O repolho é presença constante na culinária brasileira, mas vez ou outra surge a dúvida: será que repolho é remoso? Esse termo, popular em várias regiões do país, descreve alimentos que, segundo a sabedoria popular, poderiam “fazer mal” em certas situações – especialmente em casos de inflamação ou durante a recuperação de cirurgias.
Neste artigo, vamos explicar o que significa alimento remoso, se o repolho entra nessa categoria e quais cuidados ter na dieta para evitar problemas. Abordaremos também que doenças podem ser agravadas por esses alimentos, quais sintomas podem surgir, tratamentos para alívio e substituições alimentares mais seguras.
O que são alimentos remosos?
Alimentos remosos (ou reimosos) são aqueles que, de acordo com a cultura popular, têm potencial de prejudicar a saúde em momentos delicados. Mas o que isso significa na prática? Em termos simples, seriam comidas “carregadas” capazes de agravar inflamações ou dificultar a cicatrização de feridas.
A origem do termo remoso vem de “reima” – uma palavra antiga associada a um “mal no sangue” ou a um desequilíbrio nos humores do corpo. Não se trata de uma classificação científica, e sim de um conceito tradicional transmitido de geração em geração.
Geralmente, os alimentos remosos costumam ter em comum o alto teor de gordura e proteína animal. Exemplos frequentes incluem carnes de porco e seus derivados, alguns tipos de caça (como pato, capivara), crustáceos e frutos do mar (camarão, caranguejo, marisco), ovos, leite integral e até certos vegetais ou frutas muito “fortes”. Em algumas regiões do Brasil, até a melancia entra na lista! Isso mostra como a definição de remoso varia conforme a tradição local. Apesar dessa variação, a ideia central é a mesma: seriam alimentos “pesados” que fazem mal principalmente para quem está com a saúde fragilizada.
Por não ter base científica clara, o conceito de alimento remoso convive ao lado de explicações modernas, como alergias alimentares e alimentos inflamatórios. Muitos médicos veem o assunto como um mito, mas curiosamente alguns profissionais de saúde ainda recomendam evitar os tais remosos no pós-operatório ou em casos de infecção “por precaução”. A lógica é simples: certos alimentos podem causar reações em pessoas sensíveis (como coceira, vermelhidão, diarreia) ou até uma resposta inflamatória mais acentuada.
Em indivíduos saudáveis, provavelmente não fariam mal; mas em alguém debilitado, poderiam piorar um quadro já existente. Em suma, alimento remoso é aquele que a sabedoria popular diz para “passar longe” quando você não está 100% bem.
Afinal, repolho é remoso ou não?

Chegamos à grande questão: o repolho entra ou não na categoria de remoso? A resposta não é totalmente preto no branco, mas a maioria das fontes indica que o repolho não é remoso por si só. Diferentemente de carnes gordurosas e frutos do mar, ele é um vegetal repleto de nutrientes e com reconhecidos benefícios à saúde. Rico em fibras, vitaminas (C, K, do complexo B) e minerais, o repolho auxilia na imunidade e na cicatrização graças à sua alta concentração de vitamina C. Inclusive, profissionais de saúde frequentemente recomendam incluir repolho roxo e outros vegetais coloridos na dieta de quem precisa se recuperar de cirurgias, pois contêm antioxidantes e propriedades anti-inflamatórias importantes para a cura.
Por outro lado, existe um motivo para o repolho às vezes ser visto com suspeita: ele é uma verdura fermentativa. Isso significa que pode causar gases e distensão abdominal em algumas pessoas, especialmente se consumido cru ou em grande quantidade. Em situações de pós-operatório, principalmente de cirurgias abdominais, muitos médicos aconselham evitar repolho, feijão e outros alimentos que fermentam no intestino. O objetivo aí não é evitar “inflamação no sangue”, mas sim prevenir desconforto como cólicas, flatulência exagerada e inchaço do estômago, que poderiam ser bem incômodos para quem passou por uma operação.
Em resumo, na perspectiva da reima (isto é, de causar inflamação ou infecção), o repolho não é tradicionalmente considerado remoso.
Ele não tem gordura animal nem alto potencial alergênico para a maioria das pessoas. No entanto, do ponto de vista do desconforto digestivo, o repolho pode ser “pesado” para organismos mais sensíveis, sendo então colocado na lista de alimentos a evitar em fases de recuperação. É importante notar que reações alérgicas ao repolho são raras, mas possíveis – como em qualquer alimento.
