Nitrato de Miconazol: Por que arde e coça?

nitrato de miconazol

O nitrato de miconazol é um medicamento antifúngico que pode ser usado para tratar infecções causadas por fungos, especialmente da espécie Candida, que podem afetar a pele, as unhas, a boca, a garganta ou os órgãos genitais.

O miconazol, comumente usado para tratar infecções fúngicas vaginais. Alguns efeitos colaterais dele incluem leve coceira vaginal, queimação ou irritação.

O nitrato de miconazol pode ser encontrado em diferentes formas farmacêuticas, como creme vaginal, gel oral ou pomada dermatológica.

Mecanismo de Ação – Como funciona?

O nitrato de miconazol age inibindo a síntese do ergosterol, um componente essencial da membrana celular dos fungos.

Ao interferir na estrutura e na função da membrana fúngica, o nitrato de miconazol provoca a morte das células fúngicas e impede a sua multiplicação.

Mecanismo de açãoDetalhes técnicos
Nitrato de Miconazol liga-se ao sistema enzimático fúngico citocromo P450, que é responsável pela síntese de ergosterol, um componente essencial da membrana celular fúngica.Nitrato de Miconazol atua por inibição da enzima, levando ao acúmulo de esteróis 14α-metil, o que altera a permeabilidade da membrana celular e, por fim, resulta na morte celular.
Nitrato de Miconazol também possui atividade antifúngica contra muitos dermatófitos e leveduras.Nitrato de Miconazol inibe a síntese de ácidos nucléicos, proteínas e polissacarídeos na célula fúngica, causando a morte celular.

Indicações Clínicas – Para que serve?

Indicações ClínicasDetalhes Técnicos
O nitrato de miconazol é indicado para o tratamento de infecções fúngicas da pele e dos tecidos moles.O nitrato de miconazol é eficaz contra dermatófitos, como o Tricophyton rubrum, o Tricophyton mentagrophytes, o Epidermophyton floccosum e os Microsporum spp., bem como leveduras, como o Candida albicans, o Candida glabrata e o Candida tropicalis.
O nitrato de miconazol também é indicado para o tratamento de infecções fúngicas superficiais da mucosa oral.O nitrato de miconazol é eficaz contra fungos, como o Candida albicans, o Candida glabrata, o Candida tropicalis e o Tricophyton rubrum.

Reações adversas

O nitrato de miconazol é geralmente bem tolerado e eficaz no tratamento das infecções fúngicas. No entanto, algumas pessoas podem apresentar reações adversas ao usar este medicamento, como irritação local, coceira e sensação de ardor na pele ou nas mucosas.

Esses efeitos colaterais são mais comuns nas primeiras aplicações do medicamento e tendem a diminuir com o uso contínuo.

Reação AdversaDetalhes TécnicosIncidência
Reações cutâneas, como prurido, erupção cutânea, urticária, eritema, e edema.O nitrato de miconazol pode causar reações cutâneas locais ou sistêmicas, como prurido, erupção cutânea, urticária, eritema e edema.Mais comum: 1-10%
Reações oculares, como vermelhidão, irritação, descamação e lacrimejamento.O nitrato de miconazol pode causar reações oculares locais ou sistêmicas, como vermelhidão, irritação, descamação e lacrimejamento.Mais comum: 0,1-1%
Reações gastrointestinais, como náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal.O nitrato de miconazol pode causar reações gastrointestinais, como náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal.Mais comum: 0,1-1%

Coceira e Ardor

A coceira e o ardor causados pelo nitrato de miconazol podem ter várias explicações. Uma delas é que o medicamento pode provocar uma reação alérgica ou de hipersensibilidade em algumas pessoas.

Outra possibilidade é que o medicamento possa alterar o equilíbrio da flora bacteriana normal da pele ou das mucosas, favorecendo o crescimento de bactérias que podem causar irritação ou inflamação. Além disso, o próprio processo de eliminação dos fungos pode causar uma resposta inflamatória do organismo, que se manifesta como coceira e ardor.

Coceira e Ardor – O que fazer?

Se você sentir coceira ou ardor ao usar o nitrato de miconazol, não interrompa o tratamento sem consultar o seu médico.

Esses sintomas podem ser normais e transitórios e não indicam necessariamente uma falha terapêutica.

No entanto, se os sintomas forem intensos ou persistentes, procure orientação médica para avaliar a necessidade de ajustar a dose ou trocar o medicamento.

  • A maioria dos tratamentos de infecção por candidíase disponíveis sem receita médica funciona em um ou três dias, dependendo da marca.
  • Seu médico também pode prescrever uma única pílula para engolir (como o fluconazol) para tratar a infecção por levedura.
  • Certifique-se de seguir as instruções e usar toda a medicação para a infecção poder ser completamente tratada.
  • Os sintomas (como queimação e coceira) podem durar um pouco depois que você terminar o tratamento.
  • Não pratique sexo vaginal ou oral ou coloque nada na sua vagina até que você tenha terminado o tratamento e a queimação ou coceira desaparecer.
  • A fricção das relações sexuais também pode causar mais irritação ou tornar mais difícil a cura.
  • Embora as infecções por candidíase possam causar muito coceira, tente não coçar, pois isso pode piorar a infecção.
  • Se você terminar o tratamento e os sintomas persistirem por mais de uma semana, converse com seu médico para ver o que está acontecendo.
  • Você pode precisar de um tratamento adicional ou algo mais pode estar causando a irritação.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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