Alterações de células benignas reativas ou reparativas (inflamação)

O que é

Pode ser uma inflamação no colo do útero, diagnosticada por meio do esfregaço da colposcopia oncótica. Alterações celulares benignas reativas ou reparativas não são sinal de câncer.

Causas

As causas são multifatoriais, podendo ser em decorrência de um processo natural de renovação celular ou por infecções fúngicas, por bactérias ou protozoários.

Além disso, pode ocorrer no caso da paciente ter sofrido traumas durante a relação sexual decorrente dos movimentos da penetração, uso de medicamentos endovaginais e também pacientes que fazem uso de Dispositivo Intrauterino. 

Sintomas

Geralmente é uma alteração assintomática e em alguns casos a paciente pode apresentar corrimento.

Tratamento

O tratamento varia conforme o diagnóstico, podendo ser por meio de pomadas de uso vaginal ou até mesmo tratamentos combinados de antibióticos por via oral e via vaginal.

É necessário que se compreenda qual é o perfil celular.


Alterações de células benignas reativas ou reparativas (inflamação)

Não importa qual a idade ou gênero, a prevenção é sempre o melhor caminho para uma vida saudável. Fazer exames preventivos e um acompanhamento médico periódico são fortes aliados no combate à diversas patologias.

Com o avanço da medicina e das técnicas nos exames de diagnóstico, de maneira mais simplificada é possível mapear doenças e ver qual é o seu estágio, além do fato de que as etapas são mais facilitadas quando determinados problemas de saúde são diagnosticados e tratados nas suas fases iniciais.

Importância da Avaliação Ginecológica

Para as pessoas do sexo feminino, os chamados exames preventivos ginecológicos são indispensáveis e é fundamental, que sejam feitos periodicamente.

Para as mulheres sexualmente ativas ou em idade fértil é obrigatório procurar um médico ginecologista para serem solicitados os exames preventivos e eles sejam analisados. Segundo algumas pesquisas no Brasil, uma grande parte da população possui Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST).

Nos postos de saúde espalhados pelo Brasil é possível solicitar os testes rápidos de DSTs que são feitos a partir de uma anamnese das práticas sexuais do paciente.

Além disso, todo cidadão tem direito de se cadastrar na Unidade Básica de Saúde mais próxima à sua residência e fazer acompanhamentos regulares com o médico da família.


Importância dos Exames Preventivos

Os exames preventivos, no que diz respeito à saúde feminina, são exames que têm como principal objetivo a investigação do câncer de colo de útero que é, principalmente, ocasionado pelo papilomavírus em humanos.

Sendo também denominados de: colpocitologia oncótica ou Papanicolau.

papanicolau

Entendendo mais sobre esta alteração benigna

Quando se fala sobre alterações celulares e processos inflamatórios estamos falando das células de defesa do corpo agindo contra um processo inflamatório.

As alterações de células benignas em processos inflamatórios indicam que há uma inflamação local, ou seja, na medicina é um indicativo que não há nenhuma neoformação, logo conclui-se que não se trata de câncer, mas que há um processo inflamatório no local da análise citopatológica.

As células do corpo humano em um indivíduo saudável sempre reagirão aos processos inflamatórios. As alterações podem ser ocasionadas por infecções bacterianas, virais ou fúngicas, de inflamações, de sugestões de atrofia e até mesmo menopausa, sendo comuns em mulheres sexualmente ativas.

Alterações de células benignas reativas ou reparativas quer dizer que a paciente está com uma inflamação local.

No caso das alterações celulares para as células benignas reativas, significa que existe um processo onde as células estão sendo renovadas, é um processo fisiológico e totalmente natural, que pode acometer mulheres com vida sexual ativa ou não.

É bastante comum que o epitélio vaginal tenha descamação, visto que é necessário que haja uma renovação celular onde as células mortas são expulsas e as células novas estejam sendo produzidas de maneira adequada para a defesa do epitélio vaginal (ou cervical) servindo como defesa e compondo o muco que é expelido diariamente pelo canal vaginal (sem cor ou esbranquiçado, sem dor e sem odor).

Descamação e citólise (troca de células mortas por novas) como renovação e defesa do epitélio cervical/vaginal compondo o corrimento percebido.

Caso o processo inflamatório seja considerado anormal e fora do que se espera fisiologicamente de uma descamação normal, apenas o médico poderá prescrever o tratamento mais adequado.

Para um resultado preciso, é necessário avaliar o aspecto do corrimento, em relação à sua coloração e odor. Existem algumas hipóteses diagnósticas como: vaginose, candidíase ou colpite.

A vaginose é uma alteração bacteriana anormal, que causam corrimentos com odor fétido.

A candidíase pode ser um desequilíbrio do fungo Candida albicans.

A colpite é uma inflamação que ocorre no colo do útero, podendo ser ocasionada por fungos, bactérias ou protozoários, para as pacientes com colpite é normal que a patologia esteja acompanhada de um corrimento esbranquiçado e leitoso.

Além disso o resultado que é o tema desta discussão, no que diz respeito às alterações celulares de caráter inflamatório, é possível que se chegue a este resultado no caso da paciente: ter sofrido traumas durante a relação sexual decorrente dos movimentos da penetração, uso de medicamentos endovaginais e também pacientes que usam Dispositivo Intrauterino.

É importante que o médico avalie a queixa e as condições da paciente, quando o resultado são alterações inflamatórias, em casos mais graves a paciente pode ter desenvolvido MIPA (Moléstia Inflamatória Pélvica Aguda), uma infecção que ocorre geralmente após o período menstrual Os agentes patogênicos mais comuns para o desenvolvimento da MIPA são Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.

Cada paciente possui um diagnóstico, o qual deve ser avaliado juntamente com outras queixas e nenhum medicamento deve ser utilizado sem indicação clínica.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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