Alguns indivíduos podem ter alergia específica ao repolho, apresentando sintomas logo após o consumo (falaremos dos sintomas mais adiante). Mas para a população em geral, o repolho é seguro e saudável, não merecendo a fama de vilão. O segredo está na moderação e em observar como seu corpo reage.
Quando evitar alimentos remosos? (Inflamações, alergias e pós-operatório)
Os alimentos remosos despertam preocupação principalmente em cenários onde o organismo está fragilizado ou reativo. Veja a seguir algumas situações comuns em que se recomenda cautela com esse tipo de alimento:
Inflamações e infecções
Se você está com alguma inflamação ou infecção ativa – como uma ferida, um abscesso, infecção de pele ou mesmo acne muito inflamada – é comum ouvir conselhos para evitar comidas “carregadas”. A crença popular diz que alimentos remosos poderiam aumentar a vermelhidão, o inchaço e até gerar pus nessas lesões. Por exemplo, alguém com um machucado infeccionado ou que acabou de colocar um piercing pode ser orientado a não comer carne de porco, camarão, chocolate e outros itens considerados remosos.
A ideia é que, nessas condições, o corpo já está lutando contra micro-organismos e tecidos lesionados; alimentos pesados poderiam sobrecarregar o “sangue” e piorar o processo inflamatório. Embora não haja comprovação científica direta de que um prato de camarão cause infecção, evitar esses alimentos temporariamente pode ser uma medida de precaução. Afinal, muitos dos itens da lista (como frituras e embutidos) já são conhecidos por não serem saudáveis e por promover inflamação sistêmica se consumidos em excesso.
Alergias e sensibilidades
Pessoas com histórico de alergias alimentares ou sensibilidade exacerbada devem ficar atentas aos alimentos remosos, já que vários deles são potenciais alergênicos. O exemplo clássico é o amendoim e os frutos do mar: eles estão no topo da lista de causadores de alergias, independentemente do conceito de remoso. Numa visão popular, diz-se que quem tem “alergia no sangue” ou é muito sensível pode reagir mal a uma feijoada, a um prato de camarão ou a ovos, mesmo estando saudável. Portanto, se você sabe que seu organismo é “fresco” com certos alimentos, evite-os principalmente quando estiver doente ou se recuperando de algo. Vale destacar que, se a pessoa já tem alergia diagnosticada (por exemplo, alergia a camarão), deve evitar o alimento sempre, não só no pós-operatório. Já no caso do repolho: como mencionado, alergia verdadeira a repolho é incomum, mas pode ocorrer. Indivíduos alérgicos a pólen de artemísia, por exemplo, podem ter reação cruzada ao ingerir repolho. Em qualquer situação de alergia, alimentos remosos ou não, o ideal é seguir as orientações do alergista e manter distância dos gatilhos conhecidos.
Pós-operatório e cicatrização
O período pós-operatório exige muitos cuidados, e a alimentação é um dos fatores cruciais para uma boa recuperação. Aqui, tradição e medicina costumam concordar em pelo menos uma coisa: é prudente evitar alimentos de difícil digestão ou que possam desencadear reações imprevistas enquanto seu corpo está se curando de uma cirurgia. Muitos cirurgiões recomendam aos pacientes que cortem temporariamente os itens considerados remosos. Isso inclui as carnes gordurosas, frutos do mar, embutidos, alimentos muito condimentados e aqueles que fermentam. O objetivo é duplo: prevenir tanto um processo inflamatório exacerbado (caso a pessoa tenha alguma sensibilidade oculta) quanto desconfortos gastrointestinais desnecessários. Imagine alguém se recuperando de uma cirurgia abdominal tendo uma crise de gases e dor de barriga por ter comido feijoada – não seria nada agradável.
Além disso, uma dieta mais leve e rica em nutrientes favorece a cicatrização. Alimentos ricos em proteína magra (como frango, peixe branco), vitaminas e minerais dão ao organismo o que ele precisa para regenerar tecidos. Em contraste, os remosos tendem a ser pobres do ponto de vista nutricional ou muito pesados. Assim, por precaução, no pós-operatório imediato evite a feijoada do fim de semana, aquele churrasco gorduroso e sobremesas muito açucaradas. Dê preferência a sopas leves, legumes cozidos, carnes grelhadas e frutas. Após a liberação médica, você pode reintroduzir seus pratos preferidos aos poucos. O importante é passar pelas primeiras semanas de recuperação sem intercorrências.
