Histamin dá sono? Saiba mais sobre o anti-alérgico

Como todos os medicamentos, os anti-histamínicos (como o Histamin) podem causar efeitos colaterais. Os efeitos colaterais comuns do Histamin incluem: sonolência e coordenação reduzida,

Histamin, uma das medicações de ação anti-histamínica mais utilizadas no Brasil. Como funciona, possíveis efeitos colaterais, e será que Histamin dá sono?

Quando começamos a tomar uma medicação, é normal que tenhamos dúvidas em relação aos efeitos e reações que podem ocorrer devido ao seu uso. Seja relacionado a posologia, aos efeitos colaterais ou as suas contra indicações.

Por isso, separamos aqui algumas informações importantes sobre o Histamin, como por exemplo: seu mecanismo de funcionamento, possíveis efeitos colaterais associados e contra indicações de uso.

E vamos assim entender melhor se e por que tal sonolência pode ocorrer devido a administração deste medicamento.

Histamin: o que é?

O Histamin é uma medicação anti-histamínica, indicada principalmente para o tratamento de reações alérgicas, como rinites, urticárias e episódios de conjuntivite, e age portanto reduzindo os sintomas regularmente associados a processos alérgicos, como coceiras, vermelhidão, inchaços e corrimentos nasais.

Algumas pessoas relatam certa sonolência associada ao uso desta medicação, portanto, vamos então entender melhor os diferentes tipos de anti-histamínico e os possíveis efeitos colaterais relacionados a cada um deles.

Como as medicações anti-histamínicas agem no organismo

Como o próprio nome indica, estas medicações agem impedindo a ação da substância histamina, que é produzida pelo corpo e está vinculada principalmente a processos envolvendo respostas imunológicas, como as alergias.

As medicações anti-histamínicas são divididas em primeira, segunda e terceira geração, e cada uma delas possui uma melhor resposta a diferentes tipos de sintomas e reações.

As diferentes gerações de anti-histamínicos possuem também diferentes efeitos no organismo, podendo estar relacionados com efeitos colaterais que sejam diferentes entre si.

Vamos a seguir entender um pouco mais sobre cada uma destas três gerações:

  • Anti-histamínicos de primeira geração: estes foram os primeiros a serem introduzidos no mercado farmacológico, e possuem sua ação voltada para o bloqueio da liberação de histamina por parte do cérebro e da medula espinhal. Eles são mais difíceis de serem excretados pelo corpo, e costumam estar relacionados com efeitos colaterais mais fortes e intensos, como a sonolência e o cansaço excessivo.
  • Anti-histamínicos de segunda geração: já esta geração age principalmente impedindo que a histamina aja em tecidos periféricos do organismo. Eles já são excretados com mais facilidade pelo corpo, e consequentemente acabam acarretando em menos efeitos colaterais.
  • Anti-histamínicos de terceira geração: estes anti-histamínicos são produzidos a partir de algumas alterações moleculares que são realizadas nos medicamentos da segunda geração. Sendo portanto razoavelmente semelhantes, mas apresentando doses menores e ainda menos efeitos colaterais associados ao seu uso.

Possíveis efeitos colaterais associados ao uso de Histamin

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Entre os efeitos colaterais e reações adversas que podem ser associadas ao uso do Histamin, podemos citar, por exemplo:

Caso você sinta efeitos colaterais intensos ou que não estejam listados na bula do medicamento, busque uma opinião médica para averiguar o que está ocorrendo.

Caso uma superdosagem seja administrada, os efeitos e reações adversas podem ser ainda mais complexas, envolvendo uma depressão por parte do Sistema Nervoso Central, o que pode levar consequentemente a episódios de apneia, sedação, alucinações, insônia, convulsões e entre outras possibilidades.

Mas enfim, Histamin dá Sono?

O Histamin (maleato de dexclorfeniramina) é uma medicação anti-histamínica de primeira geração. Ou seja, seu uso pode sim estar associado a efeitos envolvendo sonolência e a sensação de cansaço.

Pessoas que tenham acima de 60 anos de idade podem apresentar sintomas mais fortes, como uma maior sensação de sonolência, pressão baixa e vertigem.

Devido a este efeito que pode ocorrer após a ingestão deste medicamento, não é recomendado que seu uso seja feito antes de realizar atividades de precisão ou que necessitem de atenção plena, como dirigir ou operar máquinas.

Contra indicações de medicações anti-histamínicas

Não há grandes contra indicações envolvendo medicamentos anti-histamínicos. Porém, existem alguns grupos de pessoas que não devem fazer uso destas medicações sem orientação médica, como por exemplo:

  • Mulheres grávidas ou em período de amamentação
  • Crianças com menos de 12 anos de idade
  • Pessoas que possuem pressão alta
  • Portadores de doenças renais ou hepáticas
  • Pessoas que possuam hipersensibilidade a qualquer composto presente na formulação do medicamento.

Diferentes apresentações da medicação

Assim como diversos remédios, o Histamin está disponível no mercado em diferentes formatos. Sendo eles em sua versão de comprimido, apresentada em formato circular e coloração rosada, e em xarope, apresentando uma coloração avermelhada e um sabor de cereja.

Enquanto a versão em comprimido só é indicada a maiores de 12 anos de idade, a versão em xarope já pode ser administrada a partir do segundo ano de vida, sempre com auxílio de um médico pediatra.

Ao fazer uso de alguma medicação, leia sempre a bula e siga a posologia indicada. Em caso de qualquer dúvida ou reação adversa fora do esperado, busque sempre por ajuda médica.

Dr. Andrew Seung Ho Park

CRM-SP: 157730 RQE: 67991 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Residência Médica de Fisiatria pelo HC-FMUSP. Residência Médica em Neurofisiologia Clínica pelo HC-FMUSP. Pós-Graduação em Dor pelo Centro de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Professor Colaborador do CEIMEC – Centro Integrado de Estudo em Medicina Chinesa. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).

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Dr. Andrew Seung Ho Park

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CRM-SP: 157730 RQE: 67991 | Médico especialista em Fisiatria e Acupuntura. Residência Médica de Fisiatria pelo HC-FMUSP. Residência Médica em Neurofisiologia Clínica pelo HC-FMUSP. Pós-Graduação em Dor pelo Centro de Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Professor Colaborador do CEIMEC – Centro Integrado de Estudo em Medicina Chinesa. Membro Titular da Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação (SBMFR).

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