Também conhecida como charque, a carne seca é usada em diversos pratos como feijoada, baião de dois, arroz carreteiro e etc…
Algumas pessoas não dispensam esta iguaria, enquanto outras sentem, horas depois, as consequências do alimento no organismo.
Neste artigo você vai saber se a carne seca é remosa e quais os cuidados que deve ter no preparo deste alimento.
O que é um alimento remoso?
Alimento remoso é todo aquele alimento que favorece a inflamação do corpo, aumentando o tempo de cicatrização de ferimentos ou produzindo sintomas alérgicos e infecciosos.
Dessa forma, os alimentos remosos causam indigestão, retém líquido e podem comprometer a saúde da pele e do trato gastrointestinal.
Contudo, é importante saber que existe uma diferença entre alimento remoso e alimento alergênico.
Os alimentos alergênicos causam uma reação no sistema imunológico do corpo e produzem efeitos imediatos.
Em contrapartida, os alimentos remosos causam consequências nos dias posteriores à ingestão. As consequências mais comuns dos alimentos remosos são inflamação na pele, inchaço e edema espalhado pelo corpo.
Motivos que fazem a carne seca ser remosa para algumas pessoas
Agora que você já sabe o que é um alimento remoso, é hora de saber se de fato a carne seca é remosa ou não.
De maneira geral, a carne seca é remosa para muitas pessoas, no entanto, esta característica atinge apenas uma parte daqueles que consomem o alimento e por vários motivos:
1- É um alimento que não faz parte do dia a dia
Os alimentos de origem animal podem fazer mal para as pessoas que não estão habituadas com o seu consumo frequente.
Por exemplo, se você é uma pessoa acostumada a comer somente peixes e frango, certamente terá maiores chances de rejeitar outras carnes, como a carne de boi ou carne de porco.
No caso da carne seca, ela não costuma ser consumida diariamente no Brasil, razão pela qual o organismo pode ter dificuldade para digerir o alimento.
2- É Rica em sódio
A quantidade de sódio da carne seca é muito elevada, e este mineral pode provocar sintomas graves quando consumido em quantidades altas de uma só vez.
Dentre os problemas de saúde que podem ser causados pela carne seca está a hipertensão arterial, dificuldades digestivas, inchaços pelo corpo e até infarto.
Estima-se que 12 gramas ou 1 colher de sopa de carne seca picada e cozida possua 350 mg de sódio, ou seja, 15% da recomendação diária deste nutriente.
Este valor é altíssimo, considerando que 12 gramas é uma quantidade pequena de qualquer alimento.
3- Pode conter gorduras saturadas
A carne seca possui uma quantidade baixa de gordura, mas o charque tem um valor mais elevado.
Agora imagine consumir um alimento que é rico em sódio e que contém gorduras saturadas, mesmo que sejam de origem animal.
Esta combinação perigosa é ideal para causar indigestão e causar vômitos ou diarreia em algumas pessoas.
Sendo assim, pessoas que não toleram uma grande quantidade de gordura animal são as mais afetadas.
4- Favorece a desidratação
Devido ao fato de ser rica em sódio, a carne seca faz com que o corpo utilize mais água para manter suas funções normalizadas.
Em outras palavras, a osmolaridade do lado de fora das células aumenta, fazendo com que a água do interior dessas estruturas seja atraída para o meio exterior.
Logo, este evento causa desidratação de órgãos e sistemas aos poucos, principalmente se a pessoa não tem o costume de beber uma quantidade suficiente de água no dia a dia.
5- Causa inflamação da pele
Pacientes em recuperação cirúrgica ou que fizeram procedimentos invasivos no corpo como tatuagem ou cirurgias plásticas não devem consumir carne seca.
Esta recomendação se dá devido ao fato de que o alimento tem caráter inflamatório, prejudicando a recuperação e processo de cicatrização.
Em alguns casos, os alimentos remosos podem aumentar a secreção de pus e favorecer infecções na pele, assim como causar coceira e vermelhidão.
Dicas para consumir carne seca de uma forma saudável
Apesar da carne seca ser remosa para muita gente, não tem como negar que ela é saborosa e combina muito com pratos típicos do Brasil.
Nesse sentido, você pode comer carne seca de uma forma mais saudável e menos inflamatória:
- Elimine a maior quantidade de sal possível: Dessalgar a carne seca envolve cozinhá-la várias vezes até que o excesso de sal seja eliminado
- Prefira carne seca do que o charque ou carne de sol: A carne seca tem menos gordura e é menos remosa que o charque
- Não exagere na quantidade: Se você não tem costume de comer carne seca, deve consumí-la moderadamente
- Atenção ao rótulo: Diversas marcas de carne seca utilizam conservantes e estabilizantes no preparo da carne seca, portanto, prefira uma embalagem preparada de forma 100% natural
- Tenha cuidado com a desidratação: Ao consumir um prato preparado à base de carne seca aumente a ingestão de água e outros líquidos
- Combine-a com alimentos saudáveis: Lembre-se que alimentos leves podem melhorar a aceitação da carne seca e evitar sintomas desagradáveis.
Conclusão
A carne seca pode ser considerada um alimento remoso para a maioria das pessoas, contudo existem aquelas que consomem o alimento sem nenhuma intolerância.
Neste caso, a melhor opção é só incluir o alimento na alimentação caso ele não traga sintomas desagradáveis, nem provoque aumento da inflamação.
Além disso, a carne seca não deve ser consumida frequentemente, visto que existem fontes proteicas mais saudáveis e menos ricas em sódio.
Carne seca é remosa: Perguntas Frequentes
Faz bem comer carne seca?
Sim, a carne seca preparada de forma natural e dessalgada é fonte de proteínas e ferro, portanto pode ser consumida ocasionalmente.
Carne seca engorda?
A carne seca tem uma pequena quantidade de gordura, portanto não engorda, mas pode provocar hipertensão e retenção de líquido devido ao excesso de sódio.
Quem tem inflamação pode comer carne seca?
Devido ao caráter remoso, é contraindicado comer carne seca durante o processo de cicatrização ou combate a qualquer tipo de inflamação.
O que comer para diminuir a inflamação?
Alguns exemplos de alimentos e temperos anti-inflamatórios são: alho, açafrão, atum, salmão, sardinha, brócolis, espinafre, tomate, abacaxi e morango.