Sintomas que os alimentos remosos podem causar
Se uma pessoa sensível consome um alimento remoso, quais seriam os sinais de que “fez mal”? Os sintomas podem variar conforme a reação envolvida:
- Coceira e vermelhidão: É comum relatar coceira na pele, urticária (placas vermelhas) ou mesmo coceira e irritação em um ferimento cicatrizando. Por exemplo, um ponto cirúrgico que começa a coçar e ficar vermelho após a ingestão de certo alimento pode alimentar a crença do remoso.
- Inchaço e inflamação: Alguns podem notar que a região lesionada fica mais inchada ou dolorida. Em casos de alergia alimentar, pode ocorrer inchaço no rosto, lábios, olhos ou outras partes do corpo (angioedema).
- Formação de pus ou piora da cicatrização: Na sabedoria popular, se a ferida “melava” (produzia pus) depois de comer algo suspeito, pronto – aquele alimento era taxado de remoso. De fato, infecções em feridas podem gerar secreção purulenta; a relação direta com a comida não está comprovada, mas muitos acreditam nessa correlação.
- Desconfortos gastrointestinais: Náusea, sensação de estômago pesado, excesso de gases, distensão abdominal e até diarreia podem ocorrer após ingerir alimentos muito gordurosos ou fermentativos. Esses sintomas são físicos e imediatos – quem nunca abusou de fritura e depois sofreu, não é? No contexto de alimentos remosos, isso reforça a ideia de que “não caiu bem”. Por exemplo, comer um prato de dobradinha ou sarapatel (considerados carregados) e ter indigestão logo em seguida.
- Sintomas alérgicos sistêmicos: Em situações de verdadeira alergia a um alimento, os sinais podem ser intensos. Além da urticária mencionada, podem surgir broncoespasmo (chiado no peito), tosse, falta de ar, vômitos e queda de pressão. Esse quadro, chamado de anafilaxia, é grave e requer atendimento emergencial. Felizmente é raro, mas pode acontecer com alimentos como crustáceos, amendoim e ovos em pessoas suscetíveis.
Vale ressaltar que, se você apresentar sintomas fortes após comer algo – remoso ou não – procure ajuda médica. Nem sempre dá para saber se foi coincidência ou reação do alimento, e investigar é importante.
No dia a dia, notar sinais leves (um leve prurido, um desconforto) já serve de alerta para moderar o consumo daquele item, principalmente quando sua saúde não estiver 100%.
Tratamentos farmacológicos e tópicos para alívio
Sentiu que um alimento remoso te fez mal? A boa notícia é que existem tratamentos e cuidados simples que ajudam a aliviar os sintomas. Em caso de reação leve, muitas medidas podem ser tomadas em casa mesmo. Já em situações graves, a intervenção médica é essencial. Vamos aos principais caminhos para o alívio:
- Interrompa o consumo e observe: O primeiro passo é parar de ingerir o alimento suspeito assim que notar qualquer reação adversa. Muitas vezes, o próprio corpo se recupera em pouco tempo quando o agente agressor é removido. Beba bastante água para se hidratar – isso ajuda no equilíbrio do organismo.
- Antialérgicos (anti-histamínicos): Se surgir coceira, vermelhidão ou coriza indicando uma reação alérgica leve, um antialérgico de farmácia pode resolver. Medicamentos de segunda geração, como loratadina, cetirizina ou fexofenadina, costumam aliviar sintomas alérgicos sem causar muita sonolência. Eles bloqueiam a ação da histamina, a substância liberada pelo corpo que causa coceira e inchaço nas alergias. Tenha em casa produtos de marcas confiáveis e, se possível, consulte um farmacêutico ou médico antes de usar, especialmente no caso de gestantes ou crianças.
- Cremes e pomadas tópicas: Para reações localizadas na pele ou em feridas, pomadas podem ser grandes aliadas. Se um machucado inflamou ou ficou coçando, é indicado manter a higiene do local (lavar delicadamente com água e sabão neutro ou soro fisiológico) e depois aplicar uma pomada adequada. Pomadas antibióticas de alta qualidade, prescritas pelo médico (como aquelas à base de neomicina e bacitracina), ajudam quando há suspeita de infecção local. Já para aliviar coceira e vermelhidão na pele, cremes com corticoide leve (hidrocortisona 1%, por exemplo) ou cremes com calamina podem acalmar a irritação. Existem no mercado opções premium com formulações que combinam agentes anti-inflamatórios e cicatrizantes – podem ser um investimento válido para quem passa por processos de cicatrização frequentes.
