Equilíbrio Emocional: O Caminho do Autoconhecimento

Nos dias de hoje é comum lidar com situações no automático. As emoções e sentimentos são manifestadas pelo organismo sem precedentes e esse modo de funcionamento traz malefícios quando não é uma operação homeostática de adaptação, sendo portanto um efeito negativo do estresse.

Fala-se de decisões simples do dia a dia como usar o celular demasiadamente ou fazer mais de uma refeição quando não se é necessário.

Escolher expectativas que não correspondem a necessidades reais geram frustrações assim prejudicando a autoestima. A insatisfação cria resultados negativos norteados pelo medo e insegurança atrapalhando o equilíbrio emocional fazendo com que todo o cilo emoções se reinicie.

O equilíbrio emocional independe do ambiente no qual se vive. Cada pessoa aprende a desenvolver o seu próprio equilibro emocional pois, acontece primeiro a partir do desenvolvimento pessoal e crença nas capacidades pessoais.

Um dos conceitos-chave sobre equilíbrio emocional advêm de que a pessoa está em movimento
confortável com as suas emoções tanto desagradáveis quanto agradáveis.

Faz parte do ser humano flutuar entre essas questões dinamicamente, entretanto, não se nasce pronto para gerenciar tais emoções, a construção é um caminho árduo e acaba sendo até um propósito para algumas pessoas.

Estar em equilibro emocional é um estado onde há uma plenitude frente as emoções, ocorrendo a
consciência das emoções focado no momento presente, havendo uma separação de respostas racionais de respostas emocionais, onde o comportamento é adequando e coerente as ações.


Sintomas do desequilíbrio emocional

Pacientes que apresentam desequilíbrio emocional geralmente descrevem dificuldade para:

  1. Problemas em lidar com emoções;
  2. Arrependimento ao tomar decisões por impulso e emoções processo de escolhas;
  3. Comportamento impulsivo e agressivo;
  4. Comportamento passivo e acomodado;
  5. Dificuldade para aprender com lições da vida;
  6. Lembranças e pensamentos ruins;
  7. Comprar para esquecer problemas;
  8. Dificuldade para gerenciar e reconhecer emoções;
  9. Ceder a tentações perante a emoções;
  10. Sentimento de estar perdido e desconectado de si;
  11. Necessidade de agradar e impressionar;
  12. Apresentar procrastinação em vários momentos;
  13. Comportamento de parecer feliz;
  14. Comportamento automático e esquecimento facilmente;
  15. Sentimentos de estar preso;
  16. Sentimentos de racionalidade e dificuldade de expressar se sente.

Pessoas com equilíbrio emocional não geram instabilidade emocional, elas buscam vivenciar as distintas
emoções de diferentes formas e intensidades, visto que são capazes de se acalmarem e estabilizarem da seguinte maneira: primeiro se reconhece a raiva, segundo percebe-se que precisa haver a calma, terceiro há o convencimento de que precisa se acalmar, quarto a condução de qualquer técnica para fazer o bem a si e por último a evitação do ciclo.

É natural para algumas pessoas realizar esse passo a passo, já para outras se encontra obstáculos.

Quem é emocionalmente equilibrado consegue com destreza navegar e aceitar diversos estados emocionais, havendo a percepção quando se estão emocionalmente carregadas; percepção de si objetiva, honesta com aceitação; flexibilidade emocional; saber as origens e efeitos das emoções e sua influência nas reações cognitivas emocionais; coerência consigo; e absorver experiências e mudanças de hábitos positivas.

A tarefa de conquistar o equilíbrio emocional não é fácil logo exigi autoconhecimento. Deve ser comparado a algo que pode ser desenvolvido e trabalhado dia a dia do que um elemento intrínseco só ser humano, e para isso acreditar que é possível desenvolver novas e capacidades é essencial as habilidades conquistadas.

A neuroplasticidade é um conceito bastante utilizado nesse sentido, ela representa a possibilidade do cérebro de se adaptar a estímulos novos como por exemplo: reflexões passadas a partir de comportamentos praticados; elevada consciência na prática de pensamentos, atitudes e sentimentos; uso de atenção plena; atividades que proporcionam mudanças no comportamento; desenvolvimento de inteligência emocional; e ressignificação de fases da vida.

O estímulo a atividade promove um padrão a repetição criando um hábito promovendo uma adaptando a um comportamento por meio de um treinamento focado e reflexivo de aceitação onde o resultado será o equilíbrio emocional.

Quando o desequilíbrio está acontecendo existem alguns passos importantes a serem seguidos:

A) Perceber o Desequilíbrio Emocional: Para que isso aconteça é fundamental prestar atenção nas
emoções, representação, frequência e recorrência de cada uma delas.

angry

B) Desconectar e Pausar: É feito um treinamento de interpretação entre o estímulo e a reação no propósito de observar as emoções e oferecer uma melhor resposta de gerenciamento.

C) Centralizar e Acalmar: Acalmar-se é um passo necessário no processo de equilíbrio emocional com o
objetivo de diminuir a agitação e euforia. Praticar respirações lentas e profundas pode ajudar a estar mais
consciente do estado presente desacelerando o sistema nervoso simpático responsável pelo comportamento de emoções exaltadas.

D) Reagir e Retomar: Uma das dificuldades emocionais que acarretam o desequilíbrio são as contrariedades que surgem entre valores e intenções, gerando insatisfações ao longo da vida. Por isso, ter clareza e conhecimento é primordial para lidar frente a ações, reações e manter-se equilibrado.


