Tratamento a Laser para Estrias

Tratamento a Laser para Estrias

Mesmo sem causar maiores problemas para a saúde, exceto o incômodo estético, as estrias são o motivo de muitas pessoas procurarem o consultório de um dermatologista. A boa notícia é que o resultado do tratamento a laser para estrias é bastante satisfatório. 

As estrias podem ser uma questão estética desafiadora de ser tratada por métodos convencionais, no entanto, o tratamento a laser pode proporcionar um dano controlado na pele que estimula a produção de colágeno e de elastina, consequentemente tratando a área afetada pela estria.

Por isso, o tratamento a laser para estrias é considerado padrão ouro para este tipo de aborrecimento visual.

Entre as principais vantagens do tratamento a laser para estrias em comparação com outros tipos de procedimentos, podemos destacar a rapidez da aplicação, bem como o menor risco de infecção, uma vez que é um tratamento não invasivo, e ainda a melhor recuperação da pele.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o mais recomendado é que o tratamento para estrias tenha início logo que elas surjam, na fase em que sua coloração é mais rosada.

Contudo, os tratamentos a laser para estrias podem sim apresentar bons resultados mesmo em casos de lesões mais antigas, sendo por isso uma das melhores opções de procedimentos para esse tipo de problema dermatológico.

Quer saber mais como o tratamento a laser pode solucionar o incômodo provocado pelas estrias e recuperar a aparência saudável da pele? Então, continue a leitura deste artigo especialmente preparado sobre o tema.

Conheça os diferentes tipos de tratamento a laser para estria

Apesar de existirem diversos tipos de laser, para o tratamento das estrias normalmente o mais utilizados são os lasers fracionados, entre eles o Laser CO2 e Laser Erbium.

Esta técnica é conhecida como laser fracionado por conta da atuação do equipamento utilizado no tratamento que protege a pele de uma maior carga energética que poderia ter um efeito danoso.

O tratamento consiste em disparos de laser na área afetada pelas estrias, promovendo um leve desgaste no local. 

Independente do tipo de laser escolhido, é preciso cuidado, pois o procedimento pode deixar manchas, principalmente em peles morenas, devendo desse modo ser sempre realizado por um dermatologista de confiança.

É normal que após o tratamento a pele apresente uma coloração mais avermelhada e também que ocorra uma descamação, para então surgir uma nova superfície epitelial.

Por isso, é de fundamental importância que o paciente utilize todos os medicamentos recomendados pelo médico dermatologista pós-procedimento.

Outra recomendação válida é que a pessoa não esteja bronzeada no período das sessões com o laser, muito menos utilize ácidos ou outros produtos que possam provocar manchas na pele quando associados ao laser. 

Uma dúvida muito comum de grande parte dos pacientes é acerca da dor durante o procedimento. O grau de intensidade da dor depende da sensibilidade de cada indivíduo, no entanto, a maioria das pessoas costuma relatar a dor sentida durante a aplicação do laser como tolerável.

Em algumas situações é permitido a utilização de anestésicos tópicos cerca de trinta minutos antes da sessão ser iniciada.

A seguir, conheça mais detalhadamente como os diferentes tipos de laser atuam no tratamento para estrias.

Laser CO2

O Laser CO2 é considerado um laser fracionado ablativo, ou seja, ele proporciona uma remoção de camadas da pele de maneira parcial, através da vaporização da epiderme.

Atua estimulando a renovação celular e o aumento da produção de colágeno, proteína produzida pelo organismo humano que é responsável por garantir firmeza e dar elasticidade à pele.

A tecnologia utilizada no Laser CO2 emite uma luz com comprimento de onda de 10.600 mm. Quando comparado ao Laser Erbium, apresenta maior poder de penetração na pele, uma vez que sua absorção na água é menor.

Por conta desse aspecto é considerado mais potente, no entanto, essa mesma característica é responsável por aumentar o risco de hiperpigmentação da pele, podendo ocasionar manchas.

Além do tratamento para estrias, o Laser CO2 tem diversas utilizações na dermatologia, pode ser usado para tratar melasmas e outras manchas de fotoenvelhecimento, cicatrizes de acne, queloides, linhas de expressão e rugas, siringomas, nevus epidérmico, além de flacidez nas  pálpebras superiores e inferiores.