- Analgésicos e anti-inflamatórios orais: Caso haja dor ou inflamação mais intensa, analgésicos comuns (como paracetamol) ou anti-inflamatórios não esteroides – ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco – podem ser utilizados conforme a orientação de um profissional de saúde. Por exemplo, se a pessoa está com um ferimento que inflamou, um anti-inflamatório oral de boa procedência ajuda a reduzir a dor e o inchaço. Entretanto, evite automedicação prolongada: use apenas por curto período e seguindo a dose recomendada na bula ou pelo médico. Lembre-se de que esses remédios podem agredir o estômago, então é importante estar bem alimentado ao tomá-los, ou usar um protetor gástrico se for o caso, conforme indicação médica.
- Tratamentos em casos graves: Se ocorrer uma reação alérgica severa (dificuldade para respirar, inchaço generalizado, sensação de desmaio), busque ajuda médica imediatamente. Nesses casos, pode ser necessário administrar injeções de epinefrina (adrenalina) para conter a anafilaxia, além de corticosteroides e outros medicamentos no hospital. É uma situação rara dentro do contexto de “alimento remoso”, mas não impossível se a pessoa tiver alergia a algum componente da comida ingerida.
- Cuidados complementares: Algumas abordagens não farmacológicas podem trazer conforto adicional. Colocar compressas frias em áreas vermelhas ou inchadas ajuda a reduzir a inflamação local. Chás calmantes (como camomila ou erva-doce) podem aliviar desconfortos digestivos leves e acalmar o organismo. Há também produtos tópicos naturais de alta qualidade, como gel de babosa (aloe vera) puro, que alivia irritações na pele e auxilia na cicatrização. Sempre opte por produtos certificados e de fabricantes confiáveis para garantir a pureza e eficácia.
Em qualquer caso de reação, o importante é monitorar os sintomas. Se eles piorarem ou não melhorarem em um ou dois dias, procure atendimento médico. Cada organismo reage de forma diferente, e o que é “tiro e queda” para um pode não funcionar para outro. Ter um profissional orientando o tratamento garante mais segurança e eficácia na recuperação.
Substituições alimentares mais seguras
Para quem precisa evitar alimentos remosos, seja temporariamente ou por precaução constante, há muitas alternativas nutritivas e saborosas. Abaixo listamos substituições inteligentes que permitem manter uma dieta equilibrada sem os possíveis inconvenientes dos remosos. Troque o “pesado” pelo “leve” e continue aproveitando suas refeições:
Evite (Alimentos Remosos) | Prefira (Alternativas Seguras) |
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Carnes suínas e gordurosas (porco, bacon, pato) | Carnes magras de alta qualidade, como frango orgânico, peru ou peixe com escamas (salmão, tilápia) |
Frutos do mar e crustáceos (camarão, caranguejo, mariscos) | Peixes de carne branca (pescada, merluza) ou proteínas vegetais premium (tofu, grão-de-bico, lentilha) |
Embutidos e carnes processadas (linguiça, salsicha, salame) | Carnes frescas temperadas em casa ou frios magros de marcas confiáveis (peito de peru com baixo teor de sódio) |
Ovo (em casos de restrição médica ou alergia) | Outras fontes de proteína magra, como quinoa, feijão, ou carnes brancas. Se não houver alergia, ovo caipira em moderação após liberação médica |
Laticínios integrais (leite integral, queijo amarelo) | Laticínios desnatados ou sem lactose; bebidas vegetais enriquecidas (leite de amêndoas, aveia ou soja de boa procedência) |
Amendoim e oleaginosas salgadas | Nozes e castanhas in natura (amêndoas, castanha-do-pará, castanha de caju) sem sal, preferencialmente de produtores certificados |
Chocolate ao leite e doces gordurosos | Chocolate amargo (mín. 70% cacau) de fabricação artesanal ou sobremesas à base de frutas (smoothies, salada de frutas) para matar a vontade de doce |
Frituras e fast-food (pastel, batata frita, hambúrguer de rede) | Preparações assadas ou grelhadas em casa usando azeite extravirgem. Por exemplo, batatas assadas crocantes, hambúrguer caseiro de carne magra ou grão-de-bico |
Com essas substituições, é possível manter uma dieta saborosa e variada. O segredo é escolher ingredientes frescos e métodos de preparo mais saudáveis. Além disso, investir em alimentos de melhor qualidade (orgânicos, livres de conservantes artificiais e de produtores confiáveis) pode fazer diferença na sua saúde. Por exemplo, uma simples troca do óleo comum por um azeite de oliva extravirgem de boa origem já reduz o teor inflamatório da refeição. Aos poucos, o paladar se adapta e você percebe que dá para viver bem sem os “remosos” tradicionais.
