Filmes sobre Alzheimer: assista e entenda mais sobre a doença

Filmes sobre Alzheimer

Atualmente, existem diversas doenças neurodegenerativas que afetam de forma significativa a vida das pessoas acometidas. Uma das mais conhecidas hoje em dia é a doença de Alzheimer, que afeta a memória e a cognição dos portadores.

A fim de conscientizar a sociedade sobre a seriedade dessa doença, encontramos diversos filmes sobre Alzheimer, que ajudam a entender o funcionamento desse quadro degenerativo e quando começar a suspeitar dos sintomas.

Quer saber mais sobre o Alzheimer, seus sintomas em cada estágio, tratamento e dicas de filmes para se emocionar e se aprofundar sobre a vida dos pacientes? Então vem com a gente e continue a leitura!

6 filmes sobre Alzheimer para assistir e se emocionar

Atualmente, encontramos centenas de filmes que relatam a vida, a mudança de rotina e o drama de quem convive com o Alzheimer. Confira abaixo os títulos que mais se destacaram com o tempo e escolha o de seu interesse para assistir e entender melhor a doença:

Para Sempre Alice (2015)

O clássico Para Sempre Alice é um dos filmes mais consagrados que abordam a Doença de Alzheimer, lançado em 2015.

O filme aborda o drama vivenciado pela professora especialista em linguística da Universidade de Harvard, Alice Howland, que no auge de sua carreira acadêmica, pessoal e familiar, descobre precocemente que é portadora do Alzheimer. Sendo assim, precisará refazer todo o seu modo de vida e suas prioridades.

Iris (2001)

Iris é a história de amor entre a escritora Iris Murdoch e seu marido em duas épocas diferentes, uma ainda na juventude, com toda uma vida para aproveitar, e em outro momento, quando já está com Alzheimer. O filme, pelo seu enredo e comoção que causou no público, levou para casa um Oscar de ator coadjuvante.

O Filho da Noiva (2001)

O drama O Filho da Noiva apresenta o único arrependimento do pai, Hector Alterio, de não ter casado com sua esposa em uma cerimônia religiosa e decide fazer isso antes de morrer. A grande questão é que sua noiva, Norma Aleandro, está com Alzheimer em nível avançado e a cerimônia tem que ser apressada.

Longe Dela (2006)

O drama Longe Dela fala sobre a vida de um casal feliz que tem a sua vida e rotinas abaladas pela chegada do Alzheimer, por meio de graves sintomas, em meio a perda de memória. Com os exames, Fiona recebe a confirmação do diagnóstico. A princípio, a relutância para aceitar a doença e procurar tratamento é grande, mas com o tempo, se faz necessário a internação em uma clínica.

Uma das principais regras do local é que os pacientes não recebam visitas nos primeiros 30 dias de internação. Assim que Grant, o marido, consegue finalmente vê-la, já não a reconhece mais. Dessa forma, deverá se acostumar com a sua nova condição de amigo e, ao mesmo tempo, se lembrar do passado e reconstruir sua memória.

Diário de uma Paixão (2004)

Um dos filmes mais conhecidos sobre o tema é uma adaptação do livro de mesmo nome, do consagrado autor Nicholas Sparks. O drama relata a história de amor e vida do casal Allie e Noah, separados pelo preconceito dos pais da moça, que não aceitavam Noah pela sua simplicidade e falta de instrução acadêmica.

Além do amor proibido, o filme aborda o enredo do adoecimento de Allie, conforme a idade vai avançando. Para relembrar o passado, as residentes do asilo onde está internada leem o seu diário para que tenha lembranças de sua vida com Noah, seus filhos e família.

Meu Pai (2020)

O drama Meu Pai conta a história de Anthony, um homem morando com sua filha Anne, que rejeita os cuidados com a doença ao longo do seu envelhecimento. Com o tempo, Anthony começa a duvidar do que está acontecendo em sua realidade, em sua mente e com os seus parentes. 


O que é a doença de Alzheimer e o que a doença faz com o cérebro do portador?

filmes sobre alzheimer

A doença de Alzheimer é um distúrbio cerebral grave, progressivo e irreversível que afeta as habilidades de pensamento e memória, e em alguns casos a capacidade de realizar atividades físicas, como asseio pessoal, refeições, lembrar-se de compromissos, etc. A doença acomete principalmente as pessoas com mais de 60 anos, mas pode, também, ocorrer em pessoas mais jovens.

