Leucócitos baixos – O que pode ser?

O que é

Índices sanguíneos abaixo do limites mínimos definidos conforme a faixa etária de cada paciente. Para adultos saudáveis os leucócitos devem estar dentro de 4500 a 11000 leucócitos/mm³ na corrente sanguínea.

Causas

Presença de doenças autoimunes, leucopenia crônica idiopática benigna, patologias que afetam a medula óssea ou o baço, doenças hepáticas, doenças genéticas, câncer, uso de antibióticos, nutrição inadequada, HIV e situações frequentes de estresse.

Além disso, também pode ocorrer devido a índices insuficientes de vitamina B12 ou medicamentosa, como por exemplo em pacientes que usam medicamentos antirretrovirais ou que estão em tratamentos oncológicos (quimioterapia e radioterapia).

CausaDescrição
Infecção viralUma infecção viral pode causar uma diminuição nos glóbulos brancos do corpo. Infecções virais comuns incluem gripe, mononucleose e HIV.
CâncerO câncer também pode causar uma diminuição nos glóbulos brancos. Isso pode ser devido ao próprio câncer ou a tratamentos contra o câncer, como a quimioterapia.
Doenças autoimunesDoenças autoimunes, como lúpus e artrite reumatóide, podem fazer com que o corpo ataque seus próprios glóbulos brancos.
MedicamentosCertos medicamentos também podem causar uma diminuição nos glóbulos brancos. Isso inclui antibióticos, anticonvulsivantes e medicamentos quimioterápicos.
Deficiências nutricionaisDeficiências nutricionais, como as causadas por níveis inadequados de vitamina B12 e folato, podem levar a uma diminuição dos glóbulos brancos.
Doenças da medula ósseaDoenças da medula óssea, como anemia aplástica, podem fazer com que a medula óssea não produza glóbulos brancos suficientes.

Sintomas

De maneira geral o baixo índice de leucócitos não causa sintomas, mas na literatura existem estudos que denotam:

  • Cansaço e falta de disposição;
  • Febre;
  • Dores de garganta acompanhadas ou não de tosse;
  • Dificuldade para respirar;
  • Náuseas e vômitos;
  • Problemas gástricos e digestivos;
  • Dor ao urinar;
  • Presença de sangue na urina; e
  • Feridas que demoram para cicatrizar ou não cicatrizam, por exemplo.


Exame para avaliar nível de leucócitos

Um hemograma completo é um exame de sangue comum usado para medir o número de glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas no sangue. O hemograma também pode medir hemoglobina, hematócrito e outros componentes do sangue.

Os resultados do hemograma podem fornecer informações importantes sobre a saúde geral de uma pessoa e podem ajudar a diagnosticar e monitorar uma variedade de patologias.

ExameFinalidade
Hemograma completoAvalia também o número de glóbulos brancos (leucócitos) presentes no sangue.
Contagem diferencial de leucócitosAvalie a contagem e as proporções relativas dos tipos de leucócitos presentes no sangue.
ImunofenotipagemIdentifique os tipos específicos de leucócitos presentes no sangue.


feridas

Tratamento

O tratamento varia para cada paciente e pode estar entre a prescrição de um antibiótico ou até mesmo uma internação. Irá depender da relação entre a causa e a intensidade e apenas o médico poderá definir qual será a conduta clínica mais coerente com o caso.

Os indicadores sanguíneos mostram se há algo errado com o corpo humano e é muito importante fazer acompanhamentos clínicos regulares. O tema da discussão de hoje são leucócitos abaixo dos níveis mínimos definidos.


O que são leucócitos?

É preciso que entendamos o que são os leucócitos e qual é a função principal deste grupo celular no corpo humano.

Os leucócitos são células sanguíneas de defesa, também chamadas de células brancas. As células de defesa têm um papel fundamental na manutenção da vida, visto que diariamente estamos expostos a diversos patógenos e precisamos dos leucócitos para que evitemos infecções e determinadas patologias.

Por isso é importante que verifiquemos com o médico regularmente se essas células estão nos níveis corretos, pois muitas vezes é possível verificar se existe alguma infecção ou patologia analisando os indicadores sanguíneos.

Algumas doenças são silenciosas e não apresentam muitos sintomas, então a maneira mais adequada de prevenir é contar com apoio clínico.


Leucócitos – parte do sistema imunológico humano

Os leucócitos fazem parte do sistema imunológico humano e são subdivididos em outros grupos celulares onde cada um deles possui uma função definida.

Os leucócitos não apenas atuam na defesa do organismo, eles combatem patógenos e possíveis ameaças constantemente, seja produzindo anticorpos ou até mesmo enviando um sinal para outros leucócitos de que algo está errado.


Subdivisão dos leucócitos

Em relação à subdivisão dos leucócitos, têm-se os seguintes grupos celulares: neutrófilos, basófilos, monócitos, eosinófilos e linfócitos.

Neutrófilos: São chamados de primeira linha de defesa do sistema imunológico do corpo humano, sua função é defender o corpo humano contra bactérias e fungos e estão envolvidos com outras respostas inflamatórias menores.

Os neutrófilos fagocitam o patógeno, ou seja, eles conseguem destruir os patógenos envolvendo-os dentro de si mesmos.