Dicas práticas de dieta para quem precisa evitar alimentos remosos
Evitar alimentos remosos não significa adotar uma dieta monótona ou sem graça. Com planejamento e criatividade, você pode comer bem e nutrir seu corpo enquanto se mantém longe dos itens problemáticos. Aqui vão algumas dicas práticas para ajudar no dia a dia:
- Planeje suas refeições: Antecipar o que vai comer é meio caminho andado para não cair em tentações. Monte um cardápio semanal privilegiando alimentos naturais e anti-inflamatórios. Inclua legumes variados, frutas (frutas vermelhas e cítricas são ótimas), cereais integrais e fontes magras de proteína. Quando você já tem opções saudáveis prontas ou pré-preparadas, fica mais fácil resistir ao fast-food ou àquela fritura de última hora.
- Prefira orgânicos e produtos de qualidade: Sempre que possível, escolha alimentos orgânicos e de procedência conhecida. Vegetais orgânicos vêm sem agrotóxicos indesejados, e carnes de fornecedores confiáveis tendem a ter menos hormônios e antibióticos. Esses fatores podem influenciar na inflamação do corpo. Ao investir um pouco mais em produtos premium – como um bom azeite, sementes e castanhas frescas, laticínios sem aditivos – você colhe benefícios na forma de melhor digestão e saúde geral.
- Capriche nos temperos naturais: Ervas e especiarias são grandes aliadas de uma dieta anti-inflamatória. Use e abuse de alho, cebola, açafrão-da-terra (cúrcuma), gengibre, alecrim, manjericão e outros temperos naturais. Além de darem sabor aos pratos substitutos, muitos desses condimentos têm propriedades medicinales: são antioxidantes e ajudam a combater inflamações. Um franguinho grelhado bem temperado com ervas pode ser tão gostoso quanto uma linguiça, com a vantagem de fazer bem.
- Mantenha-se hidratado: Às vezes subestimada, a hidratação adequada é fundamental. Beber água ajuda o organismo a eliminar toxinas e a regular seus processos. Chás anti-inflamatórios (como chá verde, camomila ou hortelã) também podem entrar na conta de líquidos do dia. Evite, por outro lado, refrigerantes e sucos artificiais, que entram na lista de remosos por conter muito açúcar e aditivos.
- Faça substituições inteligentes nas receitas: Adapte pratos tradicionais para versões mais leves. Se você adora feijoada, experimente uma versão usando carnes magras de peru e vegetais. Gosta de bolo de chocolate? Tente uma receita com cacau 100%, óleo de coco e menos açúcar. Há hoje no mercado muitas opções de ingredientes funcionais e de alta qualidade que permitem transformar receitas, reduzindo o potencial inflamatório delas. Farinhas integrais, açúcar de coco ou xilitol, leites vegetais – são alternativas que deixam a dieta mais segura para quem quer evitar ingredientes “carregados”.
- Escute seu corpo: Por fim, a dica mais importante é prestar atenção aos sinais do seu próprio corpo. Cada organismo é único. O que é remoso para um, pode não ser para outro. Você pode descobrir que determinado alimento da “lista proibida” não te faz mal nenhum, enquanto outro supostamente inofensivo te deixa indisposto. Observe, experimente em pequenas quantidades quando liberado, e monte sua própria lista de alimentos a evitar. Se necessário, consulte um nutricionista para ajudar a identificar possíveis gatilhos alimentares e montar uma dieta personalizada, rica e segura.
Em suma, evitar alimentos remosos é uma estratégia válida em momentos específicos ou para indivíduos mais sensíveis. Mas isso não precisa ser um bicho de sete cabeças.
Com escolhas inteligentes, uso de ingredientes de qualidade e ajuda de profissionais de saúde, você pode manter uma alimentação deliciosa, nutritiva e promotora de boa saúde. Lembre-se: a dieta ideal é aquela que respeita suas necessidades e, ao mesmo tempo, traz prazer e bem-estar.
O repolho – coitado – pode continuar no seu prato sem medo, a menos que você saiba de alguma restrição pessoal. No mais, cuide-se, coma bem e tenha uma boa recuperação (caso esteja no pós-operatório) livre de mitos e sustos desnecessários.