Falta de Ar e Ansiedade: Entendendo a Relação e Estratégias de Enfrentamento

A falta de ar, também conhecida como dispneia, é uma sensação desconfortável de dificuldade para respirar. A ansiedade, por sua vez, é uma resposta natural do corpo ao estresse, que pode se manifestar através de sintomas físicos e emocionais.

Neste artigo, abordaremos a relação entre falta de ar e ansiedade, as causas, o diagnóstico e as estratégias de enfrentamento para lidar com esses problemas.

A relação entre falta de ar e ansiedade

A falta de ar e a ansiedade estão intimamente relacionadas, pois a ansiedade pode desencadear sensações de falta de ar, e a dispneia, por sua vez, pode aumentar os níveis de ansiedade. Isso ocorre porque, durante episódios de ansiedade, o corpo libera hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol, o que pode levar a um aumento na frequência cardíaca e na respiração.

Essa resposta fisiológica, embora útil em situações de perigo real, pode ser problemática quando ocorre sem um motivo aparente.

Sintomas de Falta de Ar por Ansiedade
Aperto no peito
Falta de ar
Hiperventilação
Respiração acelerada
Respiração curta e rápida
Chamando por ar
Sudorese
Cansaço emocional
Dor no peito
Tonturas

Causas da falta de ar relacionadas à ansiedade

ansiedade 5

A falta de ar relacionada à ansiedade pode ser causada por várias razões, incluindo:

  • Hiperventilação: A respiração rápida e superficial pode causar um desequilíbrio entre oxigênio e dióxido de carbono no corpo, levando à sensação de falta de ar.
  • Tensão muscular: O estresse e a ansiedade podem causar tensão nos músculos respiratórios, dificultando a respiração.
  • Distúrbios de ansiedade: Transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico e fobia social são alguns exemplos de condições que podem causar sintomas de falta de ar.

Episódica vs. sustentada

A falta de ar relacionada à ansiedade é episódica, ou seja, não ocorre o tempo todo. Ela é geralmente desencadeada por situações estressantes, como uma crise de pânico, e pode desaparecer quando a causa é removida.

A hiperventilação é a causa da falta de ar na ansiedade. A respiração rápida leva a uma diminuição do dióxido de carbono no sangue, aumentando o pH e fazendo com que o sangue fique alcalino. Isso leva à sensação de cabeça aérea e formigamento nas extremidades do corpo.

O cérebro, percebendo a falta de oxigênio, faz com que o coração bata mais rápido e a respiração se torne mais difícil. Isso pode resultar em uma crise de pânico.

Por outro lado, a falta de ar causada por uma infecção pulmonar é sustentada e não desaparece facilmente. Ela é uma falta de ar que permanece e pode piorar com o tempo.

Diagnóstico

É importante procurar atendimento médico se a falta de ar for um sintoma recorrente ou grave.

O médico avaliará o histórico médico, realizará exames físicos e solicitará exames complementares, se necessário, para descartar outras causas da dispneia e confirmar o diagnóstico de ansiedade.

Além da falta de ar, a ansiedade está associada a outros sintomas, como palpitação, formigamento nas extremidades e sensação de medo ou insegurança. Esses sintomas ocorrem devido ao aumento da adrenalina e da ativação do sistema nervoso simpático, comum em quadros ansiosos.

Já a falta de ar causada por uma infecção pulmonar está associada a sintomas como febre, tosse e prostração, e geralmente resulta em uma piora do estado geral do paciente.

Estratégias de enfrentamento

Para gerenciar a falta de ar na ansiedade, é importante entender que não é uma condição letal. É fundamental fazer uma avaliação médica e entender que esses sintomas não vão matar.

Aumentar o nível de dióxido de carbono no sangue pode ajudar a aliviar a falta de ar. Algumas técnicas de respiração, como a respiração diafragmática ou a respiração quadrada, podem ajudar a controlar a respiração e a ansiedade.

falta de ar e ansiedade

Algumas estratégias para lidar com a falta de ar relacionada à ansiedade incluem:

Técnica de Respiração

Uma técnica simples de respiração pode ajudar a aliviar os sintomas. A técnica consiste em inspirar por 4 segundos, manter a respiração por mais 4 segundos e expirar com força por 4 segundos, enquanto mantém os ombros relaxados e a barriga expandindo.

A repetição dessa prática pode melhorar a sensação de falta de ar e ajudar a controlar a ansiedade.

Treino Respiratório com as mãos

Uma técnica simples que pode ser utilizada para corrigir a hiperventilação é o treino respiratório com as mãos. Para isso, coloca-se as mãos em formato de concha, cobrindo o nariz e a boca, e respira-se lentamente dentro das mãos, inspirando pelo nariz e expirando pela boca.

Essa técnica ajuda a regularizar o padrão de oxigênio e dióxido de carbono no organismo, reduzindo as sensações desagradáveis associadas à hiperventilação.

Mudar o padrão de pensamentos disfuncionais

Além do treino respiratório, é importante também mudar o padrão de pensamentos disfuncionais e adotar técnicas de relaxamento para controlar a ansiedade e o pânico.

Uma técnica que pode ajudar é o registro diário de pensamentos disfuncionais, que consiste em anotar os pensamentos negativos que ocorrem durante o dia e substituí-los por pensamentos mais realistas e positivos.

O treino respiratório, associado a mudanças nos padrões de pensamento e comportamento, pode ser uma abordagem eficaz para o tratamento do pânico e da ansiedade.

Para obter melhores resultados, é importante procurar um profissional qualificado, de preferência um terapeuta cognitivo-comportamental, que possa orientar e conduzir o tratamento de forma adequada. O treino respiratório pode ser complementado com outras técnicas, como a respiração diafragmática, que ajuda a controlar a respiração e reduzir a ansiedade.

Conclusão

É importante estar preparado para quando a falta de ar ocorrer novamente. Treinar técnicas de respiração e entender que a hiperventilação não é letal são fundamentais para gerenciar a ansiedade.

Compartilhe este artigo com seus amigos e familiares para que mais pessoas possam entender como lidar com a falta de ar na ansiedade.

Dra. Celia Yunes Portiolli

CRM-SP 27971 / RQE 5148 – 19469 Médica Pediatra e Especialista em Acupuntura Área de Atuação em Dor pela AMB (Associação Médica Brasileira), Coordenadora do Curso de Especialização em Acupuntura do CEIMEC – Centro de Estudo Integrado em Medicina Chinesa Médica colaboradora do Ambulatório de Acupuntura do Centro de Dor da Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

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