Depois da sessão com o Laser CO2, a pele costuma ficar com um tom vermelho, para iniciar a descamação e retornar ao seu estado normal dentro de alguns dias, geralmente no período de uma semana a dez dias.

O efeito bioestimulador do Laser CO2 costuma ser notado dentro de vinte dias após o procedimento, no entanto, para garantir resultados satisfatórios geralmente são necessárias duas ou três sessões com intervalos de um semestre.  

Laser Erbium 

O Laser Erbium é considerado mais moderno do que o Laser CO2, sendo mais facilmente absorvido pela água da pele e tendo como foco a atuação nas camadas mais superficiais.

Apesar de não promover uma estimulação de colágeno tão significativa quanto o Laser CO2, este tipo de equipamento destaca-se por não oferecer alto risco de hiperpigmentação da pele, sendo portanto mais seguro para utilização em pessoas com todos os tons de pele.

A única exceção para aplicação é em casos de pessoas com fototipos de pele muito altos.

Também quando comparado ao CO2, normalmente apresenta menor desconforto durante as sessões. No entanto, para atingir o mesmo resultado do Laser CO2 é preciso realizar um maior número de sessões com o Laser Erbium.

Além das estrias, o Erbium pode ser utilizado no tratamento de cicatrizes cirúrgicas e de acne, rejuvenescimento facial, poros dilatados, olheiras, hiperplasia sebácea, xantelasma, queratose seborreica, entre outros problemas dermatológicos.

Os resultados do procedimento com o Laser Erbium podem ser observados geralmente já na primeira semana após a primeira sessão e melhoram gradativamente, durante todo o tratamento.

Leia também: MMP para estrias: conheça o tratamento

Contra indicações do tratamento a laser para estrias

No geral, o tratamento a laser não possui recomendação para pessoas com patologias de pele, a exemplo do vitiligo e lúpus, e também com problemas de coagulação sanguínea. 

Pacientes com doenças que provoquem fotossensibilidade, mulheres gestantes ou que estejam pensando em engravidar em breve, assim como as lactantes devem evitar a realização deste tipo de procedimento.

Sempre é recomendado que durante a consulta com o dermatologista a pessoa informe todo o seu histórico médico de doenças pré-existentes.

Além disso, o paciente deve informar-se acerca da credibilidade do profissional médico escolhido e da tecnologia do laser que será usada no tratamento das estrias. 

Complicações do tratamento a laser para estrias

É preciso que os pacientes estejam cientes que mesmo os lasers mais modernos e seguros podem gerar danos na pele e consequentes complicações quando utilizados de forma inapropriada e/ou inadequada.

Por isso, mais uma vez reforça-se o papel do médico dermatologista como profissional especializado para realizar esse tipo de tratamento, prevenindo, diagnosticando e tratando precocemente quaisquer complicações que porventura ocorram.

Também é fundamental a avaliação do dermatologista acerca de quantas sessões são necessárias e qual potência no uso do laser deve ser usada em cada caso em específico.

Os tratamentos com laser podem causar efeitos colaterais que provocam complicações passageiras ou mesmo permanentes, a depender do grau de lesão na pele.

Após algumas horas da realização da sessão com o laser podem ocorrer sintomas passageiros e com uma resolução espontânea, sem maiores agravamentos na grande parte dos casos.

Entre esses sinais passageiros, além da vermelhidão característica pós-procedimento no local da aplicação do laser, pode ocorrer inchaço, pequenos pontos arroxeados semelhantes a hematomas, desconforto ou até mesmo dor.

As complicações tardias, em outras palavras, aquelas que surgem após mais tempo depois da aplicação do laser, podem incluir problemas como vermelhidão persistente, cicatrizes, queimaduras com bolhas e infecção causadas por bactérias.

Causas do surgimento das estrias

A Medicina ainda desconhece as causas exatas do surgimento das estrias, no entanto sabe-se que elas costumam aparecer depois de uma distensão maior ou abrupta do tecido, desencadeando uma inflamação e consequente rompimento das fibras elásticas.