Hoje em dia, estima-se que haja, no Brasil, mais de 1,2 milhões de portadores de Alzheimer, e 35,6 milhões em todo mundo, conforme estimativas da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). É o tipo de demência mais comum na atualidade, representando mais de 70% dos casos.

No Alzheimer, o cérebro do paciente sofre um processo degenerativo e grave, com a morte dos neurônios localizados em diversas regiões do cérebro, mas principalmente nas regiões responsáveis pela memória e outras funções cognitivas.

Qual é a causa da doença de Alzheimer?

A ciência ainda não tem a causa da doença de Alzheimer bem estabelecida, porém, existem diversos fatores de risco que podem contribuir para o seu desenvolvimento. De forma geral, os principais fatores de risco são as doenças do coração, diabetes, hipertensão, dislipidemia, depressão, traumatismo craniano, isolamento social prolongado, sedentarismo, falta de estimulação cognitiva, e claro, a predisposição genética.

Os casos de predisposição genética são mais raros, representando uma fração de 5% do total dos casos, com evolução mais rápida e início em idades mais jovens, antes dos 60 anos. Os demais casos são, geralmente, de aparecimento esporádico. O risco de desenvolver o Alzheimer é maior (2 a 3 vezes mais alto) em pessoas com parentes de primeiro grau que são portadores da doença. 

Quando procurar um médico e como é feito o diagnóstico da doença?

O aconselhado para todas as pessoas, mesmo que não haja nenhum quadro de doença ativa ou predisposição na família, é ter um médico de confiança que as acompanhe de forma contínua em toda vida. Assim, será mais fácil contar com a acurácia do profissional para perceber os sinais precoces da doença de Alzheimer.

Contudo, nem todos podem contar com esse privilégio. Por isso, se sentir que a sua memória está afetada ou nos primeiros sinais de dificuldade de concentração, lembrar de compromissos ou perda de objetos valiosos, procure um clínico geral, neurologista ou geriatra de confiança, para pessoas maiores de 60 anos. Quanto mais cedo começar o tratamento, melhor será a reação aos medicamentos e terapias.

O diagnóstico da doença de Alzheimer é clínico, ou seja, feito por meio de uma consulta médica e a anamnese do profissional. Contudo, existem exames que podem ser auxiliares para verificar a existência da doença, ou ainda, que não há outros diagnósticos que possam ser confundidos com a doença de Alzheimer.

Esses exames são:

Punção de líquor

A punção de líquor é um exame que permite a coleta de biomarcadores para diversas doenças. A análise deve ser realizada junto com a história clínica do paciente, com uma crítica avaliação neuropsicológica e também, com exames de imagem.

Exames de sangue

O primeiro exame de sangue que auxilia na avaliação de risco do Alzheimer chegou ao país recentemente. É recomendado para pessoas que já apresentem um leve comprometimento cognitivo. O exame busca coletar a quantidade de proteína beta amiloide 42 e 40, que é diminuída no organismo de portadores da doença.

É um procedimento realizado por punção venosa, ou seja, é um coleta de sangue simples, que pode ser realizada em laboratório. É considerado um dos exames mais acessíveis e menos desconfortáveis para avaliação do risco de Alzheimer.

Contudo, é importante ressaltar que não existe nenhum biomarcador capaz de diagnosticar de forma certeira e isolada a doença de Alzheimer. A combinação desses biomarcadores, exames de imagem e um bom exame clínico que leve em consideração a história clínica do paciente é essencial.

Quais são os principais sintomas e estágios da doença de Alzheimer?

alzheimer

A doença de Alzheimer, na grande maioria das vezes, se pronuncia de forma lenta e mais silenciosa, com sintomas pouco perceptíveis ou que podem facilmente ser confundidos com estresse, cansaço, depressão ou com a chegada da terceira idade. A doença se divide em 3 estágios principais, e cada um deles conta com os seus sintomas característicos. 

Confira abaixo quais são esses estágios e suas respectivas manifestações na vida dos pacientes:

Estágio inicial (leve)

No estágio inicial da doença de Alzheimer o paciente ainda pode se sentir independente, conseguindo dirigir, realizar atividades sociais, trabalhar, etc. Apesar disso, já começa a apresentar lapsos de memória, esquecendo palavras ou o local onde guarda objetos de seu uso pessoal e corriqueiro. Aqui, já é possível que os familiares e amigos notem as dificuldades.