Como evitar ou amenizar o desequilíbrio emocional

A fim de evitar ou amenizar o desequilíbrio pode-se trabalhar alguns pontos relevantes como:

E) Desequilíbrios Internos: Dúvidas e medo de ser rejeitado; comportamento de julgamento constante;
atenção e aprovação demasiada e percepção otimista ou pessimista em grande escala de terceiros.

O ser
humano por natureza sente um pouco desses sentimentos e atitudes em si, porém basta olhar com
honestidade e acolhimento que a abertura é uma maneira sincera de garantir as pazes consigo.

F) Desequilíbrios Externos: Lidar com desequilíbrios externos é ter flexibilidades aos imprevistos.

G) Foco e Distração: A concentração é a chave para a produtividade de tarefas e quando isso é trabalhado com estímulos frequentes, o número de divagações reduz e os estados de ansiedade, preocupações e agitações também.

H) Bons Hábitos e Mindsets: O ser humano está em constante mudança e aprendizado e isso inclui reações condicionadas. Importante é aprender dentre de parâmetros realistas que possam ser concluídas e satisfatórias sem cobranças descabidas para que haja boas assimilações e mindsets.

Algumas estratégias podem ser listadas na colaboração do equilíbrio emocional e preservação da saúde
mental. O autocuidado serve como atitude elementar e salutar de adversidades.

Nem sempre uma prática necessariamente caberá para a outra pessoa, pois cada um tem sua individualidade. Cada atividade terá sua personalidade e também um ritmo, sendo que haverá aquela que dará mais prazer do que outras e aquela que fará mais sentido em detrimento de cada qual. Vejamos então os alicerces do autocuidado:

  • (1) Aceitação: Aprenda a aceitar as situações difíceis e a analisá-las de modo diversificado;
  • (2) Planejamento: Estabeleça rotina de horários e lista com prioridades quando possível;
  • (3) Exercício Físico: Auxilia a parte física, emocional e mental e aumenta repertório de movimentos corporais;
  • (4) Alimentação: Manutenção de refeições regulares e hidratação buscando evitar excessos;
  • (5) Sono: Manutenção da rotina de horário de sono e se possível manter nos finais de semana;
  • (6) Conexão: Busque contato pessoal com outra pessoa, transmitir afeto é positivo;
  • (7) Rotina: Manutenção de horários de trabalho x horários de lazer;
  • (8) Informações: Evite checar constantemente redes sociais com notícias em demasia, procure fontes
    confiáveis;
  • (9) Pensamentos: Aprenda a pensar diferente. Pense positivo em vez de negativo, isso ajuda na química
    cerebral;
  • (10) Boas Ações: Ser solidário é uma ótima oportunidade realizar atividade voluntária;
  • (11) Comunicação: Procure ser assertivo e gentil. Respeitar o tempo das pessoas é importante assim como ser empático;
  • (12) Apoio Emocional: Ter o apoio da família é essencial, porém ampliar a rede de conexões é importante.
    Nunca se sabe quando precisará de alguém novo;
  • (13) Prioridades: Veja e repense o que é verdadeiramente importante em seus hábitos;
  • (14) Interação: Cuide bem do seu espaço e do que está ao seu redor. Limpe e organize-se;
  • (15) Respiração: Pratique exercícios de respiração;
  • (16) Realização/Gratidão: Cultive o foco no presente e no lado positivo da vida, pensando o quanto é possível aprender com cada situação desafiadora trazendo realização pessoal;


Equilíbrio emocional – mudanças drásticas?

Para que ocorra o equilíbrio emocional não é necessário mudanças drásticas de vida ou de comportamento.

Entretanto, pequenos passos introduzidos auxiliam em alterações satisfatórias a qualidade de vida e quadros de saúde mental.

É desconfortável começar o processo, todavia pequenas alterações diárias trarão futuramente resultados maravilhosos sustentados semanalmente.

O caminho pode trazer desconfianças, desmerecimento, soberba e diversas expectativas. Lembre-se, valerá a pena cada minuto dispendido pelo caminho percorrido nessa jornada do autoconhecimento.

Referências:

  1. Ebook: Como Conquistar Equilíbrio Emocional (Agilidade e Controle): Academia de Inteligência Emocional – Rafael
    Massao Tiba, edição 1, 70 páginas, 2019.
  2. Estratégias de Autocuidado/Equilíbrio Emocional – Margaret Araújo – [email protected]
    Ádhila C. O de Espírito – Psicóloga (CRP 109972) – Especialista em Saúde Mental

Adhila Carlos Oliveira de Espírito

CRP 06/109972
Psicóloga.
Experiência em Triagem, Atendimento e Pesquisa de Saúde Mental pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina. Atuação na Área de Psicologia com Avaliação e/ou Atendimento Psicológico e
Acompanhamento Terapêutico de Alta Complexidade em Equipamentos de Saúde de Nível Terciário ou Autônomo.
Colaboração em Pesquisa Científica de Projetos da Área da Saúde e Atividades Acadêmicas Correlatas, a saber: Medicina Preventiva, Psiquiatria e Psicobiologia.

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Adhila Carlos Oliveira de Espírito

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Experiência em Triagem, Atendimento e Pesquisa de Saúde Mental pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina. Atuação na Área de Psicologia com Avaliação e/ou Atendimento Psicológico e
Acompanhamento Terapêutico de Alta Complexidade em Equipamentos de Saúde de Nível Terciário ou Autônomo.
Colaboração em Pesquisa Científica de Projetos da Área da Saúde e Atividades Acadêmicas Correlatas, a saber: Medicina Preventiva, Psiquiatria e Psicobiologia.

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