Pano Preto na Pele: O que é? Diagnóstico e Tratamento

pano preto na pele

Ter uma pele bonita e saudável é o desejo de muitas pessoas. Por isso, é importante sempre cuidar da saúde da nossa pele, prestando atenção ao seu vigor, manchas que surgem, na sua elasticidade e por aí vai. E isso não apenas por conta da estética, mas também pela nossa saúde de forma geral.

Atualmente, as doenças de pele representam a quarta maior causa de incapacitação no mundo. Elas podem ser desde simples complicações de pele até doenças muito graves. Uma dessas doenças é chamada de pano preto.

Popularmente, ela pode ter diferentes nomes a depender da coloração das manchas, que são sua característica mais marcante. Confira abaixo mais informações sobre a doença do pano preto.


Para que serve nossa pele

A pele recobre todo o nosso corpo e é reconhecida como o maior órgão dos seres humanos.

Sua função primordial é o de proteção, pois ela funciona como a primeira barreira contra agentes externos, sejam eles fungos, bactérias e efeitos do clima.  Por conta disso, é natural que surjam algumas doenças de pele durante a nossa vida.


O que é o pano preto?

Popularmente conhecido como pano preto, a doença pitiríase versicolor é uma infecção superficial da pele. Ela pode ser causada pelos fungos Malassezia furfur, Pityrosporum orbiculare e Pityrosporum ovale.

É preciso ressaltar que o pano preto não é uma doença contagiosa. Ela é causada por fungos que habitam naturalmente a pele do ser humano. A presença de fungos na pele é extremamente comum, principalmente nas regiões mais gordurosas do corpo, como tronco, braços, face, pescoço e couro cabeludo. Por isso, qualquer um desses fungos só começam a causar problemas quando se proliferam e crescem exageradamente.

A característica mais marcante da pitiríase versicolor é o aparecimento de placas escamosas ou manchas que podem ser hipo ou hiper pigmentadas, variando entre o branco e o castanho. Quando as manchas são castanhas, ela é chamada de pano preto. Essas manchas costumam aparecer mais frequentemente no tronco, pescoço, abdômen e, ocasionalmente, no rosto.


pano preto na pele

Essa infecção de pele costuma surgir ser mais comum nas pessoas que habitam locais quentes e úmidos, e quando a pessoa apresenta pele oleosa, sudorese e baixa resistência imunológica. O pano preto também pode afetar tanto homens quanto mulheres igualmente.


Sintomas do pano preto

As manchas pretas na pele são geralmente assintomáticas, não causando dor. No entanto, alguns pacientes relatam sentir uma leve coceira.

Essas manchas costumam ficar mais evidentes quando a pessoa toma sol, porque se destacam no restante de pele bronzeada que não comprometida pela infecção.


Fatores de risco

Além do ambiente quente e úmido propiciar a infecção por fungos, outros fatores são considerados de risco, como:

Diagnóstico

Para um diagnóstico correto, procure um dos especialistas que podem diagnosticar pitiríase versicolor: clínico geral, dermatologista, infectologista, urologista ou imunologista.

O médico irá fazer uma análise do aspecto e localização das lesões. Além disso, deve ser realizado um exame micológico para identificar o tipo de fungo que causou a infecção.  


dermatologista

Tratamento de pano preto

O tratamento do pano preto costuma ser feito com uso tópico de pomadas e cremes à base de sulfeto de selênio que devem ser aplicados nas áreas atingidas.

O tempo de tratamento geralmente varia entre 7 e 14 dias. Também é indicado o uso de shampoos e sabonetes especiais, que sejam antifúngicos, deixando a espuma permanecer por alguns minutos na pele.

De forma geral, a posologia dos medicamentos tópicos para tratamento do pano preto com são:

  • Antifúngicos azólicos tópicos (cremes, loções, sprays): miconazol, cetoconazol, clotrimazol, oxiconazol: aplicar 1 a 2 vezes ao dia, por 1 a 4 semanas; ou
  • Cetoconazol 2% xampu: manter em contato com a pele por 5 a 10 minutos, 1 vez ao dia, por 1 a 4 semanas.

O médico pode indicar um tratamento também por via oral, com o uso de cetaconazol, o itraconazol e o fluconazol entre 7 a 10 dias.

Para o tratamento com remédios via oral, que são receitados para casos mais extremos, a posologia indicada é :

  • Fluconazol 300 mg, 1 vez por semana, por 2 a 4 semanas; ou
  • Itraconazol 200 mg, 1 vez ao dia, por 5 a 7 dias.

tratamento via oral


É importante ressaltar que, possivelmente, o paciente nunca mais volte a ter a pele com sua pigmentação normal, mesmo depois de muitos meses do desaparecimento da infecção. Além disso, é muito comum a reincidência da pitiríase versicolor mesmo que o tratamento tenha sido satisfatório, porque o fungo que a provoca é um hóspede comum da pele do ser humano.

É importante ressaltar que o médico deve ser sempre consultado para fazer o diagnóstico correto e indicar o melhor remédio e posologia para o tratamento do seu caso.

Jamais pratique a automedicação, pois isso pode piorar ainda mais a doença.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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