Clareamento íntimo – rejuvenescimento íntimo

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O clareamento íntimo é um procedimento que vem sendo cada vez mais procurado, e pode ser feito com o uso de diferentes técnicas, como o laser ou o peeling químico. Entretanto, ele vem sendo alvo de críticas e polêmicas, devido à motivação que leva pessoas a buscar pelo tratamento1.

Porém, o conhecimento sobre as diferentes técnicas utilizadas é importante, uma vez que a sua realização por profissionais sem experiência pode ocasionar efeitos colaterais e mesmo ferimentos na região tratada.

Assim, existem estudos analisando com mais detalhes esses procedimentos, bem como os resultados obtidos e a satisfação dos pacientes.


O QUE É O CLAREAMENTO ÍNTIMO?

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O clareamento íntimo é um procedimento estético que melhora na cor, textura e reduz a flacidez nas áreas tratadas, que pode incluir vulva, virilha, monte de vênus e região perianal. Ele pode ser feito a partir de duas técnicas distintas:

  • Clareamento íntimo a laser2: Esse procedimento faz a remoção da camada mais superficial da pele, o que leva a uma renovação celular e a uma maior produção local de colágeno;
  • Peeling íntimo: Nesse caso, a remoção da camada superficial da pele é feita utilizando um agente químico, como ácidos ou agentes enzimáticos. Além disso, os resultados são bastante semelhantes aos apresentados pela técnica a laser.


O QUE CAUSA O ESCURECIMENTO DA REGIÃO ÍNTIMA?

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A coloração da pele é definida pela quantidade de melanina, um pigmento produzido pelos melanócitos presentes na camada basal da epiderme. Esse pigmento tem como função proteger o DNA das celular contra a ação da radiação solar, e sua quantidade é determinada geneticamente.

Entretanto, alguns fatores podem levar a uma maior produção de melanina em algumas áreas do corpo, levando ao escurecimento da pele. São eles:

  • Variações hormonais, como as que ocorrem na gravidez e na menopausa;
  • Uso de lâminas e cera de depilação;
  • Atrito excessivo;
  • Obesidade e sobrepeso;
  • Inflamações e alergias recorrentes;
  • Suor frequente.

Além disso, em alguns casos, a mudança da coloração da pele pode ocorrer sem uma causa identificável.


COMO É O PROCEDIMENTO?

O procedimento, assim como a avaliação prévia, é realizado no próprio consultório médico, sem a necessidade de uma estrutura hospitalar.

O primeiro passo para a realização do clareamento íntimo é a consulta médica, onde o profissional irá avaliar o caso e, se possível, identificar os agentes causadores do escurecimento da pele. Após isso, alguns exames podem ser solicitados, para então se definir a abordagem mais adequada para o paciente.

Outro ponto importante é que se deve sempre discutir o caso, o procedimento e as expectativas com relação aos resultados, para assim sanar todas as dúvidas e evitar frustrações, e só então definir a melhor terapêutica para o clareamento íntimo.

Assim, apesar das variações entre os diferentes estabelecimentos, o procedimento costuma ocorrer da seguinte forma:

  • O profissional geralmente solicita a retirada dos pelos da região a ser tratada, de forma que o laser ou substância química consigam atingir uniformemente a pele;
  • O laser, ou substância química, é então aplicado na região a ser tratada, com o procedimento durando entre 20 minutos a uma hora;
  • Após a sessão, é recomendado utilizar roupas folgadas, para deixar a pele “respirar”.

Por fim, o intervalo entre as sessões deve ser de 3 a 4 semanas, para que o organismo tenha tempo de renovar as células que foram descamadas pelo tratamento, com o número total de sessões variando de acordo com a tonalidade da pele.


INDICAÇÕES DO CLAREAMENTO ÍNTIMO

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O clareamento íntimo é recomendado para pessoas que apresentam incômodo considerável com a coloração das áreas íntimas, uma vez que isso pode causar problemas de autoestima e insegurança.

Ademais, as técnicas utilizadas no clareamento íntimo também melhoram a elasticidade e a tonicidade da pele, o que pode contribuir para a melhora da aparência da região tratada.

Entretanto, é importante ressaltar que se trata apenas de um procedimento estético, e que a sua realização não auxilia no tratamento de condições médicas.


Os efeitos colaterais do clareamento íntimo vão depender da técnica utilizada, assim como da sensibilidade individual.

EFEITOS COLATERAIS

Assim, os mais comuns são:

  • Vermelhidão na área tratada, acompanhada ou não da sensação de queimação;
  • Descamação da pele, que é algo esperado para que haja a renovação celular;
  • Dor e aumento da sensibilidade local;
  • Ferimentos, principalmente quando se utiliza concentrações mais altas de ácidos.

Entretanto, esses efeitos indesejados se resolvem em pouco tempo, sem a necessidade de tratamentos adicionais.


CONTRAINDICAÇÕES

Existem algumas contraindicações para a realização do clareamento íntimo, independentemente do tipo escolhido. São elas:

  • Gestação;
  • Uso de marcapasso, no caso de clareamento a laser;
  • Alergias às substâncias utilizadas no procedimento (para os casos de peeling químico);
  • Infecção por HPV em atividade (com lesões aparentes);
  • Histórico de herpes genital. Em caso positivo, o médico pode prescrever algum tratamento para evitar o reaparecimento do problema após o procedimento;
  • Outras doenças na pele da região onde será realizado o procedimento.

Assim, a realização da consulta prévia ao procedimento é de extrema importância, para evitar complicações ocasionadas por alguma das contraindicações citadas acima.


RESULTADOS

Independentemente da técnica utilizada, o clareamento íntimo pode trazer efeitos bastante satisfatórios, quando o procedimento é realizado por profissionais experientes e com materiais adequados.

E, além de amenizar a coloração da pele, o tratamento também produz um aumento da tonicidade e da textura da região tratada, devido ao estímulo da produção de colágeno, principalmente quando se utiliza a técnica de clareamento a laser.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  1. Apuke OD. Why Do Women Bleach? Understanding the Rationale behind Skin Bleaching and the Influence of Media in Promoting Skin Bleaching: A Narrative Review. Global Media Journal. 2018. V.6(30).
  2. Preti M, Vieira-Baptista P, Digesu GA, Bretschneider CE, Damaser M, Demirkesen O, Heller DS, Mangir N, Marchitelli C, Mourad S, Moyal-Barracco M, Peremateu S, Tailor V, Tarcan T, De EJB, Stockdale CK. The Clinical Role of LASER for Vulvar and Vaginal Treatments in Gynecology and Female Urology: An ICS/ISSVD Best Practice Consensus Document. J Low Genit Tract Dis. 2019 Apr;23(2):151-160.

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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Dra. Juliana Toma

Dra. Juliana Toma

CRM-SP: 156490 / RQE: 65521.
Médica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM). Residência Médica em Dermatologia pela UNIFESP. Pós-Graduação em Dermatologia Oncológica pelo Instituto Sírio Libanês (SP).
Fellow em Tricologias, Discromias e Acne pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
Pós-Graduação em Pesquisa Clínica pela Harvard Medical School – EUA (Principles and Practice of Clinical Research).

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