Níveis mais altos de otimismo foram associados a uma vida mais longa e a viver além dos 90 anos em mulheres de todos os grupos raciais e étnicos em um estudo liderado por pesquisadores da Harvard TH Chan School of Public Health.
Um estudo liderado por pesquisadores da Harvard TH Chan School of Public Health aponta que mulheres de todos os grupos raciais e étnicos tendem a viver mais quando apresentam níveis mais altos de otimismo.
“Embora o otimismo em si possa ser afetado por fatores estruturais sociais, como raça e etnia, nossa pesquisa sugere que os benefícios do otimismo podem se estender a diversos grupos”, explica Hayami Koga, doutorando no Departamento de Ciências Sociais e Comportamentais de Harvard da Chan School.
Trabalhos anteriores já haviam se concentrado em avaliar os déficits ou fatores de risco que aumentam os riscos de doenças e de morte prematura. As descobertas desta pesquisa sugerem que é valioso em focar em fatores psicológicos positivos como uma maneiras possível de promover a longevidade e o envelhecimento saudável em todo o mundo.
O estudo foi publicado online no último ddia 8 de junho, no Journal of the American Geriatrics Society.Em um estudo anterior, o mesmo grupo de pesquisa determinou que o otimismo estava ligado a uma vida útil mais longa e longevidade excepcional – que foi definida como viver além dos 85 anos de idade. Por terem analisado principalmente populações brancas naquele estudo anterior, Koga e seus colegas ampliaram o grupo de participantes no estudo atual para incluir mulheres de todos os grupos raciais e étnicos. De acordo com Koga, incluir diversas populações na pesquisa é importante para a saúde pública porque esses grupos têm taxas de mortalidade mais altas do que as populações brancas e há pesquisas limitadas sobre eles que ofereçam informações para a tomada das decisões de políticas de saúde.
Para este estudo, os pesquisadores analisaram dados e respostas de 159.255 participantes da Women’s Health Initiative, que incluiu mulheres na pós-menopausa nos Estados Unidos.
Dos participantes, os 25% mais otimistas provavelmente teriam uma expectativa de vida 5,4% maior e uma probabilidade 10% maior de viver além dos 90 anos do que os 25% menos otimistas. Os pesquisadores também não encontraram interação entre o otimismo e quaisquer categorias de raça e etnia e essas tendências se mantiveram verdadeiras depois de levar em consideração dados demográficos, condições crônicas e depressão. Fatores de estilo de vida, como exercícios regulares e alimentação saudável, foram responsáveis por menos de um quarto da associação entre otimismo e expectativa de vida, indicando que outros fatores podem estar em jogo.
Koga disse que os resultados do estudo podem reformular a forma como as pessoas veem as decisões que afetam sua saúde.
“Nós tendemos a nos concentrar nos fatores de risco negativos que afetam nossa saúde. Também é importante pensar nos recursos positivos, como o otimismo, que podem ser benéficos para nossa saúde, especialmente se percebermos que esses benefícios são vistos em grupos raciais e étnicos”, disse Koga
Confira o Estudo: 10.1111/jgs.17897