Os principais sintomas deste estágio são:

  • Desafios na execução de tarefas em ambiente de trabalho ou ambientes sociais;
  • Problemas com o planejamento das suas finanças e com a organização das suas finanças;
  • Problemas com atividades lógicas;
  • Perda de objetos valiosos ou trocar com frequência de lugar seus objetos de uso pessoal;
  • Crítica comprometida;
  • Desorientação;
  • Dificuldade de lembrar de fatos recentes, compromissos, dar recados, etc.

Estágio moderado (intermediária)

O estágio moderado da doença de Alzheimer é o mais longo, podendo durar anos. À medida que a doença progride, se apresenta em diversos sintomas e começará a exigir do paciente maiores cuidados. Aqui, os sintomas de demência são mais presentes, e os danos podem ser maiores na vida do portador da doença.

Os principais sintomas do estágio moderado do Alzheimer são:

  • Dificuldade em tarefas corriqueiras, mas que exigem um pouco mais de esforço lógico ou senso de compromisso, como pagar contas e comparecer ao médico;
  • Esquecimento sobre parte da sua história de vida e eventos importantes;
  • Problemas de incontinência urinária ou fecal, em alguns pacientes;
  • Dificuldade de lembrar do seu endereço, número de telefone;
  • Confusão sobre o dia de hoje e qual é o dia da semana;
  • Alterações de humor e retração, principalmente em situações de desafio e que estejam fora da sua rotina;
  • Alterações na abstração, planejamento, julgamento e cálculo;
  • Alterações leves na personalidade, comportamento social e emoções;
  • Alterações leves e a moderadas na marcha, tônus muscular, postura;
  • Alterações no padrão do sono;
  • Caminhar sem rumo e olhar fixo,
  • etc.

Estágio grave (avançado ou terminal)

No estágio grave da doença de Alzheimer, os sintomas de demência são severos e os danos à vida do paciente são significativos. À medida que a memória e habilidades cognitivas vão declinando, podem acontecer mudanças na personalidade, sendo necessária ajuda extensiva e a todo momento para as atividades diárias.

Os sintomas mais comuns da fase grave e severa do Alzheimer são:

  • Perda da consciência de experiências mais recentes e da sua localização;
  • Dificuldade de comunicação;
  • Sinais neurológicos graves de degeneração, como rigidez, tremores, nistagmo (movimentos involuntários dos olhos), outros movimentos involuntários, convulsões;
  • Necessidade de assistência por mais tempo, muitas vezes, nas 24 horas do dia, em atividades como banho, alimentação, higiene pessoal;
  • Uso de fraldas pelo aumento da incontinência urinária ou fecal;
  • Mudanças em habilidades físicas essenciais, como a deglutição, andar, sentar, etc;
  • Tornam-se mais vulneráveis às infecções,

Tratamento para o Alzheimer

O tratamento para a doença de Alzheimer previne o agravamento da doença, mas em alguns casos pode ser apenas paliativo, pois a doença não tem cura e não há relatos na medicina de recidivas e remissões do quadro.

Os tratamentos envolvem medicamentos e terapias alternativas. Os tratamentos não medicamentosos envolvem o treino da memória do paciente e a sua reabilitação cognitiva por meio de trabalhos manuais, estimulação cognitiva, etc. Até mesmo a atividade física moderada e supervisionada pode servir como uma terapia alternativa.

Os medicamentos usados para o tratamento do Alzheimer são da classe anticolinesterásicos, e os mais conhecidos são a Galantamina, Rivastigmina e a Donepezila. Nos casos mais avançados há a combinação de algumas das medicações acima com um inibidor do glutamato, conhecido como memantina.

Doença de Alzheimer: quanto mais cedo o diagnóstico, melhor poderá ser a qualidade de vida do paciente

Aqui no Blog da Saúde, nos preocupamos em trazer informação relevante, verdadeira e científica para orientar nas mais diversas situações da sua vida.

Se você tem notado qualquer um dos sintomas citados ao longo do artigo, não hesite em buscar auxílio médico e terapêutico, e assim, proteger o seu bem-estar e qualidade de vida.

Para mais conteúdos sobre saúde física, mental, informações científicas e revisadas sobre doenças e medicações, fique sempre de olho no nosso blog.

Thiago Moretti F.

Jornalista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Colabora com o Blog da Saúde na revisão e criação de conteúdo juntamente com a equipe de médicos editores.

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