É inegável o fascínio dos bebês pela televisão e por outros dispositivos com telas, como tablets e celulares, o que faz com que muitos pais usem esses aparelhos para acalmá-los e distraí-los.
Mas, como veremos, as telas são alvo de grandes controvérsias, e muitos pediatras acabam “proibindo” ou limitando o seu uso para bebês e crianças pequenas.
Por isso, é importante conhecer o que é fato e o que é mito quando falamos da relação de bebês e televisão.
A IMPORTÂNCIA DE ESTIMULAR O BEBÊ
Quando nascemos, nosso cérebro ainda não se desenvolveu totalmente, e por isso é de extrema importância o estímulo de bebês e crianças.
Entretanto, esses estímulos devem vir de diferentes fontes, como:
- Interação com outras pessoas;
- Brincadeiras, usando tanto a imaginação como brinquedos;
- Ouvir histórias;
- Desenhar ou pintar.
Assim, o cérebro do bebê começa a fazer conexões e a se desenvolver da melhor forma possível, possibilitando o aprendizado da linguagem e de conceitos, além da interação social.
A TV É UM ESTÍMULO SAUDÁVEL PARA O BEBÊ?
De forma geral, a televisão é uma forma de estímulo “unilateral”, ou seja, não há interação com a criança, que apenas recebe estímulos visuais e sonoros.
Assim, a criança não precisa “atuar” na interação: Não há necessidade de responder, de falar ou agir para manter o estímulo, o que pode dificultar o desenvolvimento de diversas habilidades essenciais.
E é exatamente por este motivo que muitos pediatras desaconselham o uso da televisão nessa faixa etária.
Entretanto, quando o momento em frente à TV é acompanhado da interação com os pais, ela pode ser uma boa opção de estímulo. Nesses casos, porém, o uso deve ser feito apenas por curtos períodos.
O EFEITO DA TELEVISÃO NOS BEBÊS
Como vimos, a televisão e outros dispositivos com telas fornecem apenas estímulos visuais e sonoros, sem a necessidade de interação da criança.
Por isso, é comum que crianças que passam muito tempo na frente da televisão sozinhas tenham um vocabulário menos desenvolvido, uma vez que esse tipo de atividade (ver TV) normalmente não envolve conversas com outras pessoas.
Outro ponto importante é que muitos pais utilizam a TV como forma de acalmar os filhos, o que impossibilita que eles aprendam outras formas de lidar com frustrações e com o tédio. Assim, também é comum que esses bebês e crianças tenham dificuldades para lidarem com o “não” e mesmo para se envolverem em brincadeiras que não incluam a TV.
CONCLUSÃO
De forma geral, a televisão e outros dispositivos semelhantes podem trazer mais danos do que benefícios para bebês e crianças pequenas, principalmente quando a exposição a esses aparelhos é feita de forma exagerada e sem a supervisão dos pais ou outros cuidadores.
Por isso, o ideal é que a TV não seja usada nessa faixa etária, e, caso seja, que o seu uso tenha limitado e feito como parte de uma interação social, como assistir um filme com os pais.
Assim, o segredo aqui é a moderação, de forma a evitar a exposição excessiva da criança e os danos que isso pode causar ao seu desenvolvimento.