Com esse rompimento, surge um tipo de lesão cicatricial na área, sendo isso o que conhecemos como estria.  

Mesmo sendo mais frequente nas mulheres, as estrias também podem acometer os homens.

Comumente aparecem nas mulheres durante o período gestacional, nesses casos normalmente está mais presente nos quadris, abdômen e mamas.

Também pode acontecer na adolescência com o desenvolvimento das mamas ou após uma significativa oscilação de peso corporal e rápido ganho de massa corporal.

As estrias podem ainda aparecer por conta de doenças, na sua maioria pouco frequentes, a exemplo da síndrome de Cushing, síndrome de Ehlers-Danlos e síndrome de Marfan.

As causas das estrias podem também estar associadas ao uso de alguns remédios, mais notadamente os corticoides. 

Apesar de poderem ser encontradas nas mais variadas partes do corpo, normalmente as estrias surgem nos braços, coxas, nádegas, quadris, atrás do joelho, tórax e abdômen.

As estrias podem ser classificadas em dois tipos, vermelhas e brancas. Sendo as estrias vermelhas aquelas mais recentes e, portanto, mais fáceis de se tratar. Já as estrias brancas são mais antigas e oferecem maior resistência ao tratamento.

Normalmente em um período de em média oito meses, as estrias passam da cor avermelhada, indicativa de uma cicatriz recente, para uma coloração esbranquiçada, característica de uma lesão antiga. 

Como prevenir as  estrias? 

Não pode-se afirmar que existam métodos totalmente efetivos para prevenção das estrias. Não haver estiramento da pele seria a única forma possível, mas isso é impossível em várias situações, como o crescimento da barriga das gestantes e o desenvolvimentos dos adolescentes.

Contudo, algumas dicas de cuidados podem ser adotadas para minimizar o surgimento dessas lesões, tais como:

  • Beber água com frequência de modo a manter o organismo sempre hidratado;
  • Evitar ganho e oscilação brusca de peso corporal;
  • Utilizar cremes hidratantes nas regiões do corpo mais suscetíveis ao surgimento das estrias;
  • Consumir proteínas ricas em colágeno, como peixes, carnes vermelhas e frango; 
  • Diminuir a ingestão de doces, gorduras e sal em excesso;
  • Inserir a prática de atividades físicas na rotina diária.

Conclusão

Apesar de não gerar nenhum dano à saúde, apenas um incômodo estético, as estrias levam muitos pacientes aos consultórios dermatológicos em busca de tratamento.

Entre os diversos tipos de tratamentos oferecidos atualmente no mercado, o tratamento a laser para estrias é considerado o mais eficaz para suavizar ou mesmo, em alguns casos, eliminar por completo as cicatrizes provocadas pelas estrias.

Os lasers mais indicados para o tratamento das estrias são os fracionados, como o Laser CO2 e o Laser Erbium.

Seja qual for o laser optado para o tratamento das estrias é fundamental contar com a avaliação de um médico dermatologista, pois os laser podem causar efeitos colaterais na pele do paciente, como manchas, queimaduras e outras complicações mais graves.

O dermatologista é o profissional mais indicado para determinar qual o tipo de laser a ser usado, após uma análise criteriosa do quadro individual de cada pessoa que inclui desde o histórico médico de doenças pré-existentes,  até a coloração natural da pele do paciente.

Cabe ao médico dermatologista ainda determinar o número de sessões a serem feitas e também a potência do laser que será utilizada. 

Apesar de não haver um método 100% eficaz para prevenir as estrias, por meio de mudanças no estilo de vida, que incluem desde uma alimentação saudável e equilibrada, maior ingestão de água e a prática rotineira de exercícios físicos, é possível minimizar o surgimento das estrias. 

O tratamento a laser para estrias mostra melhores resultados em estrias vermelhas, ou seja, naquelas mais recentes. No entanto, também é possível utilizar o laser para tratar das estrias mais antigas, as estrias de aspecto esbranquiçado.

Assim, caso note o surgimento de estrias é recomendado buscar com brevidade o acompanhamento de um dermatologista para dar início imediato ao tratamento deste problema estético.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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