Basófilos: eles são responsáveis pela liberação enzimática quando há um patógeno no corpo, eles enviam um sinal para o sistema imune e podem fazer com que os leucócitos cheguem mais rapidamente ao local da invasão, eles promovem respostas inflamatórias mais simples.

Monócitos: Assim como os neutrófilos, os monócitos também realizam fagocitose e são responsáveis por estimular uma resposta imunológica mais rápida, eles estão presentes também com a função de eliminar células mortas.

Eosinófilos: Migram rapidamente até o local da infecção e fagocitam o patógeno. Eles podem aumentar a inflamação para que a resposta imune seja rápida.

Linfócitos: São divididos em linfócitos T e B, os linfócitos T são responsáveis por destruir as células infectadas e os linfócitos B são responsáveis pela produção de anticorpos que atacam as bactérias.


Por que os leucócitos diminuem?

Agora que entendemos um pouco mais sobre os leucócitos, é importante saber quais são os riscos de seu baixo índice em relação aos indicadores sanguíneos.

O corpo humano em seu estado de funcionamento normal, tende a ter entre 4500 a 11000 leucócitos/mm³ na corrente sanguínea, porém este valor pode ser alterado por algumas condições, como:

  • Presença de doenças autoimunes;
  • Patologias que afetam a medula óssea ou no baço;
  • Câncer;
  • HIV;
  • Uso de antibióticos;
  • Nutrição inadequada;
  • Doenças hepáticas;
  • Doenças genéticas;
  • Leucopenia crônica idiopática benigna; e
  • Situações frequentes de estresse.

Além disso, também pode ocorrer devido a índices insuficientes de vitamina B12 ou medicamentosa, como por exemplo em pacientes que fazem uso de medicamentos antirretrovirais ou que estão em tratamentos oncológicos (quimioterapia e radioterapia).

Um dos sintomas mais comuns apresentados pelos pacientes com os níveis de leucócitos baixos é a grande incidência de infecções, afinal, as despesas orgânicas estão defasadas e isso certamente acarretará uma entrada facilitada para os patógenos.

Na literatura clínica, diante de ensaios e pesquisas mais aprofundadas, foram encontrados diversos sintomas apresentados pelos pacientes com leucócitos baixos, como:

  • Cansaço e falta de disposição;
  • Febre;
  • Dores de garganta acompanhadas ou não de tosse;
  • Dificuldade para respirar;
  • Náuseas e vômitos;
  • Problemas gástricos e digestivos;
  • Dor ao urinar;
  • Presença de sangue na urina; e
  • Feridas que demoram para cicatrizar ou não cicatrizam, por exemplo.

O tratamento dependerá das causas e da intensidade da contagem de leucócitos e apenas o médico poderá prescrever e alinhar tratamentos com o paciente.

É necessário que sejam feitos exames e investigações e que a conduta clínica correta seja tomada para que não haja outros problemas.

Alguns médicos optam por prescrever antibióticos, outros optam por internar o paciente para que ele não se exponha e não corra maiores riscos de se contaminar, mas a conduta e os direcionamentos são totalmente restritos ao médico.

Dra. Celia Yunes Portiolli

CRM-SP 27971 / RQE 5148 – 19469 Médica Pediatra e Especialista em Acupuntura Área de Atuação em Dor pela AMB (Associação Médica Brasileira), Coordenadora do Curso de Especialização em Acupuntura do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado em Medicina Chinesa Médica colaboradora do Ambulatório de Acupuntura do Centro de Dor da Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Compartilhe Esse Conteúdo
Facebook
Twitter
LinkedIn
Dra. Celia Yunes Portiolli

Dra. Celia Yunes Portiolli

CRM-SP 27971 / RQE 5148 – 19469 Médica Pediatra e Especialista em Acupuntura Área de Atuação em Dor pela AMB (Associação Médica Brasileira), Coordenadora do Curso de Especialização em Acupuntura do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado em Medicina Chinesa Médica colaboradora do Ambulatório de Acupuntura do Centro de Dor da Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Últimos Posts

newsletter

Receba Novidades Por E-mail

Deixe um Comentário

Postagens Relacionadas

Anosognosia: tudo sobre o assunto

Anosognosia: o que é, sintomas e principais causas

Anosognosia é uma condição neurológica caracterizada por uma falta de consciência ou negação de uma doença ou deficiência, mais comumente observada em pacientes com danos cerebrais ou distúrbios neurológicos.  Esquecimentos são comuns,

Continue Lendo
categorias

Pesquise por Categoria

Urologia

Sintomas

Reumatologia

Radiologia

Psiquiatria

Psicologia

Pediatria

Otorrinolarigonlogia

Ortopedia

Oncologia

Oftalmologia

Nutrição

Notícias

Neurologia

Neurocirurgia

Nefrologia

Medicina Esportiva

Mastologia

Infectologia

Ginecologia e Obstetrícia

Gerontologia

Geriatria

Gastroenterologia

Fisioterapia

Fisiatria

Farmácia

Endocrinologia

Educação Física

Dor

Doenças

Dermatologia

Curiosidades

Clínica Médica

Cirurgia Vascular

Cirurgia Plástica

Canabidiol

Biomedicina

Artigos

Alergia

Acupuntura

newsletter

Receba Novidades Por E-mail