fordyce’s spots. Annals of dermatology. 2012 Feb 1;24(1):103-6. |
↑4 | Pallua N, Stromps JP. Micro-punch technique for treatment of Fordyce spots: a surgical approach for an unpleasant condition of the male genital. Journal of Plastic, Reconstructive & Aesthetic Surgery. 2013 Jan 1;66(1):e8-11. |
↑5 | Ocampo‐Candiani J, Villarreal‐Rodríguez A, Quiñones‐Fernández AG, Herz‐Ruelas ME, Ruíz‐Esparza J. Treatment of Fordyce spots with CO2 laser. Dermatologic surgery. 2003 Aug;29(8):869-71. |
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).
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